ENARE CLM Flashcards

1
Q

Quais os principais fármacos utilizados no tratamento da ICEFEr?

A

Modificadores de sobrevida/mortalidade

Beta-bloqueador (início com dose baixa e progressiva, tiro estímulo adrenérgico)

  • Carvedilol / metoprolol / bisoprolool / nebivolol (> 70a)

Sacubitril/valsartana ou iECA ou BRA

  • Se paciente em tratamento prévio com iECA que vai trocar por sacubitril/valsartana tem que ficar 36h sem iECA (risco de hipoPA e angioedema)

Espironolactona
iSGLT-2

  • Dapa / empagliflozina
  • Portador ou não de DM2
  • TFG ≥ 20mL/min

—–

  • Refratário, ritmo sinusal e FC ≥ 70bpm: + ivabradina (não altera força de contração cardíaca, age nos canais de Na)
  • Negro refratário ou contraindicação a iECA/BRA: hidralazina + nitrato

Digitálicos e DIU: sintomáticos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Defina tireotoxicose

  • Qual o quadro clínico?
  • Quais as causas de tireotoxicose COM e SEM hipertireoidismo?
A

Tireotoxicose é o aumento de hormônio tireoideano livre, sem que a causa seja necessariamente tireoideana

Clínica

  • Olhar fixo, com retração palpebral
  • Pele quente e lisa; sudorese excessiva
  • Alterações cardiovasculares: PA divergente, taqui sinusal; neurológicas: insônia, tremor; digestivas: hiperdefecação, aumento do apetite; do aparelho reprodutor: amenorreia; intolerância ao calor

SEM hiper

  • Tireoidite aguda
  • Tireotoxicose factícia

COM hiper

  • Graves
  • Bócio Multinodular Tóxico
  • Adenoma Tóxico
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Como fazer o diagnóstico da Doença de Graves?

  • Como tratar?
    • Geral (opções)
    • Gestante
    • Crise
A

Clínico + ↑T4 / ↓TSH + marcadores de autoimunidade: TRAb + anti-Tg

  • Na dúvida: anticorpo TSI ± RAIU

Clínica:

Tireotoxicose +

  • Bócio difuso (80-90%) - sopro - frêmito
  • Oftalmopatia (20 - 40%): exoftalmia (proptose: depósito de proteoglicanos por linfócitos - sinais inflamatórios periorbitários)
  • Dermopatia: Mixedema pré-tibial (50%)
  • Baqueteamento digital/acropatia (1%)

—–

Controle dos sintomas

  • Betabloqueadores

Drogas antitireoideanas / Tionamidas / Tioureias: duração de 1 - 2 anos → Causam agranulocitose

  • Metimazol (MMZ - inibe TPO - tireoperoxidase / interfere na produção do hormônio) → 1ª escolha
    OU
  • Propiltiouracil (PTU - inibe TPO + desiodase tipo 1) → mais potente

Ablação por radiodo

  • Recidiva ou reação tóxica às drogas
  • Contraindicações: grandes bócios (> 50mL), oftalmopatia grave, gestação/amamentação

Tireoidectomia (total/subtotal)

  • Sem melhora farmacológica + CI ao iodo radioativo
  • Preparo:
    • PTU ou MMZ (bloqueio de TPO) por 6 semanas (↓ crise tireotóxica)
    • Lugol (iodo) por 10 dias (↓ sangramento)
      • Imita efeito Wolff-Chaikoff para evitar crise tireotóxica

——

Gestantes

  • PRopiltiouracil no PRimeiro trimestre + Metimazol no 2º e 3º
  • Ablação por iodo contraindicada

Idosos

  • Atentar para o hipertireoidismo apático, por ex. FA

Crise tireotóxica - Score de Burch-Wartofsky (≥45)

  • Betabloqueador + PTU + iodeto + corticoide

  • Quanto maior o TRAb, menor a chance de responder à terapia clínica
  • Realizar prova de função tireoideana 3 - 4 semanas após início do tto com tionamidas
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual o achado à cintilografia e à RAIU da dç de Graves?

  • Como diferenciar Graves de Tireoidite por este exame?
  • Obs.: Tireoidite factícia (achados)
A

_Graves_

* **Hipercaptação difusa**: tireoide tá lá bombando de trabalhar, por isso vai ter mt captação, pq tá hiperfuncionante
* **> 35%**

_Titeoidite_

* Não tem hipertireoidismo, a tireoide NÃO está bombando de trabalhar, pelo contrário, tá sendo "destruída", captação vai ser baixa
* **< 5%**
* ↑VHS / ↑Tireoglobulina (Tg)

_---_

Obs.: Tireoidite _factícia_ é por causa exógena, `↑T4 + ↓VHS + ↓Tg + RAIU < 5%`

## Footnote

O RAIU é uma exame que mostra o quanto de iodo marcado foi captado pela tireoide

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual a clínica da crise tireotóxica?

  • Tratamento
A
  • Delirium
  • Agitação
  • Psicose
  • Coma / Febre alta / PA divergente / FA / Icterícia

—–

Internação em UTI + PTU + lugol + dexametasona + propranolol
  • Droga anti-tireoideana: Propiltiouracil (PTU) [500-1000mg de ataque + 200mg 4/4h]
  • Iodo [5 gotas, 6/6h VO]: efeito Wolff-Chaikoff
  • Beta-bloqueador: propranolol [40-80mg VO 4-6h]
  • Corticoide: hidrocortisona
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais os componentes de Child-Pugh?

  • Pontuação
A

“BEATA”

  • Bilirrubina
  • Encefalopatia
  • Ascite
  • TAP / RNI
  • Albumina

—–

Child B: 7 - 8 - 9

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual a definição de microangiopatia trombótica?

  • Quais as principais causas?
A

Alterações microvasculares que levam à TROMBOSE e podem causar anemia HEMOLÍTICA microangiopática e PLAQUETOPENIA

  • PTT
    • Autoimunidade contra ADAMTS 13 (FvW “gigante”)
    • Mulher jovem + alteração neurológica severa + febre
    • Plasmaférese / Caplacizumabe (anti-FvW) / NÃO transfundir plaqueta
  • SHU
    • E coli 0157:H7 → Shiga toxina → lesão endotelial
    • Criança + disenteria + IRA
    • Suporte + NÃO usar ATB
  • Outras: crise renal da esclerodermia / CIVD / hipertensão maligna
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais os principais agentes etiológicos da PAC?

A
  • Pneumococo (típico)
    • Febre alta + leucocitose + hipoxemia
    • Diplococo gram +
    • Mais comum
    • Pneumonia redonda (pseudotumor)
    • Diagnóstico: antígeno urinário
  • Micoplasma (atípico)
    • Síndrome gripal + miringite bolhosa / anemia hemolítica por crioaglutininas / Raynaud / Sd de Guillain Barré
  • Clamídia pneumoniae (atípico)
  • Vírus
  • Haemophilus influenzae (típico)
    • Cocobacilo gram -
    • Idoso, DPOC
  • Legionella (atípico)
    • Quadro típico e grave
    • Sinal de Faget
    • Diarreia / dor abdominal / SIADH c hiponatremia / ↑transaminases
  • Klebsiella
    • Bastonete gram -
    • Etilista, diabético
    • Pneumonia do lobo pesado, necrosante
  • Staphylococcus aureus
    • Cocos gram + em cachos
    • Grave, necrosante, derrame, pneumatocele
    • Pós influenza, usuários de drogas IV

  • miringite bolhosa: “bolhas” no tímpano
  • Faget: febre alta com FC baixa - ddx com febre amarela!!
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Qual a clínica da PAC por Mycoplasma?

A

Síndrome gripal +

  • Tosse seca (principal sintoma)

———————————

Manifestações extrapulmonares

  • Otalgia + miringite bolhosa
  • Anemia hemolítica
  • ↑ IgM
  • Stevens-Johnson
  • Raynaud, Guillain-Barré

Macrolídeo ou quinolona (mt efeito adverso e mycoplasma geralmente cede sozinho)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q
  • Qual o tratamento para PAC pelo vírus Influenza?
  • Quais indicações?
  • Em quanto tempo o tratamento deve ser iniciado?
  • Como fazer a quimioprofilaxia?
A

Oseltamivir (tamiflu) / Zanamivir

  • Para SRAG ou risco alto
  • Idade < 5 ou ≥ 60 anos
  • Imunodeprimido / comorbidades
  • Indígena
  • IMC ≥ 40
  • Gestante e puérpera

—————————

  • Deve ser iniciado até 48h após o início dos sintomas, quando indicado
  • Se quimioprofilaxia, deve-se iniciar até 48h após exposição, com duração de 10 dias

Diagnóstico por swab nasofaríngeo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Qual a clínica da PAC por Legionella?

  • Diagnóstico
  • Tratamento
A

Quadro típico grave +

  • Sinal de Faget: febre sem taquicardia
  • Diarreia, dor abdominal
  • SIADH: hiponatremia
  • Aumento de transaminases

Diagnóstico por antígeno urinário

—-

Macrolídeo ou Levofloxacino

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quais os fatores de risco para PAC por anaeróbios?

  • Conduta
A
  • Dentes em mau estado / doença periodontal
  • Macroaspiração - tendem a ir para brônquio direito; parte superior do lobo inferior D se cabeceira elevada; parte posterior do lobo superior D se cabeceira reta
    • Alcoólatra
    • Redução do nível de consciência
    • Distúrbios da deglutição

—–

Clindamicina
OU
Amoxicilina / clavulanato
por 3 semanas

  • Clinda costuma evoluir com colite pseudomembranosa, então a princípio a boa é entrar com amoxi/clav mesmo; se não tiver opção, entra c clinda
  • Metronidazol NÃO pega bem pulmão
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Como decidir a que nível/que local o pct com PAC deve ser tratado?

A

CURB 65 ou CRB 65

  • Confusão mental - 1 ponto
  • Ureia ≥ 43 (50) - 1 ponto
  • R - FR ≥ 30 - 1 ponto
  • Baixa PA - PAS < 90 ou PAD ≤ 60 - 1 ponto
  • 65 - ≥ 65 anos - 1 ponto

———————————

→ No MED 2024:

CURB 65

  • 0 - 1 pt: ambulatório
  • ≥ 2 pontos: internação

CRB 65 → usado na atenção primária, por exemplo

  • ≥ 1 pt: internação

——

→ medcurso 2023

  • 0 - 1 ponto: ambulatório (1,5% mortalidade)
  • 2 pontos: considerar internação (9,2%)
  • ≥ 3 pontos: internação (22%)
  • 4 - 5 pontos: avaliar UTI

———————————

No BR, mesma tabela sem ureia

  • 0: ambulatório
  • 1 - 2 pontos: avaliar internação
  • ≥ 3 pontos: internação

  • Ainda que tenha 0 de CURB, dependendo do estado clínico/social/intelectual, pode internar!
  • Ureia no Brasil >/ 50; nos EUA >/43
  • Obs.: se vc aplicar o CRB-65 e a única coisa que pontuar for a idade, dependendo do estado clínico do pct, vc pode desconsiderar esse ponto e tratar a nível ambulatorial
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Cite as possibilidades de medicações para tratamento ambulatorial de PAC em paciente:

  • Sem fatores de risco
  • Com comorbidades
A

Amoxicilina (± clavulanato)
OU
Macrolídeo (azitro / claritro)
OU
Doxiciclina (EUA)

—-

Se comorbidades / ATB nos útimos 3 meses / pneumococo resistente

  • Betalactâmico (amoxicilina ± clavulanato) + Macrolídeo (azitro / claritro)

OU

  • Quinolona respiratória: levo, moxi, gemifloxacino

Agentes: Pneumococo / Mycoplasma / H influenzae

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Qual a terapia instituída para terapia hospitalar quando não sabemos quais os agentes etiológicos que “moram” no hospital?

