Endométrio Flashcards

1
Q

O câncer de endométrio é dividido classicamente em tipo I e tipo II. Quais são e qual deles é mais prevalente?

A
  • Tipo I: Endometrióide (relação com estrogênio), mais comum. - Adenocarcinoma endometrial endometrióide (75-80% dos casos).
  • Tipo II: Não endometrióide (não relacionado a estrogênio), menos comum (20% dos casos)
  • Seroso (5-10%), Céls Claras (1-5%)-pior prognóstico, Mucinoso (1-3%), Sarcoma.
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2
Q

Cite pelo menos 4 fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de endométrio.

A
  • Pós menopausa (~= 61 anos);
  • Reposição hormonal;
  • Tamoxifeno (7,5%);
  • Nuliparidade;
  • Menarca precoce;
  • Obesidade (57%) - A cada 5 unidades acrescidas ao IMC, aumenta em 50% o risco de câncer.
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3
Q

Quais são as 4 categorias moleculares do câncer de endométrio e quais são a de melhor e de pior prognóstico?

A
  • Classificações moleculares:
    1. POLE ultramutado - melhor PFS.
    2. MSI (instabilidade micro satélite) hipermutado - PFS intermediário.
    3. CN (copy number) low - PFS intermediário.
    4. CN (copy number) high - pior prognóstico.
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4
Q

Que síndrome genética hereditária é associada ao câncer de endométrio? Cite pelo menos mais dois sítios de cânceres comuns nesta síndrome.

A

Síndrome de Lynch (risco 40-60%, 48 anos) - mutação na linha germinativa MLH1 ou perda do gene de reparação MH2.
Outros sítios: colorretal, fígado, estômago, trato urinário, SNC, ovário.

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5
Q

Existe algum programa para rastreamento do câncer de endométrio? Cite pelo menos uma medida protetora.

A
  • Papanicolau (sensibilidade 40%), USG transvaginal (?)
  • Medidas protetoras: Uso de anticoncepcional oral (reduz 30-40%), atividade física.
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6
Q

Qual é a apresentação clínica mais típica do câncer de endométrio?

A
  • Sangramento uterino anormal (90% fase inicial);
  • Descarga vaginal não sanguinolenta (10%);
  • Dor pélvica.
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7
Q

Qual é a drenagem primária do útero?

A

Drenagem linfática primária:

  • Corpo uterino até LNF Pélvico (Ilíaca interma e externa, obturatório, Ilíaca comum, Pressacral, Parametrial).
  • Corpo e Cervix uterino – Ilíacos Internos / Fundo uterino – LN’s Inguinal superficial.
  • Pode haver disseminação direta para LFN PaO.

OBS. Há poucos vasos linfáticos no endométrio, mas miometrio e subserosa possuem rica rede linfática.
1/3 dos pacientes possuem LFN pélvicos + possuem LFNsa PaO +.

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8
Q

O câncer de endométrio é classificado em graus 1, 2 ou 3 conforme o seu componente glandular. O que determina cada grau?

A

Os carcinomas endometriódes são classificados histologicamente pela FIGO de acordo com o componente sólido:

  • Grau 1 - < 6%; (baixo grau - bom prognóstico);
  • Grau 2- entre 6 - 10% (baixo grau - bom prognóstico);
  • Grau 3- > 50% (prognóstico intermediário a ruim).
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9
Q

Cite pelo menos três histologias de câncer de endométrio e indique qual é a mais comum e as mais agressivas.

A
  • Mais comum: Adenocarcinoma Endométrio Endometrióide (75-80% dos casos).
  • Mais agressivas: Não endometrióides (Seroso (5-10%), Céls Claras (1-5%)-pior prognóstico, Mucinoso (1-3%), Sarcoma).
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10
Q

Como devemos estadiar pacientes com câncer de endométrio? Cite alguns exames de imagem e de laboratório que podemos solicitar?

