Figuras de linguagem Flashcards
A catacrese é:
o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica.
Exemplo:
Embarcou há pouco no avião. (Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.)
A metonímia é:
a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra.
Exemplos:
Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)
Sinestesia:
A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.
Exemplos:
Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada. (A frieza está associada ao tato e não à visão.)
Perífrase:
A perífrase, também chamada de antonomásia, é a substituição de uma ou mais palavras por outra que a identifique.
Exemplos:
O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)
“Terra da Garoa” é uma forma de identificar a “cidade de São Paulo”.
Litote:
O litote representa uma forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-se ao eufemismo, bem como é a oposição da hipérbole.
Exemplos:
— Não é que sejam más companhias… — disse o filho à mãe. (Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias não serem más, também não são boas.)
Antítese:
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.
Exemplos:
Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
Paradoxo:
O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da antítese).
Exemplos:
Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom. (Como é possível alguém estar cego e ver?)
Apóstrofe:
A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase.
Exemplos:
Ó céus, é preciso chover mais?
Elipse
A elipse é a omissão de uma palavra que se identifica de forma fácil.
Exemplos:
Tomara você me entenda. (Tomara que você me entenda.)
Corremos ontem (nos Corremos ontem)
A zeugma é:
a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.
Exemplos:
Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)
O hipérbato é:
a alteração da ordem direta da oração.
Exemplos:
São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.)
Pleonasmo é:
a repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificar o significado.
Exemplos:
A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)
A silepse é:
a concordância com a ideia que se pretende transmitir, e não com o que está implícito. Ela é classificada em: silepse de gênero, de número e de pessoa.
Exemplos:
Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada cidade de São Paulo.)
A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A maioria dos clientes ficou insatisfeita com o produto.)
Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós, em vez de eles: Todos terminaram os exercícios.)
Identifique qual é a figura de linguagem presente no texto:
Óh céus, é preciso chover mais?
Alternativas
A
Perífrase.
B
Eufemismo.
C
Metáfora.
D
Apóstrofe.
E
Hipérbole.
Apóstrofe no campo da sintaxe é um vocativo!
Guarde assim e não erre mais !
Perífrase - Substituição de um termo por outro. (apelido) OBS: Coisas ou Objetos.
EX: A cidade maravilhosa foi palco das olimpíadas 2016. (Rio de Janeiro)
Apóstrofe: A apóstrofe é um vocativo que assume a função de figura de linguagem quando extrapola sua função denotativa para dar mais expressividade à frase.
EX: Não podia suportar, ó Deus!, tanta injustiça.
“A resposta que lhe daria seria: “Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça sempre…”(5º§)
No último período, ocorre um jogo de palavras entre os advérbios explicitando a seguinte figura de linguagem
Alternativas
A
ironia.
B
eufemismo.
C
paradoxo.
D
personificação.
E
antítese.
C
paradoxo.
Na “antítese” os termos que se opõem referem-se a ideias discrepantes. Vejam os exemplos:
Ex.: Tristeza não tem fim; felicidade, sim.
Ex.: Cabelos longos, ideias curtas.
Ex.: O riacho estava tranquilo, mas nosso coração, agitado.
Já o “paradoxo” (ou oxímoro) caracteriza a oposição de palavras que dizem respeito à mesma ideia, parecendo, por vezes, um absurdo, ilógico. Observem:
Ex.: O mito é nada que é tudo. (As palavras ‘‘tudo’’ e ‘‘nada’’ aludem à mesma ideia, a uma mesma palavra, isto é, o ‘‘mito’’)
Ex.: Já estou cheio de me sentir vazio. (‘‘Cheio’’ e ‘‘vazio’’ referem-se à mesma ideia, ou seja, ao emissor da mensagem)
Ex.: Grande pátria desimportante, em nenhum instante eu vou te trair. (Um adjetivo qualificador, ‘‘grande’’, e um depreciativo, ‘‘desimportante’’, referindo-se à ‘‘pátria’’, o que parece um absurdo, uma ideia ilógica)
Na questão temos a seguinte frase:
Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça sempre…
Ora, está bem evidente que os advérbios ‘‘nunca’’ e ‘‘sempre’’ aludem à palavra ‘‘estória’’ (que, aliás, inexiste no português moderno). Portanto, trata-se de um ‘‘paradoxo.’’