A

Terapia tripla = “desespero”
2 contra Pseudomonas (A+B) + 1 contra MRSA (C)

Cefalosporina de 4ª: Cefepime
OU
Beta-lactâmico/inibidor da beta-lactamase: Piperacilina/tazobactam
OU
Carbapenêmico: Imipenem / meropenem

+

Aminoglicosídeo (nefrotóxico): amicacina, gentamicina
OU
Quinolona: ciprofloxacino, levofloxacino

+

Glicopeptídeo: vancomicina, teicoplamina
OU
Oxazolidinona: linezolida (que tb pega MRSA resistente à vanco)

  • MRSA: staphylo resistente à meticilina
  • “resistente à glicopeptídeo” = resistente à Vanco: atua na parede celular no stáfilo aureus
  • Oxazolidinona: atua na parede celular no stáfilo aureus
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Cite as possibilidades de medicações para tratamento em paciente com PAC em UTI

A

Betalactâmico (ceftriaxone, ampi-sulbactam) + macrolídeo (azitro)

OU

Betalactâmico (ceftriaxone, ampi-sulbactam)+ quinolona respiratória (moxi/levo)

Se possibilidade de pseudomonas

  • [Piperacilina OU Cefepime OU Imipenem] + Levo ou Cipro

Se possibilidade de S aureus MRSA

  • Adicionar: Vancomicina OU Linezolida

Pneunococo, Gram -, Legionella, S aureus

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Quais os critérios de Light para derrame pleural parapneumônico?

A

Basta UM dos seguintes para classificar o líquido como exsudato

  • LDH pleural / LDH sérica > 0,6
  • LDH pleural > 2/3 do limite superior no soro // > 200
  • Ptn pleural / Ptn sérica > 0,5
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Como fazer o diagnóstico da HSA?

  • Escala de HSA
A

Ruptura de aneurisma sacular

Cefaleia súbita excruciante (“pior da vida”)
+
Redução nível de consciência (síncope)
+
Rigidez de nuca (após 12 - 24h)
—-

TC de crânio SEM contraste

  • Sangue fica HIPERdenso (até 6h do sangramento, depois disso, o sangue pode “dispersar”)

Obs.: se TC normal → punção lombar (em especial, > 6h - líquor xantocrômico)

Após confirmar o diagnóstico

  • Fazer angioTC ou arteriografia para buscar a localização da lesão

—-

Escala de Fisher - classificação tomográfica de HSA

  • Grau I: sem sangue
  • Grau II: < 1mm
  • Grau III: > 1mm
  • Grau IV: intracerebral, ventricular

Mesencéfalo vira um coração central = HSA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual a conduta na hemorragia subaracnoidea?

  • Prevenção de ressangramento
  • Isquemia cerebral tardia e vasoespasmo
  • Hidrocefalia
A

Prevenção do ressangramento

  • Intervenção (ideal ≤ 24h): clipagem cirúrgica / endovascular (coil)
  • Alvo PA: sem consenso - razoável é manter PAS < 160mmHg

Isquemia cerebral tardia e vasoespasmo (déficit neuro focal / ↓ ≥2pts na ECG)

  • Prevenção com NIMODIPINA VO (60mg 4/4h 14- 21 dias) + manter euvolemia (TODOS)
  • Detecção precoce (SEM sintoma) por doppler transcraniano (aumento da velocidade do fluxo da ACM > 120cm/s)
  • Tratamento se sintomático: hipertensão (antigo “3Hs” - hipervolemia, hemodiluição, hipertensão) / vasodilatador intra-arterial / angioplastia (balão)

Hidrocefalia - obstrução da drenagem por coágulo

  • Derivação ventricular externa (DVE) ou drenagem lombar

índice de Lindegaard ≥ 3: demonstra vasoespasmo de cerebral média (ACM / A carótida interna)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Qual a epidemiologia da artrite reumatoide?

  • Fisiopatologia
A

Mulher, meia idade (35-55a) - Marília Gabriela

Fisiopatologia

  • Idiopática
  • Genética: HLA-DR4 (subtipo HLA-DRB1)
  • Ambiental: tabagismo
  • Imunológica
    • Fator reumatóide: IgM contra IgG
    • Anti-CCP: alta especificidade
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Qual a clínica da artrite reumatoide?

  • Articular
  • Extra-articular
A

Doença sistêmica com marco articular

  1. Articular: sinovite crônica com evolução para deformidade → mão / pé / punho e pronto
    • Padrão articular: articulações pequenas da periferia / aditivo e simétrico / poupa IFD / rigidez matinal > 1h
    • Exceção axial: artrite C1 x C2 - pode evoluir para subluxação atlanto-axial
  2. Extra-articular: relação com mais altos títulos de anticorpos (↑↑FR)
    • PEguei NOJO DE VASCA
      • PEricardite: derrame pericárdico, tamponamento
      • dulos subcutâneos
      • sgren
      • DErrame pleural
        • No líquido há aumento de LDH e proteínas, Hipocomplementemia, leuco ≤ 5000, glicose baixa
      • VASculites
      • CAplan (nódulos pulmonares + pneumoconiose)

Gene: HLA-DR4/DRB1
Tabagismo
AutoAcs FR e antiCCP
Mão, pé, punho e pronto
Rigidez matinal > 1h + deformidades

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Quais os critérios diagnósticos da artrite reumatoide?

A

vc não leva DIAS pra decorar

Duração ≥ 6 semanas
Inflamação: VHS / PCR
Articulação: poliartrite de pequenas articulações (IFD não)
Sorologia: FR / anti CCP

  • Anti-CCP tem alta especificidade

Diagn: ≥ 6 pontos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Como é o tratamento farmacológico da artrite remautoide?

A
  • Sempre iniciar de forma precose: logo após o dx
  • Sempre inicar de forma agressiva: usar de cara pelo menos um DARMD (metrotexato)
  • Sempre reavaliar com frequência (4 semanas) para associar mais um DARMD se necessário

————————————————————————-

Tratamento:

  • Fase aguda somente para reduzir sintomas (não usar cronicamente!!):
    • AINES
    • Corticoide em dose baixa
  • Drogas que alteram a evolução da doença:
    • DARMDs (clássico):
      • METOTREXATO (medicação de escolha)
      • sulfassalazina, + ác fólico (prevenir anemia megaloblástica)
      • cloroquina,
      • leflunomida
    • Biológicas ( = DARMDs biológicas = pesquisar TB e hepatite B antes):
      • Inibidores do TNF-alfa: infliximabe, adalimumabe
      • Anti CD20: rituximabe
      • Inibidor de coestimulação: abatacepte
      • Inibidor de IL-6: tocilizumabe, sarilumabe
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Sobre polimialgia reumática:

  • Epidemio
  • Marcadores de inflamação
  • Clínica
  • Doença associada
  • Conduta
A

Epidemio

  • Mulher, 50a

Marcadores de inflamação

  • ↑ VHS / PCR

Clínica

  • Dor e rigidez cervical / escapular / pélvica ≥ 2 semanas

Doença associada

  • Arterite temporal

Conduta

  • Corticoide dose baixa: Prednisona 15mg/dia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Sobre pericardite aguda:

  • Causa
  • Clínica
  • ECG
  • Tratamento
A

Causa

  • Viral / idiopática

Clínica

  • Dor tipo pleurítica
    • Piora com decúbito / tosse / inspiração profunda
    • Melhora em posição genupeitoral / ao “abraçar” (Blechman)
    • Ausculta com atrito pericárdico (som áspero à ausculta)

ECG

  • ↑ ST difuso e côncavo + infra PR (infra é + específico)
  • RX: Coração em moringa
  • ECO: derrame pericárdico

Tratamento

AINE + Colchicina

  • Refratários: corticoide
  • Não medicamentoso: evitar atv física até resolução dos sintomas e normalização da PCR / ECG / ECO, em atletas, por ≥ 3 meses

Colchicina evita recorrência

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q
  • No desdobramento fisiológico de B2, qual bulha está “atrasada”?
  • O que um desdobramento amplo / fixo significaria?
A
  • Na inpiração, reduzo pressão intratorácica, o que faz com que volte mais sangue para o tórax, ou seja, aumento o retorno venoso
  • Então no meu coração direito vou ter mais sangue chegando que no coração esquerdo
    • "”sobrecarga de volume”” no coração direito ➡️ componente da valva pulmonar atrasado em relação ao componente da valva aortica na INSPIRAÇÃO

————————————————————–

  • Bloqueio fixo: patologia de base que atrasa sempre, na inspiração ou não o componente pulmonar
    • BRD
    • CIA
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

No desdobramento paradoxal de B2, qual bulha está “atrasada”?

A

Na verdade, por existir um problema no coração esquerdo (BRE ou Estenose Aortica), o componente aórtico de B2 se atrasa

  • Na inspiração, fisioligicamente, o compoente que está atrasado é o pulmonar
  • Então quem tem problema no componente aortica, durante e INSPIRAÇÃO, vai acabar atrasando o componente aortico a ponto dele encontrar com o atraso fisiologico do componente pulomonar, gerando uma desdobramento paradoxal = B2 não se desdobra durante a inspiração (DESAPARECE NA INSPIRAÇÃO)
    • Estenose Aórtica
    • BRE
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Qual a fisiopatologia da estenose mitral?

  • Clínica
  • Características do sopro
  • Principal etiologia
A

Aumento AE (câmara cardíaca mais posterior, pode comprimir esôfago) por estase sanguínea

—-

  • Dispneia: piora com ↑FC
  • ↑AE = FA, disfagia

—–

  • Ruflar diastólico (= sopro na diástole, entre B2 e B1)
  • Estalido de abertura (tem dificuldade de abrir para passagem do sangue, não ocorre em estenose grave)
  • Reforço pré sistólico (contração atrial)
  • Hiperfonese de B1
    —–

Febre reumática

  • Surto agudo: INSUFICIÊNCIA mitral
  • sEquEla: Estenose mitral

  • O que acontece é que a valva Mitral tá entre átrio esquerdo e ventrículo esquerdo, permitindo a passagem do sangue que vem do pulmão → AE → VE → corpo.
  • Se tem problema na abertura da valva mitral (estenose), o sangue não vai conseguir passar todo pro VE no período da diástole, como deveria ocorrer. Dessa forma, fica acumulando sangue no AE que não só tá com sangue acumulado como também tá se esforçando a mais pra conseguir jogar o que consegue de sangue pro ventrículo, pela resistência de passagem da valva mitral. Por isso o AE aumenta e gera clínica.

—–

  • A dispneia ocorre pq como o AE não tá conseguindo mandar o sangue todo pra frente (pro VE), o sangue se acumula no AE e no que tiver “antes” do AE, no caso, pulmão.
  • O aumento do AE também vai ter por si só distúrbio de condução/motilidade, podendo culminar em um quadro de fibrilação atrial
  • A disfagia pode ocorrer pelo crescimento do AE “para trás” (para posterior), q é onde ele tem espaço pra crescer, alcançando a estrutura quase que imediatamente atrás dele, o esôfago

Lembrando que o AE só cresce pq a valva tá com dificuldade pra abrir, permitindo a passagem de menos sangue do que deveria do AE para o VE, de forma que o AE aumente de tamanho e fique congesto

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Qual o pulso arterial típico da estenose aórtica?

  • Característica do sopro
A

DOR TORÁCICA + SÍNCOPE + DISPNEIA = ESTENOSE AÓRTICA

PARVUS E TARDUS

  • Baixa amplitude e longa duração

—–

  • Sopro mesossistólico = “em diamante” / crescente e decrescente, irradia para carótidas
  • B4 (ventrículo pode estar hipertrofiado por sobrecarga de pressão)
  • Fenômeno de GallavardIM (sopro aórtico de irradiação para o foco mitral agudo - parece Insuficiência Mitral, piante)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Qual o tto medicamentoso da estenose aórtica?

A

NÃO satisfatório; EVITAR beta-bloq

  • Fazer tratamento intervencionista: TROCA valvar

—-

> 70anos

  • Implante de valva aórtica transcateter (TAVI)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Quais os achados ao exame físico da insuficiência aórtica?

  • Onde fazer a ausculta?
A

Foco aórtico acessório - 3º EICE

  • Sopro protodiastólico
  • B3 (sobrecarga volêmica)
  • PA divergente/PA de pulso alargada
  • Pode ter repercussão (sopro) em valva mitral por jato regurgitante em VE que causa efeito símile a uma estenose mitral (impede a abertura perfeita, é funcional) → Sopro de AustIN FlINt

Tudo pulsa na insuficiência aórtica

  • Pulso de Corrigan (“martelo d’água”)
  • Sinal de Quincke (pulsação leito ungueal)
  • Sinal de Müller (úvula pulsa)
  • Sinal de Musset (pulsação da cabeça)

“tudo pulsa na insuficiência aórtica”

  • A valva aórtica deveria estar fechada durante a diástole, mas como está insuficiente, acaba deixando voltar sangue do VE para a aorta durante o enchimento do VE. Isso causa o sopro protodiastólico aspirativo (+ suave)
    *
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Qual o tto medicamentoso da insuficiência aórtica?

