FRATURAS Flashcards

1
Q

O que caracteriza uma fratura no contexto médico, e quais situações podem levar a essa condição, independente da energia do trauma envolvido?

A

: Uma fratura é caracterizada pela perda da continuidade óssea, geralmente ocorrendo após um trauma de alta energia. No entanto, condições que levam ao enfraquecimento ósseo, como osteoporose, podem resultar em fraturas mesmo com traumas de baixa energia. Inclusive, fraturas podem ser caracterizadas mesmo sem uma perda completa da continuidade óssea, onde a falha não atravessa todo o diâmetro do osso.

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2
Q

Por que é complexo descrever precisamente a incidência de fraturas globalmente, e quais fatores contribuem para essa complexidade?

A

: Descrever a incidência de fraturas é complexo devido às variadas diferenças na organização dos sistemas de saúde e na capacidade de controle epidemiológico pelo mundo. Fatores como a delegação de cuidados com fraturas a diferentes níveis de atenção à saúde, a diversidade na gravidade das lesões, e o tratamento por médicos de especialidades distintas da ortopedia, além da variação nos portes e complexidades dos centros hospitalares, contribuem para essa complexidade, pulverizando o controle correto dos dados sobre incidência de fraturas.

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3
Q

Como a incidência de fraturas varia entre gêneros e quais são as causas mais comuns dessas lesões?

A

A incidência de fraturas entre os gêneros mostra padrões distintos: homens apresentam uma incidência bimodal, com picos em torno dos 20 anos e acima dos 80 anos, enquanto mulheres exibem uma incidência unimodal, com aumento progressivo com a idade e pico acima dos 60 anos. A causa mais comum de fraturas é a queda da própria altura, responsável por aproximadamente 60% das fraturas, seguida por traumas diretos (15%) e práticas esportivas (10%).

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4
Q

Descreva o processo de consolidação óssea e sua característica singular em relação à estrutura histológica do tecido ósseo reparado.

A

O processo de consolidação óssea é um evento dinâmico que depende de uma complexa rede de eventos celulares, resultando em um tecido ósseo reparado com estrutura histológica idêntica ao osso em estado pré-lesional. Essa capacidade de restauração completa da estrutura é uma característica singular do tecido ósseo.

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5
Q

Quais são as principais complicações que podem ocorrer durante o processo de consolidação óssea?

A

Apesar da maioria das fraturas evoluir com uma consolidação efetiva, cerca de 10% dos casos apresentam complicações no processo, como atraso na consolidação ou o desenvolvimento de pseudoartrose, afetando a integridade e a funcionalidade do osso reparado.

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6
Q

Quais fatores principais influenciam o processo de consolidação óssea e como cada um contribui para a regeneração?

A

O processo de consolidação óssea é influenciado por fatores biológicos e mecânicos, além do local da fratura. Os fatores mecânicos estão relacionados à estabilidade da fratura, enquanto os fatores biológicos envolvem as células e tecidos ao redor da fratura, essenciais para a regeneração do osso.

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7
Q

Qual é o papel do periósteo na consolidação óssea e por que sua preservação é crucial em abordagens cirúrgicas?

A

: O periósteo, camada externa do osso, é crucial para a proliferação de osteoblastos e condrócitos, essencial para o processo de regeneração óssea. Sua preservação durante abordagens cirúrgicas é fundamental para o sucesso da consolidação óssea, pois sua danificação pode levar à invasão por tecido fibroso e perda do hematoma fraturário, prejudicando a regeneração.

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8
Q

Quais são as funções dos condrócitos no processo de consolidação óssea e como contribuem para a formação do leito ósseo?

A

: Os condrócitos, apesar de mais comumente associados à cartilagem articular, têm um papel fundamental na consolidação óssea. Sua função primordial é produzir proteínas da matriz extracelular, como colágeno e proteoglicanos. Eles tornam-se hipertróficos, acumulam cálcio intracelular antes de sofrerem apoptose, o que contribui para a formação de um leito de osso esponjoso. Este leito é posteriormente invadido por vasos sanguíneos neoformados e remodelado pelos osteoblastos e osteoclastos.

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9
Q

Qual é o papel dos osteoblastos e osteoclastos no processo de consolidação óssea?

A

Os osteoblastos são células responsáveis pela produção de osteoides, o componente orgânico do osso composto predominantemente por colágeno tipo I. Eles controlam a remodelagem óssea, revestindo as superfícies ósseas e regulando a ação dos osteoclastos. Os osteoclastos, derivados da linhagem de macrófagos/monócitos, são responsáveis pela reabsorção óssea, facilitando a remodelação do osso. Durante a consolidação, o periósteo e o endósteo atuam como fontes de osteoblastos.

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10
Q

: Além das células ósseas principais, quais outros componentes contribuem para o sucesso da consolidação óssea?

