Epônimos Flashcards

0
Q

Síndrome de Boerhaave

A

A Síndrome de Boerhaave é a ruptura espontânea do esôfago, ocorre subitamente e gera risco de morte. Em 80% dos casos é precedida por episódios de vômitos intensos.

Diagnóstico[editar | editar código-fonte]
A Síndrome de Boerhaave não é diagnosticada inicialmente em 50% dos casos. Isto porque sua apresentação clínica mimetiza uma série de situações freqüentemente deparadas pelos profissionais médicos, tais como dissecção de aorta, infarto miocárdico, doença péptico dolorosa, pancreatite aguda, pericardite e pneumotórax.

Abordagem terapêutica[editar | editar código-fonte]
A necessidade de uma abordagem terapêutica precoce, a baixa incidência, a semelhança clínica com outras patologias e o risco de contaminação cervical, mediastínica e torácica são fatores que quando somados resultam numa taxa de mortalidade de 25-30% quando o tratamento ocorre antes de 24 horas a partir da ruptura e de 45-55% quando decorrem mais de 24 horas.

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1
Q

Síndrome de Mendelson

A

A síndrome de Mendelson é uma pneumonia química, broncopulmonar, causada pela aspiração de conteúdo gástrico durante o processo de anestesia, devido à abolição dos reflexos laríngeos, especialmente durante a gravidez.

Outra causa comum dessa síndrome se dá em casos de anestesias, devido uma abolição dos reflexos laríngeos.

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2
Q

Doença de Buerger

A

Tromboangiíte obliterante ou Doença de Buerger

Tromboangeíte obliterante (TAO), também conhecida como doença de Buerger é uma doença vascular inflamatória oclusiva. Envolve artérias e veias de pequeno e médio calibre, em geral nas porções distais dos membros inferiores e superiores. Também pode acometer TGI. Atinge mais homens, menores de 40 anos e tem uma forte relação com o tabagismo.

Fisiopatologia: A etiopatogenia é desconhecida, mas existe uma associação já descrita com os HLAs A9 e B5. Nesta doença vascular inflamatória oclusiva há infiltração de leucócitos polimorfonucleares nas paredes dos pequenos e médios vasos, que atraem outras células inflamatórias e fibroblastos que a longo prazo acabam por conduzir a fibrose e trombose dos vasos.

Sintomas: Os sintomas incluem alteração de coloração e temperatura, parestesias, disestesias, claudicação dos membros afetados, tromboflebite migratória. Os pulsos distais também podem apresentar alteração clara, enquanto os proximais estão poupados. Ainda pode apresentar fenômeno de Raynaud.

Diagnóstico: O diagnóstico é clínico, podendo fazer-se arteriografia.

Diagnóstico Diferencial
O diagnóstico diferencial tem de ser feito com doenças do tecido conjuntivo - como Lúpus Eritematoso Sistémico, Esclerodermia, Síndrome CREST -, vasculites, estados de hipercoagubilidade, utilização de Cocaína.

Tratamento
O melhor tratamento disponível é a cessação do tabagismo imediatamente. Mesmo uma quantidade mínima de cigarros pode disparar a continuidade da doença. Além disto, é importante tratar outras associações como infecções e úlceras ou lesões necróticas.

Prognóstico
O prognóstico mesmo em doentes com cessação tabágica é mau, sendo por vezes necessário amputar o membro afetado.

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3
Q

Sinal de Grey Turner

A

Em Medicina, o sinal de Grey-Turner refere a equimoses nos flancos. Este sinal leva 24-48 horas para aparecer e prediz um ataque severo de pancreatite aguda, com taxa de mortalidade crescendo de 8-10% para 40%. Pode ser acompanhado pelo sinal de Cullen.

Está também associado a pancreatites necrohemorrágicas.

O sinal recebe o nome em homenagem ao cirurgião britânico Dr. George Grey Turner.