A

Vasodilatador periférico se sintomático

  • Intervenção = troca valvar
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Quais os achados ao exame físico da insuficiência mitral?

A
  • Sopro holossistólico (em barra), mais audível em foco mitral
  • B3 (sobrecarga de volume)

—–

Tratamento

Tratar IC

ou

  • Reparo (MitraClip)

ou

  • Troca valvar

Surto agudo de febre reumática / endocardite / prolapso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Como fazer o diagnóstico da DM?

A

2 testes positivos: (2 diferentes na mesma amostra ou 2 iguais em 2 amostras diferentes)

  • Glicemia de jejum (≥ 8h): ≥ 126mg/dL
  • Glicemia 1h pós 75g glicose (TOTG): ≥ 209mg/dL → NOVIDADE 2024 = Teste mais SENSÍVEL para o diagnóstico de DM
  • Glicemia 2h pós 75g glicose (TOTG): ≥ 200mg/dL → padrão ouro
  • Hemoglobina glicada (HbA1C): ≥ 6,5%

OU

  • Glicemia aleatória sérica ≥ 200mg/dL + sintomas de diabetes = DIABETES (apenas este teste basta sozinho para diagnóstico)

z

  • TOTG: entope o pâncreas com glicose p ver se ele consegue reagir
  • Glicada é recordatório da glicemia estimada média dos últimos 2 - 3 meses, diagnosticando os pcts q passam pelo efeito “Hawthorne” (mudança de hábitos pq sabe que está sendo/vai ser observado)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Qual os valores que designam o estado “pré-diabetes”?

A

Apenas 1 teste (+) é suficiente

  • Glicemia de jejum (≥ 8h): 100 - 125mg/dL

OU

  • Glicemia 1h pós 75g glicose (TOTG): 155 - 208mg/dL → NOVIDADE 2024

OU

  • Glicemia 2h pós 75g glicose (TOTG): 140 - 199mg/dL

OU

  • Hemoglobina glicada (HbA1C): 5,7 - 6,4%

—————————————

  • GJ é pouco sensível
  • Se apenas a GJ tiver alterada, é necessário fazer o TOTG para ver se é pré diabetes ou diabetes (TOTG) é mais sensível!
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

Como é feito o rastreamento para diabetes na população?

A

3 em 3 anos

  • IMC ≥ 25 (sobrepeso) + 1 fator de risco
    • HAS / Sedentarismo / Dislipidemia / Doença cardiovascular
    • HFam DM (1º grau)
    • SOP, DMG, pré DM
    • Acantose nigricans
    • HIV
    • Esteatosse hepática
    • FINDRISC alto ou muito alto → NOVIDADE 2024
      • Idade (> 45a) / IMC / circunferência abdominal / atividade física / dieta / HAS / disglicemia prévia / HFam

OU

  • Idade ≥ 35 anos

importante
No BR, idade era > 45 anos, agora mudou pra 35 igual EUA

—–

Rastreio com GJ e/ou HbA1c

  • 2 alterados = DM
  • 1 alterado: repetir alterado OU TOTG 1h
  • Alto risco para DM (pré DM OU FINDRISC alto OU ≥ 3 fatores de risco): TOTG-1h
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

Qual o alvo da hemoglobina glicada com tratamento para DM?

A

< 7% + Pré-prandial: 80 - 130mg/dL + Pós-prandial: < 180mg/dL

  • Geral

< 8%

  • Idoso frágil / curta expectativa de vida
  • História de hipoglicemia grave
  • Complicações vasculares avançadas
  • Comorbidades graves

< 6,5%

  • Baixo risco de hipoglicemia: DM de curta duração, DMII tratado com MEV + metformina, ausência de dç cardiovascular grave / jovens

———————————————

A cada 3 meses (tempo mínimo para acompanhamento)

  • Pré-prandial: 80 - 130mg/dL
  • Pós-prandial: < 180mg/dL
  • Internados: 140 - 180

—————————-

  • Tempo dentro da faixa da meta (70 - 180): > 70%
  • Variação dentro da meta: < 36%
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Qual o tratamento basal (com dose) da diabetes tipo I?

  • Quando e como fazer a prevenção da DMI?
A
Insulinoterapia plena
  • Dose: 0,5 a 1 UI/kg/dia
    • 50% basal + 50% prandial

—–

  • ≥ 8 anos
  • ↑anticorpos = Teplizumabe anti-CD3 → novidade!!!!

No SUS, geralmente é NPH (2x/dia) + regular (30 min antes da refeição)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

Quais os tipos de insulina?

A

Rápidas

  • Ultrarrápidas: início em 5 min e duração de 4h
    • Lispro / Aspart / Glulisina
    • Faster Aspart: início em 2 min
    • Inalatória: início imediato
  • Rápidas: início em 30 min e duração de 6h
    • Regular

Lentas

  • Intermediária: início em 2h e duração de 12h
    • NPH
  • Lenta: início em 2h e duração de 18 - 42h
    • Detemir / Glargina / Degludeca (até 42h)

Rápida - Regular

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q
  • Qual a diferença entre o “fenômeno do Alvorecer” e o “efeito Somogyi”?
  • Como fazer o diagnóstico diferencial entre eles?
A

Alvorecer:
Manhã “desprotegida” por hiperglicemia matinal

  • Pico de hormônios contra-insulínicos junto ao final da duração da insulina
  • Conduta:
    • Aumentar a dose da NPH noturna
    • Pra não errar: passar NPH noturna pra mais tarde

————————-

Somogyi:
Hiperglicemia matinal por hipoglicemia da madrugada

  • Conduta:
    • Reduzir NPH noturna ou fazer lanche à noite
    • Pra não errar: passar NPH noturna pra mais tarde

————————-

  • Glicemia capilar às 3h da manhã
    • Hipoglicemia: Somogyi
    • Euglicemia: Alvorecer

—-

Infusão contínua de insulina é padrão ouro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

Quais medicamentos são utilizados no tratamento da DMII?

  • Redução da resistência insulínica
  • Aumento da liberação da insulina
  • Incretinomométicos
  • Inibidores SGLT2
    • Benefícios
    • Malefícios
A
PROVA ABERTA, LEMBRAR SEMPRE: Terapia não farmacológica SEMPRE (atv física + dieta / perda de peso)

——

Redução da resistência insulínica (pode associar metformina e pioglitazona)

  • Biguanidas: Metformina - fígado
    • 1ª linha / benefício cardiovascular
    • NÃO aumenta o peso
    • Náuseas / diarreia / ↓B12 / acidose lática (NÃO utilizar nas “insuficiências”)
    • ClCr 30 - 45: reduzir dose pela metade
    • ClCr ≤ 30 - risco de acidose lática: CI
  • Glitazona: Pioglitazona - músculo (“mio”glitazona)
    • ↓AVC e esteatose
    • AUMENTA peso / retenção hídrica / piora IC / fraturas

Aumento da liberação da insulina

  • Sulfonilureia: Gliclazida, Glimepirida, Glibenclamida
    • Aumenta a secreção basal de insulina
    • Baixo custo
    • HIPOglicemia / AUMENTA peso

Incretinomométicos (increTINA/TIDA)

  • Aumenta insulina dependente da glicemia (não causa hipoglicemia)
  • Inibidores da DPP-4: Gliptinas
    • Evitam a degradação da incretina (reduz destruição)
    • NÃO aumenta peso
    • Efeitos gastrointestinais / urticária
  • Análogos de GLP-1: Liraglutida, Semaglutida - “glutidas”
    • Estimulação (aumenta efeito) do receptor da incretina
    • PERDA de peso, ↓esteatose
    • Proteção cardiorrenal
    • Alto custo / efeito gastrointestinal / pancreatite
  • Agonistas do receptor do GLP-1 e GIP: Tirzepatida (não tem no BR)
    • Dupla ação incretínica
    • Redução do peso

Inibidores do SGLT2

  • Diminui reabsorção tubular de glicose
  • Gliflozina: Dapaglifozina, Empaglifozina (FLOWzina - fluxo urinário)
    • PERDA de peso, redução HAS
    • Proteção cardiorrenal
      • Usar somente se Clearence de Cr ≥ 20mL/min (abaixo disso, medicação não funciona)
    • Poliúria / ITU / Cetoacidose EUGLICÊMICA

——

Droga depende de: RCV e IMC

  • Baixo / intermediário: metformina
  • Alto / muito alto: aGLP-1 ou iSGLT2
  • IMC ≥ 27: aGLP-1 ou Tirzepatida

—–

Risco alto se:

  • Homem > 50a // Mulher > 56a
  • DM2 há > 10a
  • Qualquer fator de risco cardiovascular
  • Qualquer LOA
  • ↑BNP / ↑troponina

  • HbA1c < 7,5: inicio com monoterapia
  • HbA1c > 7,5%: terapia dupla
  • HbA1c > 9% + sintomas: insulina (bedtime ou basal-bolus)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

Terapia medicamentosa no paciente com DMIII

  • Sem doença cardíaca ou renal
  • Com doença cardíaca ou renal
A

SEM doença cardíaca ou renal

  • HbA1C
    • < 7,5%: Metformina OU iSGLT2 OU aGLP1 OU Tirzepatida (GIP+GLP-1 se IMC ≥ 27)
    • 7,5 - 9%: Metformina + 2ª droga
    • > 9%: Metformina + insulina
    • Se após 3 meses mantiver glicada alta:
      • adicionar mais um VO (terapia tripla) OU (+) insulina
        • NPH bedtime com aumento progressivo da dose
        • Metformina sempre fica presente no esquema, pq trata o problema base da DMII; só é retirada se o paciente não tolerar

COM doença cardíaca ou renal

  • Glutida - análogo GLP1 (aterosclerose, dç obstrutiva vascular)

OU

  • GliflozINa - iSLGT2 (insuficiências)
  • Segue o raciocínio de HbA1C acima

importante

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
43
Q

Qual o quadro clínico de cetoacidose diabética?

  • Como fazer o diagnóstico?
A

Clínica

  • Dor abdominal, náuseas, vômitos, poliúria
  • Hiperventilação (Kussmaul)
  • Leucocitose
  • Desidratação
  • Hálito cetônico
  • Aumento de creatinina, amilase

—–

  • Glicose > 200 - 250
  • Cetonemia / cetonúria (2+/4+) (aceto acético, beta hidroxibutilico e acetona)
  • pH < 7,3
  • HCO3 < 15 - 18
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
44
Q

Como tratar o paciente com cetoacidose diabética?

A

Tratamento VIP (começa com reposição de volume!!)

V: Volume

  • SF 0,9% - 1 - 1,5L na 1ª hora (adulto)
  • SF 0,9% - 15 - 20mL/kg (criança)
    ↳ Avaliar Na - CORRIGIR:
    • Se glicose ↑100mg/dL (acima do VR de 100), aumentar Na em 1,6mEq/L
      • < 135: manter SF 0,9%
      • ≥ 135: mudar para SF 0,45%
  • Após 1ª hora: Taxa de infusão: 250-500mL/h

I: Insulina

  • Regular IV: 0,1U/kg em bolus + 0,1U/kg/h
    • Reduzir glicemia 50 - 80mg/dl/h
    • Não fazer em bolus nas crianças, inicia direto 0,1U/kg/h
  • Qd glicemia < 200 - 250: adicionar SG 5%

P: Potássio

  • Diurese OK: REPOR → 20 - 30mEq/L
  • NÃO repõe se K > 5,2!!
  • Se K < 3,3 = adiar insulina

—————————-

Bicarbonato: 100mEq - repor se pH < 6,9

———-

Meta de redução da glicemia por hora da 50-70mg/dL

  • Não pode abaixar a glicemia de uma vez pq vai jogar mt rápido a glicose pra dentro da célula e a glicose é mt osmótica, levando água junto. Isso pode levar à HIC.
  • Insulina joga potássio pro intracelular; se já estiver baixo qd começar a usar a insulina, vai dar hipoK grave; se estiver normal, repõe tb pq VAI cair; só se tiver alto (> 5,2) que pode dar insulina sem repor
  • Tem que corrigir o sódio pq o aumento de glicose no sangue puxa agua, que dilui o sódio da corrente sanguínea, entao o valor que aparece no resultado esta errado. Para corrigir, a conta é, a cada aumento de 100 da glicemia do valor de referencia (100), aumenta-se 1,6mEq do Na ao valor que apareceu no exame
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
45
Q

Quais os critérios de compensação da cetoacidose diabética?