A

Para o sucesso da consolidação óssea, além das células principais (condrócitos, osteoblastos, e osteoclastos), diversos outros componentes têm papel crucial, incluindo células inflamatórias (plaquetas, neutrófilos, macrófagos, leucócitos), células tronco mesenquimais, tecido muscular, tecido vascular, e as proteínas morfogenéticas ósseas. Esses componentes atuam sinergicamente, contribuindo para a reparação e consolidação efetiva da fratura.

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11
Q

O que caracteriza a consolidação óssea primária e em que condições ela ocorre?

A

A consolidação óssea primária, ou intramembranosa, é um tipo de cura óssea que ocorre sem a formação de calo. Esse processo acontece quando a movimentação dos fragmentos do osso fraturado é completamente eliminada, geralmente através de procedimentos cirúrgicos que envolvem fixação rígida com material de síntese. Nessa situação, há uma deposição direta de osteóide por ação de células mesenquimais, com osteoblastos e osteoclastos atuando conjuntamente para reparar a fratura. Assim, não ocorre a formação de calo e a linha de fratura eventualmente deixa de existir, resultando em uma recuperação mais direta e sem a evidência visual típica do processo de cura.

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12
Q

Quais são as fases da consolidação óssea secundária e o que acontece em cada uma delas?

A

A consolidação óssea secundária, ou endocondral, envolve quatro fases principais: inflamatória, calo mole, calo duro e remodelação. Na fase inflamatória, imediatamente após a fratura, ocorre a formação de um hematoma e uma resposta inflamatória ativa por até 72 horas. Durante a fase do calo mole, na primeira semana, células progenitoras diferenciam-se em condrócitos e osteoblastos. A fase do calo duro começa com a conversão da cartilagem em matriz cartilaginosa calcificada, com os condrócitos entrando em apoptose e os osteoblastos depositando osso reticulado, tornando o calo radiopaco. A última fase, de remodelação, pode durar meses a anos, com a ação equilibrada dos osteoblastos e osteoclastos transformando o tecido neformado para ser semelhante ao osso pré-lesional.

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13
Q

Qual é o papel dos estudos por imagem no diagnóstico inicial e tratamento de lesões ortopédicas?

A

Os estudos por imagem têm um papel fundamental no diagnóstico inicial e no tratamento de lesões ortopédicas. Eles auxiliam na confirmação ou exclusão de uma lesão quando o paciente pode fornecer informações sobre o trauma. Nos casos em que o paciente não é capaz de colaborar com anamnese e exame físico, os exames de imagem se tornam especialmente importantes para o diagnóstico

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14
Q

Qual é a regra básica que deve ser seguida em todos os atendimentos ortopédicos suspeitos de lesão musculoesquelética?

A

A regra básica em atendimentos ortopédicos, nos casos de suspeita de lesão musculoesquelética, é que ao menos uma radiografia simples deve ser realizada. Essa medida é crucial tanto para o diagnóstico quanto para a tomada de decisão sobre a forma de tratamento.

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15
Q

Quais são os dois pontos importantes para a escolha do método de imagem na investigação de um trauma musculoesquelético?

A

Dois pontos importantes na escolha do método de imagem para investigar um trauma musculoesquelético são: o conhecimento médico sobre a capacidade diagnóstica de cada tipo de exame e a disponibilidade de cobertura desses exames na rede de saúde. Embora a radiografia simples esteja amplamente disponível e seja capaz de diagnosticar a maioria das fraturas com um médico treinado, a escolha diagnóstica deve ser baseada na necessidade real do paciente para assegurar a melhor possibilidade de tratamento e recuperação.

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16
Q

Por que é importante compreender o mecanismo do trauma em um paciente com suspeita de fratura?

A

Compreender o mecanismo do trauma ajuda não apenas a direcionar o diagnóstico da fratura, mas também a suspeitar de possíveis lesões associadas. Isso permite uma abordagem mais abrangente do paciente, considerando as várias maneiras pelas quais diferentes tipos de trauma podem afetar o corpo, e assegura que todas as potenciais complicações sejam identificadas e tratadas de maneira eficaz.

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17
Q

Qual a importância de seguir as regras do ATLS ao realizar o exame físico em um paciente com fratura?

A

Seguir as regras do Advanced Trauma Life Support (ATLS) é crucial para garantir que o paciente com fratura, especialmente aquelas resultantes de um trauma de alta energia, seja avaliado de maneira sistemática e prioritária. Isso assegura que as condições que ameaçam a vida sejam identificadas e tratadas antes de proceder à avaliação específica da fratura, garantindo a estabilidade do paciente antes de abordar lesões potencialmente menos críticas.

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18
Q

Durante a inspeção de um paciente com suspeita de fratura, quais características devem ser observadas e por quê?

A

Na inspeção, deve-se observar características da pele, edema, deformidades, equimoses e a presença de ferimentos. Essas observações são fundamentais para avaliar a extensão do trauma, possíveis complicações da fratura, como lesões de tecidos moles, e para planejar o melhor curso de tratamento. A identificação de deformidades e equimoses pode oferecer pistas sobre a localização e gravidade da fratura, enquanto a presença de ferimentos abertos pode aumentar o risco de infecção.

