fisio 1 - mecânica da respiração Flashcards

1
Q

Aquecimento do ar

A

✓ Se dá pela rica vascularização existente nas
cavidades nasais
✓ Geralmente, o ar é aquecido 2°C acima da
temperatura corporal, com intuito de evitar
estímulos dolorosos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Umidificação do ar

A

✓ Se dá pelo vapor d’água que o ar recebe à medida
em que entra nas vias aéreas
✓ Sem essa umidificação, o ar pode causar
ressecamento, o que pode aumentar a proliferação de bactérias
obs: quando um paciente realiza uma traqueostomia, o ar deixa de ser umidificado pela porção condutora mais superior, o que pode
facilitar o ressecamento e, por conseguinte, aumentar a probabilidade de uma infecção
bacteriana

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Filtração do ar

A

✓ Ao ser inspirado, o ar entra pelo nariz em uma alta
velocidade. Ao colidir contra as
superfícies, sobretudo das cavidades nasais, muda de direção.
✓ As partículas maiores não conseguem ter a mesma rapidez na mudança de direção, ficando retidas no muco localizado nas superfícies do epitélio da porção condutora
inicial.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Secreção de muco

A

✓ Se dá pela presença de células caliciformes no
epitélio respiratório.
✓ É viscoso e facilita a aderência de partículas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Revestimento epitelial ciliado

A

✓ A presença de cílios possibilita a movimentação
do muco, evitando o acúmulo, o que impede a proliferação de bactérias.
✓ A células também produzem uma solução salina
diluída, que impede a adesão dos cílios ao muco.
✓ Dessa forma, a depuração mucociliar é contínua.
✓ O movimento é em direção à faringe para ser deglutido ou expectorado.
OBS: Em situações que não há a produção dessa
solução salina adequada, como a fibrose cística,
ocorre acúmulo de muco, facilitando a
proliferação bacteriana.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Tosse

A

✓ Substâncias irritantes que alcancem as vias
aéreas inferiores desencadeiam um estímulo
via aferente do nervo vago (NC X) em direção ao bulbo, isso aciona o reflexo da tosse para que ocorra expulsão de tal substância.
✓ Ocorre sobretudo na região da carina (ao nível de T5), que é muito sensível a compostos irritativos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Espirro

A

✓ Tem mecanismo parecido com o reflexo da tosse.
✓ Todavia, a aferência é via nervo trigêmeo (NC V)
em direção ao bulbo, sendo, portanto, um reflexo
de vias aéreas superiores.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Vias aéreas superiores

A

➢ Cavidades nasais
➢ Seios paranasais
➢ Faringe
➢ Laringe

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Vias aéreas inferiores

A

➢ Traqueia
➢ Lobos pulmonares:
✓ 3 no pulmão direito
✓ 2 no pulmão esquerdo
➢ Árvore traqueobrônquica
➢ Alvéolos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Zona condutora (onde não ocorrem trocas gasosas)

A

Traqueia
Bronquíolos terminais
(obs: esse é o espaço morto)
Cartilagem - estrutura rígida

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Zona respiratória (onde ocorrem trocas gasosas)

A

Inicia nos bronquíolos respiratórios (pouca ML, muita presença de epitélio pulmonar e tecido fibroso subjacente)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Ramificação da árvore brônquica

A

Aumento da secção transversal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Bronquíolos tem cartilagem?

A

Não

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Qual é a região mais acometida por doenças obstrutivas das vias aéreas inferiores, como a Asma?

A

Os bronquíolos condutores (até os bronquíolos terminais), porque possuem mais músculo liso. Podem sofrer influência de nt, substâncias irritantes, edemas etc.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Interação entre o pulmão e a caixa torácica

A

➢ O pulmão flutua na caixa torácica, sendo preso apenas pelo hilo pulmonar.
➢ A tendência do pulmão, devido as suas
propriedades elásticas, é de entrar em colapso.
Isso não ocorre porque o pulmão está colado à caixa torácica pelas pleuras.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Pleuras

A

A pleura visceral reveste a superfície pulmonar.
A pleura parietal reveste a porção interna da cavidade torácica.
Na cavidade pleural entre as pleuras existe um líquido.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Líquido pleural