A

Glicemia < 200 e pelo menos 2:

  • pH > 7,3
  • HCO3 > 15
  • AG < 12
  • Resolução da cetonemia

——————————-

  • Iniciar insulina SC: fazer ponte entre insulina por bomba (IV) e SC, não desliga a bomba de uma vez
  • Depois q o pct se alimentar e pelo menos após 2h de NPH: pode desligar a bomba
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
46
Q

Qual a clínica do estado hiperglicêmico hiperosmolar

  • Como fazer o diagnóstico do estado hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico?
A

Clínica

  • Poliúria, confusão mental
  • SEM acidose
  • SEM dor abdominal

—-

  • Glicose > 600
  • Osmolaridade > 320
  • pH > 7,3 / HCO3 > 18

Osmo efetiva: 2xNa + Gli÷18

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
47
Q

Qual o tratamento do estado hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico?

A

Semelhante à cetoacidose: VIP

  • Pct recebe mais volume q na cetoacidose

——————————–

V: Volume

  • SF 0,9% - 2L na 1ª hora (adulto) com soro a 0,45%
  • SF 0,9% - 15 - 20mL/kg (criança)
    ↳ Avaliar Na
    • < 135: manter SF 0,9%
    • ≥ 135: mudar para SF 0,45%

I: Insulina

  • Regular IV: 0,1U/kg em bolus + 0,1U/kg/h
    • Reduzir glicemia 50 - 70mg/dl/h
  • Qd glicemia < 200 - 250: adicionar SG 5% - fazer essa redução em 24h

P: Potássio

  • Repor SEMPRE, exceto se K > 5,2!!
  • Se K < 3,3 = adiar insulina

—————————-

Bicarbonato: repor se pH < 6,9

——-

Compensação quando osmolaridade < 310mOsm/L

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
48
Q

Quais os achados da retinopatia diabética:

  • Não proliferativa
  • Proliferativa
A

Cegueira progressiva em DM se correlaciona a: 1. Edema de mácula; 2. Retinopatia DM

Não proliferativa

  • Microaneurismas → achado mais precoce
  • Exsudatos duros
  • Hemorragia em chama de vela
  • Manchas algodonosas
  • Veias em rosário

Proliferativa

  • Neovasos retinianos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
49
Q

Como é feito o rastreio de nefropatia diabética?

A
  • Albuminúria anual
    • 24h → padrão ouro

OU

  • “Spot” urinário: relação albumina/creatinina urinária → método de escolha: ≥ 30 mg/g = albuminúria (repetir em 3 - 6 meses)
  • Creatinina - TFG < 60

—–

Tratamento

  • iECA / BRA - todos
  • iSGLT2 se TFG > 20

NÃO é “proteinúria de 24h”, tem que ser ALBUMINÚRIA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
50
Q

Como fazer o diagnóstico de hipoglicemia?

A

Tríade de Whipple

  1. Sintomas compatíveis com hipoglicemia
  2. Demonstração laboratorial de valores reduzidos de glicemia
  3. Reversão do quadro após administração de glicose
51
Q

Qual o tratamento da neuropatia diabética?

  • Sintomático
  • Restaurador
A

ND periférica

  • Otimizar controle glicêmico, peso, lípides e PA

Sintomático

  • 1ª linha
    • Tricíclicos
    • Duais
    • Gabapentina
  • 2ª linha
    • Pregabalina
    • Dual + anticonvulsivante
  • 3ª linha
    • Estimulação da ME
    • Acumpultura
    • Terapia tópica

Restaurador

  • Fisioterapia
  • Ácido alfa-lipólico (redução do estresse oxidativo)
  • Vitamina B12 e D (se necessário)

Opióide NÃO é boa opção para uso CONTÍNUO

  • Tramadol pode se crise, mas uso mais agudo
52
Q

Qual a causa mais comum de diarreia aguda?

  • Qual a conduta?
A

Infecção

  • Vírus
  • Bactéria

—–

  • Hidratação
  • ATB - ciprofloxacino (quinolona) se (sinais de alarme):
    • febre alta,
    • disenteria,
    • > 7 dias de evolução
  • Antidiarreico, desde que não haja disenteria
53
Q

Como guiar (passos) a abordagem diagnóstica de diarreia?

A
  1. Anamnese e exame físico
  2. Confirmar disabsorção
    • SUDAN III (qualitativo: se positivo, pede o quantitativo)
    • Gordura fecal quantitativa > 7g/dia → padrão ouro
    • Esteatócrito (teste semi-quantitativo)
  3. Tem disabsorção! É problema na absorção ou na digestão?
    • Teste da D-xilose urinária
      • > 5g: absorção preservada (mucosa intestinal íntegra), problema na digestão
      • < 5g: NÃO houve absorção, pode ser por lesão da mucosa OU crescimento bacteriano

SUDAN III é corante jogado em qualquer amostra de fezes que reage com gordura

  • Primeiro pede SUDAN III para “triagem”, se positivo, pede gordura fecal quantitativa
54
Q

Qual a epidemiologia da dç de Whipple?

  • Agente etiológico
  • Quadro clínico
  • Achado histopatológico
  • Tratamento
A
  • Homens
  • 30 - 60 anos
  • Exposição ao solo/animais
  • Trabalhadores de saneamento

——

Tropheryma whipplei (gram +)

——

Síndrome disabsortiva + Artralgia/artrite + Miorritmia oculomastigatória

——

Biópsia de duodeno (delgado): macrófagos com citoplasma espumoso PAS +

——

Ceftriaxone IV (2 semanas) + SMZ/TMP - Bactrim (1 ano)

Sulfametoxazol + trimetoprim

55
Q

Qual o quadro clínico sub-clínico da dç celíaca?

  • Fatores predisponentes
  • Doenças associadas
  • Aumenta o risco de qual outra doença
A

Reação imunomediada à GLIADINA do glúten: trigo, centeio, cevada. Clínica de esteatorreia / diarreia alta

——

  • Osteopenia + emagrecimento (atrofia/hipotrofia de glúteos)
  • Anemia ferropriva REFRATÁRIA
  • Menarca tardia, menopausa precoce, infertilidade, abortos de repetição

——

Fatores predisponentes

  • HLA-DQ2 (2.5) / DQ8+
  • Sd de Down
  • Sd de Turner

——

  • DMI, Hashimoto
  • Dermatite herpetiforme, deficiência de IgA
  • Risco aumentado de linfoma não hodking intestinal
56
Q

Como é feito o diagnóstico padrão ouro da dç celíaca?

A
  • Dosar IgA total + Antitransglutaminase IgA positivo

⇨ se antitransglutaminase IgA+, realizar EDA com BIÓPSIA DUODENAL (Marsh 2 e 3) → positiva = provável dç celíaca

  • Hiperplasia de criptas
  • Linfócitos intraepiteliais
  • Atrofia de vilosidades (MARSCH 2 ou 3)

    diagnóstico provável
    +
    Iniciar dieta sem glúten → melhora clínica + anticorpo negativo

= diagnóstico de doença celíaca

OBS.: ⇨ se IgA deficiente, dosagem de anti-gliadina deaminada IgG = anti-DGP

—-

Se ainda houver dúvida diagnóstica, pode pedir HLA-DQ2 // HLA-DQ8 → negativos EXCLUEM dç celíaca

——————-

Atualmente:

  • Se anticorpo positivo + biópsia positiva = doença celíaca

(não é mais necessário fazer dieta e confirmar queda de anticorpo para fechar o diagnóstico, então não tem mais aquela história de dx provável para só depois dar o dx)

—————–

Diagnóstico sem EDA

  • Antitransglutaminase IgA ≥ 10x
    + SINTOMÁTICO

=

Pedir em 2ª amostra o Anti-ENDOMÍSIO

  • Se positivo, NÃO PRECISA da EDA
57
Q

Quais as manifestações extraintestinais da RCU e DC?

A

Resposta imune: febre, leucocitose, ↑PCR
Colangite esclerosante (RCU)
Uveíte

Eritema nodoso e pioderma gangrenoso (+ comum: pré-tibial)

Dor articular/espondilite anquilosante
Cálculos renais e biliares (DC)

Cutâneas

  • Eritema nodoso - DC - acompanha atividade da doença
  • Pioderma Gangrenoso - RCU - independe da atividade da doença

Hapatobiliares

  • Colangite esclerosante - RCU

Articulares

  • Artrite periférica - Crohn: marca atividade da doença

Urológicas

  • Nefrolitíase
  • Fístulas
58
Q

Qual o tratamento clínico do pct com RCU/DC?

A

Indução de remissão: + no “ataque” → EVITAR na manutenção

  • Corticoide EV (NÃO é pulsoterapia!!)
    • (metil)prednisolona
    • budesonida

Manutenção ou ataque de doença leve

  • Derivados do ASA → age bem em doença distal: melhores para RCU
    • Mesalazina → RCU
    • Sulfassalazina (+ folato) → DC

Manutenção doença moderada - grave

  • Imunomoduladoras
    • Azatioprina
    • Metotrexate
    • Ciclosporina: só para RCU
  • Anti TNF-alfa (biológicos)
    • Infliximab (fazer PPD e RX de tórax)
  • Anti Integrinas
    • Vedolizumab
59
Q

Qual tipo de cirurgia é a mais clássica na DC?

A

Lesão < 7 cm

  • Ressecção do segmento + anastomose primária

Lesão > 7cm

  • Estricturoplastia (estenoplastia) → + utilizada tipo Heinneke-Mikulicz

Ressecção segmentar

60
Q

Qual tipo de cirurgia é a mais clássica na RCU?

A

Eletiva:

  • (Procto1)Colectomia2 + íleoanastomose com reto2 ou ânus1

Urgência:

  • Colectomia à Hartmann

Protocolectomia com IPAA = bolsa íleo-anal

  • proctocolectomia - tira o reto, anastomose no ânus
  • colectomia - deixa o reto, anastomose no reto
  • A bolsa mais simples e fácil é em J, realizada utilizando 2 segmentos de 15cm do íleo terminal. Essa bolsa pode ser grampeada no reto distal ou costurada à mão após a realização de uma mucosectomia de 2cm. Busca-se preservar 1 - 2cm de mucosa acima da linha denteada, pela importância na sensibilidade retal / funcionalidade pós op.
61
Q

O que é o megacólon tóxico?

  • Qual a clínica?
  • Conduta?
A

Complicação de RCU/DC

  • Distensão + Dor abd + Febre + hipotensão
  • ↑FC
  • ↓PA/sensório
  • Leucocitose
  • Anemia

+ ≥ 6cm de diâmetro de intestino transverso

——

Tentar tratamento clínico no máximo por 72h

  • ATB + Corticoide IV ± [Infliximab OU Ciclosporina (RCU)]

Refratário

  • Colectomia + ileostomia (sinonímia: Hartmann)
62
Q

Como é feito o diagnóstico de:

  • Crohn
  • RCU
A

Endoscopia + biópsia

  • Doença de Crohn:
    • ASCA + e pANCA -
    • Úlceras intercaladas com epitélio normal
    • Granuloma não caseoso
  • RCU:
    • ASCA - e pANCA +
    • Mucosite (mucosa eritematosa, edemaciada)
    • Criptite

——

Em ambas, calprotectina fecal +: marcador de inflamação intestinal

63
Q

Quais os fatores de risco para colite pseudomembranosa?

  • Agente etiológico
  • Como fazer o diagnóstico?
  • Qual o tratamento?
A

Clostridium difficile

  • Uso prévio de ATB - após 4 a 9 dias do início
    • Clindamicina
    • Cefalosporina
    • Quinolona

—–

  • Toxinas A e B nas fezes
  • Cultura
  • PCR
  • NAAT
  • Colono

—–

Suspender ATB em uso
+

  • Colite:
    • Vancomicina VO (1ª escolha)

OU

  • Fidaxomicina VO

-

  • Colite fulminante → hipoPA, choque, íleo paralítico ou magacólon:
    • Vancomicina VO + Metronidazol IV

Grave ⧧ fulminante

64
Q

Quais as diferenças entre DC e RCU

  • Características
  • Localização anatômica
  • EDA (DC) e RX (RCU)
  • Colono
  • Manifestação + precoce (DC) e Fator de proteção (RCU)
  • Achado à biópsia
A

DC

  • Características
    • Boca ao ânus
    • Transmural
    • Progressão salteada/descontínua
  • Localização anatômica
    • Ileíte distal (80%)
    • Ileocolite (> 50%)
    • “Poupa o reto” - Acomete ânus (33%)
  • EDA
    • Úlceras aftoides
    • Estenoses
    • Fístulas perianais
  • Colono
    • Pedras de calçamento
  • Manifestação + precoce
    • Úlceras aftoides de repetição
  • Achado à biópsia
    • Granuloma não caseoso

RCU

  • Localização anatômica
    • Reto
    • Cólon
    • Progressão contínua e ascendente
    • Reto é local mais acometido
  • RX
    • Perda das haustrações: lesão em cano de chumbo
  • Colono
    • Mucosa eritematosa, friável, edemaciada
    • Pseudopólipos
    • Erosões
    • Perda de haustrações
  • Tabagismo é fator de proteção
  • Achado à biópsia
    • Criptite e microabcessos
65
Q

Qual a clínica de cistite não complicada?