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19
Q

Por que a palpação deve ser realizada com cautela em um paciente com fratura?

A

A palpação deve ser feita com cautela para evitar causar dor adicional ao paciente e potencialmente agravar a lesão. Uma abordagem cuidadosa também é necessária para identificar corretamente as áreas de sensibilidade, crepitação (que pode indicar fraturas) e para avaliar de maneira precisa a integridade dos tecidos ao redor da lesão.

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20
Q

Como a avaliação das condições neurovasculares contribui para o manejo de pacientes com fraturas?

A

Avaliar as condições neurovasculares é essencial para identificar qualquer alteração de sensibilidade ou perda de força muscular, bem como a presença de pulso periférico distal à fratura. Essa avaliação ajuda a detectar possíveis lesões em nervos ou vasos sanguíneos que possam ter sido afetados pela fratura ou pelo trauma. O manejo adequado dessas condições é crucial para prevenir complicações a longo prazo, como disfunção neuromuscular ou comprometimento da circulação sanguínea na área afetada.

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21
Q

Por que a classificação das fraturas em abertas e fechadas é considerada a mais básica e importante?

A

A classificação das fraturas em abertas e fechadas é fundamental porque reflete diretamente a integridade do invólucro de partes moles adjacentes à fratura. Fraturas abertas, com comunicação do foco fraturário com o meio externo, apresentam riscos adicionais de infecção e exigem abordagens diferenciadas no tratamento. Já as fraturas fechadas, sem tal comunicação, tendem a ter um manejo um pouco mais simples em termos de risco de infecção. Essa distinção inicial orienta as primeiras decisões sobre o plano de tratamento e medidas de precaução contra complicações.

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22
Q

Qual a importância da AO Foundation na homogeneização das classificações das fraturas e como isso impacta a prática médica?

A

A AO Foundation desempenha um papel crucial na homogeneização das classificações das fraturas por meio de seu sistema alfanumérico, que permite uma descrição precisa e reprodutível das fraturas entre médicos ao redor do mundo. Esse sistema facilita a comunicação, o planejamento do tratamento e a comparação de resultados de pesquisas ao padronizar a nomenclatura das fraturas. A implementação desse sistema ajuda a superar os desafios da reprodutibilidade entre médicos, contribuindo para uma abordagem mais unificada e eficaz no manejo das fraturas.

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23
Q

Como a estabilidade da fratura influencia a decisão entre um tratamento conservador e cirúrgico?

A

A estabilidade da fratura é um critério crucial na escolha do tratamento. Fraturas consideradas estáveis, com baixo risco de deslocamento entre os fragmentos, podem ser tratadas de maneira conservadora, focando na imobilização para permitir a cicatrização. Por outro lado, fraturas instáveis, com alto risco de deslocamento, tendem a necessitar de intervenção cirúrgica para assegurar a estabilidade adequada e promover a cura. A decisão baseia-se na avaliação da estabilidade da fratura e no potencial de cicatrização óssea sem deslocamento adicional dos fragmentos.

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24
Q

Quais são os métodos disponíveis para gerar a estabilidade necessária no tratamento de fraturas e como eles diferem?

A

Existem três métodos principais para obter a estabilidade necessária no tratamento de fraturas: tutores externos, tutores internos extramedulares e tutores internos intramedulares. Tutores externos, como imobilizações gessadas e órteses, são menos invasivos e adequados para fraturas mais estáveis. Tutores internos extramedulares, como placas e parafusos, e tutores internos intramedulares, como hastes intramedulares, são utilizados em procedimentos cirúrgicos para fraturas que requerem estabilização interna direta. A escolha entre esses métodos depende da natureidade da fratura, do potencial de cicatrização, das necessidades específicas do paciente e da experiência do cirurgião, buscando o método mais adequado para cada caso.

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25
Q

Qual a vantagem do sistema alfanumérico implementado pela AO Foundation na classificação de fraturas?

A

O sistema alfanumérico da AO Foundation oferece uma vantagem significativa ao permitir uma descrição precisa, detalhada e facilmente reprodutível das fraturas. Isso facilita a comunicação entre os profissionais de saúde, a elaboração de planos de tratamento mais específicos, a educação médica e a pesquisa clínica ao estabelecer uma linguagem comum que pode ser compreendida globalmente. Além disso, ao classificar os ossos e as características das fraturas de maneira padronizada, contribui para a precisão no diagnóstico e na avaliação do prognóstico.

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26
Q

Por que existem classificações específicas para cada osso e traço de fratura, e como isso influencia o tratamento?

A

As classificações específicas para cada osso e traço de fratura são importantes porque cada tipo de osso e cada padrão de fratura podem ter implicações diferentes no tratamento e no prognóstico. Essas classificações detalhadas ajudam a orientar as decisões clínicas, como a escolha do método de imobilização ou a necessidade de cirurgia, além de influenciar as expectativas quanto ao tempo de recuperação e à funcionalidade futura da área afetada. A complexidade e a localização da fratura determinam a abordagem terapêutica mais adequada, que visa maximizar a recuperação e minimizar as complicações.