A

✓ Cria uma superfície úmida e escorregadia para que as pleuras visceral e parietal deslizem uma sobre a outra.
✓ Faz com que o pulmão fique aderido à caixa torácica.
✓ Mantém uma pressão de sucção, para que o
pulmão fique aberto.
✓ Mantém a caixa torácica no seu estado de repouso, sem que essa se expanda facilmente.
Assim, o pulmão desliza sob a caixa torácica sem se desgrudar dela.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Pressão intrapleural

A

➢ Se dá pela sucção constante do líquido pleural (cerca de 25 ml) realizada pelos vasos linfáticos
➢ Isso cria uma pressão negativa entre os folhetos pleurais (cerca de -5 mmHg)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Pressão alveolar (Palv)

A

➢ É a pressão criada pela entrada ou pela saída de ar do alvéolo, podendo ser positiva ou negativa.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Palv - fatores determinantes

A

✓ Quantidade de moléculas de ar contidas no
interior do alvéolo
✓ Volume do alvéolo (Lei de Boyle = Se o volume do recipiente aumenta, a pressão do
gás dentro dele diminui)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Palv durante a inspiração e a expiração

A

➢ Na inspiração, o SNC aciona o nervo frênico, que estimula o músculo diafragma, que se contrai, puxando o pulmão para baixo, o que aumenta o volume alveolar. Isso diminui a pressão interna do alvéolo. A pressão atmosférica é maior e essa diferença de pressão faz com que o ar entre facilmente nos alvéolos.
➢ Na expiração, o diafragma relaxa, o que diminui o volume alveolar, aumentando a pressão. A pressão atmosférica se torna menor, o que facilita a expulsão do ar.
OBS: A pressão atmosférica é de 0 mmHg;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Pressão transpulmonar

A

➢ É a diferença entre a pressão alveolar e a pressão intrapleural.
➢ A pressão intrapleural é sempre negativa e menor que a pressão alveolar.
➢ Quanto maior a pressão transpulmonar, maior a tendência de distender o pulmão e, consequentemente, os alvéolos.
Portanto, pode ser denominada de pressão de
expansão.
➢ Na inspiração é cerca de 6,5 mmHg;
➢ Na expiração é cerca de 5 mmHg;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Interação entre o pulmão e a parede torácica

A

O equilíbrio de forças entre o pulmão (que tende a colapsar) e a cavidade torácica (que tende a se expandir) é mantido pela pressão negativa do líquido intrapleural.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Fatores responsáveis pela pressão negativa do líquido intrapleural

A

✓ Crescimento diferencial do tórax e do pulmão
(são contrários).
✓ Bombeamento contínuo do líquido intrapleural para os vasos linfáticos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Pneumotórax

A

✓ Ocorre quando o pulmão é submetido a
um processo infeccioso ou perfurante que lesione as pleuras. A cavidade pleural é exposta ao ar, e a pressão intrapleural passa a ter um valor igual ao da pressão alveolar.
✓ Sem a pressão negativa que distendia o pulmão, esse órgão tende a entrar em
colapso, enquanto a caixa torácica se expande.
✓ Isso gera um rompimento do equilíbrio de forças entre o pulmão e a parede torácica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Capacidade residual funcional

A

➢ Durante a inspiração em repouso, cerca de 500 ml de ar entra nos pulmões.
➢ Na expiração, parte do volume de ar permanece, o que gera a capacidade residual
funcional (entre duas respirações).
➢ Durante a CRF, todas as forças atuantes sobre o pulmão e a parede do tórax estão em equilíbrio.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Músculos inspiratórios principais (com calma)

A

➢ Diafragma
➢ Intercostais externos

28
Q

Músculos inspiratórios acessórios (forçada)

A

➢ Esternocleidomastoideo (ECM) (eleva o esterno)
➢ Escalenos (elevam as duas primeiras costelas)
➢ Peitoral maior (eleva as costelas)

29
Q

Músculos expiratórios (respiração ativa)

A

➢ Intercostais internos (baixo e dentro, contrário dos intercostais externos)
➢ Oblíquos interno e externo
➢ Transverso e reto do abdome

30
Q

Expiração em repouso - quiescente
(passiva)

A

Não ocorre gasto energético.
Se dá pelo relaxamento dos músculos inspiratórios, assim como pelo retorno dos pulmões e da cavidade torácica às posições de equilíbrio.