  • Como fazer o diagnóstico?
  • Tratamento
A

Disúria / polaciúria / urgência miccional / dor suprapúbica / hematúria

  • Diagnóstico CLÍNICO
    • Urocultura (padrão ouro) se:
      • Gestante
      • Pielonefrite
      • ITU de repetição (risco de resistência: ≥ 2 em 6m / ≥ 3 em 1a)
      • Sintomas atípicos
      • Falha terapêutica (sem melhora após 48h)
  • Tratamento
    • Alívio disúria: fenazopiridina (Pyridium) 200mg 8/8h por até 48h
    • ATB
      • FOSFOMICINA 3g DU
      • Nitrofurantoína 100mg 6/6h por 5 dias
      • 2ª linha: cefuroxima, amoxi+clavulanato

Ddx:

  • Pielonefrite: FEBRE / CALAFRIO / dor lombar / derconforto ângulo costovertebral / náusea/vômito
  • Uretrite: disúria / descarga vaginal / irritação
66
Q

Qual a definição de dermatomiosite?

  • Clínica
  • Diagnóstico
  • Anticorpos
  • Tratamento
A

Doença autoimune idiopática contra musculatura esquelética

  • Clínica
    • Fraqueza
      • Proximal / simétrica / insidiosa / poupa olho
      • Disfagia (engasgo)
    • Mialgia
    • Manifestações dermatológicas (quando associadas à fraqueza muscular = patognomônico)
      • Heliótropo
      • Pápulas de Gottron
    • Febre / artrite / pneumonite
    • Associação com neoplasias
  • Diagnóstico
    • Enzimas musculares
    • Eletroneuromiografia
    • Biópsia muscular → padrão ouro
    • Anticorpos: Anti-Jo / Anti-Mi2 / FAN (inespecífico
  • Tratamento
    • Corticoide ± outra imunoterapia
67
Q

Qual a definição de Guillain Barré?

  • Clínica
  • Diagnóstico
  • Tratamento
A

Polirradiculoneuropatia aguda autolimitada, autoimune reativa pós infecciosa Campylobacter jejuni, desmielinizante

  • Clínica
    • Fraqueza flácida / arreflexa / simétrica / ascendente (MMII → MMSS → tronco)
    • Disautonomias (arritmia / hipotensão) / dor lombar
    • Sensibilidade e esfíncteres geralmente preservados
    • Paralisia de par craniano (ex.: diplegia facial)
    • Insuficiência respiratória (10-30%)
  • DiagnóstIco clínico + LCR
    • Dissociação albuminocitológica no líquor (↑ albumina com celularidade normal)
  • Tratamento
    • Plasmaférese OU Imunoglobulina
      • Corticoide NÃO

Aguda: até 2 meses

  • IgG até 2 semanas do início do quadro, quando pct muito sintomático
  • Se pct tá bem / evolução lenta ou > 2 semanas, não faz IgG
68
Q

Qual a definição de esclerose múltipla?

  • Clínica
  • Diagnóstico
  • Tratamento
A

Doença autoimune dismielinizante do SNC (contra substância branca) / mulheres

  • Clínica (variada): “bagunça neurológica”
    • Neurite óptica
    • Síndrome do 1º neurônio
    • Sintomas sensitivos
    • Sinais medulares / cerebelares
    • Incontinência urinária / neuralgia do trigêmeo (qd em jovem, pensar em EM)
    • Sintomas de Uhtoff (piora com calor)

→ padrão de evolução: 85% surto-remissão (remitente-recorrente) // 15% forma progressiva

  • Diagnóstico: Critérios de Mc Donald
    • Disseminação no tempo, no espaço, ataques (surtos)
      • Clínica: Surto > 24h + remissão > 1 mês +
      • Imagem: RNM (com contrase) com lesões desmielinizantes
      • Líquor: Bandas oligoclonais de IgG / ↑ IgG
  • Tratamento
    • Surto: corticoide / plasmaférese
    • Manutenção: interferon / glatiâmer / fingolimode / natalizumabe

1º neuronio - alfatório

69
Q

Qual a definição de esclerose lateral amiotrófica?

  • Clínica
  • Diagnóstico
  • Tratamento
A

Doença degenerativa do 1º e 2º motor, idoso

  • Clínica
    • Fraqueza
      • 1º neurônio: Babinski / espasticidade / hiperreflexia
      • 2º neurônio: atrofia / miofasciculações / cãimbras
      • Sensibilidade preservada
      • Associação com demência frontotemporal
  • Diagnóstico
    • Exclusão
  • Tratamento
    • Suporte + Riluzol / edaravone / tofersen (forma SOD1 - novidade 2024)
70
Q

Qual a definição de miastenia gravis?

  • Clínica
  • Diagnóstico
    • Anticorpos
  • Tratamento
  • Crise miastênica
A

Autoimune contra placa motora (antirreceptor da acetilcolina)

  • Clínica
    • Fraqueza + fatigabilidade
      • Forma ocular: ptose / diplopia / oftalmoparesia
      • Generalizada: olho → musculatura bulbar → proximal de membros
      • Melhora pela manhã e com repouso
      • Timo anormal (75%) - (10% TIMOMA)
  • Diagnóstico
    • Eletroneuromiografia - potencial decremental
    • Anticorpos: Anti-AchR / Anti-MuSK (só na generalizada)
    • TC/RNM tórax
  • Tratamento
    • Piridostigmina ± imunoterapia
    • Timectomia se
      • Timoma
      • < 50 anos e forma generalizada
  • Crise miastênica - urgência
    • Suspende todos medicamentos e faz IgG ou plasmaférese

Anticolinesterásico de ação periférica (piridostigmina)

71
Q

Como está a espirometria de um quadro obstrutivo?

  • Cite exemplos de quadros obstrutivos
A
  • VEF1: diminui muito
  • CVF: diminui pouco
  • VEF1 ÷ CVF (Tiffeneau): < 0,7

—————-

Asma // DPOC

  • Para diferenciar entre elas, fazer prova broncodilatadora: positiva quando VEF1 > 200mL e > 12% = asma

—————-

↓ relação VEF1/CVF + ↑ VR + ↑ CRF + ↑ CPT

  • VEF1: volume expiratório forçado no 1º seg
  • Compensa o pouco q saiu no 1º segundo (VEF1) prolongando o tempo expiratório
  • O que cai mais é o VEF1, pq CVF consegue aumentar pra “compensar” o pouco do VEF1
  • Razão diminui pq VEF1 (numerador) cai mais que CVF
  • Aumenta volume residual (VR); aumenta capacidade residual funcional (CVF); aumenta capacidade pulmonar total (CPT)
72
Q

Como está a espirometria de um quadro restritivo?

  • Cite exemplo de causa de quadro restritivo
A
  • VEF1: diminui
  • CVF: diminui
  • VEF1 ÷ CVF (Tiffeneau): “estável/variável”

—————-

Pneumopatias intersticiais difusas

—————-

Relação VEF1/CVF normal ou elevada + ↓ VR + ↓ CRF + ↓ CPT
(↓ todos volumes pulmonares)

  • Pulmão “duro”: sai pouco ar, mas entrou pouco ar, então a proporção continua normal/estável
  • Ex.: Pneumonia
73
Q

Qual a definição de exacerbação da DPOC?

  • Como tratar a exacerbação?
A

Aumento de dispneia e/ou tosse + piora do escarro em < 14 dias

ATB por 5 - 7 dias

  • Escarro purulento
  • VNI
  • Intubação

Broncodilatador de curta

  • Beta 2 agonista (SABA) ± anticolinérgico (ipratrópio)

Corticoide sistêmico (VO/IV) por 5 dias
Dar oxigênio

  • O2 suplementar - alvo SatO2 88 - 92%: atenuar, nãao corrigir hipoxemia
  • VNI
    • pH < 7,35 | PaCO2 ≥ 45mmHg (acidose resp descompensada)
    • Hipoxemia persistente
    • Sinais de fadiga respiratória
  • Intubação: ↓NC / falha VNI
74
Q

Qual a classificação do DPOC (ABE)?

A

Primeira coisa: analisar o número de exarcebações no último ano

  • < 2 exarcebações / ano
    • Grupo A
      • Pouco sintoma
        • mMRC < 2
        • CAT < 10
    • Grupo B
      • Muito sintoma
  • ≥ 2 exarcebações / ano (ou 1 internação)
    • Grupo E (grupo que Exarceba)

Mudou este ano!! Vai cair muito

H. influenzae
S. pneumoniae
Moraxella

75
Q

Qual o tratamento do DPOC (A, B, E)?

A
  • Cessar tabagismo
  • Vacinação contra
    • vírus influenzae|pneumococo|dTpa |covid|zoster|VSR
  • Atividade física
  • Reabilitação pulmonar para B e E
  • Broncodilator (curta) em SOS
  • Avaliar O2 domiciliar (> 15 horas/dia)
    • PaO2 ≤ 55mmHg ou SatO2 ≤ 88%
    • PaO2 56-59 + Ht > 55% ou cor pulmonale
    • Estável, em repouso e ar ambiente

—–

Grupo A

  • Broncodilatador: 1 de curta ou longa

Grupo B e E

  • Broncodilatador de longa + reabilitação
    • Beta2-agonista (LABA) + anticolinérgico (LAMA)

Grupo E

  • Corticoide inalatório se ↑esosinófilo ≥ 300
76
Q

Qual a conduta frente à HAS resistente?

A

Excluir pseudoresistência

  • Avaliar aderência medicamentosa
  • Afastar sd do jaleco branco (MAPA, MRPA)

Excluir hipertensão secundária

  • Achados sugestivos
    • Idade < 30 anos ou > 55 anos
    • Grave, resistente
    • LOA desproporcional
  • HipoK → hiperaldo
    • Hiperaldo 1º: suprarrenal
    • Hiperaldo 2º: estenose a. renal
  • ↑Cr e proteinúria → doença renal parenquimatosa
    • USG, clearence de Cr
  • Ronco e sonolência → Apneia do sono
    • Polissonografia
  • Crises de “cefaleia, sudorese, palpitação” → Feocromocitoma
    • Metanefrinas (plasma, urina)
  • Jovem, redução de pulso femoral → Coarctação da aorta
    • Doppler, angio-TC

Tratar HAS resistente com 4ª droga: ESPIRONOLACTONA!

77
Q

Qual a classificação brasileira da PA?

A
  • Pode ocorrer HAS sistólica isolada, sobretudo em idosos, com relação importante com AVE
  • Se PAS tiver em um nível e PAD em outro nível: sempre classifica pela PIOR valor de pressão

  • Pré-hipertensão JÁ aumenta risco cardiovascular
  • Hipertensão em nível mais grave recebe mais medicamento inicial que hipertensão em nível mais leve

—-

Alvos pressóricos

  • Geral:
    • < 140 x 90mmHg
  • ↑ risco cardiovascular:
    • < 130 x 80 mmHg
  • Idoso frágil
    • < 160x90mmHg

—–
Aumento de risco cardiovascular:

  • Doença renal crônica
  • Diabetes
  • Doença cardiovascular
    • AVE
    • ICC
    • coronariopatia
  • Lesão de órgão alvo
78
Q

Qual a estratégia terapêutica no tratamento de paciente hipertenso?

