Dor abdominal Flashcards

1
Q

Como abordar inicialmente a queixa de dor abdominal? (4)

A
  1. Avaliação da gravidade (anamnese e exame físico)
  2. Alívio sintomático
  3. Excluir gravidez / Doença pélvica (DUM?)
  4. Clínico ou Cirúrgico?

Clínico: dor abdominal + encefalopatia ou febre prévia

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2
Q

Clínica do abdome agudo do tipo clínico, que o diferencia do cirúrgico? (2 situações)

A

1. Dor abdominal + encefalopatia:

Intoxicação (exposição ocupacional): chumbo, metanol

Metabólica (familiar, preciptantes): Porfiria, cetoacidose diabética, insuficiência suprarrenal

2. Dor abdominal + febre prévia (antes da dor):

Infecção

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3
Q

Paciente jovem com quadro de CONVULSÕES, comatoso, e DOR ABDOMINAL e HIPERPERISTALTISMO, que MELHORA COM GLICOSE IV. Previamente hígido, sem história de drogadição. Há dois meses com dor abdominal, sempre após fumar, fraqueza, com IDEIAS SUICIDAS. Crises convulsivas que pioram com anticonvulsivante. PA ELEVADA, de difícil manejo. Exames laboratoriais e de imagem normais…

Diagnóstico e tratamento?

A

PORFIRIA INTERMITENTE AGUDA

Falta da enzima HMBsintase que transforma PBG em HMB, um dos elos da cascata na síntese da profirina do Heme da Hb, gerando um distúrbio na síntese de porfirina. Isso gera: excesso de PBG (porfobilinogênio) e ALA (ácido aminolevulínico), precursor do PBG

Desencadeado por: álcool, tabagismo, stress, drogas…

Jovens (20-30a)

Clínica:

  • Anemia
  • Surtos de dor/distensão abdominal (hiperperistaltismo, parece obstrução)
  • Encefalopatia (neuropatia/convulsão)
  • Hiperatividade simpática (HAS, aumento da peristalse)
  • Distúrbios psiquiátricos

Diagnóstico: PBG urinário (melhor inicialmente), ALA urinário, testes genéticos ou PBG deaminase eritrocitária

Tratamento:

  • Afastar preciptantes
  • Hematina, arginato de heme
  • Soro glicosado 10% IV
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4
Q

Paciente com DOR ABDOMINAL, com HiISTÓRIA OCUPACIONAL de exposição a tintas, baterias de automóveis, gasolina nos anos 90/ destilados clandestinos / projéteis… associada a fraqueza muscular, sonolência, agressividade, amnésia, diminuição do libido, além de hemólise com padrão de “pontilhado basofílico” em hemáceas e aparecimento de uma linha azulada em gengiva…

Diagnótico e tratamento?

A

SATURNISMO

Intoxicação por CHUMBO

Fatores de risco:

  • Mineradores
  • Frentistas que trabalhavam com gasolina em ‘90
  • Baterias
  • Indústria automobilística
  • Tintas
  • Projéteis
  • Destilados Clandestinos

Clínica:

  • Dor abdominal
  • Anemia hemolitica com pontilhado basofílico (hemólise)
  • Diminuição do libido / disfunção erétil (metal nas gônadas)
  • Encefalopatia, amnésia, demência (metal no SNC)
  • Distúrbio psiquiátrico
  • LINHA GENGIVAL DE BURTON (metal na gengiva)

Diagnóstico: chumbo sérico

Tratamento: interromper exposição, quelantes chumbo (dimercaprol, DMSA, EDTA)

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5
Q

Fatores de risco para desenvolvimento de saturnismo? (7)

A

Fatores de risco:

  • Mineradores
  • Frentistas que trabalhavam com gasolina em ‘90
  • Baterias
  • Indústria automobilística
  • Tintas
  • Projéteis
  • Destilados Clandestinos
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6
Q

Qual a clínica do saturnismo?

A

Intoxicação por Chumbo

  • Dor abdominal
  • Anemia hemolitica com pontilhado basofílico (hemólise)
  • Diminuição do libido / disfunção erétil (metal nas gônadas)
  • Encefalopatia, amnésia, demência (metal no SNC)
  • Distúrbio psiquiátrico
  • LINHA GENGIVAL DE BURTON (metal na gengiva)
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7
Q

Doenças que cursam com pontilhado basofílico em hemáceas?