31
Q

Há gasto energético na inspiração?

A

A inspiração é a etapa que requer maior gasto
energético, pois existem forças que se opõem ao enchimento pulmonar.

32
Q

Forças que se opõem ao enchimento pulmonar

A

✓ Resistência da elasticidade dos pulmões
✓ Resistência das vias aéreas ao fluxo de ar

33
Q

Gasto energético na inspiração

A

✓ 3 a 5% do metabolismo (ventilação normal)
✓ 50 vezes maior durante o exercício físico
OBS: A respiração tranquila é realizada apenas
pelo diafragma

34
Q

Eupneia

A

Respiração normal em repouso (basal ou espontânea)

35
Q

Hiperpneia

A

Aumento da frequência respiratória e/ou volume em resposta ao aumento do metabolismo. Ex: exercício

36
Q

Hiperventilação

A

Aumento da frequência respiratória e/ou volume sem aumento do metabolismo.
Ex: emoção, soprar balão

37
Q

Hipoventilação

A

Diminuição da ventilação alveolar.
Ex: asma, respiração superficial, doença pulmonar restritiva

38
Q

Taquipneia

A

Respiração rápida, normalmente com frequência respiratória aumentada e diminuição da amplitude. Ex: respiração ofegante

39
Q

Dispneia

A

Dificuldade de respirar. “Fome de ar”
Ex: doenças, exercício vigoroso

40
Q

Apneia

A

Cessação da respiração.
Ex: Suspensão voluntária da respiração, depressão dos centros de controle do SNC

41
Q

Fatores determinantes do fluxo de ar

A

São fatores que estão envolvidos com o gradiente de pressão:
1) Complacência pulmonar
2) Resistência pulmonar

42
Q

Complacência pulmonar

A

➢ É a relação entre pressão e volume pulmonar.
➢ Para uma dada alteração da pressão, há um
grau de variação do volume pulmonar.
➢ Portanto, é a capacidade de expansão do pulmão até o seu limite (platô).

43
Q

Relação da complacência com a elastância

A

A complacência pulmonar é inversamente proporcional à elastância.

44
Q

Elastância pulmonar

A

Capacidade de um pulmão distendido de retornar ao estado de repouso através das suas fibras elásticas.

45
Q

Diminuição da complacência

A

Dificuldade de inspirar

46
Q

Diminuição da elastância

A

Dificuldade de expirar (enfisema)

47
Q

Fatores que determinam a complacência pulmonar

A

1/3 fibras elásticas
2/3 tensão superficial

48
Q

Tensão superficial

A

É a capacidade das moléculas da água de se
atraírem intensamente, o que ocorre através das forças intermoleculares, com a formação de uma rede coesa na superfície de separação entre a água e outro meio, como o ar.

49
Q

Por que a tensão superficial ocorre?

A

Porque, na superfície, as moléculas de água só se ligam às moléculas abaixo (acima só tem ar). A força dos vetores se divide menos. Por isso, essa força fica mais concentrada.

50
Q

Como reduzir a tensão superficial?

A

A tensão pode ser reduzida por uma substância que tenha a capacidade de romper as forças intermoleculares, como o surfactante.

51
Q

Gráfico - Pulmão cheio de solução salina

A

Como não tem ar, não tem tensão superficial.
É necessária uma pressão transpulmonar bem menor (cerca de 2 mmHg) para encher o pulmão.

52
Q

Gráfico - Pulmão cheio de ar

A

Como tem ar, possui tensão superficial. Em razão disso, é preciso que haja uma pressão
transpulmonar 3x maior para enchê-lo.

53
Q

Surfactante

A

➢ É produzido por pneumócitos tipo II
➢ Funciona como um sabão (molécula anfipática). Uma parte da sua molécula se liga a moléculas polares (água) e a outra se liga a moléculas apolares.
➢ Impede que a água forme uma rede
coesa, diminuindo a tensão superficial.