A

Tratamento NÃO farmacológico: TODOS

  • Intervenção no estilo de vida (IEV)
    • Restrição sódica ≤ 2g/dia
    • Dieta DASH
      • K, Ca, vegetais, frutas…
    • ↓ peso
    • ↓ álcool
    • Exercício

+

Estágio I / pré-HAS de alto risco / idoso frágil

  • MONOterapia
    • iECA
    • BRA
    • Tiazídico
    • BCC
  • Pode tentar IEV por 3 - 6 meses

Estágios II e III / estágio I de alto risco

  • 2 drogas: NÃO associar iECA e BRA (dá hiperK)

HAS resistente

  • PA não controlada com 3 drogas (incluindo DIU) em doses otimizadas
  • Adicionar espironolactona

Alto risco CV: DM / LOA / ≥ 3 fatores: meta < 130 x 80
Idoso frágil: < 160 x 90

79
Q

Cite a classificação de Keith-Wagener para retinopatias relacionadas à HAS

A

Grau I

  • Estreitamento arteriolar

Grau II

  • Cruzamento AV patológico
    • Cruzamento patológico por ter angulação entre arteríola e vênula na seta preta que “dobra” a vênula

Grau III

  • Hemorragia/exsudato
    • Exsudato: amarelado/esbranquiçado
    • Hemorragia: vermelho

Grau IV

  • Papiledema
    • Papiledema = borramento papila óptica

TEM q saber esse card

  • III e IV são GRAVES!! Emergências hipertensivas
80
Q

Quais as indicações e contraindicações de:

  • iECA / BRA
  • Tiazídicos
  • BCC
A

iECA/BRA

Indicações

  • Jovem, branco
  • Doença renal (nefroprotetora por reduzir pressão glomerular)
  • IC / IAM (cardioprotetora)
  • *Losartana → uricosúria: bom pra pct com gota!

Complicações

  • IRA, hiperK
    • Não usar se:
      • Cr > 3* (CI relativa)
      • K > 5,5
      • Estenose bilateral de artéria renal
  • *iECA → ↑bradicinina: tosse, angioedema → trocar por BRA
  • Contraindicadas na gestação

———–

Tiazídicos

Indicações

  • Negro, idoso
  • Osteoporose (retém Ca)

Complicações

  • 4 hipo
    • Volemia
    • Na
    • K
    • Mg
  • 3 hiper
    • Glicemia
    • Uricemia → CI p pct com gota
    • Lipidemia

———–

BCC (vaso: “dipinas”; cardio: “diltiazem, verapamil”)

Indicações

  • Negro, idoso
  • Arteriopatia periférica
  • Fibrilação atrial

Complicações

  • Cefaleia e edema
  • Bradiarritmia e IC: diminui contratilidade miocárdica pelo bloqueio dos canais de cálcio

Clortalidona é mais potente (2x) que HCTZ!!

—–

2ª linha

Beta-bloqueador

  • IAM
  • IC
  • Enxaqueca

Clonidina

  • Crise hipertensiva

Metildopa / hidralazina

  • Gestante

Prazosin

  • Doença prostática

Alisquireno

  • Inibe RENINA (sem indicação clara)
81
Q

Quais os anti-hipertensivos de 2ª linha?

  • Usos
A

Beta-bloqueador

  • IAM
  • IC
  • Enxaqueca

Clonidina

  • Crise hipertensiva

Metildopa / hidralazina

  • Gestante

Prazosin

  • Doença prostática

Alisquireno

  • Inibe RENINA (sem indicação clara)
82
Q

Qual a diferência entre emergência e urgência hipertensiva?

  • Conduta
    • Dissecção de aorta
    • AVEh
    • AVEi
    • Pseudocrise
A

Emergência hipertensiva

  • COM lesão aguda de órgão alvo
    • Cérebro, coração, aorta, rim, retina, eclâmpsia
  • Risco IMINENTE de ÓBITO → reduzir PA em 20 - 25% na 1ª hora; manter em uma “zona de segurança” nas próx 2 - 6h a 160x100 mmHg
    • Anti-hipertensivo IV → quero abaixar rápido a PA
      • Nitroprussiato de sódio IV
      • B-bloqueador (dissecção)
      • Nitroglicerina (se IAM associado)

Urgência hipertensiva

  • SEM lesão aguda de órgão alvo
    • 1ª hora: reduzir PA em ≤ 25%
    • 24- 48h: 160 x 100 mmHg
      • VO: iECA, furosemida, clonidina

Situações especiais para a prova

  • Dissecção aórtica / AVE hemorrágico: NORMALIZAR A PA
  • AVE isquêmico: só reduz a PA se > 220x120 OU 185x110 se usar trombolítico
  • Pseudocrise hipertensiva (sem sintoma, exames normais): ansiolítico / analgesia

  • Crise hipertensiva: Aumento agudo e intenso da PA ≥ 180 x 120mmHg
83
Q

Qual a definição de síndrome metabólica?

  • Quais os critérios diagnósticos?
A

Resistência à insulina

Diagnóstico é feito com 3 dos seguintes:

  • Glicemia ≥ 100mg/dL
  • Triglicerídeos ≥ 150mg/dL
  • HDL
    • Mulher < 50cm
    • Homem < 40cm
  • PA ≥ 130 x 85mmHg
  • Circunferência abdominal
    • Mulher > 88cm
    • Homem > 102cm

Fridewald: LDL = CT - (HDL + TG/5)

Triglicerídeo

  • Alvo < 150
  • Terapia: dieta + atv física // ≥ 500: fibrato

HDL

  • Alvo > 40
  • Terapia: ácido nicotínico // sem recomendação

LDL

  • Alvo variável dependendo do risco cardiovascular:
    → Doença cardiovascular aterosclerótica (IAM, AVE, arteriopatia periférica) = risco muito alto: LDL < 50
    → LDL ≥ 190 / Escore de risco ≥ 20% = risco alto: LDL < 70
    → LDL 70 - 189 + [Escore ≥ 7,5% OU Diabetes] = risco alto: LDL < 70
    → Diabetes isolado = risco intermediário: LDL < 100
  • Terapia: estatina
    • Alta intensidade: ↓ LDL ≥ 50%
      • Atorvastatina 40 - 80mg
      • Rosuvastatina 20 - 40mg
    • Moderada intensidade: ↓ LDL 30 - 49%
      • Atorvastatina 10 - 20mg
      • Sinvastatina 20 - 40mg
84
Q

Qual o alvo de:

  • Triglicerídeo
  • HDL
  • LDL
A

Triglicerídeo

  • Alvo < 150
  • Terapia: dieta + atv física // ≥ 500: fibrato

HDL

  • Alvo > 40
  • Terapia: ácido nicotínico // sem recomendação

LDL

  • Alvo variável dependendo do risco cardiovascular:
    → Doença cardiovascular aterosclerótica (IAM, AVE, arteriopatia periférica) = risco muito alto: LDL < 50
    → LDL ≥ 190 / Escore de risco ≥ 20% = risco alto: LDL < 70
    → LDL 70 - 189 + [Escore ≥ 7,5% OU Diabetes] = risco alto: LDL < 70
    → Diabetes isolado = risco intermediário: LDL < 100
  • Terapia: estatina
    • Alta intensidade: ↓ LDL ≥ 50%
      • Atorvastatina 40 - 80mg
      • Rosuvastatina 20 - 40mg
    • Moderada intensidade: ↓ LDL 30 - 49%
      • Atorvastatina 10 - 20mg
      • Sinvastatina 20 - 40mg

Fridewald: LDL = CT - (HDL + TG/5)

Tempo de uso da estatina: indefinido

  • Efeitos adversos: hepatite / miopatia → evitar associar com fibrato!!
  • Intolerante ou refratário à estatina: Ezetimiba OU Inibidor PCSK9
85
Q

Quais as classificações de dissecção aórtica aguda?

  • Conduta
A
  • DeBakey
    • I: aorta ascendente e descendente
    • II: aorta ascendente
    • III: aorta descendente

——————————————-

  • Stanford
    • A: aorta ascendente ou ascendente e descendente
    • B: aorta descendente

—–

  • Clínico - já na suspeita
    • FC < 60 → fazer PRIMEIRO
      • Esmolol OU propranolol
    • PAS < 120
      • ± Nitroprussiato IV
  • Cirúrgico - ao confirmar com angioTC, ECO TE
    • Tipo A: sempre
    • Tipo B: se complicar
86
Q
  • Qual o uso do questionário STOP-BANG?
  • Quais fatores são avaliados?
  • Como avaliar a pontuação?
A

Rastreio de apneia obstrutiva do sono

  • Snoring: ronca alto?
  • Tiredness: se sente cansado ao longo do dia?
  • Observed: para de respirar durante o sono?
  • P blood Pressure: trata ou já tratou HAS?
  • BMI: IMC > 35?
  • Age: Idade > 50 anos
  • Neck: pescoço c circunferência > 40cm?
  • Gender: gênero masculino?

———————————————————–

A pontuação demonstra o risco de apneia obstrutiva do sono

  • Baixo: “sim” a 0 - 2 perguntas
  • Intermediário: “sim” a 3 - 4 perguntas
  • Alto: “sim” a 5 - 8 perguntas → NÃO dá diagnóstico; é RASTREIO!!!

—————————————————————-

  • Se alto risco, para fazer diagnóstico, deve-se fazer a POLISSONOGRAFIA tipo 1
87
Q

Quais as indicações principais do tto da hepatite B?

A

Aguda grave:

  • Coagulopatia (↑INR > 1,5)

OU

  • Sintomas E icterícia > 4 semanas

OU

  • Encefalopatia

OU

  • Ascite

———

Crônica:

  • HBV-DNA ≥ 2.000 UI/mL + ALT ≥ 37 (mulher) ou ≥ 52 (homem) - 2 medidas com intervalo ≥ 3 meses → MUDOU ESTE ANO (2024)
    • Se ALT normal: reavaliar
      • Elastografia > 9kPa? → tratar
      • Biópsia ≥ A2? OU F2? → tratar
        • Elevação de escores FIB4 e APRI (escores de inflamação)
        • HBeAg reagente e idade > 30 anos (independente de ALT e histologia)
        • Achados de doença avançada: ascite, varizes, circulação colateral
        • Reativação ou pcts de risco de reativação (ex.: QT / imunossupressor)
        • Coinfecção (HIV/HCV)
        • Manifestações extra-hepáticas
        • HFam de hepatocarcinoma
        • Gestante com HBV-DNA ≥ 200.000 ou HBeAg (+): prevenção transmissão vertical

——
Daqui pra baixo, 2023/medcurso:

  • Família: HFam de CHC
  • Infecção conjunta: HIV, HCV, HDV
  • Grande agressão: ↑ALT (> 2x LSN) + replicação (HBeAg ou ↑HBV-DNA)
  • Avançada (fibrose): biópsia ou elastografia (> 7kPa)
  • Drogas (imunossupressor, QT): prevenção da reativação
  • Out fígado (extra-hepáticas): PAN, GN membanosa
88
Q

Qual o esquema medicamentoso para tto da hepatite B?

A

1ª linha: Tenofovir (TDF)
Alternativas:

  • Entecavir (ETV)
    • CI ao TDF (dç óssea, dç renal)
    • 1ª escolha para prevenção de reativação (imunossupressor, QT)
    • NÃO utilizar se uso prévio de lamivudina
  • Tenofovir alafenamida (TAF)
    • CI ao TDF + uso prévio de lamivudina

Em geral, monoterapia por tempo indeterminado

89
Q

Como é feito o diagnóstico de infecção ativa pela hepatite C?

  • Manifestações extra-hepáticas
  • Associação com qual marcador?
  • Quando tratar?
A

Anti-HCV (+) + HCV-RNA (+)

  • Vírus que mais cronifica
  • Manifestações extra-hepáticas
    • Crioglobulinemia
    • GN mesangiocapilar
    • Líquen e porfiria
  • Associação com anti-LKM1
  • Tratar TODOS!!

Anti-HCV não confirma: solicitar HCV-RNA

90
Q

Qual o esquema de tto da hepatite C?
Por quanto tempo?

A

12 - 24 semanas de tto - preferência por pangenotípico

  • Sofosbuvir + velpatasvir - “só vem”
  • Pibrentasvir + glecaprevir - “pra geral”

Se cirrose avançada

  • + Ribavirina

Se < 12 anos: fazer genotipagem - a depender do genótipo, muda a duração do tto

  • Alfapeginterferon + ribavirina
91
Q

Qual o fármaco de primeira escolha para tratamento de hepatite B?