As principais causas são:

Pancreatite aguda, resultante da acumulação de metemalbumina subcutânea existente no abdómen.
Trauma abdominal
Ruptura de aneurisma da aorta abdominal.
Gravidez ectópica hemorrágica
Hemorragia espontânea secundária a coagulopatia (congênita ou adquirida)

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4
Q

Sinal de Cullen

A

Sinal de Cullen é um sinal médico que é caracterizado equimoses azuis-pretas na região periumbilical devido à hemorragia retroperitoneal, associada principalmente à ruptura de gravidez ectópica, mas também eventualmente presente na pancreatite aguda.

Na pancreatite aguda, este sinal leva 24-48 horas para aparecer e prediz um ataque severo da inflamação, com taxa de mortalidade crescendo de 8-10% para 40%. Pode ser acompanhado pelo Sinal de Grey-Turner (equimoses nos flancos).

O sinal foi descrito pelo obstetra Dr. Thomas. S. Cullen (1869-1953) em 1916.

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5
Q

Síndrome de Ogilvie

A

Ogilvie, em 1948 descreveu pela primeira vez esta síndrome, também conhecida como pseudo-obstrução intestinal. Pode ser definida como uma condição clínica com sinais, sintomas e aparência radiológica de dilatação acentuada do cólon. Apresenta-se em pacientes debilitados e idosos, principalmente devido ao uso prolongado de fármacos, a complicações metabólicas, neurológicas ou trauma. A teoria mais aceitável para explicar a sua fisiopatologia refere-se à excessiva supressão parassimpática ou estimulação simpática ou ambas, que resultam em atonia do cólon.

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6
Q

Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis

A

A Peri-hepatite gonocócica é a afecção caracterizada por processo inflamatório intra-abdominal adjacente ao fígado, secundário à ascensão pela cavidade abdominal, através do trato genital (vagina, útero e trompas), da bactéria Neisseria gonorrhoeae, diplococo Gram-negativo intracelular, também causadora de cervicite (inflamação do colo do útero) e doença inflamatória pélvica (DIP) nas mulheres, e de uretrite gonocócica, principalmente nos homens.

O principal sintoma é dor no hipocôndrio direito (região imediatamente abaixo da última costela), em paciente com sinais de infecção ginecológica recente ou atual, tais como leucorréia (corrimento vaginal) purulenta e dor em baixo-ventre. Também pode haver eventualmente outros sintomas, como febre, queda do estado geral e irritação peritoneal, geralmente nos casos mais graves.

O diagnóstico é feito pelo exame clínico (história e exame físico) e exames complementares, principalmente laboratoriais (estudo microscópico direto e cultura de amostra da leucorréia), ultra-sonografia e videolaparoscopia, sendo este último o de maior acurácia, porém desnecessário na grande maioria dos casos.

O tratamento consiste no uso de antibióticos. Raramente, a cirurgia é necessária, nos casos de peritonite generalizada.

A bactéria Chlamydia trachomatis causa as mesmas doenças citadas, incluindo a peri-hepatite, freqüentemente não se diferenciando, na prática, qual das duas está originando o caso em estudo. Nestes casos (a maioria), usam-se antibióticos com espectro de ação contra ambas.

A peri-hepatite, gonocócica ou por clamídia, é também chamada de síndrome de Fitz-Hugh-Curtis.

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7
Q

Síndrome de Budd-Chiari

A

A síndrome de Budd-Chiari é a hipertensão portal com hepatomegalia causada pela obstrução venosa do sistema de drenagem do fígado, freqüentemente evoluindo com varizes esofágicas, encefalopatia hepática e coagulopatia por insuficiência hepática.

Primária (75%): trombose da veia hepática
Secundária (25%): compressão da veia hepática por uma estrutura externa (por exemplo, um tumor)
Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]
A síndrome apresenta a tríade clássica de dor abdominal, ascite e hepatomegalia. Os exemplos de oclusão incluem trombose das veias hepáticas e redes membranosas na veia cava inferior. A síndrome pode ser fulminante, aguda, crônica ou assintomática. Ocorre em 1 a cada 100.000 pessoas e é mais comum em mulheres.

Diagnóstico
Quando há suspeita da síndrome de Budd-Chiari, são realizadas medições dos níveis das enzimas hepáticas e de outros marcadores de órgãos (creatinina, ureia, eletrólitos, LDH).

