frequência 2 Flashcards
A resposta protetora contra a candidíase orofaríngea é dependente de:
a. Produção de IL-4 e IL-13 por células Th2 e mastócitos e recrutamento de
eosinófilos
b. Ativação clássica dos macrófagos por células Th1 via IFN-gamma e CD40
c. Resposta do tipo Th17 com produção de IL-17, recrutamento de neutrófilos e
produção de péptidos antimicrobianos
d. Produção de anticorpos específicos do tipo IgE
e. Lise das células infetadas por células “Natural killer”
Resposta do tipo Th17 com produção de IL-17, recrutamento de neutrófilos e
produção de péptidos antimicrobianos
Dos mecanismos de evasão usados por Cryptococcus neoformans para escapar à
fagocitose e destruição por células do hospedeiro podemos destacar:
a. Variabilidade antigénica
b. Produção de proteases aspárticas secretadas e destruição de componentes do
sistema do complemento
c. Produção de hifas dentro do fagolisossoma
d. Cápsula de glucuronoxilomanano e permeabilização da membrana de
macrófagos
e. Indução de apoptose de neutrófilo
Cápsula de glucuronoxilomanano e permeabilização da membrana de
macrófagos
As células imunológicas mais importantes para evitar a disseminação de fungos do género
Aspergillus e o estabelecimento de aspergilose invasiva são:
a. Eosinófilos
b. Mastócitos
c. Plasmócitos produtores de IgA
d. Neutrófilos
e. Linfócitos Th17
d. Neutrófilos
Na resposta a protozoários intracelulares, em geral a proteção implica:
a. Ativação clássica de macrófagos por IFN-gamma e amplificação da resposta por
TNF-alfa
b. Ativação alternativa de macrófagos por IL-4 e IL-13
c. Produção de IL-10 e TGF-beta por macrófagos
d. Produção de mucinas e IgE
e. Formação de granulomas ricos em macrófagos que expressam arginase
a. Ativação clássica de macrófagos por IFN-gamma e amplificação da resposta por
TNF-alfa
Uma proteína antimicrobiana formadora de poros que atua na proteção contra
Trypanosoma brucei é:
a. Apolipoproteína 1
b. Elastase
c. Mieloperoxidase
d. Arginase 1
e. Caspase 8
a. Apolipoproteína 1
As citocinas produzidas por células Th2 geradas em resposta a infeções por helmintas
intestinais induzem:
a. Contratilidade e permeabilidade intestinal e produção de muco
b. Expressão de óxido nítrico em macrófagos
c. Mudança de classe de anticorpos para IgA
d. Fusão do fagolisossoma
e. Produção de “Neutrophil extracellular traps” – NETs
a. Contratilidade e permeabilidade intestinal e produção de muco
A fase crónica mais tardia de uma resposta por Schistosoma mansoni é caracterizada por:
a. Resposta do tipo Th1 com produção de IFN-gama e TNF-alfa
b. Abundância de células T com fenótipo regulador produtoras de citocinas
anti-inflamatórias
c. Resposta do tipo Th2 com produção de citocinas anti-inflamatórias
d. Resposta do tipo Th2 com produção de IL-4, IL-5 e IL-13
e. Abundância de células “Natural killer” produtoras de IFN-gamma
b. Abundância de células T com fenótipo regulador produtoras de citocinas
anti-inflamatórias
- Após indução de peritonite, a cinética da resposta inflamatória envolve o recrutamento a
partir do sangue de:
a. Linfócitos, seguido de neutrófilos
b. Macrófagos, seguido de neutrófilos
c. Neutrófilos, seguido de eosinófilos
d. Neutrófilos, seguido de monócitos
e. Neutrófilos, seguido de linfócitos
d. Neutrófilos, seguido de monócitos
De que modo pode explicar a ocorrência simultânea de autoimunidade e candidíases
mucocutâneas em indivíduos com expressão deficiente de AIRE?
O gene AIRE permite a apresentação de autoantigénios expressos em células epiteliais tímicas
(medulares) a timócitos, no timo, pelo que sem ele a diferenciação dos timócitos vai estar
comprometida. As células Treg (afinidade moderada a autoantigénios) não se vão formar e as
células T efetoras poderão ser autorreativas, pois não sofreram a seleção negativa devidamente.
Isto causa autoimunidade.
