Fratura de fêmur proximal Flashcards

1
Q

Qual a incidência das fraturas de femur proximal na criança?

A

• Raras – 1%

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2
Q

Como ocorre o desenvolvimento e a ossificação do fêmur proximal?

A

• Ossificação do fêmur começa na sétima semana de vida intra-uterina
• Porção medial cresce mais rápido que a lateral
• Epífise da CF começa a ossificar dos 4-6 meses

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3
Q

Com qual idade ocorre a ossificação do trocanter maior e menor do fêmur?

A

Trocanter maior = 4 anos.
Trocanter menor = 10 anos.

obs: Fusão das fises cervicais e trocantericas = 14 anos meninas e 16 anos em meninos

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4
Q

Como é a vascularização do fêmur proximal em cada idade?

A

○ 0-4 anos: vasos metafisários até a cabeça (até com crescimento da fise - barreira)
○ >4 anos: Circunflexa medial > sistema retinacular > vasos epifisários laterais
○ Ligamento Redondo
§ Pouca importância na criança (<8a)
Adultos suprem até 20%

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5
Q

Qual é a Tríade da mulher atleta?

A

Amenorréia, anorexia, osteoporose

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6
Q

Qual o mecanismo do trauma nas fraturas de fêmur proximal na criança?

A

• Alta energia – Porção muito resistente do esqueleto (acidente automobilístico – queda de altura – atropelamento)
• Região mais fraca – fise.
• Atenção para fraturas patológicas – baixa energia.

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7
Q

Quais são as lesões associadas mais comuns com a fratura de fêmur proximal na criança?

A

• TCE
• Fratura pelve
• Fratura fêmur exposta
• Fratura subtrocantérica
• Lesões faciais
• Clavícula
• Órgãos internos

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8
Q

Qual é a clínica da fratura de fêmur proximal da criança?

A

• Não deambula
• Dor, encurtamento e RE do membro

obs: na fratura por estresse: continua deambulando e dor pode ser referida no joelho e dores aos extremos do movimento, principalmente RI

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9
Q

Como é a posição antálgica de Bonet?

A

Na fx de fêmur proximal, ENCURTAMENTO + ABDUÇÃO + ROTAÇÃO LATERAL

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10
Q

Como é a clínica e o diagnóstico da fx de fêmur proximal no RN?

A

• RN: como CF não aparece ao RX, alto índice de suspeição -
○ ENCURTAMENTO + ABDUÇÃO + ROTAÇÃO LATERAL (POSIÇÃO ANTALGICA DE BONET)
○ Pseudoparalisia e encurtamento
○ Diferencial: AS e luxação
○ Diagnóstico: US
○ RX: cavalgamento do fêmur simulando luxação

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11
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais na fratura de fêmur proximal na criança?

A

• Perthes: RNM
• Sinovite
• Hemartrose espontânea
• Infecção: HMG, VHS, PCR, TEMP ˚C

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12
Q

Qual é a classificação da fratura de fêmur proximal na criança?

A

Delbet Colona
Tipo I: Transepifisária
• A: sem deslocamento
• B: com deslocamento
Tipo II: Transcervical
Tipo III: Cervicotrocantérica
Tipo IV: Intertrocantérica

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13
Q

Como é a classificação de Delbet Colona?

A

Fx de fêmur proximal na criança

Tipo I: Transepifisária
• A: sem deslocamento
• B: com deslocamento
Tipo II: Transcervical
Tipo III: Cervicotrocantérica
Tipo IV: Intertrocantérica

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14
Q

Como é o tipo 1 na classificação de Delbet Colona?

A

TIPO 1
• Transepifisárias
• Crianças mais novas
• IA: sem luxação colo-acetabulo
○ < 2-3 anos melhor prognóstico – geralmente não ocorre ONCF, mas pode ocorrer coxa vara e fechamento prematuro da fise e discrepância de membros
• IB: com luxação (50%):
○ NAV e fechamento fise em ~100%
○ Desvio da cabeça para posterolateral
○ Alta energia
§ Dxd com epifisiolise (baixa energia e adolescentes…)

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15
Q

Como é o tipo 2 na classificação de Delbet Colona?

A

TIPO 2
• Transcervical: Entre a fise e linha intertrocantérica
• Mais comum – 45-50%
• Intracapsulares: Papel da hemartrose na NAV
• NAV = 28%
• 15% PSA
• Maioria desviada (77%): Pior prognóstico
tto cx se desviada

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16
Q

Como é o tipo 3 na classificação de Delbet Colona?

A

TIPO 3
• Cervicotrocantérica: Acima ou anterior a linha intertrocantérica
• Segunda mais comum – 34%
• Intra ou extracapsulares
• NAV: 18% - Relação direta com desvio
• Fechamento da fise: 25%
• Coxa vara: 14%

17
Q

Como é o tipo 4 na classificação de Delbet Colona?

A

TIPO 4
• Intertrocantérica
• 12%
• Extracapsular
• Melhor prognóstico.
• NAV rara (5%).
• Coxa Vara e fechamento fise pode ocorrer

18
Q

Como é o tto conservador da fratura de fêmur proximal na criança? Quando é indicado?