A

Hemoglobinopatias e intoxicação por metais (ex: chumbo/saturnismo)

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8
Q

Clínica de porfiria intermitente aguda?

A
  • Anemia
  • Surtos de dor/distensão abdominal (hiperperistaltismo, parece obstrução)
  • Encefalopatia (neuropatia/convulsão)
  • Hiperatividade simpática (HAS, aumento da peristalse)
  • Distúrbios psiquiátricos
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9
Q

Paciente, geralmente com história de viagem a local com menos saneamento básico, com FEBRE + BRADICARDIA, associada a exantema em corpo, com confusão mental, precedendo em alguns dias DOR EM MESOGRASTRO, com HIPERTIMPANISMO ABDOMINAL e HDB…

A

FEBRE TIFOIDE

Infecção por Salmonella typhi (gram -)

Clínica:

Semana 1: Febre + sinal de Faget (febre e bradicardia) + dor abdominal após inicio da febre

Semana 2: Roséolas, torpor

Semana 3: Cura / hepatoespleomegalia OU Complicações do sistema imune exagerado (HDB, perfuração ileal)

Semana 4: evolem para oirtador crônico 5% (mulher adulta com doença em via biliar)

Diagnóstico:

Culturas: semana 1: sangue (+ 50-70%), semana 2: fezes (+ 30-40%), mais sensível: medula (+ 90%)

Tratamento:

  • Agudo: cefalosporina 3a (10-14d), cipro (7-10d), cloranfenicol (14-21d)
  • Portador crônico: cipro 4 semanas / colecistectomia
  • Graves: corticoide 2-3d

Profilaxia:

Sanitarismo, higiene, Vacina se viajantes para áreas endêmicas

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10
Q

Doenças que cursam com sinal de faget?

A

Sinal de Faget

Febre + bradicardia

Febre Tifoide / Febre amarela / Leigionella

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11
Q

Complicações relacionadas a Febre Tifoide?

A

HDB e Perfuração Ileal

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12
Q

Exame + sensível para diagnosticas Febre Tifoide? Tratamento de escolha pelo MS

A

Mielocultura

Cloranfenicol 14-21d

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13
Q

Paciente com rápido emagrecimento (cirurgia de obseidade, estirão crescimento, anorexia…), com perda do coxim gorduroso da artéria mesentérica superior, fazendo ela cair sobre o duodeno gerando ponto de obstrução

A

Síndrome de Wilkie

Artéria mesentérica superior pinça 3a porção duodenal sobre a aorta, gerando obstrução

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14
Q

Paciente homem, jovem, inicia com dor periumbilical inespecífica que migra pata FID, anorexia, náuseas, vômitos, febre, disúria, com dor a descompressão brusca de FID…

Qual a história natural…

A

APENDICITE AGUDA

Diagnóstico clínico: Alta probabilidade: homem, jovem, história clássica

  1. Obstrução do lúmen do apêndice por fecalito/hiperplasia linfoide (crianças)
  2. Distensão por aumento da pressão intraluminal
  3. Inflamação com proliferação bacteriana (B. fragilis, E. coli)
  4. Após 12-24h Isquemia / necrose
  5. Após 48h perfuração do apêndice (Abscesso ou peritonite difusa)
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15
Q

Quando solicitar exame de imagem na apendicite aguda?

Quando solicitar USG / RNM / TC e como esses exames se encontram?

A

Diagnóstico clínico em :

  • Alta probabilidade: Homem, jovem com história clássica

Diagnóstico por imagem em :

  • Moderada probabilidade: criança, idoso, mulher
  • Complicação: massa ou tardio >48h

USG

  • Criança ou gestante
  • > 7mm, espessamento, vascularização aumentada

RNM

  • Na gestante, se USG inconclusiva

TC

  • Homem ou não-gestante
  • > 7mm, espessamento, borramento da gordura peripendicular, abscesso, apendicolite, fecalito
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16
Q

Nomeie os sinais clássicos de apendicite:

  1. Descompressão súbita dolorosa no ponto de Mc Burney
  2. Dor em FID após compressão em FIE
  3. Dor em FID que piora com tosse
  4. T. retal > T. axilar em pelo menos 1oC
  5. Dor hipogástrica com flexão da coxa e rotação interna do quadril
  6. Dor a extensão e abdução da coxa direita com o paciente em decúbito lateral esquerdo
  7. Dor em FID quando se eleva o MID esticado
  8. Dor epigástrica referida durante a compressão do ponto de McBurney
A

