DTUI Flashcards

1
Q

Como é o controle neurofisiológico da micção?

A

A micção é controlada pelo sistema parassimpático ao passo que a retenção de urina é estimulada pelo simpático

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2
Q

Como que é o controle muscular da micção?

A

Durante a fase de retenção, o músculo detrusor da bexiga está relaxado e o esfíncter ureteral externo contraído. O padrão se inverte na retenção.

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3
Q

Como é o desenvolvimento do controle miccional?

A
  • Recém-nascido: reflexo medular primitivo quando a bexiga atinge sua capacidade secundária. A criança urina cerca de 20 vezes
  • Aos seis meses: a capacidade da bexiga aumenta e a criança reduz a frequência de micção
  • Aos dois anos: a criança tem o desejo consciente de urinar, mas ainda não consegue o controle. Urina cerca de 8 a 10 vezes.
  • Dos dois aos três anos: a criança começa a adquirir o controle esfincteriano diurno. Urina de 4 a 6 vezes.
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4
Q

Qual é a importância do controle miccional?

A

Os pais colocam grande expectativa nesse processo. Por isso, é importante orientá-los. É um marco em que a criança adquire autoafirmação e independência. Estudos mostram que crianças que adquirem o controle após 36 meses enfrentam problemas de incontinência urinária, constipação e incontinência fecal.

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5
Q

Qual controle esfincteriano geralmente vem primeiro?

A

O fecal e, depois, o urinário

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6
Q

O que é a disfunção do trato urinário inferior?

A
  • É um transtorno em que a criança apresenta um padrão diferente para a idade das fases de esvaziamento ou enchimento da urina.
  • Ele não pode ser causado por problemas neurológicos ou anatômicos
  • Pode ter várias causas desde a hiperatividade do destrusor quanto situações mais graves acompanhadas de lesão no trato urinário superior
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7
Q

Qual a fisiopatologia da DTUI?

A

Entre 3 e 5 anos, a criança aprende melhor a controlar o TUI com o SNC. No entanto, nesta fase, ela pode começar a realizar manobras, que ajuda a retenção, mas atrapalham o controle correto. Por exemplo, podem sentar ou ajoelhar com o calcanhar sob a uretra ou, então, contrair os músculos do assoalho pélvico.

O controle miccional com o assoalho pélvico é um sistema mais fraco e não é o natural. Com o tempo, há uma incoordenação entre os músculos do assoalho e o estrusor. O estrusor se torna hiperativo. Assim, o estrusor começa a realizar contrações isométricas periódicas contra um esfíncter ureteral externo contraído. Isso leva à hipertrofia da parede da bexiga e uma instabilidade, que reduz a capacidade de armazenamento, levando a um ciclo vicioso de incotinência.

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8
Q

Quais são os quatro parâmetros observados para o diagnóstico da DTUI?

A

Incontinência, frequência miccional, volume urinado e ingestão hídrica.

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9
Q

Quais são as 10 classificações de ITUI?

A
  • Urge incontinência: urgência, pequeno volume, frequência maior que 7 vezes.
  • Incontinência aos esforços: liberação de pequena quantidade de urina aos esforços, como tosse, espirro etc.
  • Incontinência do riso: durante crises de risos, há o descontrole urinário com a liberação de todo o conteúdo vesical
  • Frequência miccional extraordinária: aumento da frequência urinária, volume menor do que 50% da capacidade vesical, sem perdas
  • Micção disfuncional: esforço para iniciar e manter a micção. O jato miccional é interrompido.
  • Adiamento da micção: micção infrequente (<5), manobras de retenção.
  • Detrusor hipoativo: jato interrompido. Esvaziamento da urina apenas com esforço

Obstrução: fluxo urinário fraco. Aumento da pressão no detrusor.

Disfunção do colo vesical: fluxo urinário reduzido
Refluxo vaginal: eliminação de urina após o término da miccção.