A síndrome de Budd-Chiari é mais habitualmente diagnosticada usando-se ultrassonografia abdominal e tomografia computadorizada helicoidal/multislice do abdome. O ultrassom pode mostrar a obliteração das veias hepáticas, trombose ou estenose, grandes vasos colaterais ou um cordão hiperecoico substituindo uma veia normal. A tomografia mostra a presença do trombo no interior dos vasos e/ou a ausência de fluxo vascular.

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8
Q

Síndrome de Gardner

A

Síndrome de Gardner é um transtorno genético caracterizado pela presença de pólipos múltiplos no cólon em associação com tumores fora do cólon. Os tumores fora do cólon podem incluir osteomas do crânio, câncer de tireóide, cistos epidermóides, tumores desmoides, fibromas e cistos sebáceos. Os incontáveis pólipos no cólon predispõem o desenvolvimento de câncer de cólon. Os pólipos também podem crescer no estômago, duodeno e intestino delgado.

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9
Q

Doença de Ormond

A

Fibrose retroperitoneal ou Doença de Ormond é uma doença caracterizada pela presença de inflamação e fibrose dos tecidos contidos na cavidade retroperitoneal, mais especificamente ao redor da aorta abdominal e artérias ilíacas, evolvendo também estruturas vizinhas, como por exemplo, os ureteres.1 O termo “doença de Ormond” é em homenagem ao urologista John Kelso Ormond que descreveu a doença em 1948.

No Sabiston fala que a doença chama Doença de Ormand e só as causas idiopaticas são incluídas nesta doença.

Sinais e sintomas

As principais manifestações clínicas da fibrose retroperitoneal são:

Dor lombar ou abdominal, piorando com a progressão da doença
Anorexia
Perda de peso
Indisposição
Obstrução do ureter com formação de hidronefrose e oligúria, podendo evoluir para doença renal crônica e perda da função dos rins
Febre
Dores nos testículos
Hematúria
Claudicação
Edema nas pernas

Diagnóstico
O diagnóstico da fibrose peritoneal é feito através de exames de imagem, sendo a tomografia computadorizada o exame preferido. Outros exames incluem: pielografia, ressonância magnética e cintilografia.

Causas

As principais causas são:

Idiopática
Medicamentos: metildopa,hidralazina, analgésicos, Bloqueador beta-adrenérgico, ergotamina
Infecções: tuberculose, histoplasmose
Neoplasias: linfomas, neoplasia de cólon, próstata, mama, estômago
Radioterapia
Cirurgias: linfadenectomia, colectomia, histerectomia, correção de aneurisma de aorta
Trauma
Amiloidose
Enema de bário

Tratamento
O tratamento medicamentoso se faz com o uso de glicocorticoide, tamoxifeno, micofenolato mofetil, metotrexato, ciclofosfamida e azatioprina. Além do tratamento farmacológico, nos casos em que há comprometimento do ureter com obstrução do fluxo urnário, está indicada a abordagem cirúrgica.

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10
Q

Síndrome de Li Fraumeni

A

Síndrome de Li-Fraumeni é uma doença hereditária rara, autossómica dominante, que se caracteriza pela ocorrência de vários tumores na mesma pessoa.1 É nomeada em honra de Frederick Pei Li e Joseph F. Fraumeni, Jr., médicos americanos que primeiro reconheceram e descreveram a síndrome. A síndrome está ligada a mutações do gene p53, que normalmente ajuda no controlo do ciclo celular. Mutações podem ser herdadas ou podem advir ‘de novo’, cedo na embriogénese ou nas células germinais dos pais.

Risco 25x superior de desenvolver um tumor maligno antes dos 50 anos. Tipo de tumores que podem desenvolver é muito varíavel, sendo os mais comuns: sarcomas, cancro da mama, leucemias, tumores cerebrais. Comparado com tumores esporádicos, os tumores em indivíduos com este síndrome surgem numa idade mais precoce e podem desenvolver-se múltiplos tumores primários.

