Estudo das Sobrecargas Flashcards
Tipos de Sobrecargas no ECG
- Atrial Esquerda
- Biatriais
- Ventricular Direita
- Ventricular Esquerda
- Biventriculares
- Câmaras Direitas
- Câmaras Esquerdas
Onda P - Expressão eletrocardiográfica
Em DII:
- Duração < 0,12s
- Amplitude < 2,5mm Nunca chega a 3 quadradinhos)
Em V1:
- Morfologia “plus-minus” (componente positiva AD + componente negativa AE.
Definir onda P normal (sinusal)
No plano frontal por conta do posicionamente do AD superior ao AE que é mais inferior e horizontalizado e a resultante vetorial se encontra em torno de 60°, o que corresponde a DII.
No plano horizontal encontramos o AD a frente eo AE atrás, a derivação V1 vai ver a atrivação do AD vindo de encontro ao eletrodo e vai escrever uma onda +, já a ativação do AE vai inscrever uma onda –.
Sabemos que a onda vem do Nó sinoatrial ao observamos sua caracteristica no plano frontal (positiva em DI, DII e AVf - vão ter eixo obrigatoriamente, no plano frontal, entre 0° (DI) e 90° (AVf) ), qualquer eixo fora desse intervalo indica que a onda P não nasceu no Nó sinuatrial (ritmo ectópico atrial).
Sobrecarga Atrial Direita (SAD) - Causas:
- Cardiopatias Congênitas (Ebstein, atresia tricúspide, estenose pulmonar, defeitos do septo atrial, etc).
- Doenças da Valva Tricúspide
- DPOC
- Tromboembolismo pulmonar.
- Hipertensão Pulmonar.
- Miocardiopatias.
*(SAD é muito rara isolada, comumente associada à SVD)
Morfologia da Onda P nas SAD
O AD aumenta basicamente no sentido vertical, isso faz com que a alça vertocardiografica de sua ativação se desloque para baixo e para a direita. Como resultado a orientação de seu eixo no plano frontal passa a ser superior a 60 graus.
Essa mudança é melhor visualizada em DI, DII e AVf, gerando uma onda P com aumento importante de sua amplitude no plano frontal, sendo comummente chamada de onda P pulmonali (pois geralmente as causas de SAD são pulmonares).
SAD - Critérios eletrocardiograficos
- Onda P com aumento da amplitude além de 2,5 mm em DII, DIII e aVF. ↬ P pulmonale
- Amplitude de P > 1,5 mm em V1,V2 e Desvio do eixo de onda P para a direita no PE
- Amplitude da P em DIII > que em DI
Sinais indiretos de SAD
Complexo qR em V1
(sinal de Sodi)
Diminuição do complexo QRS em V1 com seu aumento em V2
(sinal de Peñaloza - Tranchesi)
Sobrecarga Atrial Esquerda (SAE)
Diferentemente do que encontramos na SAD, na SAE vamos encontrar o aumento da duração da onda P, seja no plano frontal ou horizontal.
Causas:
- Doenças valvares (mitral)
- Cardiopatias Congênitas
- Hipertrofia Ventricular Esquerda
- Insuficiência Ventricular Esquerda
Critérios SAE
São basicamente o aumento da duração da onda P:
- Duração da onda P > 120 ms
- Onda P entalhada e bífida em DII, com intervalo de 40 ms entre os ápices.
- Componente final negativo da onda P em V1, com duração > 0,40 s e amplitude > 1mm (índice de Morris)
- Desvio de eixo elétrico de P para a esquerda
- Indice de Macruz > 1,7 (
Ativaçaõ Elétrica Ventricular
O complexo QRS é a expressão eletrocardiográfica da contração ventricular, e como o VE possui a maior massa ele quem dá a cara da despolarização ventricular.
Tanto no plano frontal, horizontal quanto na morfologia os vetóres da despolarização ventricular tendem a seguir o caminho do VE - para baixo, para tráz e para a esquerda.
QRS Normal
- Duração de até 120 ms (até 3 quadradinhos)
- Amplitude no plano frontal das ondas R,S de até 20 mm e no plano horizontal de até 30 mm no indivíduo adulto.
Sobrecarga Ventricular Direita (SVD)
O sentido normal é em direção ao VE (para baixo, para traz e oara esquerda), em sisutações de SVD ocorre o desvio de eixo no plano frontal para baixo e para a direita e no plano horizontal uma anteriorização da alça vetocardiográfica.
Critério Eletrocardiográficos SVD
- Desvio do eixo eletrico para a direita (> 110 °)
- Onda R ampla em V1 ( > 0,7 mV)
- Ondas S profundas em V1 e V2, Proeminentes até V5, V6.
- Complexos RS ou rS em derivações precordiais esquerdas.
- Padrão “strain” nas derivações direitas (V1 - V3).
- Onda q em V1
- Padrão do QRS em V1 tri ou tetrafásico.
Padrão “Strain” - SVD
Em SVD importantes ocorrem alterações na repolarização ventricular que ajudam a caracterizar a SVD:
O encontro de uma repolarização anormal, com padrão de infradesnível do segmento ST, avompanhado de inversão de onda T nas derivaçõesprecordiais direitas V1 e V2 é chamado de padrão Strain de repolarização ventricular.
- Designa alteração da repolarização que se deve a elevação de carga pressórica ou volumetrica do VD, gerando alteração no relaxamento e por fim na repolarização do VD - encontrado em SVD grave.