Epistaxe, Ferida, Otorrinolaringologia Flashcards
Qual é a origem mais frequente de epistaxe em pacientes previamente rígido?
Sangramento anterior ( também chamado de PLEXO DE KIESSELBACH) em mais de 90% das vezes.
O sangramento posterior ( plexo de WOODRUFF) é mais raro porém mais abundante.
Na maioria dos casos de epistaxe a conduta inicial vai ser…
Compressão nasal. Pois 90% das vezes se trata de uma epistaxe anterior que se resolve com compressão digital entre a asa nasal e o septo do lado do sangramento.
A epistaxe tem caráter bimodal, sendo sua maior prevalência antes dos 10 anos e entre os 45 e 65 anos?
Sim correto. Lembrar que é mais comum no inverno e em climas secos.
O taponamento nasal pode ficar até quanto tempo no nariz?
Até no máximo 48 horas, passando desse tempo é recomendado usar antibiótico profilaxia e trocar o tampão.
Qual o nome desse axame do médico visto na imagem?
OROSCOPIA. Pode usada para diversos análise como por exemplo ver um sangramento nasal posterior na suspeita de epistaxe abundante.
Como se chama esse exame médico da imagem?
RINOSCOPIA. Muito importante por exemplo para avaliar origem da epistaxe. É feita com o especulo nasal (imagem abaixo).
Como conduzir uma Epistaxe em uma prova prática em 10 passos?
1° APRESENTAR (sou o médico que vai realizar seu atendimento) ➡️ EXPLICAR O PROCEDIMENTO ➡️ PEDIR CONSENTIMENTO.
2° SEPARAR O SEU MATERIAL que é ➡️ Tampão anterior (esponja e camisinha ou gaze estéril por exemplo) + lubrificante ( exemplo colagenase) + seringa de 20ml + gaze com solução de adrenalina + fotóforo (para vizualizar bem as estruturas) + especulo nasal + baioneta + abaixador de língua + sanda de foley N° 12 + soro gelado + cuba rim + sonda de aspiração.
3° POSICIONAMENTO DO PACIENTE ( deve estar sentado com a cabeça reta ).
4° PARAMENTAÇÃO (não precisa ser estéril)
5° LAVAGEM NASAL COM SORO GELADO NA SERINGA 20ml (para melhor visualização de onde pode estar a origem do sangramento).
6° INTRODUZIR ALGODÃO COM ADRENALINA no nariz do paciente. Depois de 3 minutos retirar e fazer uma rinoscopia.
7° RETIRAR O ALGODÃO COM A ADRENALINA DEPOIS DE 3 MINUTOS
8° REALIZAR A RINOSCOPIA ANTERIOR. CASO O SANGRAMENTO FOR DE ORIGEM POSTERIOR FAZEMOS A OROSCOPIA COM O ABAIXADOR DE LINGUA.
9° TAMPONAMENTO
10° RETIRAR O TAMPÃO EM ATE 48 HORAS E REAVALIAR COM UMA NOVA RINOSCOPIA.
Em quais feridas não se recomenda suturar?
Feridas que tem > 6 ou 8 horas de evolução(ministério da Saúde coloca esse horário como estabelecido mas ele também diz que a gente tem que avaliar cada caso, por exemplo se essa ferida tem um impacto estético - como lesão em face - ou funcional muito alto a gente pode extrapolar essas 8 horas, em caso de uma região bem vascularizado - como o coro cabeludo - e limpa também podemos extrapolar esse tempo.) Isso ocorre porque o risco de contaminação é muito alto.
Perda de tecido isso é óbvio porque se a gente não consegue aproximar as bordas pela quantidade perdida de tecido entre as bordas, não se pode puxar as bordas de maneira agressiva então a sututa está contraindicada. Sendo nesses casos o correto fazer preenchimento dessa região ou cicatrização por segunda intenção.
