Estudos epidemiológicos Flashcards
O que é um estudo longitudinal?
Longitudinal: ao longo do tempo
Estudo ecológico
Transversal
Observação
Determina prevalencia
Estudo de CooRRte
- PARTE DO FATOR DE RISCO PARA O DESFECHO
- Retrospectivo ou prospectivo
- Determina INCIDENCIA
Estudo de caso controle
PARTE DA DOENÇA E BUSCA FATOR DE RISCO
- Retrospectivo (sempre)
- Bom para doenças com longo período de incubação e doenças raras
Relatos de casos e séries de casos
Descreve a evolução clínica de um ou mais pacientes com a mesma doença.
- Relato de caso: apenas 1 paciente
- Série de casos: <1 paciente
Estudos ecológicos
Agregados de indivíduos são comparados entre si.
Falácia ecológica: quando os resultados de um estudo ecológico são extrapolados para o nível individual quando não deveriam ser interpretados assim.
Estudos transversais ou seccionais
- População é avaliada em um único momento de uma linha do tempo.
- Não é possível estabelecer CAUSALIDADE: pois exposição e desfecho são aferidos ao mesmo tempo
- Não é possivel aferir INCIDÊNCIA
INDIVIDUADO, OBSERVACIONAL, TRANSVERSAL
OBS: Estudos que utilizam questionários ou inquéritos são, em geral, transversais, assim como estudos que avaliam novos testes diagnósticos contra um padrão-ouro (estudos de acurácia).
O grande voo da coruja é perceber que os estudos de caso-controle dividem a população pelo desfecho (quem tem a doença vs. quem não tem a doença ou, melhor dizendo, em casos e controles), enquanto as coortes dividem pela exposição (expostos vs. não expostos) e isso faz muita diferença.
Conforme explicitado no texto do comentário introdutório, esse é um dos objetivos da randomização! Ao permitirmos que a escolha de quem vai para cada grupo seja definida pelo acaso, retiramos a possibilidade de uma seleção enviesada por parte dos pesquisadores, o que de fato irá contribuir com o controle do viés de seleção. Além disso, a randomização também permite certa homogeneização dos grupos quanto aos fatores de confusão, contribuindo indiretamente para reduzir o viés de confundimento.
2) População fechada: trata-se de um tipo de população onde não existe entrada de novos membros e os seus integrantes só são eliminados da população por óbito. Logo, nesse tipo de população, existe a tendência à redução sistemática do grupo de indivíduos.
1) População aberta: trata-se de um tipo de população onde membros podem ser adicionados ou eliminados ao longo da linha do tempo, tendo como fatores de adição a natalidade e a imigração, por exemplo, e fatores de eliminação a mortalidade e a emigração. Podemos subdividir as populações abertas em três subgrupos:
ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS (ECR).
- Crossover: quando os indivíduos alocados no grupo experimental mudam de grupo em um determinando momento, “indo” para o grupo controle/placebo. Por sua vez, os indivíduos desse último grupo passam a ser “grupo experimental”. Em outras palavras, existe um crossover ou troca de grupos. Geralmente essa troca é feita após um período de wash-out ou “limpeza”. Por exemplo, se o grupo experimental está recebendo determinado fármaco, espera-se a eliminação completa dele do organismo (considerando-se sua meia-vida) e só então a troca acontece. Isso evita o fenômeno de “carry over”, que é quando o indivíduo carrega o efeito do grupo anterior para o seu novo grupo. Além disso, observe que nesse tipo de delineamento cada indivíduo é o seu próprio controle.
Por fim, temos as revisões sistemáticas e as metanálises. Esses estudos, que são chamados de secundários, estão no topo da pirâmide porque eles reúnem justamente os dados dos outros estudos que estão abaixo, que são chamados de primários. Com isso, é possível aumentar a amostra, diminuir o erro aleatório e aumentar o poder estatístico, gerando evidência de altíssima qualidade.
Erros sistemáticos ou Vieses: problemas relacionados à metodologia de realização do estudo, por exemplo o viés de seleção (inadequada seleção dos participantes).
● Erros aleatórios: são problemas relacionados a amostragem, e não à metodologia do estudo. Deixando mais claro, qualquer estudo avalia um percentual da população (uma amostra, ao invés da população toda), e pode concluir algo errado por ter analisado somente parte da população.
A capacidade de um estudo ter resultados extrapoláveis para outras populações caracteriza a sua validade externa, e tem de ser avaliada caso a caso.
Se o estudo foi bem feito, posso acreditar que aquela associação é verdadeira para o grupo de pessoas estudadas, no contexto estudado. Essa é a validade interna.