54
Q

Funções do surfactante

A

➢ Diminui a tensão superficial na superfície líquida que reveste os alvéolos. Isso facilita a entrada de ar durante a inspiração.
➢ Diminui a força necessária para a expansão dos pulmões (reduz o esforço muscular necessário à respiração)
➢ Estabiliza o tamanho dos alvéolos

55
Q

Tamanho dos alvéolos e tensão superficial

A

Os alvéolos possuem tamanhos diferentes (raios), sendo que são submetidos a mesma tensão superficial.
A pressão interna será maior nos alvéolos de menores raios, seguindo a Lei de LaPlace, em que P= 2T/r.
Na inspiração, o surfactante evita o desvio do ar para os alvéolos maiores que possuiriam menor pressão (sem o surfactante).
Além disso, a maior proximidade entre as moléculas de água também gera uma maior atração, que poderia levar ao colapso (sem o surfactante).
O surfactante, em maior quantidade
nos alvéolos menores, impede o colapso alveolar.

56
Q

Doenças associadas à baixa complacência pulmonar

A

(Doenças pulmonares restritivas)
Síndrome da angústia respiratória
Fibrose pulmonar

57
Q

Síndrome da angústia respiratória

A

➢ Se dá pela baixa complacência pulmonar em
bebês prematuros
➢ É causada por quantidades inadequadas de surfactante pulmonar
➢ Isso faz que os alvéolos colabem, em virtude da alta tensão superficial (os pulmões não conseguem se expandir)
➢ O processo de troca de gases é ineficaz
➢ É necessário administrar surfactante exógeno

58
Q

Fibrose pulmonar

A

Se dá pelo espessamento da membrana do
alvéolo devido ao depósito de tecido fibroso (tecido conjuntivo cicatricial).
Isso diminui a complacência (dificuldade de expansão dos pulmões/inspiração) e, consequentemente, dificulta as trocas
gasosas nos pulmões.

59
Q

Doença associada à alta complacência do pulmão

A

(Doenças obstrutivas)
Enfisema

60
Q

Enfisema

A

O parênquima alveolar se encontra destruído, de modo que as fibras elásticas ficam desestruturadas e não tenham capacidade de realizar uma resistência adequada ao ar.
A complacência está aumentada e o volume pulmonar é bem maior que o normal.

61
Q

Por que o enfisema é uma doença obstrutiva?

A

Porque o ar não consegue sair dos alvéolos devido às fibras elásticas estarem
desestruturadas. Em consequência disso, o ar que é inspirado tem pouco espaço nos pulmões, o que gera uma obstrução do fluxo.

62
Q

Resistência pulmonar

A

É a força exercida, sobretudo, pelos bronquíolos e também pelos brônquios (menor contribuição), em virtude das suas camadas de músculo liso, que dificulta a passagem de ar, seja na inspiração, seja na expiração.
É o caso de doenças obstrutivas.

63
Q

Fator principal que aumenta a resistência ao
fluxo de ar

A

Broncoconstrição.
➢ Resposta parassimpática à inalação de irritantes
➢ Administração de acetilcolina (atua no receptor M3- aumento de muco liberado e
broncoconstrição pela via PLC-IP3-DAG)

64
Q

Fatores que aumentam a resistência ao fluxo de ar

A

➢ Broncoconstrição
➢ Tumores obstrutivos;
➢ Acúmulo de muco;
➢ Prostaglandinas, leucotrienos, histamina
(mediadores inflamatórios- produzem edema
pelo aumento da permeabilidade capilar);

65
Q

Fatores que diminuem a resistência ao
fluxo de ar

A

Broncodilatação:
➢ Estimulação simpática
➢ Agonistas adrenérgicos
➢ Anti-histamínicos
➢ Aumento de CO2 no ar alveolar (também causa vasodilatação local);

66
Q

Asma

A

➢ Causa aumento da resistência das vias aéreas, o que diminui a ventilação pulmonar
➢ Isso se dá pela hiperreatividade dos bronquíolos que, por certos estímulos, constringem-se. Isso impede o fluxo de ar adequado