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11
Q

Doença de Ménétrier

A

A doença de Ménétrier ou gastroenteropatia hipertrófica foi descrita em 1888 e caracteriza-se pela hipertrofia das pregas do fundo e corpo gástrico, além da hipersecreção da mucosa com conseqüente gastroenteropatia perdedora de proteína. Mais comum em adultos, é muito rara em crianças, com menos de 50 casos descritos, dos quais a maior parte é do gênero masculino. Nas crianças, seu início é súbito, com duração média de cinco semanas e recuperação por vezes espontânea, o que favorece a raridade diagnóstica. A etiologia é desconhecida, mas, em alguns casos, parece relacionada à reação alérgica à proteína alimentar ou à infecção por citomegalovírus, havendo também relatos de casos associados à infecção por Helicobacter pylori, Mycoplasma pneumoniae e um caso descrito após a vacinação oral contra poliomielite.
A análise dos sintomas de 42 casos descritos na litera- tura mostra a presença de edema hipoproteinemico devido à perda protéica pelo sistema digestório (88% dos casos), vômitos (78%), dor abdominal (45%), anorexia (40%), sangramento digestivo alto (12%), além de ascite. Em adultos, às vezes, há necessidade de ressecção parcial ou total do estômago, como forma de tratamento, e em crianças é, em geral, benigna, com cura espontânea ou após uso de ranitidina.

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12
Q

Síndrome ou laceração de Mallory-Weiss

A

A síndrome de Mallory-Weiss refere-se ao sangramento proveniente de lacerações da mucosa (laceração de Mallory - Weiss), na junção do estômago e esôfago, normalmente causada por esforço ao tossir ou vomitar.

É a segunda ou terceira maior causa de hemorragia digestiva alta (15-20% dos casos)

Causas
É freqüentemente associada com alcoolismo e distúrbios alimentares e há algumas evidências que a presença de uma hérnia de hiato é uma condição predisponente.

Apresentação
A síndrome de Mallory-Weiss apresenta freqüentemente como um episódio de vômito de sangue (hematemese) depois de tentativas para vomitar ou vômitos, mas também pode ocorrer sangue escuro nas fezes melena, sendo que uma história de vômito pode estar ausente.

Na maioria dos casos, a hemorragia cede espontaneamente depois de 24-48 horas, mas tratamento cirúrgico ou endoscópico é às vezes necessário. Raramente a condição é fatal.

Diagnostico: O diagnóstico definitivo é feito por endoscopia.

Tratamento
O tratamento normalmente é efetivo, sendo que a hemorragia persistente é incomum. Cauterização ou injeção de epinefrina para parar a hemorragia podem ser efetuados durante o procedimento de endoscopia. Muito raramente a embolização das artérias regionais é necessária para cessar a hemorragia.

História
A doença foi descrita primeiramente em 1929 por G. Kenneth Mallory e Soma Weiss em 15 pacientes alcoólicos.

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13
Q

Lesão de Dieulafoy

A

Lesão de Dieulafoy é uma condição médica na qual uma arteríola tortuosa e anormalmente grande , que faz um trajeto através da submucosa erode no estômago, podendo causar hemorragia digestiva alta.

A maioria das lesões ocorrem na porção superior do estômago. Ao contrário de outras causas de sangramento digestivo, os pacientes com lesão de Dieulafoy não costumam apresentar história de abuso de álcool ou de anti-inflamatórios não esteroides.

Sinais e sintomas: Os sinais e sintomas mais comuns costumam ser hematêmese e/ou melena.

Diagnóstico: A doença pode ser diagnosticada endoscopicamente.

Tratamento: A doença pode ser tratada endoscopicamente através de injeção de vasoconstrictores.

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14
Q

Tríade de Borchardt

A

Relacionada ao vólvulo gástrico, consiste nos seguintes sinais e sintomas:
1- dor abdominal de início súbito, intensa e constante, com distensão
2- regurgitações frequentes com produção de pouco vômito
3- impossibilidade de passar uma sonda nasogastrica

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15
Q

Hérnia de Bochdalek

A

Hérnia diafragmática congênita póstero lateral, mais freqüente a esquerda.