Para além disto, a deficiência em AIRE está associada à produção de anti-IL-17 e anti-IL-22. As
citocinas IL-17 e IL-22 são produzidas por células Th17 e são essenciais ao combate da candidíase
mucocutânea. Os anticorpos produzidos contra essas citocinas impedem a defesa por Th17 contra a
candidíase, permitindo a sua disseminação.
A expressão deficiente do gene CARD9 está associada à ocorrência de candidíases
mucocutâneas e disseminadas. Como justifica esta associação?
CARD9 - sinalização (juntamente com Syk) de dectina 1 permitindo que se ligue a glucanos B1,3
da parede celular do fungo. Promove a fagocitose e induz uma resposta imunológica que favorece a
geração de Th17 essencial no combate a candidíase; estimula produção de citocinas pró
inflamatórias via NF-kB e peptídeos antimicrobianos e recrutam neutrófilos.
Uma deficiência em CARD9 dificulta o reconhecimento do fungo e é responsável por uma resposta
deficiente contra ele.
A patogénese do lupus eritematoso sistémico está associada a qual ou quais dos
seguintes fenómenos?
a. infiltração do pâncreas por células Th1 e Th17.
b. aumento do número de células CD3+CD4+Foxp3++ em circulação.
c. deposição de complexos imunes nos glomérulos renais e nos vasos sanguíneos.
d. diminuição da concentração no soro de proteínas de fase aguda e dos fatores C3 e
C4 do complemento.
e. aumento da concentração de anticorpos circulantes específicos para ADN de
cadeia dupla.
c. deposição de complexos imunes nos glomérulos renais e nos vasos sanguíneos.
e. aumento da concentração de anticorpos circulantes específicos para ADN de
cadeia dupla.
- Que importância atribui à expressão do gene AIRE no contexto da autoimunidade?
O gene AIRE permite a apresentação de autoantigénios a timócitos no timo, sem ele a diferenciação
dos timócitos vai estar comprometida. As células Treg (afinidade moderada a autoantigénios) não
se vão formar e as células T efetoras poderão ser autorreativas pois não sofreram a seleção
negativa devidamente. Isto causa autoimunidade.
Assim, a defesa pelas células T está não só comprometida como a resposta T poderá acontecer
contra autoantigenios e sem a regulação pelas células Treg.
- A rejeição de um transplante renal pode ser devida a incompatibilidade em antigénios de
grupos sanguíneos ou nas moléculas codificadas no MHC, entre outras. No primeiro caso
referido é bastante mais rápido que no segundo. Porquê?
Já temos anticorpos pré-formados contra antigénios sanguíneos logo a reação é hiperaguda (muito
mais rápida). Contra o MHC ainda tem de haver o reconhecimento pelas células T e a produção da
resposta, podendo só depois serem formados anticorpos.
Qual dos seguintes mecanismos imunológicos considera menos relevante na proteção
contra infeções causadas por vírus?
a. Produção de IFN-alfa.
b. Produção de IgG.
c. Ativação de células T CD8+.
d. Produção de espécies reativas de oxigénio.
e. Ativação de células NK.
d. Produção de espécies reativas de oxigénio.
As células CD3+TCR��+ podem reconhecer antigénios apresentados por que tipo de
moléculas?
a. Butirofilinas
b. MR1
c. CD80
d. CD86
e. Proteassoma
a. Butirofilinas
De que modo as infeções podem afetar a ocorrência de doenças autoimunes?
Ambientes pró-inflamatórios, que decorrem das infeções, são propícios ao aumento de
apresentações antigénicas, aumentando o número de linfócitos (expansão clonal), aumento do
número de polimorfonucleados, reconhecimentos não específicos (TLR’s), entre outros. Assim,
podem ser apresentados péptidos self, que em condições normais, não iriam levar a situações de
autoimunidade, mas, devido ao contexto inflamatório, há resposta imunológica contra antigénios do
próprio. Uma infeção pode levar ao “epitope spreading”, isto é, diversificação da especificidade
quanto aos antigénios reconhecidos, passando de ser focada num antigénio imunodominante para
atingir também epítopos subdominantes da mesma ou de outras proteínas, que não são
reconhecidos como self pelas células T apesar de o serem. Leva também a epítopos criptídicos, que
são epítopos inicialmente ocultos, mas que devido à produção de IFN-γ, induz mudanças no
proteassoma, em que os péptidos são convertidos em péptidos mais facilmente carregados no
imunoproteossoma e posteriormente apresentados a células T, devido a uma mudança do seu
processamento, que ocorre no contexto de inflamação. Ou ainda, pode levar ao mimetismo
antigénico, nomeadamente antigénios de EBV que podem induzir uma resposta que pode causa EM
ou ainda antigénios de S. pneumoniae que podem levar a febre reumática devido à semelhança
molecular, nestas situações tanto é atacado o agente patogénico como o hospedeiro, podendo levar
a situações de autoimunidade.
