DPOC Flashcards
Principais fatores de risco para desenvolvimento de DPOC?
- TABAGISMO
- Poluição
- Exposição ocupacional a poeiras orgânicas (minas de carvão/ouro)
- Baixo nível socioeconômico
- Deficiência de alfa-1-antitripsina
Fisiopatologia da bronquite
Hipertrofia + Hiperplasia das glândulas submucosas secretoras de muco + ↑ Nº de células caliciformes da mucosa
+
Redução do lúmen das vias aéreas distais → Espessamento da parede brônquica → Edema → Fibrose (bronquite obliterante)
Fisiopatologia do enfisema pulmonar
Destruição progressiva dos septos alveolares → Alargamento dos espaços aéreos distais aos bronquíolos (enfisema)
Tipo histológico mais comum no enfisema pulmonar
Enfisema centroacinar
O enfisema centroacinar é relacionado a qual fator de risco?
Tabagismo
O enfisema centroacinar predomina em quais regiões pulmonares?
Lobos superiores
Enfisema panacinar é relacionado a qual doença?
Deficiência de Alfa-1-antitripsina
Quais são os subtipos de enfisema?
- Centrolobular (Lobo superior) → Tabagismo
- Parasseptal (Perifericamente) → Bolhas e pneumotórax)
- Panacinar (Bases pulmonares) → Deficiência de Alfa-1-antitripsina
Na deficiência de Alfa-1-antitripsina como se dá o acometimento pulmonar?
Acomete uniformemente o ácino → Principalmente o lobo inferior
Fisiopatologia do distúrbio da troca gasosa
Alvéolos bem perfundidos, porém mal ventilados → Hipoxemia + Dessaturação da Hb → Distúrbio V/Q
Como é a história de surgimento da hipoxemia?
Inicialmente → Hipoxemia aos esforços
Com a progressão da doença → Hipoxemia em repouso → Sinal de mau prognóstico
O que leva a retenção progressiva de CO2?
- Agravamento do distúrbio V/Q
* Hipóxia crônica
Quais são as consequências fisiopatológicas da hipoxemia crônica?
- Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP)
- Insuficiência de VD
- Acidose respiratória crônica
Como se dá a gênese da HAP e da insuficiência de VD?
HIPÓXIA CRÔNICA → Distúrbio V/Q → Vasoconstrição das arteríolas pulmonares → HAP → ↑ Excessivo da pós-carga → Falência sistólica de VD
Gasometria do paciente com DPOC
↑ PCO2
↑ Bicarbonato
↑ Base Excess
↓ pH
Quais são as consequências fisiopatológicas da insuficiência de VD?
- Elevação da Pressão Venosa Central (PVC)
- Congestão sistêmica
- Baixo débito cardíaco
(FUNÇÃO PULMONAR)
Quando os pacientes com DPOC tornam-se sintomáticos?
Quando atingem metade do seu VEF1 máximo
Como é feito o diagnóstico de DPOC?
História de exposição ambiental compatível
+
Quadro clínico
+
VEF1/CVF pós-BD < 0,7
Quadro clínico
- Dispneia aos esforços
- Tosse
- Ruídos adventícios
- Elasticidade e expansibilidade pulmonares reduzidas
- Percussão → Timpanismo
- Fase expiratória > Fase inspiratória
- Fase mais avançada → Pletora facial | Tórax em tonel
- Pacientes com cor pulmonale → Edema de MMII + turgência jugular
Quais exames solicitar?
- Hemograma (eritrocitose → Hipoxemia crônica)
- Gasometria arterial (hipoxemia, hipercapnia e acidose respiratória crônica)
- ECG
- Radiografia de tórax
- Espirometria com prova broncodilatadora
Quais alterações podem estar presentes no ECG?
- Sinais de sobrecarga de VD → Cor pulmonale
- Taquiarritmias (extrassístoles atriais, ritmo atrial multifocal, FA e flutter)
- Muitas dessas arritmias melhoram apenas com a correção da hipoxemia, dos DHE e com a compensação respiratória
Quais alterações podem ser vistas na radiografia de tórax?