No recém-nascido (RN), a mais importante é a chamada Hérnia de Bochdalek. Decorre do não fechamento dos canais pleuroperitoneais, resultando em uma grande abertura, na região póstero-lateral do diafragma, tornando as cavidades peritoneal e pleural contínuos, sendo o lado esquerdo o mais afetado, pela presença do fígado no lado direito podendo tamponar o defeito (BRAGG W. D. et al, 1996; RUANO R., 2006). Ou seja, a HD de Bochdalek envolve uma abertura no lado esquerdo do diafragma. O estômago e intestinos geralmente se movem para a cavidade torácica. Esse defeito tem incidência de 1:4.000 nascidos vivos, e de 1:2.000 natimortos.

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16
Q

Hérnia de Morgagni

A

Hérnia de Morgagni é devido a uma abertura no lado direito do diafragma. O fígado e intestinos geralmente se movem para a cavidade torácica (SANTANA F.G et al, 2008). Isso ocorre devido a um defeito no espaço retroesternal (BRAGG W. D. et al, 1996). A hérnia de Morgagni é a mais rara forma de hérnia diafragmática, ocorrendo em 3% dos casos. Consiste na protrusão para o tórax do conteúdo abdominal incluindo omento e cólon transverso, entre outros. É mais comum do lado direito e aparece quase sempre após aumento da pressão intra-abdominal. Os pacientes com hérnia de Morgagni são geralmente assintomáticos. Radiologicamente se apresenta como uma opacificação do seio cardiofrênico. O tratamento desta doença é sempre cirúrgico

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17
Q

Úlcera de Marjolin

A

Atualmente, a expressão úlcera de Marjolin é usada quando neoplasias malignas, especialmente carcinomas espinocelulares, ocorrem sobre úlceras crônicas, fístulas e cicatrizes de várias etiologias, sendo as cicatrizes de queimaduras as causas mais comuns.

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18
Q

Doença de Bowen

A

Doença de Bowen é uma forma de carcinoma espinocelular. restrita a epiderme, ou seja, é a forma inicial do carcinoma espinocelular. De uma forma simples podemos colocar a Doença de Bowen entre a queratose actínica e o carcinoma espinocelular.

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19
Q

Síndrome de Stewart-Treves

A

Linfangiossarcoma decorrente de linfedema crônico. A principal é o esvaziamento axilar em mulheres mastectomizadas por câncer de mama.

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20
Q

Doença de Ollier

A

Doença de Ollier é um transtorno não-hereditário esporádico, no qual há múltiplos endocondromas que geralmente se desenvolvem na infância. A prevalência é estimada em cerca de 1/100.000.

Os encondromas ou endocondromas são neoplasias benignas ósseas, proliferação benigna de cartilagem hialina

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21
Q

Síndrome de Maffucci

A

Múltiplos encondromas esqueléticos associados a hemangiomas subcutâneos múltiplos.

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22
Q

Síndrome de McCune-Albright

A

A síndrome de McCune–Albright é uma doença genética dos ossos, pigmentação da pele e problemas hormonais associados com puberdade precoce.

Sinais e sintomas
A síndrome é suspeitada quando pelo menos duas das três características seguintes estão presentes:

Hiperfunção endócrina como puberdade precoce
Displasia fibrosa poliostótica
Manchas café-com-leite

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23
Q

Úlcera de Curling

A

Úlcera duodenal de estresse em grandes queimados (mais de 30%da superfície corpórea)

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24
Q

Úlcera de Cushing

A

Úlceras pépticas de estresse em pacientes com patologias do sistema nervoso central

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25
Q

Sinal de Chvostek

A

Sinal de Chvostek é um sinal médico que consiste na presença de espasmos dos músculos faciais em resposta à percussão do nervo facial na região zigomática.

É um dos sinais de tetania observados na hipocalcemia.

Foi descrito pela primeira vez por František Chvostek, um médico austríaco, em 1876, e depois independentemente por Nathan Weiss em 1883.

Embora classicamente descrito na hipocalcemia, este sinal também pode ser encontrado na alcalose metabólica e Hipomagnesemia.

É importante ressaltar que cerca de 10% da população tem este sinal positivo sem a hipocalcemia.