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10
Q

Urge incontinência

A
  • Urgência
  • Pouco volume
  • > 7 vezes ao dia
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11
Q

Micção disfuncional

A
  • Esforço para iniciar e manter a micção

- Jato interrompido

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12
Q

Adiamento da micção

A
  • Micção infrequente (<5)

- Manobras de retenção

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13
Q

Incontinência aos esforços

A
  • Liberação de urina aos esforços que aumentam a pressão abdominal, como tosse e riso
  • Pequeno volume
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14
Q

Incontinência do riso

A
  • Esvaziamento completo do conteúdo vesical após crises de riso
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15
Q

Detrusor hipoativo

A
  • Jato interrompido

- Necessário esforço para esvaziar completamente a bexiga

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16
Q

Obstrução

A
  • Jato urinário reduzido

- Pressão sobre o detrusor

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17
Q

Refluxo vaginal

A

Perda pequena após a micção

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18
Q

Frequência urinária extraordinária

A
  • Frequência de micção aumentada
  • Volume menor que 50% da capacidade vesical
  • Sem perdas
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19
Q

Distúrbio do colo vesical

A
  • fluxo urinário reduzido
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20
Q
  1. Necessário esforço para iniciar e manter micção

2. Jato interrompido

A

Micção disfuncional

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21
Q
  1. Jato interrompido

2. Necessidade de esforço para o esvaziamento vesical

A

Estrusor hipoativo

22
Q
  1. Liberação de todo o conteúdo urinário em crise de riso
A

Incontinência do riso

23
Q
  1. Fluxo urinário fraco

2. Pressão sobre o detrusor

A

Obstrução

24
Q
  1. Micção infrequente (<5)

2. Manobras de retenção

A

Adiamento da micção

25
Q
  1. Micção involuntária em esforços, como tosse e espirros

2. Pequeno volume

A

Incotinência aos esforços

26
Q
  1. Urgência
  2. Pequeno volume
  3. > 7 vezes ao dia
A

Urge incontinência

27
Q
  1. Liberação de pequeno volume após micção
A

refluxo vaginal

28
Q
  1. Aumento da frequência urinária
  2. volume menor do que 50% da capacidade vesical
  3. Sem perdas
A

Frequência urinária extraordinária

29
Q
  1. Fluxo urinário reduzido
A

Disfunção do colo vesical

30
Q

Qual a terminologia para a disfunção da eliminação das fezes e urinas?

A

Disfunção da bexiga e do intestino

31
Q

Qual é a classificação das incontinências? Qual o critério diagnóstico?

A

Contínua: ocorre tanto no dia quanto na noite. Geralmente, deve-se a malformação congênita, como fístula vesico vaginal, ureter ectópico e extrofia da bexiga.

Interminente: ocorre em um único período. Se diurna, é chamada de incontinência urinária diurna. Se noturna, enurese.

Critério diagnóstico:

  • Criança > 5 anos
  • Um episódio por mês, mínimo
  • Por mais de três meses
32
Q

O que é enurese? Quais suas classificações?

A
  • É a perda de urina, em pequena ou grande quantidade durante o sono.
  • É chamada de frequente quando >= 4 vezes ao mês
  • É chamada de infrequente quando < 4 vezes ao mês

É monossintomática quando está desecompanhada de outros sintomas, exceto noctúria.
É não monossintomática quando é acompanhada de outros sintomas, como incontinência urinária diurna, manobras de retenção, esforço miccional, sensação de retenção urinária etc.

Primária: a criança não ficou seca por um período superior a seis meses
Secundária: a criança ficou seca por um período superior a seis meses

33
Q

O que é frequência urinária aumentada e diminuída?

A

Frequência urinária aumentada: >= 8 vezes ao dia
Frequência urinária reduzida: =< 3 vezes ao dia

Frequência obtida pelo diário de micção.

34
Q

O que é urgência urinária? Ela é sinal de que?

A

A urgência urinária se trata de desejo intenso de urinar após ter adquirido o controle do esfíncter.
É sinal de bexiga hiperativa.

35
Q

O que é noctúria? Qual o seu significado?

A

A criança acorda à noite para urinar.

Sua presença não significa DTUI ou condição patológica isoladamente.

36
Q

Quais são os 10 sintomas possíveis durante o esvaziamento?

A

Hesitação: dificuldade para iniciar a micção
Esforço: necessidade de aumentar a pressão intra-abdominal para iniciar e manter a micção
Intermitência: o jato é interrompido um ou várias vezes
Jato fraco: o nome já diz tudo
Disúria: dor ao urinar.

Manobras de contenção
Jato espalhado
Sensação de esvaziamento incompleto
Gotejamento pós-miccional
Retenção urinária
37
Q

Quais são as comorbidades possíveis a DTUI?

A

Infecção urinária
Bacteriúria assintomática
Refluxo vesicoureteral

Distúrbios neuropsiquiátricos
Constipação e incontinência fecal
Distúrbios do sono (apneia)
Déficit intelectual

Obesidade

38
Q

Quais são as perguntas essenciais na anamnese dessa queixa?

