Economia Flashcards
Lalala
Economia (enquanto ciência):
Cada abordagem económica (Neoclássica, Marxista, Institucionalista, Austríaca) determina a sua própria definição. É determinada pelo que cada uma define como os seus problemas e o seu objeto. Diferentes objetos dão lugar a diferentes definições. A definição Neoclássica de Economia foi estabilizada por Lionel Robbins: é a ciência que estuda a afetação de recursos escassos, suscetíveis de uso alternativo a necessidades de desigual importância. Recorre, portanto, às ideias básicas de escassez, escolha e maximização.
Economia de Lionel Robbins:
é um autor que está inserido naquilo que é a economia mainstream, ou seja, aquela que é a mais comum. Propôs uma definição baseada num problema que é a escassez, ou seja, de afetação de recursos escassos, suscetíveis de uso alternativo. Se os bens não fossem escassos nãos suscitam problemas à sua volta. A escolha é assim motivada pela escassez de meios/recursos passíveis de satisfazer as necessidades que são limitadas.
Economia de Teixeira Ribeiro:
este autor diz que a economia é uma ciência de escolhas usando um critério racional, isto é, com lógica e critérios. Sendo economia uma ciência de escolhas, essas escolhas tem de implicar uma troca de bens ou tem de afetar a troca de bens. Assim sendo, nem todas as escolhas tem cariz económico. Podemos distinguir entre trocas voluntárias e trocas involuntárias: as trocas voluntárias correspondem ao pagamento de uma taxa em que graças a esse pagamento temos acesso a um conjunto de bens; as trocas involuntárias
Visão neoclássica da economia:
a visão neoclássica da economia corresponde a uma visão racional da economia. Esta é corresponde à definição dominante, atualmente, de economia. Segundo a visão neoclássica, os agentes económicos são agentes racionais e pautados de interesse próprio que maximizam, em todas as circunstâncias, as suas vantagens. A abordagem neoclássica analisa a economia através do prisma da otimização e assume que o homem é o modelo perfeito do homo economicus, ou seja, supõe que os agentes económicos são naturalmente maximizadores e racionalizadores. Por outras palavras, considera que são criaturas que conhecem o seu melhor interesse, tem informação disponível e recursos para analisar e maximizar os resultados em benefício próprio. Esta é uma visão que coincide com a definição de Lionel Robbins de economia, isto é, que a economia corresponde ao estudo da afetação de recursos escassos suscetíveis de uso alternativo a necessidade de desigual importância.
Economia comportamental e o homer economicus:
Esta visão da economia parte da ideia de que o agente económico tem defeitos e incapacidades que o comum homem médio também tem. Considera que existe assim um “homer economicus” e não um homo económico no sentido em que falamos de um indivíduo que pode não ser muito dotado (ou maximizador) que resolve os problemas da melhor forma que consegue que pode não ser a forma mais adequada ou eficiente. Richard Theler diz que não existe um homo economicus na espécie humana, mas que o Homem é um homer economucis que não é um agente maximizador e que toma as duas decisões com base na informação e capacidade que tem.
A visão da economia austríaca e o primado da ação:
a economia austríaca tem uma visão de economia muito diferente das demais (neoclássica ou marxista). Consideram que os agentes económicos nunca tem toda a informação disponível para equacionar a resolução de um problema. É da ação humana que resultam os parâmetros que vão sendo sucessivamente alterados por novas ações. Assim sendo, é a ação humana que cria a informação, isto é, temos de agir antes de termos a disponibilidade de racionalizar um problema.
A visão economia marxista:
a visão económica marxista assenta na ideia da historicidade dos problemas económicos que era gerada pela tensão entre a relativa estabilidade das relações de produção e o dinamismo das forças produtivas materiais, provocando a desadequação das primeiras e a sua substituição por outras, adaptadas às novas potencialidades das forças produtivas materiais, por intermédio, ou não, da contínua criação de conflitos (luta de classes).
A visão economia institucional:
a visão institucionalista defende que são as instituições que vão condicionar a estrutura dos problemas. Assim, antes de equacionarmos a resolução de um problema fundamental e concreto temos de estar conscientes que as nossas escolhas estão concionadas pelas instituições (como os costumes).
Bens livres:
aqueles bens que todos os indivíduos podem ter acesso, a preço 0. A utilidade marginal destes bens é também 0 (ex.: ar).
Bens públicos:
bens que são inexcluíveis pelo preço, ou seja, não possível excluir utilizadores com base no preço e são de uso indivisível, ou seja, o consumo de uma unidade adicional do bem por um individuo não poe em causa o consumo e a satisfação de outra unidade por outro consumidor.
Bens materiais:
são aqueles bens que tem realidade física, ou seja, existência corpórea e que são consumidos num momento diferente daquele que são produzidos.
Serviços:
não tem realidade metafísica, isto é, consistem em utilidades prestadas por umas pessoas a outras.
Bens diretos ou de consumo:
são bens que satisfazem imediatamente as necessidades dos consumidores (ex.: alimentos ou vestuário).
Bens indiretos ou de produção:
são os instrumentos para a produção de outros bens. São bens que não satisfazem diretamente necessidades aos consumidores.
