ESTATICA FETAL, BACIA OBSTETRICA E MECANISMO DE PARTO Flashcards

1
Q

Tempos da fase ativa do trabalho de parto

A

Temos quatro tempos principais, que sao: Insinuação, Descida, Desprendimento e Restituição

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Q

Mecanismo de parto na apresentação cefálica

A
  1. Insinuação: passagem do diâmetro biparietal pelo plano do estreito superior. Na prática, quando o occipício atinge o plano das espinhas isquiáticas (plano zero de DeLe), o polo cefálico está insinuado. Vamos lembrar que a depender do grau de flexão da cabeça fetal teremos um ponto distinto de referência durante toda a progressão do parto
  2. Descida: consiste na progressão da cabeça do estreito superior até o estreito medio.
  3. Rotação interna da cabeça: Comumente, o feto insinua na posição transversa. Por isso, junto da descida, é necessário que os maiores diâmetros fetais se adequem aos maiores diâmetros da pelve, lembram? Nesse caso, o movimento deve ser na
    tendência que o occipício (no caso das cefálicas fletidas) se mova gradativamente de sua posição oblíqua ou transversa para a sínfise púbica. Assim sendo, temos também como calcular o grau de rotação que as variedades oblíquas devem mover: as
    variedades anteriores rodam 45°, e as posteriores, a 135°. No caso das situações transversas, a rotação é de 90°.
    Excepcionalmente, a rotação pode acontecer para posterior, ou seja, voltada para o sacro.
  4. Desprendimento da cabeça: no caso das cefálicas fletidas, a cabeça desce e o sub-occipício coloca-se sob a borda inferior da sínfise púbica (hipomóclio). O pólo cefálico se desprende através de um mecanismo de deflexão e extensão
  5. Rotação externa da cabeça: Após o desprendimento, a cabeça tende a adotar a mesma posição que possuía antes da rotação interna, por isso o nome de “restituição”. Assim, o diâmetro biacromial ocupa o diâmetro anteroposterior do estreito inferior (maior diâmetro fetal voltado para o maior diâmetro da pelve)
  6. Desprendimento das espáduas: primeiramente, ocorre o desprendimento do ombro anterior, depois, do ombro posterior
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3
Q

Mecanismo de parto na apresentação pélvica

A
  1. Insinuação: o diâmetro bitrocantérico ocupa um dos diâmetros do estreito superior, e aqui o nosso ponto de referência é o sacro. A linha de orientação passa a ser a do sulco interglúteo.
  2. Descida: progressão do pólo pélvico do estreito superior para o médio
  3. Rotação do pólo pélvico: aqui temos a principal diferença no caso das apresentações cefálicas. Como o bitrocantérico sempre se insinua oblíquo, a rotação interna aqui sempre é de 45° para se voltar para a sínfise púbica. O ponto de hipomóclio (que nas apresentações cefálicas fletidas seria o occipício) passa a ser a parte superior da crista ilíaca.
  4. Desprendimento das espáduas: nesse caso, o diâmetro biacromial também roda 45º, saindo do diâmetro oblíquo e passando a ocupar o diâmetro AP após desprendimento do pólo pélvico.
  5. Desprendimento da cabeça: quando a evolução é favorável, a cabeça encontra-se fletida nesse momento. A rotação interna leva o occipício por baixo da pube, libertando sucessivamente mento, face e fronte.
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4
Q

Paciente em trabalho de parto avançado. Trata-se de uma apresentação cefálica defletida do primeiro grau, que no último exame realizado há poucos minutos era uma BDA (bregma direita anterior), plano +2 de De Lee, com colo dilatado. O desprendimento do polo cefálico deve ocorrer por

A

Temos uma paciente em trabalho de parto avançado, em apresentação defletida de primeiro grau.

Nessa apresentação, a fontanela anterior está no centro da apresentação (bregmática). Portanto, o bregma é o ponto de referência e o diâmetro de insinuação é o occipitofrontal. É importante entender, aqui, que a criança não pode descer em bloco, porque o diâmetro de insinuação não permite isso.

O desprendimento do polo cefálico depende de alguns movimentos para reduzir esse diâmetro conforme a anatomia do canal de parto.

Sendo assim, o mecanismo de parto deverá conter uma flexão (para liberar occipício) seguida de deflexão (para liberar fronte e face), ou seja deflexão nas variedades anteriores e flexão nas variedades posteriores.

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5
Q

Manobra de versao cefalica externa
1) No que consiste
2) Fatores que influenciam
3) Contraindicacoes
4) Complicacoes
5) Taxa de Sucesso

A

1)A versão cefálica externa consiste em uma manobra realizada sobre o abdome materno para virar o feto que está atravessado no útero ou sentado, de forma a posicioná-lo na apresentação cefálica.

Considerando que a versão espontânea para apresentação cefálica pode ocorrer a qualquer momento durante a gravidez, a versão cefálica externa está indicada a partir de 36 semanas de idade gestacional devendo ser realizada por profissional experiente com esta manobra, em ambiente hospitalar.