Mordedura a princípio não sutura ferida por mordedura. Porém onde há risco de prejuízo estético como na regiao facial por exemplo se pode fazer sim a sutura em caso de mordedura. Geralmente essas futuras feita em moldura elas são apenas para aproximar as bordas de maneira suave para que a ferida seja tão grosseira. ⚠️⚠️ Sempre fazemos antibióticos profilático com amoxicilina + clavulanato por 3 a 5 dias.
Qual a diferença entre Escarotomia e fasciotomia?
ESCAROTOMIA ➡️ É UMA INCISÃO NA PELE GERALMENTE APÓS UMA QUEIMADURA GRAVE ONDE A PELE SE TRANSFORMA EM UM COURO RÍGIDO E DURO. E esse couro formado pode ser extremamente perigoso a depender de sua região, porque não deixa que as estruturas se expandem, uma situação clássica em prova é esse couro ao redor do tórax onde eu passei isso consegue expandir para respirar sendo nesses casos necessário a esse casos uma ESCAROTOMIA de urgência.
FASCIOTOMIA ➡️ E uma incisão na fascia muscular (lembra que a fáscia ela é uma membrana que envolve o músculo). Muito usada em SINDROME COMPARTIMENTAL, pois quem tá causando essas síndrome compartimental é a fascia que não tá deixando que o músculo se expanda, porque a fascia é uma membrana que contém o músculo então se o músculo está se expandindo e a fascia simplesmente não tá deixando gera a síndrome compartimental. Então fazemos a FASCIOTOMIA. ⚠️Geralmente em corrente elétrica que vai percorrendo essa musculatura e lesionando causando edema inflamação que começa a sofrer expansão, porém essa fascia contém essa expansão causando essa síndrome.
Diferença entre assepsia e antissepsia:
Imagem.
Como ficou a atualização para profilaxia da raiva?
- O contato indireto apenas lavar com água e sabão.
- Para cães e gatos domésticos, dependemos basicamente da possibilidade de observação.
• Se observável, apenas lavar e observar por 10 dias.
◦ Caso o animal morra, desapareça ou apresente sinais de raiva, indicamos profilaxia. Acidentes leves, recebem 4 doses da
vacina. Acidentes graves, 4 doses da vacina mais soro ou imunoglobulina antirrábicos.
• Se não observável ou com sinais sugestivos da raiva.
◦ Acidentes leves, recebem 4 doses da vacina. Acidentes graves, 4 doses da vacina mais soro ou imunoglobulina antirrábicos. - Mamíferos domésticos de interesse econômico
• Se acidente leve, fazer quatro doses da vacina.
• Se acidente grave, fazer soro ou imunoglobulina antirrábicos e 4 doses de vacina. - Morcegos e outros animais silvestres
• Independente do tipo de acidente, fazer soro ou imunoglobulina antirrábicos e 4 doses de vacina.
Como deve ser a conduta passo a passo de uma ferida por mordedura?
1- Orientar o paciente sobre o procedimento.
2- Lavagem das mãos e paramentação não estéril (luvas de procedimento).
3- Lavagem exaustiva da ferida com soro fisiológico na parte interna e antisséptico degermante (clorexidina ou iodopovidona) na parte externa.
4- Paramentação estéril (luvas estéreis) e antissepsia das bordas da ferida comum antisséptico alcoólico ou tópico (clorexidina ou iodopovidona).
5- Colocação de campo cirúrgico.
6- Infiltração de anestésico local pela parte externa da ferida sempre no mesmo sentido (ex: da esquerda para a direita).
7- Explorar a ferida e realizar debridamento e quando necessário.
8- Realizar hemostasia.
9- Aproximação das bordas em feridas em localizações com importância estética, como rosto. As demais devem ser mantidas abertas para cicatrização por segunda intenção.
10- Lavar novamente a ferida.
11- Fazer curativo.
12- Prescrição de antibioticoprofilaxia (amoxicilina + clavulanato).