O que são e como são concebidas as células CAR T, usadas recentemente na terapia
antitumoral?
Células T do próprio que foram extraídas e cresceram ex-vivo e diferenciam-se em células efetoras
com a adição de IL-2, induzindo-se uma codificação para um recetor quimérico específico a um
antigénio do tumor. Têm um domínio ITAM, CD28, 4-IBB. Pode promover uma tempestade de
citocinas pró-inflamatórias em particular IL-6, situação evitada com a adição de anti IL-6.
- Como caracterizar funcionalmente os macrófagos associados a tumores?
TAM- tumor associated macrophage;
● produzem IL-10 e TGF-beta que inibem DC e expressão de MHC;
● causam imunossupressão;
● induzem células Treg;
● produzem arginase e IDO1/2, que levam a privação metabólica das células T;
● produzem Prostaglandinas que suprimem células T;
● produzem B7-H4 e VISTA que são imunossupressoras;
● produzem PDL1/L2 que induz apoptose em T (checkpoint imunológico).
“A administração de ciclosporina A para a terapia de doentes com lúpus eritematoso é
nefasta”. Diga, justificando, se concorda com esta a afirmação.
NFAT, promovendo a transcrição do gene de IL-2. Assim, a ciclosporina inibe a produção de IL-2.
Ora, isto pode resultar em 2 situações:
● diminuição de IL-2 inibe a atividade imunológica excessiva, uma vez que diminuirá o
número de células T efetoras.
● inibe ativação das Tregs, agravando ainda mais a autoimunidade.
Em relação às propriedades das citocinas, defina e dê exemplos:
a. Sinergismo: quando o somatório da ação das citocinas é superior à soma da sua ação
individual (ex.: nas células B, a IL-4 e IL-13 em conjunto induzem a recombinação switch
para IgE);
b. Antagonismo: quando as citocinas neutralizam os efeitos de outras citocinas (ex.: nas
células B, a IL-4 induz a recombinação switch para IgE e o IFN-γ bloqueia a recombinação
switch para IgE);
c. Pleiotropismo: quando a mesma citocina atua em diferentes tipos celulares e produz os
seus efeitos (ex.: nas células B, a IL-4 induz a ativação, a proliferação e a diferenciação; nos
precursores de células T citotóxicas induz a proliferação e a diferenciação; nos mastócitos
induz a proliferação);
d. Redundância: quando várias citocinas podem ter o mesmo efeito (ex.: IL-2, IL-4 e IL-5
promovem a proliferação de células B).
Explique porque é que crianças deficientes na proteína JAK3 (Janus 3 Kinase) apresentam infecções
graves e recorrentes.
Inexistência de transdução de sinal e impede o efeito biológico das citocinas que partilham a cadeia
gama comum da IL-2. Não há proliferação dos linfócitos T, nem das células NK, com surgimento de
células B não funcionais.
A produção de IL-21 pelas células Th foliculares (TFH) está sob o controlo do factor de transcrição
(rodeia a alínea correta):
a. T-Bet
b. FOXP3
c. Bcl-6
d. ROR�t
e. GATA-3
c. Bcl-6
A produção de IL-4 pelas células Th2 está sob o controlo do factor de transcrição (rodeia a alínea
correta):
a. T-Bet
b. FOXP3
c. Bcl-6
d. ROR�t
e. GATA-3
e. GATA-3
- Um indivíduo com um defeito na molécula CTLA-4 (CD152) será mais provável que tenha:
a. Hipersensibilidade do tipo I
b. Infecções recorrentes com vírus
c. Infecções recorrentes com bactérias extracelulares
d. Doença linfoproliferativa
e. Hipersensibilidade do tipo III
Justifique.
d. Doença linfoproliferativa
CTLA-4 é um recetor de B7 com mais afinidade do que o CD28, mas que não é constitutivo e só
aparece depois da ativação dos linfócitos T. Assim não permite a ligação de B7 com CD28, o que
inibe a ativação das células T. A sua inexistência conduz a uma não inibição destas células e,
consequentemente, a uma proliferação excessiva.