2) Os fatores que influenciaram nas taxas de sucesso são: Apresentação não longitudinal (transverso ou oblíquo); Raça negra
(tendência da apresentação fetal permanecer alta até o início do trabalho de parto); Placenta com implantação posterior;
índice de líquido amniótico maior que 10 cm; Apresentação pélvica completa.

3) As contraindicações cássicas para a versão cefálica externa incluem comprometimento da vitalidade fetal, sangramento vaginal, rotura prematura de membranas e cesariana prévia. Caso não haja nenhuma dessas contra-indicações a manobra
pode ser realizada, sob vigilância fetal e em ambiente hospitalar.

4) A complicação mais comum é frequência cardíaca fetal não tranquilizadora (comumente bradicardia transitória, 1,1-16%), mas também podemos ter sangramento vaginal indolor (1,1%), descolamento prematuro de placenta (0,4-1%), desencadear trabalho de parto (3%).

A ruptura prematura de membranas ovulares é uma complicação incomum quando falamos de versão cefálica externa,
ocorrendo em menos de 0.5% dos casos

5)
A taxa de sucesso da versão cefálica externa varia entre 50 a 70% (praticamente dois terços dos casos) e reduz de 50 a 60% o risco de parto cesáreo.

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6
Q

Diametro das linhas de referencia

A
  • Fletida (occipício]: Antes da insinuação o que se apresenta é o diâmetro occipitofrontal: ~12 cm. Após as contrações, exagera-se a flexão e ocorre substituição por diâmetros menores (suboccipitofrontal ~10,5cm, e suboccipitobregmático (9,5cm).
  • Defletida de 1o grau (Bregma]: diâmetro occipitofrontal (12cm)
  • Defletida de 2o grau (glabela ou nariz]: diâmetro occipitomentonino: (13,5 cm)
  • Defletida de 3o grau (mento]: diâmetro mentorretrobregmático, que posteriormente é substituído pelo submentobregmático (9,5 cm)

A apresentação defletida do segundo grau não apresenta via de parto vaginal (lembrando que os diâmetros AP e transverso do estreito superior medem cerca de 12 cm)

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7
Q

Conceitos em mecanismo de parto
(1) Atitude fetal
(2) Situação
(3) Posição
(4) Apresentação
(5) Insinuação

A

Atitude fetal: “relação das partes fetais entre si”.

Situação: relação do maior eixo uterino com o maior eixo fetal

Posição: lado do dorso fetal na mae

Apresentação: região do feto que vai “entrar” na bacia (insinuar)

Insinuação: grau de descida da apresentação fetal.

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8
Q

Anatomia da bacia obstétrica
Bacia Superior

A

Na bacia superior, os diâmetros descritos são os mais importantes:

• Conjugata vera anatomica: No estreito superior, o diâmetro traçado do promontório à borda superior da sinfese púbica recebe o nome de conjugata vera anatômica, e deve medir 11 cm. Não conseguimos medir diretamente essa conjugada.

• Conjugado verdadeiro ou obstétrico = 10,5 cm a 11 cm - Meio do promontório à borda póstero-superior da sinfise púbica (este ponto do púbis, saliente posteriormente, está cerca de 1 cm abaixo da crista púbica).

Conjugado diagonal = 12 a 12,5cm - Vai do ângulo subpúbico ao meio do promontório sacro.
Este ponto conseguimos medir diretamente, e, por meio da relação de Smellie, subtraímos 1,5cm para consequir a medida da conjugada obstétrica.

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9
Q

Anatomia da bacia obstétrica
Estreito medio

A

No estreito médio, o mais importante é Biisquiático: de espinha a espinha isquiática: 10,5 cm (ponto de maior estreitamento do canal de parto)

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10
Q

Anatomia da bacia obstétrica

Estreito inferior

A

No estreito inferior, o diâmetro cóccix-subpúbico, que se estende da ponta do cóccix à borda inferior da sínfise púbica e mede 9,5 cm, é de interesse obstétrico e, na fase final da expulsão fetal após a retropulsão do cóccix, amplia-se em 2 a 3 cm, recebendo o nome de conjugata exitus.
Já o diâmetro transverso se situa entre as duas faces internas da tuberosidade isquiática, mede 11 cm e é chamado de bituberoso.

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11
Q

Anatomia da bacia obstétrica

Estreito inferior

A

No estreito inferior, o diâmetro cóccix-subpúbico, que se estende da ponta do cóccix à borda inferior da sínfise púbica e mede 9,5 cm, é de interesse obstétrico e, na fase final da expulsão fetal após a retropulsão do cóccix, amplia-se em 2 a 3 cm, recebendo o nome de conjugata exitus.
Já o diâmetro transverso se situa entre as duas faces internas da tuberosidade isquiática, mede 11 cm e é chamado de bituberoso.

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