SÓ ENCONTRAM ALTERAÇÕES NOS CASOS MAIS AVANÇADOS
- Retificação das hemicúpulas diafragmáticas
- Hiperinsuflação pulmonar (> 9 arcos costais visíveis)
- Hipertransparência
- Aumento dos espaços intercostais
- Redução do diâmetro cardíaco (coração em gota)
- Aumento do espaço retroesternal no perfil
- Espessamento brônquico
Quando pedir TC?
Avaliação dos pctes candidatos à cirurgia (redução do volume pulmonar)
Quais ferramentas utilizamos para classificar o paciente?
GOLD
CAT
mMRC
O que avaliamos no GOLD?
VEF1 (% do previsto para a faixa etária)
Qual conduta deve ser adotada para todos os pacientes?
- Cessar tabagismo
- Vacina (Influenza e Pneumococo)
- Broncodilatador SOS (SABA ou anticolinérgico de curta ação)
- Avaliar indicação O2
CLASSIFICAÇÃO INTEGRADA
GRUPO A → Baixo risco e pouco sintomático (CAT < 10 | mMRC 0-1 | 0-1 exacerbação.
GRUPO B → Baixo risco e muito sintomático (CAT ≥ 10 | mMRC ≥ 2 | 0-1 exacerbação.
GRUPO C → Alto risco e pouco sintomático (CAT < 10 | mMRC 0-1 | ≥ 2 exacerbações ou exacerbação c/ internamento.
GRUPO D → Alto risco e pouco sintomático (CAT ≥ 10 | mMRC ≥ 2 | ≥ 2 exacerbações ou exacerbação c/ internamento.
GRUPO B → CONDUTA
(LABA ou LAMA) + REABILITAÇÃO PULMONAR
GRUPO C → CONDUTA
LAMA ou (LABA+LAMA)
GRUPO D → CONDUTA
LAMA ou (LAMA+LABA) ou (LABA+CI)
Considerar cirurgia
B2-AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO (SABA)
- Salbutamol (Aerolin) - NBZ 10-20 gts | MDI 5-8 puffs
- Fenoterol (Berotec) - NBZ 10-20 gts | MDI 5-8 puffs
- Terbutalina (Bricanyl) - NBZ 10 gts | MDI 1 puff
B2-AGONISTAS DE AÇÃO PROLONGADA (LABA)
- Salmeterol (Serevent) - MDI 2 puffs 12/12h
* Formoterol (Fluir) - MDI 1 puff 12/12h
ANTICOLINÉRGICOS DE LONGA DURAÇÃO (LAMA)
- Ipratrópio (Atrovent) - NBZ 20 gts
* Tiotrópio
CORTICOIDES INALATÓRIOS (CI)
- Beclometasona (Clenil) - Dose inicial: 2-5 puffs 12/12h
- Fluticasona - DI: 1 puff 12/12h
- Budesonida - DI: 1 puff 12/12h
Quais são as medidas que reduzem mortalidade?
- Cessação ao tabagismo
- Oxigenoterapia em pacientes francamente hipoxêmicos
- Transplante de pulmão ou cirurgia pneumorredutora
Após quanto tempo da cessação do tabagismo a taxa de queda do VEF1 iguala-se ao dos não tabagistas?
1 ANO
Quando suspeitar de exacerbação?
Piora da dispneia, da tosse e/ou da expectoração (mudança na cor da secreção e aumento de volume)
Quais são as causas mais comuns que desencadeiam uma exacerbação?
ITR → Virais (principal) e bacterianas
Exposição a materiais particulados
Qual é o tratamento das exacerbações?
ABCD
A - ATB (Amox/clav | macrolídeo | cefalosp 2ª-3ª ger)
B - Broncodilatadores (SABA +/- LAMA)
C - Corticoide oral (↓ tempo de internamento) - Prednisona 40 mg/d - 5 dias
D - Dar oxigênio (meta → SpO2 = 88-92%)
Qual droga é capaz de reduzir a velocidade de progressão da DPOC?
Nenhuma
Quando suspeitar de deficiência de alfa-1-antitripsina ?
- Enfisema em jovens (< 45 anos)
- Enfisema em bases pulmonares
- Enfisema em não tabagistas ou com ↓ carga tabágica
- Forte história familiar de enfisema ou hepatopatia
- Doença hepática associada inexplicada