  • Como é a profilaxia para hepatite B?
A

Tenofovir

  • Para forma CRÔNICA ou GRAVE da doença

—–

Pré-exposição: vacina - 3 doses (0 - 1 - 6 meses)

  • Anti-HBs (-) após 3 doses:
    • < 2 meses da última dose: novo esquema (repete)
    • > 2 meses da última dose: fazer 1 dose e dosar anti-HBs

Pós exposição (não vacinados): imunoglobulina ± vacina

  • Imunoglobulina (IG) até 7 dias + vacina (oportunidade)
    • Exposição sexual: IG até 14 dias
    • Imunodeprimido: IG mesmo se vacinado
    • Infecção perinatal:
      • Banho em água corrente na sala de parto + SEMPRE vacina até 12h + IG preferencialmente em 24h, até 7 dias
        • Mãe: tenofovir (3º trimestre)
        • NÃO há indicação de cesárea
        • Aleitamento é permitido
92
Q

Como é feito o rastreio de HCV no RN de mãe com Hepatite C?

A

3 e 6 meses: realiza carga viral HCV-RNA

  1. anti-HCV - (não reagente) e HCV-RNA - (não detectável) → descartar infecção
  2. anti-HCV + (reagente) e HCV-RNA + (detectável) → infecção confirmada
  3. anti-HCV + (reagente) e HCV-RNA - (carga viral não detectável) após 18 meses: contato passado e provável cura espontânea
93
Q

As estruturas anatômicas A, B e C na figura correspondem aos principais elementos contidos no “porta hepatis”. Qual a distribuição anatômica mais frequentemente encontrada, considerando a distribuição abaixo e desconsiderando os diferentes diâmetros não representados na figura?

A

A: via biliar principal
B: artéria hepática
C: veia porta

94
Q

Quais os distúrbios do metabolismo da bilirrubina?

  • Definição
  • Epidemiologia
  • Precipitantes
  • Fatores de melhora
A

↑BI

  • Gilbert
    • Deficiência parcial leve da GT (comum: 7 - 9%)
      • Glicuroniltransferase “preguiçosa” - deficiência PARCIAL leve da glicuroniltransferase
    • Homem / assintomático / Bil < 4
    • Precipitantes: jejum / exercício / febre / álcool
    • Melhora: dieta hipercalórica / fenobarbital
    • Ficou demonstrado uma ação antioxidante → redução de aterosclerose e neoplasias
  • Crigler-Najjar
    • GT deficiente
      • Tipo I – total → transplante
        • Bilirrubina total: 18-45
        • Desenvolve Kernicterus
      • Tipo II – parcial gravefenobarbital
        • Bilirrubina total: 6-25

—-

↑BDiR: problema na excreção (BENIGNAS, menos importantes)

  • Dubin-Johnson
  • Rotor
95
Q

Qual a clínica da hepatite B?

  • Quais as complicações?
  • Clínica extrahepática
A

Muitos sintomas, pouca icterícia (30%)

  • Fulminante: < 1%
  • Crônica:
    • Adulto: 1 - 5%
    • Criança: 20 - 30%
    • RN: 90%
    • Crônica → 20 - 50% → Cirrose → 10% → CHC
    • Crônica → CHC

—–

Extra-hepáticas: vaso - rim - pele

  • PAN
  • Glomerulonefrite membranosa
  • Gianotti-Crosti
    • Lesões avermelhadas, papulosas, vesiculares (n sei se a descrição tá correta)
96
Q

Como fazer o diagnóstico da hepatite B?

  • Algoritmo diagnóstico
A
  • HBV-DNA (único vírus hepatotrópico cujo material genético é DNA)
  • HBsAg (antígeno austrália): Anti-HBs
  • HBcAg (não dá pra dosar): Anti-HBc
  • HBeAg (marca replicação): Anti-HBe
    • Mutante pré-core: falha na expressão do HBeAg

——-

1º passo: HBsAg

  • HBsAg +: tem hep B (não sei se aguda ou crônica
  • HBsag -: provavelmente não tem, pode ser q tenha oculta

2º passo: anti-HBc

  • Anti-HBc -: nunca teve hep B
  • Anti-HBc +: teve contato
    • IgM +: aguda
    • IgM -: antiga (não sei se já curou)

3º passo: anti-HBs

  • Anti-HBs +: curou e está protegido (se isolado = vacina)
  • Anti-HBs -: teve e ainda tem (hep B crônica
97
Q

Qual a definição de hepatite autoimune?

  • Causas prováveis
  • Laboratório
  • Doenças associadas
  • Tipos
  • Tratamento
A

Agressão autoimune aos hepatócitos

  • Vírus, álcool, drogas
  • Hipergamaglobulinemia (↑IgG)
  • Dçs autoimunes: vitiligo, DMI, Hashimoto

——-

Tipo I

  • Mulher jovem
  • FAN + (lupoide); ac antimúsculo liso (AML)

Tipo II

  • Dois perfis de paciente: meninas (2 - 15a) + homens (> 40a)
  • Dois anticorpos: Ac anti-LKM1 e anti-LC1

——-

Corticoide + azatioprina

  • Não tem necessidade de tratar se assintomáticos / formas leves de hepatite
98
Q

Qual a definição de colangite biliar primária?

  • Epidemiologia
  • Dç associada
  • Aumenta IgG ou IgM?
  • Clínica
  • Diagnóstico
  • Tratamento
A

Agressão autoimune aos ductos biliares do espaço porta

  • Mulher 30 - 60a
  • Dç auto-imune: Sjogren
  • ↑IgM

—–

Colestase

  • Prurido
  • Icterícia
  • Xantelasma (acúmulo de colesterol nos tecidos)

Disabsorção

  • Esteatorreia
  • ↓ vit lipossolúvel (ADEK)

—–

↑FA + USG SEM dilatação das vias biliares

—–

MMM: mulher; IgM; antiMitocôndria

  • Ac antiMitocôndria ± biópsia

—–

UDCA (ác ursodesoxicólico)| transplantes

99
Q

Como diferenciar colangite biliar primária de colangite esclerosante primária?

  • Local
  • Epidemiologia
  • Associação
  • Anticorpo
A

Colangite biliar primária

  • Ductos espaço porta
  • Mulher
  • Artrite reumatoide, Sjogren, Hashimoto
  • Antimitocôndria (AMA)

Colangite esclerosante primária

  • Grandes vias biliares
  • Homem
  • Retocolite ulcerativa
  • p-ANCA
100
Q

Qual o quadro clínico da meningoencefalite herpética?

  • Líquor
  • Diagnóstico
  • Tratamento
A

Meningite

  • Febre / cefaleia / convulsão

Encefalite

  • Febre / cefaleia / convulsão
  • RNC / déficit neurol focal

Líquor

  • Celularidade levemente aumentada LINFÓCITOS
  • PTN / glicose levemente reduzidas
  • Herpes: ↑hemáceas

Diagnóstico

  • PCR no LCR
  • RNM / TC: acometimento de lobo temporal e córtex insular
  • EEG: anormalidade focal em lobo temporal

Tratamento

  • Aciclovir IV
101
Q

Cite o escore de Wells

A

Episódio prévio de TVP/TEP - 1,5pts
Malignidade - 1,0pt
Batata inchada (clínica de TVP) - 3 pts
sem Outro diagnóstico mais provável - 3pts
Lung bleeding (hemoptise) - 1pt
Imobilização ou cirurgia recente - 1,5pts
Alta FC (>100) - 1,5pts

RX

  • Sinal de Westermark
    • Oligoemia localizada
  • Corcovas de Hampton
    • Hipotransparência triangular periférica
102
Q

Cite o algoritmo diagnóstico do TEP

A

Suspeita: fazer escore de Wells

  • ≤ 4 → peço D-dímero
    • Normal: sem TEP
    • Alto (> 500): peço imagem
      1. AngioTC torácica
      2. Cintilografia pulmonar
      3. Doppler MMII
      4. Arteriografia → padrão ouro
  • > 4 → NÃO peço D-dímero, faço imagem + eco + BNP + troponina
    1. AngioTC torácica
    2. Cintilografia pulmonar
    3. Doppler MMII
    4. Arteriografia → padrão ouro
Qualquer exame positivo = TEP
Se fizer todos exames e nenhum vier positivo = não é TEP
103
Q

Como tratar TEP?

A

Inicia-se tratamento quando SUSPEITA

Anticoagulação ≥ 3 meses - TODOS

  • Varfarina junto com heparina até RNI terapêutico (2-3)
  • _D_abigatrana ou _E_doxabana entram _de_pois de 5 dias de heparina sozinha
  • _R_ivaroxabana ou _A_pixabana - _Rá_pido - não usa heparina

Trombólise - se TEP maciço

  • rtPA / estreptoquinase até 14º dia

Se contraindicação ou falha…

  • da anticoagulação: Filtro de VCI
  • da trombólise: Embolectomia

Na gestante, ainda quando suspeita, já faz anticoagulação plena: enoxaparina 1mg/kg/12h até 6 semanas pós parto

  • Warfarina é segura na amamentação
  • Novos anticoagulantes orais são contraindicados na gestação e na amamentação
  • Contraindicação à anestesia do neuroeixo (12h HBPM profilática / 24h HBPM plena - faz anestesia geral se for cesareana de urgência)

Profilaxia para mulheres de alto risco (TVP parto anterior / relacionada ao uso de ACO): enoxa (HBPM) 0,5mg/kg/dia.

104
Q

Como fazer o tratamento da crise asmática?

A

Armadilhas!

  • Adrenalina IM: apenas se anafilaxia
  • Aminofilina IV: NÃO
  • ATB: NÃO

Broncodilatador de curta

  • Beta2 agonista (SABA) 3x em 1h
    • Sem melhora OU crise grave/muito grave: + ipratrópio

Corticoide sistêmico (VO ou IV) na 1ª hora

Dar oxigênio

  • Alvo SatO2: 93-95% (criança: 94-98%)
  • IOT se crise muito grave

—–

  • Alta se melhora: ↓sintoma; ↑PFE > 60 - 80%; SatO2 > 94% AA
  • Sem melhora: manter tratamento; considerar sulfato de magnésio iV
105
Q

Como avaliar se a asma está sob controle?

A

Parâmetros avaliados nas últimas 4 semanas

  • Atividades limitadas?
  • Broncodilatador de alívio > 2x/semana?
  • Calada da noite (sintoma noturno)?
  • Dia (sintoma diurno) > 2x/semana?

—–

Nível de controle da asma

  • Controlada: 0 parâmetros
  • Parcialmente controlada: 1 - 2 parâmetros
  • Não-controlada: 3 - 4 parâmetros
106
Q

Qual o tratamento de controle da asma?

A

Bud-Form:

Corticoide inalatório (budesonida + comum)
+
Formoterol (beta2 agonista de longa com início rápido de ação - LAMA)

—-

SOS

  • Preferência: CI + formoterol
  • Opção: CI + B2 de curta (SABA)

—-

  • Etapa 1 (A): apenas SOS (alívio bobo)
    • Sintomas < 3 - 5 dias/semana
  • Etapa 2 (B): apenas SOS (alívio bobo)
    • Sintomas < 3 - 5 dias/semana
  • Etapa 3 (C): Uso Crônico → CI dose baixa + formoterol
    • Sintoma noturno OU quase diário
  • Etapa 4 (D): Uso crônico → CI dose média + formoterol
    • Abriu com crise OU sintoma diário
  • Etapa 5 (E): Especialista → CI dose alta + formoterol | LAMA | Azitro | biológicos (anti-IgE se ↑IgE; anti-IL5 ou anti-IL4 se ↑eosinófilos)

  • Se asma controlada por 2 - 3 meses, posso pensar em reduzir etapa
  • Parcialmente controlada: considerar subir etapa
  • Não controlada: aumentar etapa ± avaliar adesão terapêutica (técnica inalatória)
107
Q

Quais as diferenças no tratamento de asma em crianças (< 12 anos)?

A

SOS: CI + SABA

—-

  • Etapa 1 (A): apenas SOS (alívio bobo)
    • Sintomas < 3 - 5 dias/semana
  • Etapa 2 (B): Uso Crônico → CI dose baixa
    • Sintomas < 3 - 5 dias/semana
  • Etapa 3 (C): Uso Crônico → CI dose baixa + formoterol
    • Sintoma noturno OU quase diário
  • Etapa 4 (D): Uso crônico → CI dose média + formoterol
    • Abriu com crise OU sintoma diário
  • Etapa 5 (E): Especialista → CI dose alta + formoterol | LAMA | Azitro | biológicos (anti-IgE se ↑IgE; anti-IL5 ou anti-IL4 se ↑eosinófilos)

conferir etapa 3 em diante

108
Q

Quais as formas clínicas da dengue?