A
  • CA-125 (elevado em 60% dos casos);
  • RNM de pelve
  • TC de abdome superior e inferior.
  • Cistoscopia e sigmoidoscopia quando clinicamente indicado;
  • Colposcopia?*
    Biópsia - Gold standart para diagnóstico (>90% sensibilidade e 85% especificidade);
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11
Q

Qual é o principal pilar do tratamento do câncer de endométrio? Como se chama a cirurgia padrão?

A

Cirurgia: Histerectomia abdominal total + salpingo ooforectomia bilateral + Linfadenectomia inguinal bilateral.

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12
Q

Qual é o estadiamento FIGO de uma paciente com câncer de endométrio com lesão que acomete mais da metade do miométrio, grau 2, sem envolvimento de paramétrios ou linfonodos?

A

IB - (tumor invadindo 50% ou mais do miométrio).

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13
Q

Qual é o estadiamento FIGO de uma paciente com câncer de endométrio com lesão que acomete mais da metade do miométrio, grau 3, infiltra o estroma cervical porém não envolve paramétrios nem linfonodos?

A

II (tumor invadindo tecido conectivo estromal do cérvix, mas não se estende além do útero. Não inclui envolvimento glandular endocervical)

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14
Q

Linfadenectomia deve ser performada de maneira rotineira no câncer de endométrio?

A

Sim, linfadenectomia inguinal bilateral

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15
Q

O estudo ASTEC (Astec Group, 2009) avaliou pacientes com doença clinicamente restrita ao útero submetidas a Histerectomia com e sem linfadenectomia pélvica. Pacientes com fatores de risco intermediário e alto, foram submetidas à radioterapia pélvica adjuvante. Qual o resultado do estudo em termos de sobrevida livre de falha e sobrevida global?

A

O estudo avaliou 905 pacientes com carcinoma de endométrio estádios I e IIA com fatores de alto risco (invasão profunda ou
grau 3 com invasão superficial ou histologia serosa), que foram randomizados em RT ✖️ Obs. Aproximadamente 50% das pacientes no grupo controle receberam braquiterapia vaginal.
As taxas de recorrência pélvica isolada foram de 6,1% vs. 2,9% nas pacientes que receberam radioterapia (RT) da pelve, mas sem diferença em SG (84% em cinco anos nos dois grupos).

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16
Q

Cite pelo menos 3 indicadores de mau prognóstico no câncer de endométrio.

A
  • Invasão angiolinfática;
  • Invasão miométrio;
  • Estádio avançado;
  • Grau 3;
  • Tipo celular desfavorável;
  • Profundidade da invasão (pior prognóstico);
  • Extensão cervical;
  • Idade>60 anos;
  • Tamanho do tumor;
  • Anemia;
  • PS ruim.
17
Q

Qual tratamento adjuvante seria adequado a uma paciente de 55 anos com diagnóstico de adenocarcinoma endometrioide de endométrio grau 2, submetida a histerectomia total com laudo AP evidenciando doença restrita ao endométrio com menos da metade de infiltração do miométrio?

A

IA - Braquiterapia de fundo vaginal → reduz risco de Rec na vagina.

18
Q

Qual tratamento adjuvante seria adequado a uma paciente de 65 anos com diagnóstico de adenocarcinoma endometrioide de endométrio grau 2, submetida a histerectomia total com laudo AP evidenciando doença invadindo mais da metade do miométrio?
É necessária a associação de RT externa com Braquiterapia para este caso? Justifique com um estudo que corrobore sua resposta.

A

IB → Radioterapia adjuvante 50,4 Gy.

Fatores de risco para recidiva: > 60 anos; invasão miometrial >50%.
Sim é necessária a associação de RT externa com Braquiterapia, paciente possui 2 fatores de Alto risco (65 anos e invasão de mais da metade do miométrio), corroborado pelo PORTEC 2.

O local mais comum de recorrência é a cúpula vaginal.