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27
Q

Como a reprodutibilidade entre os médicos ao classificar fraturas impacta o cuidado ao paciente?

A

A reprodutibilidade entre os médicos na classificação de fraturas é crucial para garantir um alto padrão de cuidado ao paciente. Quando diferentes profissionais conseguem classificar e interpretar as fraturas da mesma forma, isso assegura que os tratamentos propostos sejam consistentes e baseados nas melhores práticas e evidências disponíveis. Isso também facilita o acompanhamento do paciente por diferentes especialistas, a discussão de casos em equipes multidisciplinares e a comparação de resultados de tratamentos em estudos de pesquisa, contribuindo para a melhoria contínua da qualidade do atendimento médico.

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28
Q

Explique a importância da estabilidade em uma fratura e como isso determina a abordagem de tratamento.

A

A estabilidade de uma fratura é um indicador crucial da capacidade dos fragmentos ósseos de permanecerem em alinhamento adequado durante o processo de cicatrização. Fraturas instáveis têm maior risco de deslocamento, o que pode levar a complicações como cicatrização inadequada, deformidade e perda de função. A determinação da estabilidade influencia diretamente a escolha entre tratamento conservador (imobilização) e cirúrgico (fixação interna ou externa). O objetivo é proporcionar o ambiente mais propício para a cicatrização óssea, minimizando o risco de deslocamento e facilitando a recuperação funcional ótima.

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29
Q

Discuta a variedade de opções de tratamento para fraturas e como a seleção é personalizada para cada caso.

A

A escolha do tratamento para fraturas varia amplamente, incluindo opções conservadoras, como tutores externos (gesso, órteses), e procedimentos cirúrgicos que utilizam tutores internos extramedulares (placas e parafusos) ou intramedulares (hastes). A seleção do método de tratamento é personalizada com base em vários fatores, incluindo a localização e o tipo da fratura, o nível de estabilidade, a presença de lesões associadas, o estado de saúde geral do paciente e as expectativas funcionais. A experiência do cirurgião e a infraestrutura disponível também influenciam a escolha do tratamento, buscando-se sempre a opção que ofereça a melhor recuperação possível com o menor risco de complicações.

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30
Q

Qual a importância da classificação de Gustilo e Anderson para as fraturas abertas?

A

A classificação de Gustilo e Anderson é essencial para o manejo adequado das fraturas abertas, pois fornece uma base para descrever a gravidade da fratura com base em critérios como o tamanho do ferimento, o grau de contaminação, a lesão de partes moles, e o grau de cominuição do osso. Essa classificação não apenas ajuda na descrição e no entendimento da severidade da fratura, mas também orienta a antibioticoprofilaxia apropriada para cada caso, crucial na prevenção de infecções.

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31
Q

Por que o tamanho da ferida nem sempre é determinante na classificação das fraturas abertas segundo Gustilo e Anderson?

A

Embora o tamanho da ferida seja um indicador visual imediato da gravidade da fratura aberta, ele não é o único, nem sempre o mais importante, critério a ser considerado. A classificação adequada requer também a avaliação do grau de contaminação, da lesão de partes moles e da cominuição do osso. Uma ferida relativamente pequena pode esconder uma lesão grave de partes moles ou uma alta contaminação, o que exigiria uma classificação e tratamento diferenciados.

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32
Q

Como a presença de gotículas de gordura no conteúdo sanguíneo pode indicar uma fratura aberta?

A

A presença de gotículas de gordura no conteúdo sanguíneo exposto durante a avaliação de um ferimento pode ser um indicativo de fratura aberta, especialmente quando a visualização direta do osso não é possível devido ao tamanho da ferida. Essas gotículas podem originar-se da medula óssea, indicando que o osso foi comprometido e que partes do seu interior foram expostas ao meio externo, caracterizando a fratura como aberta.

33
Q

Qual a abordagem para a antibioticoprofilaxia nas fraturas abertas e como ela varia conforme a classificação de Gustilo e Anderson?

A

A antibioticoprofilaxia nas fraturas abertas deve ser iniciada o mais rapidamente possível após a lesão e é guiada pela classificação de Gustilo e Anderson. Para fraturas dos tipos I e II, uma cefalosporina de primeira geração é geralmente recomendada. Para fraturas do tipo III, adiciona-se um aminoglicosídeo para ampliar a cobertura antibiótica. Em ambientes rurais, onde o risco de contaminação por agentes anaeróbios é maior, recomenda-se adicionar penicilina ou metronidazol. Essa estratégia específica visa prevenir infecções, considerando a gravidade da fratura e o ambiente de ocorrência.

34
Q

De que maneira a energia cinética dispendida no trauma influencia as características de uma fratura aberta?