Um bem pode ser de consumo direito ou indireto como o leite, em que é um bem que se pode consumir por si só e, ao mesmo tempo é utilizado na produção de um bem que por si só será de consumo.
Bens consumíveis:
são bens que após o consumo dos mesmo deixam de existir. São bens suscetíveis apenas de uma utilização.
Bens duradouros:
são bens que duram no tempo. São bens que permanecem como bens na mesma espécie depois de várias operações de consumo/utilização.
Bens durávei
são bens que duram no tempo, ou seja, tem um prazo de validade bastante longo.
Nota: os bens duradouros são bens (duráveis) que após as operações de consumo ou utilização permanecem como bens da mesma espécie. O reverso não é verdadeiro: há bens duráveis que não são bens duradouros (conservas, vinhos, sementes) porque deixam de existir como bens da mesma espécie quando são utilizados.
Bens perecíveis:
tem um prazo de validade relativamente curto.
Bens complementares:
quando falamos em bens complementares falamos em bens que por gosto ou por ocasião são consumidos em conjunto, isto é, são bens que se complementam (ex.: café e açúcar). Assim, se A e B são bens complementares e aumentar o preço de A, a sua procura vai diminuir e, consequentemente a procura do bem complementar B também vai diminuir.
Bens substituíveis:
nos bens substituíveis falamos de produtos que cumprem essencialmente a mesma necessidade (ex.: manteiga e planta). Assim sendo, assumindo que A e B são produtos substituíveis quando o preço de A aumenta, a sua procura vai diminuir e, consequentemente vai aumentar a procura de B.
Bens sucedâneo
bens sucedâneos são bens que permitem a satisfação da mesma necessidade, mas com perda de satisfação da necessidade do bem consumido (ex.: cola e pepsi), ou seja, a necessidade do consumidor é satisfeita, mas não com o mesmo grau de satisfação. Se o bem A e o bem B são bens sucedâneos, as quantidades procuradas de A reagem à subida dos preços de B em sentido direto, isto é, se o preço do bem B sobe, as quantidades procuradas do bem A também
Bens de produção associada:
são bens que que a produção de um bem estar ligada à de outro trás vantagens económicas ou tecnológicas.
Bens de produção conjunta:
são bens que resultam em simultâneo do mesmo processo produtivo não podendo produzir-se um deles sem que se produza necessariamente o outro. (ex.: serradura e madeira)
Modos-de-produção:
A expressão, usada por Karl Marx, é equivalente à de “sistema económico” na generalidade dos demais autores. Um sistema é um conjunto articulado de elementos que permite a realização de uma certa função, e um sistema económico é um conjunto articulado de elementos que permite a realização das funções de produção, distribuição e consumo. Isso é válido para os Modos-de-produção, mas estes têm características adicionais, na medida em que são formados por uma infraestrutura económica (constituída pelas forças produtivas materiais e pelas relações de produção) e por uma superestrutura ideológica (política, religiosa, jurídica, …) que é determinada pela primeira. Os modos-de-produção geralmente identificados pelos autores marxistas, cada um deles gerado no seio do anterior pelo desenvolvimento das forças produtivas materiais (e a luta de classes) são o comunismo primitivo, o esclavagismo, o feudalismo, o capitalismo e o socialismo.
Produção:
na maioria das vezes, as necessidades são satisfeitas através de bens produzidos. Podem ser produzidos tanto bens materiais consumíveis como comida, mas também bens imateriais como os serviços. A diferença entre ambos é que os bens consumíveis podem ser produzidos num determinado período de tempo e consumidos noutro, por sua vez, os serviços são consumidos ao mesmo tempo que são produzidos/prestados. A produção engloba assim um esforço do Homem em que se combina fatores produtivos como o trabalho, capital e elementos naturais. Assim, podemos dizer que a produção é um processo de criação de bens capazes de satisfazer as necessidades ou o modo de criação de novas utilidades.
Utilidade marginal:
corresponde à utilidade da última unidade disponível, ou seja, a utilidade do bem que está na margem.
Utilidade total:
a utilidade total corresponde à utilidade do conjunto dos bens de que pode dispor-se, momentânea ou sucessivamente, ou seja, corresponde à utilidade do somatório da utilidade de todas as unidades disponíveis.
Microeconomia:
a microeconomia incide sobre a atividade económica considerada pequena (atomística), isto é, incide sobre as pequenas unidades e quantidades. Tem como objeto os comportamentos dos sujeitos individuais, das unidades base do sistema económico. Estuda as escolhas que os sujeitos económicos fazem sobre a utilização dos recursos que podem satisfazer as suas necessidades.
Macroeconomia:
A macroeconomia situa-se à escala dos grandes conjuntos e das quantidades globais, isto é, estuda as relações entre os grandes grupos de agentes económicos no sei da economia nacional. Do estudo destes problemas gerais resulta a analise de problemas como a inflação ou o desemprego.
Método indutivo:
I.
o método indutivo parte de premissas que depois são utilizadas para explicar um fenómeno, ou seja, parte do geral para o particular.
Método indutivo:
IND.
o método indutivo parte da observação dos factos para posteriormente formular uma hipótese geral. Essa hipótese terá de ser testada com o intuito de a confirmar ou não. Se a hipótese dor confirmada tal levará à formulação de leis gerais e abstratas.