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26
Q

Sinal de Trousseau da tetania latente

A

O sinal de Trousseau de tetania latente pode ser observado em pacientes com hipocalcemia, quando espasmos carpais pode ser provocados ao se ocluir a artéria braquial. Para realizar esta manobra, um manguito de medição de pressão sanguínea é colocado ao redor do braço e inflado até uma pressão maior que a pressão sanguínea sistólica, cerca de 20mmHg maior, e mantido no local por 3 minutos. Se o espasmo carpal ocorrer, manifestado como flexão do punho e articulações metacarpofalangeanas, extensão das interfalanges distais e articulações interfalangeanas proximais e adução do polegar e dedos, o sinal é dito estar presente e o paciente provavelmente tem hipocalcemia. O sinal pode se mostrar presente antes de manifestações maiores de hipocalcemia como a hiperreflexia ou tetania, mas acredita-se que geralmente é menos sensível que o sinal de Chvostek para a hipocalcemia.

O sinal também é conhecido como main d’accoucheur (Francês para “mão de obstetra”) porque os dedos estendidos parecem com a posição da mão de um obstetra durante o nascimento de um bebê.

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27
Q

Sinal de Trousseau de malignidade

A

O sinal de Trousseau de malignidade é um sinal médico encontrado em alguns cânceres e é associado com hipercoagulabilidade. Também é conhecido como síndrome de Trousseau, sendo distinto do sinal de Trousseau de tetania latente. É uma tromboflebite migratória. A síndrome envolve trombose venosa extensa e recorrente mesmo com o tratamento anticoagulante. Armand Trousseau foi a primeira pessoa a descrever este achado, encontrando-o em si próprio. Em seguida ele foi diagnosticado com câncer de pâncreas e morreu logo em seguida.

Algumas malignidades, especialmente adenocarcinomas do pâncreas e pulmão, estão associadas com hipercoagulabilidade (a tendência aumentada de formar coágulos sanguíneos) por razões que ainda não são completamente compreendidas, mas podem estar relacionadas a fatores secretados pelos tumores.

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28
Q

Sinal de Kehr

A

O sinal de Kehr é um sinal médico de ocorrência de dor aguda no ombro devido a presença de sangue ou outros irritantes na cavidade peritoneal homolateral quando uma pessoa está deitada e com as pernas elevadas. O sinal de Kehr no ombro esquerdo é considerado um sinal clássico de ruptura de baço.

29
Q

Sinal de Laffont

A

O Sinal de Laffont refere-se a uma dor subescapular por hemoperitônio na gravidez ectópica rota.

30
Q

Sinal de Murphy

A

Indica colecistite aguda. Dor causada pela inspiração enquanto se aplica pressão ao abdome superior direito, devido ao rebaixamento do fígado e da vesícula durante a inspiração em direção a mão do examinador.

31
Q

Sinal do psoas ou iliopsoas

A

Dor na extensão da perna com paciente em decúbito lateral. Indica apendicite ou abscesso retrocecal

Alguns consideram esse sinal quando ocorre dor com elevação da perna contra uma resistência, só que alguns chamam isso de sinal de Lapinski.

32
Q

Sinal do obturador

A

Flexão e rotação interna da coxa direita em posição supina provoca dor na região hipogástrica. Indica abscesso, apendicite ou outro processo inflamatório na pelve

33
Q

Sinal de Rovsing

A

Dor no ponto de McBurney quando se comprime o abdome inferior esquerdo, devido ao deslocamento da massa de ar.

34
Q

Sinal de Blumberg

A

Descompressão dolorosa no ponto de McBurney, indicando apendicite.

35
Q

Sinal de Fothergill

A

Massa da parede abdominal não cruza a linha média e permanece palpável quando o reto está contraído. Indica hematoma do músculo reto abdominal

36
Q

Sinal de Carnett

A

Perda da sensibilidade abdominal quando os músculos da parede abdominal são contraídos. Indica que a fonte da dor é intra-abdominal

37
Q

Sinal de Dunphy

A

SINAL DE DUNPHY: Dor na FID que piora com a tosse

38
Q

Sinal de Lenander

A

Temperatura retal maior que 1 grau da axilar

39
Q

Sinal de Lapinsky

A

SINAL DE LAPINSKY: Dor à compressão da FID enquanto o paciente eleva o MMII esticado