A

A quantidade de energia cinética dispendida no mecanismo do trauma influencia diretamente as características de uma fratura aberta, incluindo o grau de lesão das partes moles e a cominuição do osso. Traumas de alta energia tendem a causar fraturas abertas mais severas, com maior dano aos tecidos moles e maior fragmentação óssea. Isso se deve tanto à ação de agentes externos, que podem lesar as partes moles de fora para dentro, quanto à ação do próprio osso, lesionando as partes moles de dentro para fora. A compreensão dessa dinâmica é crucial para avaliar corretamente a gravidade da fratura e planejar o tratamento adequado.

35
Q

Como a ação de um agente externo e a ação do próprio osso diferem na forma como causam fraturas abertas?

A

Fraturas abertas podem ocorrer de duas maneiras principais: através da ação de um agente externo, que lesiona as partes moles e o osso de fora para dentro, ou pela ação do próprio osso, que, ao fraturar-se, lesiona as partes moles de dentro para fora. A primeira situação geralmente envolve um objeto ou força externa penetrando diretamente na pele e nos tecidos até atingir o osso, enquanto a segunda envolve a fratura do osso que, devido ao impacto ou força aplicada, move-se e perfura as partes moles circundantes. Ambos os mecanismos indicam uma liberação significativa de energia cinética e apresentam riscos elevados de contaminação e complicação.

36
Q

Por que o grau de contaminação é um critério importante na classificação das fraturas abertas?

A

O grau de contaminação é crucial na classificação das fraturas abertas devido ao risco significativo de infecção que ele representa. Fraturas abertas estão expostas ao ambiente externo, tornando-as suscetíveis à entrada de bactérias e outros patógenos nos tecidos e na cavidade óssea. O grau de contaminação influencia diretamente a escolha do regime de antibioticoprofilaxia e as medidas de tratamento a serem adotadas para prevenir infecções, que podem complicar significativamente a recuperação da fratura.

37
Q

Quais são os desafios na avaliação do tamanho da ferida em fraturas abertas e como isso afeta o diagnóstico?

A

O desafio na avaliação do tamanho da ferida em fraturas abertas reside na possibilidade de que a ferida externa não reflita adequadamente a extensão do dano interno, especialmente em termos de lesão das partes moles e exposição óssea. Uma ferida pequena pode ocultar uma lesão interna significativa. Esse fato afeta o diagnóstico ao exigir uma avaliação cuidadosa e, muitas vezes, o uso de exames complementares para entender completamente a gravidade da fratura, a extensão do dano aos tecidos moles e a necessidade de tratamentos específicos.

38
Q

Como a identificação de gotículas de gordura no conteúdo sanguíneo pode influenciar o manejo clínico de uma fratura aberta?

A

A identificação de gotículas de gordura no conteúdo sanguíneo exposto durante a avaliação de uma ferida pode indicar a presença de uma fratura óssea que comunicou com o meio externo. Esse achado sugere que fragmentos do osso, especificamente da medula óssea, foram deslocados para a ferida. Essa informação é crucial para o manejo clínico, pois reforça a necessidade de uma abordagem cuidadosa quanto à limpeza e desbridamento do ferimento, ao regime de antibioticoprofilaxia e à avaliação detalhada da fratura para planejar o tratamento mais adequado.

39
Q

Qual a relevância de considerar o ambiente em que a fratura aberta ocorreu ao escolher a antibioticoprofilaxia?

A

O ambiente em que a fratura aberta ocorreu é relevante para a escolha da antibioticoprofilaxia porque diferentes ambientes podem expor a fratura a diferentes tipos de contaminantes. Por exemplo, fraturas ocorridas em ambientes rurais podem ter maior risco de contaminação por bactérias anaeróbias presentes no solo, o que justifica a adição de penicilina ou metronidazol ao regime antibiótico. Essa consideração ajuda a garantir que a antibioticoprofilaxia seja eficaz contra os agentes patogênicos mais prováveis, minimizando o risco de infecções e promovendo uma recuperação mais segura e eficiente.

40
Q

Quais são os passos iniciais recomendados no atendimento de fraturas expostas para garantir o melhor prognóstico possível?

A

Os passos iniciais no atendimento de fraturas expostas incluem a avaliação inicial pela abordagem ABCDE, estabilização do paciente, remoção de contaminação grosseira, aplicação de um curativo estéril, imobilização adequada do membro para transporte, administração de antibioticoprofilaxia, fornecimento de analgesia, e o encaminhamento para tratamento cirúrgico. Estas etapas visam minimizar o risco de complicações, como infecção, e preparar o paciente para o tratamento definitivo da fratura.

41
Q

Qual é a relevância da limpeza e do desbridamento nos casos de fraturas expostas e como isso impacta o prognóstico?

A

: A limpeza mecânico-cirúrgica e o desbridamento dos tecidos desvitalizados são cruciais nos casos de fraturas expostas para reduzir o risco de infecção e promover um ambiente mais propício à cicatrização. A remoção de detritos e tecidos não viáveis diminui a carga bacteriana no local da fratura e prepara o terreno para a reparação óssea e das partes moles, influenciando positivamente o prognóstico ao evitar complicações infecciosas e facilitar a recuperação.