A

Indicações
• 0-2 anos com fraturas tipo I minimamente desviadas
• 0-5 anos com fratura tipo II ou III minimamente desviadas
• Fx por stress sem desvio
Técnicas
• < 1 ano: Pavlik ou órtese de abdução
• 1-5 anos: gesso pelvipodálico

19
Q

Como é o tto cirurgico da fratura de fêmur proximal na criança? Quando é indicado?

A

Indicações
• Fraturas desviadas
• Fratura sem desvio em > 5 anos
Técnicas
• Fx sem desvio = fixação percutânea
• Redução fechada (Tração, Abdução e Rotação Interna)
• Redução aberta: qualquer desvio pós tentativa de redução incruenta (reduzir risco necrose)

20
Q

Como é o tratamento na fratura de fêmur proximal na criança tipo 1 na classificação de Delbet Colona?

A

TRATAMENTO – TIPO I
• Baseado na idade e estabilidade pós redução
• < 2 anos, sem desvio: GESSO PELVIPODÁLICO
○ Em leve abdução e rotação neutra (fratura tende a desviar em varo e RE); 8-12 s
• < 2 anos, desviada: REDUÇÃO INCRUENTA + GESSO PELVIPODÁLICO
○ Tração, abdução e RI
• instável pós redução OU > 2 anos: REDUÇÃO INCRUENTA E FIXAÇÃO
○ Fios lisos cruzando a fise e penetrando CF se criança pequena ou parafusos canulados nas maiores (> 10 anos)
• REDUÇÃO ABERTA E FIXAÇÃO: irredutíveis e IB
PÓS-OP: gesso (exceto crianças maiores com parafuso) e RMS em 8-12 semanas nas menores

21
Q

Como é o tratamento na fratura de fêmur proximal na criança tipo 2 e 3 na classificação de Delbet Colona?

A

TRATAMENTO – TIPO II e III
• GESSO: sem desvio, < 5 anos
• REDUÇÃO E GESSO: com desvio, < 5 anos
• REDUÇÃO, FIXAÇÃO E GESSO: devido perda de redução mesmo nas sem desvio ou > 5 anos.
○ Três parafusos canulados se o colo comportar (~adulto)
○ Sem atravessar fise (nas tipo II pode ter que atravessar para maior estabilidade)
○ RMS em 6 meses.
○ Se mais baixa a fratura: até placa e parafuso compressão pediátrico
• REDUÇÃO ABERTA: comum, normalmente Watson-Jones (Acesso Antero Lateral)

22
Q

Como é o tratamento na fratura de fêmur proximal na criança tipo 4 na classificação de Delbet Colona?

A

TRATAMENTO – TIPO IV
• Maioria conservador
• Tração e gesso
• Fixação se politrauma, desvio ou impossibilidade de manter redução, crianças maiores (que podem usar muletas): DHS pediátrico

23
Q

Como é o acesso Watson-jones?

A

Watson-Jones
• Acesso Antero Lateral
• Casos que necessitam de redução
• Abre a fáscia lata
• Entre o tensor da fáscia lata e glúteo médio
• Capsolotomia em T

24
Q

Como é o acesso de Smith-petersen?

A

Smith-Petersen
• Acesso Anterior
• Acesso tipo bikini
• Entre o sartório e glúteo médio
• Desinserção do reto femoral (parte reflexa)
• Cuidar com n. cutaneo femoral lateral

25
Q

Quais as complicações mais comuns na fratura de fêmur proximal na criança?

A

Necrose Avascular
• Complicação mais grave e mais frequente (30%)
• Fatores de risco
○ Grau de desvio inicial
○ Crianças mais velhas
• Incidência: I (38%) II (28%) III (18%) IV (5%)
• Menor risco se fixada em <24h

• FECHAMENTO PRECOCE DA FISE
	○ 28%, maior nos tipos II e III e quando síntese penetra fise
	○ 13% do crescimento do membro
	○ Maior repercussão nos mais jovens
	○ Tratamento se discrepância final > 2,5cm

• PSA
	○ 7%, acontece nas tipo II e III
	○ Causa: não obtenção de redução anatômica
	○ 3-6 meses sem sinais mínimos de consolidação
	○ Tratamento: cirúrgico = fixação interna ou osteotomia valgizante subtrocanterica
 
• INFECÇÃO
	○ Rara, 1%
	
• COXA VARA
	○ 20-30% (menor se fixação interna)
	○ Causas: PSA, NAV, fechamento precoce da fise
	○ Crescimento do Trocanter maior
	○ Encurtamento e debilidade dos abdutores
	○ Remodelamento: <8 anos com angulo > 110˚
	○ Osteotomia: pacientes mais velhos (> 8 anos e < 110 graus)
26
Q

Como é a classificação para necrose avascular do fêmur proximal?

A

Classificação de RATLIFF para NAV
• Tipo I: toda a cabeça
○ Mais grave e mais comum.
○ Todos os vasos retinaculares
• Tipo II: parcial da epífise proximal (anterolateral)
○ Alguns vasos retinaculares
• Tipo III: da linha de fratura à fise.
○ Raro mas com bom prognóstico.
○ Vasos metafisários