13- Orientações sobre vacinação antitetânica e antirrábica.
14- Lembrar que acidente por animal potencialmente transmissor da raiva é de notificação imediata.
⚠️⚠️ As lesões por mordedura humana e de gatos têm um risco maior de infecção quando comparadas às lesões por mordedura canina. Em todos os casos, no entanto, é necessária a prescrição de antibióticos (duração = 3–5 dias). Além disso, na mordedura humana, a transmissão de algumas doenças como as hepatites B e C, tuberculose, sífilis, tétano e aids tem sido relatada.
Como deve ser a conduta passo a passo de uma ferida comum?
1- Orientar o paciente sobre o procedimento.
2- Lavagem das mãos e paramentação não estéril (luvas de procedimento).
3- Lavagem exaustiva da ferida com soro fisiológico na parte interna e antisséptico degermante (clorexidina ou iodopovidona) na parte externa.
4- Paramentação estéril (luvas estéreis) e antissepsia das bordas da ferida com antisséptico alcoólico ou tópico (clorexidina ou iodopovidona).
5- Colocação de campo cirúrgico.
6- Infiltração de anestésico local pela parte externa da ferida sempre no mesmo sentido (ex: da esquerda para a direita).
7- Explorar a ferida e realizar busca e retirada de corpos estranhos e debridamento quando necessário.
8- Realizar hemostasia.
9- Realizar a sutura da lesão com pontos simples e fio monofilamentar inabsorvível (mononylon 3-0) objetivando a completa coaptação das bordas (cicatrização por primeira intenção).
10- Fazer curativo.
11-NÃO PRESCREVER ANTIBIÓTICOS!
12- Orientações sobre vacinação antitetânica e cuidados com a ferida.
⚠️⚠️ Aqui, se encaixam as feridas traumáticas mais comuns, que são as de origem mecânica (ex.: acidentes domésticos). Após caracterizar a ferida, partiremos para a abordagem propriamente dita da lesão. Nosso objetivo é restabelecer a integridade anatômica e funcional dos tecidos, sem se esquecer do aspecto estético!
Qual o passo a passo frente uma ferida por queimadura?
1- Medidas de atendimento pré-hospitalar (via aérea, hidratação, prevenção de hipotermia etc.).
2- Lavagem das mãos e calçamento de luvas (técnica asséptica).
3- Explorar a ferida e realizar debridamento quando necessário (a depender da gravidade da queimadura). 4- Fazer curativo com sulfadiazina de prata (troca diária).
5- Avaliar necessidade de enxertos.
6-Avaliar procedimentos especiais (escarotomia / fasciotomia).
7- Orientações sobre vacinação antitetânica.
⚠️⚠️Inicialmente, ainda no atendimento pré-hospitalar, os cuidados são básicos e simples. Neste momento, devemos nos preocupar apenas com a proteção do ambiente pela aplicação de um curativo seco ou um lençol limpo para cobrir a parte envolvida. Os curativos úmidos devem ser evitados para prevenir a hipotermia. Além disso, o paciente deve der envolvido em um cobertor para minimizar a perda de calor e controlar a temperatura durante o transporte.
Em lesões de queimadura deve-se estourar as bolhas?
Existe muita discussão sobre o que fazer com as famosas bolhas decorrentes da queimadura. A grande dúvida é: devo ou não estourar as bolhas. Muito cuidado, pois aqui ainda não existe um conceito. A conduta varia entre as instituições. Algumas preconizam que o debridamento deve ser feito e após a remoção dos flictenas, devemos cobrir a área com sulfadiazina de prata tópica e curativo. Outros serviços afirmam que isso depende do momento do atendimento. Se a lesão for complexa e com pouco tempo de evolução, estaria indicado a drenagem do conteúdo e a preservação da pele como forma de curativo biológico. Mas se a lesão não for recente, devemos realizar o debridamento do flictena.