40
Q

Sinal de Aaron

A

Dor ou pressão no epigástrio ou tórax anterior com pressão firme persistente aplicada ao ponto de McBurney. Indica apendicite aguda

41
Q

Sinal de Bassler

A

Dor aguda criada pela compressão do apêndice entre a parede abdominal e o ilíaco. Indica apendicite crônica

42
Q

Sinal de Chandelier

A

Dor extrema abdominal inferior ou pélvica com movimento da cérvice. Indica doença inflamatória pélvica

43
Q

Tríade de Charcot

A

1- dor abdominal superior direita
2- icterícia
3- febre com calafrios

Indica colangite, inflamação das vias biliares, coledocolitíase

44
Q

Pentade de Reynolds

A

Tríade de Charcot (dor abdominal em hipocôndrio direito + icterícia + febre com calafrios) associada a confusão mental e hipotensão, indicam colangite grave associada a choque.

45
Q

Sinal de Claybrook

A

Acentuação dos ruídos cardíacos e respiratórios através da parede abdominal. Indica víscera abdominal rota

46
Q

Sinal de Courvoisier-Terrier

A

Vesícula palpável com icterícia, mas sem dor. Indica tumor de vesícula, tumor periampular, de cabeça de pâncreas

47
Q

Sinal de Cruveilhier

A

Presença de veias varicosas no umbigo (caput medusae). Indica hipertensão portal

48
Q

Sinal de Danforth

A

Dor no ombro à inspiração. Indica hemoperitonio

49
Q

Sinal de Mannkopf

A

Pulso aumentado quando o abdome doloroso é palpado. Indica ausência de malignidade

50
Q

Sinal de Ransohoff

A

Descoloração amarela na região umbilical. Indica ducto biliar rompido

51
Q

Sinal de Ten Horn

A

Dor causada por tração suave do testículo direito. Indica apendicite aguda.

52
Q

Manobra de Taxe

A

Tentativa de redução de hérnia, com paciente em posição de Tredelemburg

53
Q

Manobra de Landivar

A

Manobra utilizada para diferenciar hérnia inguinal direta de indireta. Realiza-se palpação do anel inguinal interno, na sua topografia cutânea, combinada com manobras de aumento da pressão intra-abdominal. O aparecimento da hérnia com a manobra indica hérnia direta, já o não aparecimento indica hérnia indireta.

54
Q

Técnica de Mathieu

A

Utilizada na palpação do fígado. Examinador se coloca de costas para a cabeça do paciente, coloca as mãos paralelas no hipocôndrio direito do paciente e com as extremidades dos dedos fletidas, forma uma garra, tentando papar o fígado durante inspiração profunda.

55
Q

Técnica de Lemos-Torres

A

Utilizada na palpação do fígado. O examinador, com sua mão esquerda, a coloca na região lombar direita, apoiando-a sobre as duas últimas costelas, tracionando o fígado para frente, e com a mão direita espalmada sobre a parede anterior do abdome, tenta paladar a borda do fígado durante inspiração profunda com as falanges dos dedos indicador e médio

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Q

Ondas de Kussmaul

A

Peristaltismo visível na parede abdominal

57
Q

Síndrome de Koenig

A

A síndrome de Koenig, ou “tumor-fantasma”, é caracterizada por crises de dor abdominal em cólica cuja intensidade aumenta em poucos minutos e desaparece também rapidamente, e muitas vezes de forma ruidosa. Estas crises são acompanhadas por ondas peristálticas limitadas a um segmento do intestino delgado (geralmente visíveis na região do mesogástrio) que, em geral, repetem-se algum tempo depois e ocorrem com maior frequência depois da alimentação. Esta síndrome sugere a presença de uma estenose do intestino delgado.
A presença de peristaltismo visível em região mesogástrica no indivíduo magro com abdome flácido pode ser considerado normal, porém nesta intensidade em que aparece no vídeo apresentado, é francamente patológica. Quando se observa este peristaltismo visível, configura-se semiologicamente o que se denomina de “ondas de Kussmaul”, que são sugestivas de obstrução alta do tubo digestivo. Observa-se um “tumor” de aparecimento repentino (pelas alças intestinais dilatadas), visível e palpável, dor em cólica e ruídos hidroaéreos de intensidade aumentada no local. Estas ondas peristálticas configuram a aparência de uma tumoração transitória, ou pseudotumor, que se desfaz pouco tempo depois, razão pela qual é chamado de “tumor fantasma”.
Este quadro pode ocorrer também quando há hiperperistaltismo gástrico, frequentemente observado logo após a alimentação, caracterizando-se por ondas peristálticas fortes, também denominadas de “ondas de Kussmaul”, orientadas do quadrante superior esquerdo para o direito. Este quadro sugere estenose pilórica.

