Fraturas do Clacâneo Flashcards
Epidemiologia das fraturas do Calcâneo
Osso mais frequentemente fratura do tarso;
Homens jovens;
Queda de altura;
75% ocorre com desvio e lesão articular;
50% lesões associadas
Lesões associadas mais comuns da fratura do calcâneo
10% são associadas a frautras da coluna;
26% estão associadas a lesões em outros membros;
3-8% possuem associação com o calcâneo bilateral.
Padrão de fratura segundo Essex-Lopreste
A fratura primária era incialmente produzida pelo processo lateral do tálus e pela borda lateral do tálus, com subsequente extensão medial. Esse autor acreditava que, no mo-mento do impacto, a articulação subtalar era forçada em eversão e, com isso, ocor-ria a divisão da parede lateral e do corpo do calcâneo no ângulo crucial de Gissane. Em seguida, a força restante se dissipava até o sustentáculo, medialmente. Com a continuação da aplicação da força, a linha de fratura poderia se exteriorizar através do processo anterior ou da articulação cal-caneocuboide, o que resultaria em um fra-gmento anterolateral.
Descreva a fratura em língua de Essex-Lopresti
Fratura da tuberosidade do calcâneo se estendendo até a faceta posterior
Principal complicação da fratura em língua do calcâneo
Necrose da região posterior do pé, com evolução para amputação em até 29% dos casos
Descreva o Ângulo de Bohler
Ângulo traçado a partir de duas retas, uma partindo da da ponta da facenta anterior e tangenciando. Normalmente se situa entre 20 e 40°.
Descreva o ângulo de Gissane
Formado por duas linhas tangenciando o processo posterior e a faceta anterior. Seu valor normal é de 120°.
Nas fraturas do calcâneo, os ângulos de gissane e Brohler estarão aoumentados ou diminuídos
Gissane: aumentado
Brohler: diminuído
Descreva a incidência de Broden e explique a sua importância
Realizada com o pé do paciente em rota-ção interna de 40 graus com o aparelho de radiologia apontado para o maléolo lateral.
Possibilita a visualização da redução da faceta poterior.
Descreva a incidência de Harris
Avalia o grau de alargamento do retropé, perda de altura e fornece informações do envolvimento intraarticular.
A incidência de Harris é obtida com flexão dorsal passiva do tornozelo (TNZ), obtendo-se RX tangencial à face plantar do calcanhar.
Descreva a classificação de Esses-Lopresti
Fratura do tipo lingua: fragmento articular permanece preso a tuberosidade;
Fratura do tipo depressão articular.
Descreva a classificação de Sanders
Realizada através de estudo de TC, avalia o corte coronal do calcâneo.
- Fraturas do tipo 1 são aquelas com qualquer quantidade de traços de fratura porém sem desvio;
- Fraturas do tipo 2 possuem 1 traços;
- Fraturas do tipo 3 e 4, possuem 2 e 3 traços de fratura respectivamente
As fraturas do tipo língua corresponde a qual padrão de fratura na classificação de Sanders?
Tipo 2A e 2B
Indicações de tratamento conservador em fraturas do calcaneo
a) fraturas extra-articulares sem desvio ou minimamente desviadas;
b) fraturas intra-articulares sem desvio;
c) fraturas do processo anterior com envolvimento inferior a 25% da articulação calcâneo cubóide;
d) fraturas em pacientes com vasculopatia periférica grave ou diabetes dependente de insulina;
e) paciente com outras comorbidades clínicas impeditivas de realizar o procedimento cirúrgico;
f) fraturas em pacientes fumantes inveterados;
g) pacientes idosos com capacidade de deambulação no lar.
Objetivos do tratamento cirúrgico
1) restauração da congruência da faceta posterior da articulação subtalar;
2) restauração da altura do calcâneo (ângulo de Bohler);
3) redução da largura do calcâneo;
4) descompressão do espaço subfibular disponível para os tendões fibulares;
5) realinhamento da tuberosidade para uma posição;
6) redução da articulação calcaneocuboi-dea se fraturada.