A

Caso suspeito (grupos A e B)

  • Febre de início súbito (até 7 dias) + ≥ 2 achados:
    • MIALGIAS, artralgia
    • Cefaleia, dor RETRO-ORBITÁRIA
    • Náusea, vômitos
    • Exantema (início: 3º - 6º dia)
    • Leucopenia com linfocitose relativa
    • Petéquias ou prova do laço (+) - avalia permeabilidade capilar
      • Média da PA = (PAS + PAD) ÷ 2
      • Deixar insuflado
        • Criança: 3 min
        • Adulto: 5 min
      • Desenhar um quadrado de 2,5cm de lado
      • Positivo se petéquias
        • Criança: ≥ 10
        • Adulto: ≥ 20
  • Melhora da febre: 3º - 4º dia → período mais vulnerável

Com sinais de alarme (grupo C) → INTERNAÇÃO

  • Extravasamento plsmático
    • Hemoconcentração + plaquetopenia
  • Disfunção de órgãos leve
  • Sangramento
  • Aumento de Ht
  • Lipotímia (sensação de desmaio - NÃO é hipoPA) / Letargia / Líquidos (“derrames”)
  • Abdome (dor intensa e contínua)
  • Rauuuuul - vômitos persistentes
  • MEgalia (hepato > 2cm RCD)
  • Sangramento mucoso

Grave (grupo D) → UTI

  • Sinais de choque: hipoPA. oligúria, ↑FC
  • Disfunção de órgãos grave
    • Hepa_tite_
    • Encefa_lite_
    • Miocar_dite_
  • Sangramento grave
    • Hematêmese
    • SNC
    • Metrorragia volumosa

“Alarmes” é o que mais cai, DECORAR ISSO

109
Q

Qual a definição de dengue com sinais de alarme?

A

Caso suspeito + ≥ 1 sinal de alarme:

  • Extravasamento plasmático
    • Aumento do Ht
    • Lipotímia (hipotensão postural) / Letargia (em criança, irritabilidade) / Líquidos (derrame cavitário)
  • Disfunção orgânica leve
    • Abdome doendo muito
    • Raulllll - vômitos incoercíveis/persistente
    • Megalia (hepatomegalia > 2 cm do rebordo costal)
  • Plaquetopenia
    • Sangramento mucoso (de pele faz parte do quadro)

“ALARMES”

  • FlashCard mais importante! Decorar os 8 sinais de alarme
  • SEMPRE q suspeita de dengue, tem q fazer prova do laço e ver se há hipotensão postural
  • SINAL DE ALARME = INTERNAÇÃO
110
Q

Qual a definição de dengue grave?

A

Caso suspeito + ≥ 1 sinal de gravidade

  • Choque hipovolêmico (3P)
    • ↓PA / pressão convergente
    • Pulso: fino e rápido
    • Periferia: TEC > 2 seg, extremidades frias
  • Falência orgânica (ite)
    • Encefalite
    • Miocardite
    • Hepatite
  • Sangramento grave
    • TGI
    • SNC

  • Sepse: extremidades quentes, vasodilatação, pode ter algum foco q vc ainda não achou - ddx p dengue grave
  • Choque hipovolêmico é de instalação rápida, até 48h
111
Q

Como fazer o diagnóstico de dengue?

A

Viremia (até 5° dia)

  • Isolamento viral
  • Antígeno NS1 (melhor até 3° dia)

Resposta imune (a partir do 6° dia)

  • Sorologia: ELISA IgM

NSI = 3 caracteres - melhor até 3° dia

112
Q
  • Para quem faço prova do laço?
  • Qual o intuito deste teste?
  • Como fazer?
  • Como interpretar os resultados?
A
  • Caso suspeito de dengue SEM sangramento espontâneo
  • Avaliar risco de hemorragia - fragilidade capilar; quando positivo, denota maior risco de sangramento

———–

  • Média da PA: (PAS + PAD)/2
  • Deixar manguito insuflado por 3 min na criança e por 5 min no adulto
  • Desenhar um quadrado de 2,5cm de lado após o surgimento das petéquias

———–

Positivo se:

  • ≥ 10 petéquias no quadrado desenhado na criança
  • ≥ 20 petéquias no quadrado desenhado no adulto

  • Quem já tá tendo sangramento espontâneo vc sabe q tá sangrando, com fragilidade capilar, não precisa fazer a prova do laço
113
Q

Como fazer a classificação e conduta dos grupos da dengue?

A

A

  • Não é B / C / D
  • Ambulatorial
  • 60mL/kg/d VO (1/3 SRO + 2/3 à vontade) até 48h o fim da febre
  • Sinais de alarme: reavaliação

——-

B

  • < 2a ou > 65a | Sangramento de pele | Gestante | Comorbidade | Risco social
  • Hemograma: reclassificação
  • 60mL/kg/d VO (1/3 SRO + 2/3 à vontade) até 48h o fim da febre
  • Se Ht normal = grupo A - alta para casa
  • ↑Ht = grupo C

——-

C

  • Alarme
  • Internação em enfermaria / observação
  • 20mL/kg em 2h (até 3x)
  • Não melhorou = grupo D

——-

D

  • GRAVE
  • Internação em terapia intensiva (CTI)
  • 20mL/kg em 20 min (até 3x)
  • Melhorou = grupo C
  • Não melhorou = Nora / albumina

  • B = qualquer BB (< 2a) é B
  • Situação de rua / pessoa q não tem condições de terapia em casa
114
Q
  • Qual a definição de Dengue grupo B?
  • Qual a conduta?
A

Quadro suspeito de dengue + comorbidades

  • < 2 anos e > 65 anos
  • Sangramento de PELE
  • Risco social / comorbidade
  • Gestantes

———–

  • Leito de observação para aguardar hemograma
  • Hemograma
    • Ht normal: grupo A
    • Ht aumentado: grupo C → internação em enfermaria
  • Sintomáticos
  • Hidratação oral: 60mL/kg/d VO (1/3 SRO + 2/3 à vontade) até 48h do fim da febre
115
Q
  • Qual a definição de Dengue grupo C?
  • Qual a conduta?
A

Quadro suspeito de dengue + ≥ 1 sinal de alarme

——–

  • Internação em enfermaria
  • Sintomáticos
  • Hidratação venosa: 20mL/kg em 2h (até 3x)
    • Não melhora → grupo D → UTI
116
Q
  • Qual a definição de Dengue grupo D?
  • Qual a conduta?
A

Quadro suspeito de dengue + ≥ 1 sinal de gravidade

——-

  • Internação em UTI
  • Sintomáticos
  • Hidratação venosa vigorosa: 20mL/kg em 20 min (até 3x)
    • Não melhorou: noradrenalina + albumina
      • Vasoconstritor e coloide pra manter líquido no vaso
117
Q

Como fazer ddx entre dengue, chikungunya e zika?

A

Dengue - Flavivírus

  • Febre
    • Alta > 38°C
  • Rash
    • Menos frequente: 2° e 4° dias
  • Assinatura
    • Mialgia e dor retro-orbitária
  • Prova
    • Mais letal (choque)

——

Chikungunya - Togavírus

  • Febre
    • Alta > 38°C
  • Rash
    • Menos frequente: 2° - 5° dias
  • Assinatura
    • Poliartrite
  • Linfopenia
  • Neurológico
    • Meningoencefalite
  • Complicação
    • Doença articular crônica (> 3 meses - hidroxicloroquina)
  • Prova
    • Mais mórbida (artropatia deformante)
  • Diagnóstico
    • Isolamento viral até 5º dia
    • Sorologia IgM ≥ 6º dia e IgG

—–

Zika - Flavivírus

  • Febre
    • Ausente ou baixa até 38°C
  • Rash
    • Mais frequente: 1° e 2° dias
  • Assinatura
    • Rash maculopapular pruriginoso + conjuntivite NÃO purulenta
  • NÃO faz linfopenia
  • Neurológico
    • Guillain Barré
  • Complicação
    • Alterações congênitas
  • Prova
    • Síndrome congênita
    • Transmissão sexual
    • Mais associada à síndrome de Guillain Barré
  • Diagnóstico
    • Isolamento viral até 5º dia
    • Sorologia IgM ≥ 6º dia
118
Q

Qual a clínica da febre amarela?

  • Forma leve
  • Forma grave
A

Forma leve (90%)

  • Síndrome febril + dicas:
    • Sinal de FAget
    • Ecoturismo recente

Forma grave (10%)

  • Lesão hepatorrenal
  • Tríade: icterícia flava + hematêmese (sangra TGI) + oligúria
  • Laboratório: ↑BD / ↑AST > ALT

Vírus da FA é de HEPATITE

FAgeT = febre amarela: dissociação FC com temperatura (febril sem estar taquicárdica) - tb dá esse sinal na febre Tifoide // pneumonia por legionella tb

119
Q

Qual o agente etiológico da leptospirose?

  • Qual reservatório?
  • Como ocorre a transmissão?
    • Fatores de risco
A

Leptospira interrogans (bactéria espiroqueta)

  • Rim de ratos / camundongos

—–

Água contaminada → enchente - contato prolongado

  • Esgoto
  • Construção civil
120
Q

Qual a clínica da Leptospirose?

  • Forma anictérica
  • Forma íctero-hemorrágica
A

Forma anictérica (precoce - 90%)

  • Febre sem foco + sufusão (hemorragia) conjuntival + mialgia de panturrilhas
  • Meningite asséptica (fase imune)
  • Leucocitose, plaquetopenia, aumento de CPK

Forma íctero-hemorrágica: Doença de Weil

  • Icterícia rubínica + síndrome pulmão-rim + LRA com hipoK
    • (hemorragia alveolar/hemoptise + IRA com ↓K)
  • Laboratório: ↑BD | ↑GGT | ↑FA

Leptospirose é causadora de VASCULITE

  • Icterícia rubínica é alaranjada
  • INFECÇÃO que faz pulmão-rim é LEPTOSPIROSE
    • Hemorragia alveolar
    • Inflamação e necrose tubular: perde capacidade de absorver potássio - hipoK
121
Q

Como fazer o diagnóstico de Leptospirose?

A

Inespecífico: exclusão de outros ddx

  • Leucocitose (neutrofílica) + plaquetopenia
  • ↑CPK (perfura músculo)

Específico ≥ 7 dias

  • Teste de microaglutinação
122
Q

Como fazer o tratamento da leptospirose?

  • Leve
  • Grave
A

Leve

  • Doxiciclina VO
  • Amoxicilina VO - opção

Grave

  • Penicilina G cristalina IV
  • Ceftriaxone IV - opção
123
Q

Qual o agente etiológico do calazar?

  • Qual o vetor?
  • Reservatório
  • Clínica
  • Diagnóstico
  • Teste mais indicado para diagnóstico
  • Teste mais sensível para diagnóstico
  • Tratamento
A

Leishmania chagasi: BAIXA patogenicidade (maioria não adoece)

  • Lutzomyia longipalpis - flebotomíneo
  • Cães

——-

Incubação: 2 - 6 meses

Imunidade celular

  • Febre arrastada + HepatoESPLENOmegalia de monta + Pancitopenia
  • Reação de Montenegro (-)

Imunidade humoral

  • Hipergamaglobulinemia POLIclonal
  • Inversão relação albumina / globulina

——-

Parasitológico: formas amastigotas intracelulares

  • Tem como fazer teste sorológico com imunofluorescência
  • Existe o teste para rK39 (como se fosse o NS1 da DEN)

——-

Mais indicado

Punção de MO (sensibilidade de 70%)

——-

Mais sensível

Punção esplênica (sensibilidade de 90%, alto risco de sangramento)
——-

Formas leves: Glucantime - antimonial pentavalente

  • ↑ Intervalo QT - aumenta risco de arritmia

Forma grave: Anfotericina B lipossomal

  • G’s: Graves | Gestantes
  • I’s: Imunodepressão | Idade < 1 ou > 50 anos | “Insuficiências” | Intolerância / refratário

CE | BA | MG - 85 - 90% dos casos

124
Q

Sobre malária:

  • Quais os agentes etiológicos no BR?
  • Vetor
  • Clínica
  • Diagnóstico
  • Tratamento
A

Agentes etiológicos

  • Plasmodium vivax
  • P. malarie → febre quartã
  • P. falciparum → causa + formas graves

Vetor

  • Anopheles darlingi

Clínica

  • Crises febris + anemia hemolítica (↑BI)

Exame de escolha

  • Teste da gota espessa

Tratamento

  • P. vivax
    • Cloroquina + primaquina
      • CI em gestantes
  • P. falciparum
    • Artemeter + lumefantrina
  • Formas graves
    • Artesunato + clindamicina

nem foi dado na aula do MED em 2024

Dica epidemiológica: região norte