42
Q

Por que as fraturas expostas requerem geralmente fixação com fixador externo antes da osteossíntese definitiva?

A

: Nas fraturas expostas, a fixação inicial com fixador externo é comumente utilizada até que as condições das partes moles sejam favoráveis para a implantação do material de osteossíntese definitivo. Isso se deve à necessidade de estabilizar a fratura minimizando o risco adicional de dano aos tecidos já traumatizados. A fixação externa permite uma estabilização eficaz da fratura, enquanto proporciona tempo para que a inflamação e o risco de infecção diminuam, criando um cenário mais seguro para a cirurgia definitiva.

43
Q

Como a presença de lesão vascular influencia o tratamento de fraturas expostas classificadas como tipo IIIC de Gustilo e Anderson?

A

Fraturas expostas classificadas como tipo IIIC, caracterizadas pela presença de lesão vascular que requer reparo, demandam uma abordagem cirúrgica mais complexa. A prioridade é restaurar o fluxo sanguíneo adequado ao membro afetado, além de tratar a fratura e as lesões de partes moles. Isso geralmente envolve uma cirurgia vascular emergencial para reparar o vaso danificado, seguida pela estabilização da fratura e desbridamento. A presença de lesão vascular aumenta a gravidade da lesão e exige uma intervenção rápida e coordenada para evitar complicações graves, como a perda do membro.

44
Q

Por que as fraturas da placa de crescimento são de particular preocupação em crianças e adolescentes?

A

As fraturas da placa de crescimento são particularmente preocupantes em crianças e adolescentes porque estas estruturas são responsáveis pelo crescimento longitudinal dos ossos. Danos às placas de crescimento podem afetar o desenvolvimento normal dos ossos, potencialmente resultando em crescimento irregular, deformidades ou discrepância no comprimento dos membros. Isso se deve ao fato de que as placas de crescimento são menos densas que o osso adjacente e mais suscetíveis a forças deformantes em caso de trauma.

45
Q

Como a classificação de Salter-Harris ajuda no manejo das fraturas da placa de crescimento?

A

A classificação de Salter-Harris ajuda no manejo das fraturas da placa de crescimento ao categorizar as fraturas com base na extensão do traço de fratura em relação à placa de crescimento, metáfise e epífise. Esta classificação fornece informações cruciais sobre o prognóstico dessas lesões, permitindo aos profissionais de saúde prever potenciais complicações no crescimento e desenvolvimento ósseo, além de orientar o tratamento mais apropriado para minimizar o impacto na função e crescimento futuros do osso afetado.

46
Q

Qual tipo de fratura de Salter-Harris é mais comum e qual é a sua característica distintiva?

A

O tipo II da classificação de Salter-Harris é o mais comum e caracteriza-se por um traço de fratura que se estende acima da placa de crescimento, incluindo um fragmento característico conhecido como Triângulo de Thurston-Holland. Esta particularidade ajuda na identificação e classificação da fratura, fornecendo insights valiosos para o planejamento do tratamento adequado.

47
Q

Quais são as implicações a longo prazo das fraturas tipo V de Salter-Harris?

A

As fraturas tipo V de Salter-Harris, nas quais a placa de crescimento é impactada ou “esmagada”, podem ter implicações significativas a longo prazo, incluindo o risco de cessação prematura do crescimento na área afetada. Isso pode levar a deformidades ósseas, discrepâncias no comprimento dos membros ou problemas articulares, devido à interrupção do crescimento ósseo normal e ao potencial desalinhamento das estruturas adjacentes.

48
Q

Por que é crucial identificar e tratar adequadamente as fraturas da placa de crescimento em estágios iniciais?

A

É crucial identificar e tratar adequadamente as fraturas da placa de crescimento em estágios iniciais para minimizar o risco de complicações futuras, como crescimento irregular, discrepâncias no comprimento dos membros, ou deformidades. Um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz podem ajudar a preservar a função normal da placa de crescimento, promover a cicatrização adequada e garantir que o crescimento e desenvolvimento ósseo da criança ou adolescente não sejam indevidamente afetados.

49
Q

Quais são os fatores que influenciam o risco de desenvolvimento de osteomielite em pacientes com fraturas expostas?

A

O risco de desenvolvimento de osteomielite em pacientes com fraturas expostas depende de vários fatores, incluindo a gravidade da lesão, o grau de contaminação bacteriana, a adequação do desbridamento cirúrgico e a administração apropriada de antibióticos. A eficácia do desbridamento em remover tecido contaminado ou necrótico e o uso adequado de terapia antimicrobiana são cruciais para prevenir a infecção óssea.

50
Q

Como a embolia gordurosa se desenvolve e quais são suas manifestações clínicas mais comuns?

A

A embolia gordurosa desenvolve-se quando a ruptura do osso trabecular e o extravasamento do conteúdo da medula óssea, incluindo partículas de gordura, entram na circulação periférica, levando à obstrução de pequenos vasos pulmonares, cerebrais ou renais. Manifesta-se comumente entre 12 a 72 horas após o trauma, podendo ocorrer até duas semanas depois. As manifestações clínicas incluem taquipneia, taquicardia, febre, disfunção respiratória que pode variar de taquipneia a insuficiência respiratória, alterações neurológicas e a presença de petéquias, formando uma tríade clássica.