58
Q

Espaço de Traube

A

Espaço de Traube
Espaço semilunar do sexto ao décimo primeiro espaços intercostais, tendo como limites: gradeado costal, baço, pâncreas, cólon, rim e estômago. Normalmente quando percutido apresenta timpanismo.

59
Q

Sinal de Lapinski

A
  • Sinal de Lapinsky: ocorre dor à palpação na fossa ilíaca direita quando o membro inferior direito é estendido e elevado.
  • Sinal do psoas: ocorre dor na fossa ilíaca direita à extensão passiva da coxa (ou flexão ativa contra uma resistência) [paciente em decúbito lateral]
60
Q

Sinal de Torres-Homem

A

Percussão dígito-digital intensamente dolorosa, localizada e circunscrita consiste o Sinal de Torres-Homem, característico de abscesso hepático.

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Q

Manobra de Schuster

A

Manobra de Schuster = Paciente em decúbito lateral direito com MIE fletido e MID estendido + MSE atrás da cabeça. Outros consideram que a manobra de Shuster é a posição intermediária entre o decúbito lateral direito e o dorsal.

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Q

Sinal de Gersuny

A

Sinal de Gersuny: Observado em casos de fecaloma.
Quando se comprime uma massa abdominal de maneira profunda e demorada, ao se reduzir a pressäo da mão, percebe-se que a parede intestinal “desprega-se” subitamente do bolo fecal, produzindo uma sensação peculiar (semelhante a uma “crepitação”), resultante da interposição de ar entre a parede intestinal e o bolo fecal.

63
Q

Hérnia de Spiegel

A

Hérnia localizada entre a borda lateral do músculo reto do abdome e a linha semilunar, geralmente abaixo da linha semicircular ou arqueada (de Douglas), apresentando localização infraumbilical

64
Q

Hérnia de Richter

A

Ocorre quando há o pinçamento lateral apenas da borda antimesentérica da víscera abdominal permitindo estrangulamento desse segmento de alça sem sinais de obstrução intestinal. É mais freqüente nos sítios de hérnias femorais. Difícil diagnostico.

65
Q

Sinal de Howship-Romberg

A

Dor em face interna da coxa. Indica compressão ou irritação do nervo obturador. Sinal pode estar presente nas hérnias obturadoras.

66
Q

Hérnia de Littré

A

Presença de diverticulo de Merckel no saco herniario, podendo evoluir com estrangulamento e necrose sem sinais de obstrução intestinal.

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Q

Hérnia por deslizamento

A

Aquelas onde um órgão compõe parte da parede do saco herniario. As vísceras mais comumente encontradas são a bexiga e o cólon. A maioria ocorre em hérnias inguinais indiretas

68
Q

Hérnia em pantalona

A

Possui componente direto e indireto

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Q

Hérnia de Grynfelt

A

Localizada no trígono lombar superior, é limitada superiormente pela borda inferior da 12@ costela, inferiormente pelo músculo denteado menor e lateralmente pelo músculo oblíquo interno. Entre as hérnia lombares é a mais freqüente

70
Q

Hérnia de Petit

A

Ocorre no trígono lombar inferior (de Petit), é limitada inferiormente pela cristã ilíaca, lateralmente pelo músculo oblíquo externo e medialmente pelo músculo grande dorsal.

71
Q

Trígono de Hasselbach

A

Local de ocorrência das hérnias inguinais diretas. Seus limites são:
Inferior: ligamento inguinal (de Poupart)
Medial: borda lateral do músculo reto do abdome
Lateral: vasos epigástricos inferiores