A
  • Desenvolvimento: perguntar de marcos do desenvolvimento, principalmente do controle dos esfíncteres. Perguntar como foi o processo detalhadamente.
  • Perfil psicossocial da família
  • Passado de ITU e vulvovaginites
  • Hábitos urinários: período do dia e frequência urinária e das perdas
  • Sintomas urinários: urgência, manobras de retenção, jato fraco
  • Avaliação do hábito intestinal
  • Avaliação da ingesta hídrica
39
Q

Como deve ser o exame físico direcionado da DTUI?

A

Diferenciar bexiga neurogênica de ITUI

  • Analisar genitária
  • Testar de S1 a S4: verificar tônus do esfíncter anal, alterações na marcha e assimetria dos pregas glúteas
  • Olhar sinais neurocutâneos: pilificação sacral, nevo, pigmentação anormal em fosseta, lipoma,
  • Palpação do abdômen: palpar bexiga e intestino à procura de massa fecal
  • Exame psíquico completo
40
Q

Como é feito o diário de eliminações?

A

Relevante para crianças acima de 5 anos. O diário das eliminações deve registrar todas as micções e ingestas de água de uma criança em 24 horas. Registra-se também quando há perdas. Deve-se registrar o horário e o volume. Deve ser realizado, para as micções, por 2 dias no mínimo.
Também, devem ser registrados os horários das evacuações e perdas fecais durante 2 semanas.

41
Q

O que é a urofluxometria?

A

É um exame simples e não-invasivo. Consiste na avaliação do jato urinário. Avalia-se:
- o fluxo urinário: medido pelo volume final dividido pelo tempo de esvaziamento da bexiga
- A característica do jato: contínuo, intermitente e staccato
- o volume
Ao final, verifica-se o resíduo miccional na bexiga por meio de ultrassonografia.

42
Q

Quais são os exames complementares básicos a serem pedidos?

A
  • Urina rotina, urocultura
  • Creatina e ureia séricas

A US de rins e vias urinárias com o estudo da dinâmica da micção para diagnóstico e acompanhamento da DTUI. Ela permite avaliar vários parâmetros, como refluxo vesicoureteral, espessura e movimentos da bexiga, dilatação das vias e do sistema pielocalicinal.

43
Q

Quando é indicada a uretrocistografia miccional?

A

Somente é indicada nos casos de ITU de repetição ou dilatação de hidronefrose ou alterações anatômicas da bexiga.

44
Q

Quando é indicada a urodinâmica?

A

Pode ser solicitada no caso de alterações no padrão do fluxo, presença de dilatação do trato urinário superior ou parede vesical espessada.

45
Q

Quais os objetivos do tratamento da DTUI?

A
  1. Restaurar o padrão normal da micção
  2. Corrigir a hiperatividade do detrusor e do assoalho pélvico
  3. Restaurar a continência, tratando a ITU e a constipação
46
Q

O que é a uroterapia?

A

É um processo complexo, que envolve:

  • Cognitivo: mudar os pensamentos do que é certo e errado sobre micção
  • Comportamental
  • Fisioterapêutico com exercícios para o assoalho pélvico, com ou sem biofeedback
47
Q

Quais são as orientações comportamentais?

A
  • Micção de, no mínimo, 3 a 4 horas de intervalo
  • Micção em 2 ou 3 tempos
  • Controle da ingesta hídrica
  • Orientação para o uso do vaso sanitário
48
Q

Como deve ser a ingesta de alimentos e água?

A
  • Deve-se calcular a ingesta de água para exatamente o necessário para a reposição de fluidos.
  • Acrescentar alimentos rico em fibras para o controle da constipação intestinal.
49
Q

Qual é a substância a ser evitada?

A

Cafeína

50
Q

Em caso de constipação e DTUI, qual deve ser tratada primeiro?

A

As duas devem ser tratadas juntas e, se necessário, utilizar laxantes.

51
Q

Qual o tratamento medicamentoso da DTUI? Qual a dose?

A

Uso de anticolinérgicos. De escolha, é o oxibutinina-HCl.

A dose é 0,3 a 0,5mg/kg/dia em 2 ou 3 tomadas.

52
Q

Qual o papel do bioneurofeedback e da neuromodulação na DTIU?

A

São duas técnicas novas. A primeira é a monitoração do sinal elétrico da inervação dos musculos do assoalho pélvico e o detrusor, que é colocada em uma tela em forma de jogos.
A neuroestimulação é a aplicação de corrente elétrica na região sacral.