51
Q

Qual é a abordagem de tratamento para a osteomielite associada a fraturas?

A

O tratamento inicial para a osteomielite associada a fraturas envolve desbridamento cirúrgico com irrigação com soro fisiológico, obtenção de biópsia óssea para cultura, fixação da fratura (se necessário) e terapia antimicrobiana guiada por cultura. O objetivo é remover tecido infectado ou necrótico, estabilizar a fratura para promover a cicatrização e administrar antibióticos específicos com base nos patógenos identificados para erradicar a infecção.

52
Q

Quais medidas são prioritárias no manejo da embolia gordurosa?

A

No manejo da embolia gordurosa, as medidas prioritárias incluem suporte ventilatório e hemodinâmico para manter a função pulmonar adequada e a estabilidade circulatória. Embora não haja um tratamento específico para a embolia gordurosa, o foco está em suportar os sistemas vitais afetados e prevenir complicações secundárias, como hipoxemia e choque.

53
Q

Quais organismos são mais comumente implicados na osteomielite associada a fraturas e como isso influencia a escolha do tratamento antibiótico?

A

Os organismos mais comumente implicados na osteomielite incluem Staphylococcus aureus, estafilococos coagulase-negativos e bacilos aeróbios gram-negativos. Outros patógenos menos comuns incluem enterococos, anaeróbios, fungos e micobactérias. A escolha do tratamento antibiótico é influenciada pelo perfil de sensibilidade dos patógenos identificados, exigindo um regime antimicrobiano que seja eficaz contra os microorganismos específicos envolvidos na infecção. Em casos de fraturas associadas à água, agentes capazes de tratar pseudomonas também são considerados.

54
Q

Quais são os sinais e sintomas característicos da síndrome compartimental e por que os pulsos periféricos permanecem preservados?

A

Os sinais e sintomas característicos da síndrome compartimental incluem dor desproporcional à lesão, dor à mobilização muscular passiva, edema, alterações sensoriais e motoras. Curiosamente, os pulsos periféricos costumam estar preservados, mesmo na presença desta condição, porque a pressão aumentada dentro do compartimento afetado compromete principalmente a microcirculação capilar e a perfusão tecidual, sem necessariamente afetar as artérias maiores que fornecem os pulsos periféricos.

55
Q

Como a tríade de Virchow contribui para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (TVP) em pacientes com fraturas?

A

A tríade de Virchow, que propõe que a trombose ocorra como resultado de alterações no fluxo sanguíneo (estase), lesão endotelial vascular e alterações nos constituintes do sangue (estado hipercoagulável), é especialmente relevante em pacientes com fraturas. Fraturas, particularmente dos ossos longos, e procedimentos cirúrgicos podem aumentar significativamente o risco de TVP ao induzir estase sanguínea devido à imobilização, lesar o endotélio vascular e promover um estado hipercoagulável, tanto por mecanismos inflamatórios quanto pela liberação de substâncias procoagulantes.

56
Q

Qual é a abordagem de tratamento para a pseudoartrose e quais fatores contribuem para o seu desenvolvimento?

A

O tratamento para a pseudoartrose foca em estabilizar adequadamente a fratura e/ou melhorar o suporte biológico local. Isso pode envolver procedimentos cirúrgicos para fixação interna ou externa da fratura, enxertos ósseos para promover a osteogênese ou outras técnicas para estimular a cicatrização óssea. Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da pseudoartrose incluem a falta de suporte biológico adequado e a estabilização insuficiente dos fragmentos fraturários, o que impede o processo natural de consolidação óssea.

57
Q

Quais são os principais sinais de alerta para o diagnóstico precoce de trombose venosa profunda (TVP) após procedimentos ortopédicos?

A

Os principais sinais de alerta para o diagnóstico precoce de TVP incluem empastamento muscular, dor crescente, eritema e aumento da temperatura local. Esses sintomas indicam a possível formação de um trombo nas veias profundas, geralmente das extremidades inferiores, e exigem avaliação e intervenção imediatas para prevenir complicações graves, como a embolia pulmonar. A anticoagulação é a base do tratamento para evitar a progressão da trombose.

58
Q

Por que a fasciotomia é considerada o tratamento mais efetivo para a síndrome compartimental?

A

A fasciotomia é considerada o tratamento mais efetivo para a síndrome compartimental porque permite a redução imediata da pressão intracompartimental, restaurando a perfusão tecidual e prevenindo a progressão para isquemia, necrose muscular e danos nervosos. Este procedimento cirúrgico envolve a abertura da fáscia para aliviar a pressão dentro do compartimento afetado, abordando diretamente a causa do comprometimento vascular e prevenindo danos teciduais irreversíveis.