  • A Braquiterapia em pacientes com TU iniciais ⬇️ risco de Rec. na vagina com ⬇️ toxicidade que a RT externa.
19
Q

Paciente com diagnóstico de adenocarcinoma endometrioide de endométrio, estadiamento pós-histerectomia II. Qual é o tratamento adjuvante adequado? Cite exemplos de dose, fracionamento e quais estruturas devem ser incluídas no planejamento.

A

II - Tu invade o estroma cervical, mas é restrito ao útero.

Deverá fazer RT pélvica adjuvante, pois ⬇️ taxa de recorrência local. (PORTEC 1)

Dose: 46 Gy (23 x 2 Gy). Campo: drenagem pélvica + PTV vaginal ou ITV vaginal

PTV vaginal= CTV vagina (vagina proximal + tecido paravagina/parametrial visualizado + 1/3 anterior do mesorreto) + 1,5cm de mg ou ITV (vagina bexiga cheia + vagina bexiga vazia com mg menor = 0,8 cm).

20
Q

Quais são as indicações de quimioterapia adjuvante no tratamento de endométrio?

A
  • A QT adjuvante é considerada padrão na doença localmente avançada estádio III.
  • Doença recorrente ou metastática.
  • G3
  • TU receptor negativo
21
Q

Paciente com diagnóstico de Adenocarcinoma Seroso de Endométrio, estadiamento pós-histerectomia total IIIB. Indique quais estruturas podem estar acometidas para que seja este o estadiamento. Qual é o tratamento mais adequado e em que estudo é baseada sua resposta?

A

IIIB - envolvimento vaginal ou paramétrio.

Tratamento adequado: QT + RT concomitante adjuvante. - PORTEC 3 ( ⬆️ OS e SLD)

22
Q

Na questão anterior, quais são as doses de RT externa e Braquiterapia de fundo vaginal conforme o estudo citado.

A

RT pélvica IMRT, dose: 48,6 Gy (27 x 1,8 Gy), 5 dias semanais (início de 4-6 sem da cirurgia).

HDR: 2 x 5 Gy à 0,5 cm da sup. vaginal.

23
Q

Em relação ao estudo PORTEC-1, primeira publicação em 2000 (Creutzberg), pacientes com câncer de endométrio estágio inicial foram tratadas após cirurgia com RT externa versus observação. Quais foram os resultados da adição de radioterapia em taxa de falha local e sobrevida global?

A

Falha local: Obs. 15,5% ✖️ 6% RT pélvica
Porém, sem diferença significativa na OS.
→ Na atualização de 15 anos de seguimento, o controle local manteve-se favorável à RT (15,5% vs. 6%, p < 0,0001), assim como a ausência de benefício tardio em SG.
- Houve impacto negativo em qualidade
de vida em detrimento do grupo tratado.

24
Q

Em relação ao estudo PORTEC-2, primeira publicação em 2010 (Nout), pacientes com câncer de endométrio estágio inicial com fatores de risco intermediário-altos (idade > 60anos, > ½ de invasão de miométrio, IA G3) foram tratadas após cirurgia com RT externa versus Braquiterapia de fundo vaginal. Quais as doses de EBRT e HDR foram utilizadas? Quais foram os resultados em termos de falha vaginal, falha pélvica, taxa de recorrência local e sobrevida global?

A

EBRT: 46 Gy (23 x 2Gy) e Braquiterapia vaginal HDR 3x7 Gy à 0,5 cm da sup vaginal.

Falha vaginal: EBRT 2,4% ✖️ 3,4% BTV (p=0,55)

Rec pélvica: EBRT 0,9% ✖️ 6,3% BTV (p=0,004)

Rec à distância: EBRT 8,9% ✖️ 10,4% BTV (p=0,45)

Sem diferença significativa na OS.

25
Q

Qual é a tolerância da vagina superior e distal (constraints)?

A

103 Gy e 70 Gy, respectivamente.

26
Q
A