59
Q

Descreva a antibioticoprofilaxia recomendada para fraturas expostas Tipo 1 e Tipo 2 de acordo com a classificação de Gustilo-Anderson

A

Para fraturas expostas Tipo 1 e Tipo 2, a antibioticoprofilaxia recomendada é uma Cefalosporina de 1ª geração.

60
Q

Qual é a antibioticoprofilaxia recomendada para fraturas expostas Tipo 3 (A, B, C) segundo Gustilo-Anderson?

A

Para fraturas Tipo 3 (A, B, C), a antibioticoprofilaxia recomendada é Cefalosporina de 1ª geração + Aminoglicosídeo, com a opção de usar Cefalosporina de 3ª geração.

61
Q

Qual antibioticoprofilaxia é recomendada para fraturas expostas em área rural?

A

Para fraturas em área rural, a antibioticoprofilaxia recomendada é Cefalosporina de 1ª geração + Aminoglicosídeo + Penicilina, com a opção de Cefalosporina de 3ª geração para cobertura ampliada.

62
Q

Quais são as duas medidas principais no atendimento pré-hospitalar de fraturas expostas?

A

As medidas principais são: 1) Cobertura da ferida com curativo estéril ou material limpo. 2) Imobilização provisória usando talas, órteses ou similares.

63
Q

Quais aspectos são avaliados na avaliação primária de uma fratura exposta?

A

Na avaliação primária, verifica-se a ectoscopia (exposição óssea), avaliação de sangramentos, lesão de partes moles e enfisema subcutâneo.

64
Q

Quais procedimentos são realizados no atendimento hospitalar de fraturas expostas?

A

: Procedimentos incluem: cobertura da ferida (se não realizada), manipulação da ferida apenas em Centro Cirúrgico, avaliação completa com raio-X, coleta de material para culturas, e profilaxia antibiótica e de tétano.

65
Q

Características da fratura exposta Tipo 1 segundo Gustilo-Anderson.

A

Tamanho da ferida menor que 1 cm, limpa, com lesão mínima de partes moles.

66
Q

Características da fratura exposta Tipo 2 segundo Gustilo-Anderson.

A

Tamanho da ferida maior que 1 cm e menor que 10 cm, moderadamente contaminada, com lesão moderada de partes moles.

67
Q

Características da fratura exposta Tipo 3A segundo Gustilo-Anderson.

A

: Tamanho da ferida maior que 10 cm, contaminada, com lesão grave de partes moles, mas cobertura cutânea possível

68
Q

: Características da fratura exposta Tipo 3B segundo Gustilo-Anderson.

A

Tamanho da ferida maior que 10 cm, contaminada, com lesão grave de partes moles e cobertura cutânea deficiente.

69
Q

Características da fratura exposta Tipo 3C segundo Gustilo-Anderson.

A

Tamanho da ferida maior que 10 cm, contaminada, com lesão grave de partes moles e lesão vascular que requer reparo.

70
Q

Por que a classificação de Gustilo-Anderson é importante?

A

Essencial para orientação no prognóstico da lesão, escolha do melhor método de tratamento, diminuição da incidência de complicações tardias e auxílio no tratamento cirúrgico definitivo.

71
Q

: O que é a classificação de Tscherne e Gotzen?

A

Uma classificação para fraturas fechadas que considera o comprometimento grave do envelope de partes moles, indicando que algumas fraturas fechadas podem evoluir similarmente às fraturas expostas mesmo sem exposição do foco de fratura.

72
Q

Quais são os “4C” para avaliar a viabilidade muscular em lesões?

A

Cor, Consistência, Contratilidade, e Capacidade de sangramento.

73
Q

Qual é o princípio para o manejo de tendões em lesões?

A

Os tendões deverão ser preservados o máximo possível.

74
Q

Como devem ser tratados os nervos lesionados que são possíveis de reparo?

A

Nervos lesionados possíveis de reparo devem ser suturados com fio adequado.

75
Q

Qual é a abordagem para vasos sanguíneos lesionados?

A

Vasos arteriais devem ser suturados, e o alinhamento ósseo e redução da fratura contribuem significativamente para o restabelecimento da perfusão. Avaliação da equipe vascular é importante.

76
Q

Quais são os critérios para o fechamento primário da ferida?

A

Lesão limpa, sem ambiente altamente contaminado, todos os tecidos necróticos e materiais estranhos retirados, circulação e inervação do membro preservadas, sutura sem tensão, sem criação de espaço morto, e o paciente não sofreu lesão em múltiplos sistemas.

77
Q

Quando o fechamento secundário da ferida é considerado?

A

Se o ferimento não pode ser fechado até o quinto dia, há tecido necrótico residual, infecção associada, risco de síndrome compartimental, ou quando é utilizado fechamento por curativo a vácuo.

78
Q

Quais são as etapas de controle pós-operatório em lesões?

A

Radiografia dos membros e articulações envolvidas, avaliar nova abordagem em 24 ou 48 horas (Second Look), exames laboratoriais e de imagem complementares, e programar cirurgia definitiva (fixação interna) se não realizada na primeira avaliação.