Descreva os sinais clássicos de apendicite:

  1. Sinal de Blumberg
  2. Sinal de Rovsing
  3. Sinal de Dunphy
  4. Sinal de Lenander
  5. Sinal do Obturador
  6. Sinal do Psoas (+ específico para apendicite retrocecal)
  7. Sinal de Lapinsky
  8. Sinal de Aaron
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17
Q

Conduta na apendicite…

  1. Simples e precoce <48h
  2. Complicada ou tardia >48h
    1. Não complicada…
    2. Abscesso…
    3. Fleimão (pré-abscesso)…
    4. Peritonite difusa…
A
  1. Apendicectomia + ATB profilático
  2. Imagem…
    1. Apendicectomia + ATB profilático
    2. Drenagem + ATB + Colono (4-6 sem) +/- apendicectomia tardia
    3. ATB + Colono (4-6 sem) +/- apendicectomia tardia
    4. Cirurgia de urgência (Hartmann) + ATBterapia

* Apendicectomia VLP ou aberta… se precisar escolher: VLP

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18
Q

Diagnósticos diferenciais de apendicite

  1. Criança com abdome agudo e IVAS prévia, sem sinais clássicos de apendicite
  2. Abdome agudo com TC evidenciando imagem ovalada com aspecto de gordura
A
  1. Linfadenite mesentérica
  2. Apendagite epiploica

Tratamento conservador em ambos os casos

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19
Q

Como é avaliado o diagnóstico de apendicite pela escala de Alvorado?

A
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20
Q

Doença diverticular dos cólons:

FR, local mais comum, diagnóstico e complicações

A

Fatores de risco

ocidente (dieta rica em CHO, PTN, pobre em fibras), aumento da pressão nos cólons, idosos, assintomáticos

Local mais comum

Sigmoide

Diagnóstico

Colonoscopia / clister opaco

Complicações

Diverticulite (+ comum, esq), sangramento (dir)

21
Q

Paciente idoso, com forte dor abdominal, recorrente, difusa, mais predominante ao lado esquerdo + diarreia, sem muco ou sangue, com urgência para defecar e disúria + febre…

Diagnóstico…

Quais exames não fazer…

A

DIVERTICULITE AGUDA

Obstrução da luz do diverticulo - distensão - isquemia - microperfurações do diverticulo falso - abscesso pericólico

Diagnótico: TC

EVITAR: colonoscopia e enema na crise inflamatória, pelo risco de agravar microperfurações

Fazer colono 4-6 semanas depois para afastar CA colorretal

22
Q

Qual a classificação de diverticulite?

A

CLASSIFICAÇÃO DE HINCHEY

  1. Abscesso pericólico >> A) Fleimão B) Abscesso pericólico
  2. Abscesso pélvico
  3. Peritonite purulenta
  4. Peritonite fecal
23
Q

Como tratar diverticulite não complicada?

A

Complicações: Abscesso > 4cm, peritonite, obstrução

Tratamento SEM COMPLICAÇÃO (Hynchey I)

  • Sx mínimos (ambulatorial): dieta liquida + ATB VO
  • Sx exuberantes (hospitalar) febre intensa, dificuldade VO: dieta zero + ATB IV
24
Q

Como tratar diverticulite complicada?

A

Complicações: Abscesso > 4cm, peritonite, obstrução

Tratamento COM COMPLICAÇÃO

  • Abscesso > 4 cm (Hinchey I e II): drenagem + ATB + colono + cirurgia eletiva
  • Peritonite ou obstrução (Hinchey III e IV): ATB + cirurgia de urgência (Hartmann)

*Tipo III: lavagem laparoscópica

ou seja… Sempre cirurgia (eletiva ou urgência) se complicada!

25
Q

Quando indicar cirurgia eletiva (ressecção + anastomose primária) em diverticulite não complicada?

A

Não complicada: Abscesso < 4cm, sem peritonite ou obstrução

Indicações de cirurgia:

  • Imunodeprimido
  • Incapaz de excluir câncer após colono
  • Fístula (+ comum colo vesical, homens ou mulheres histerectomizadas)
  • Falha terapêutica clínica em não complicada, obstrução persistente, <u>&gt;</u> 3 episódios não complicados

Sempre cirurgia (eletiva ou urgência) se complicada!

26
Q

Que condição deve ser sempre a segunda hipótese em quadros abdominais inflamatórios (se não a primeira)?

A

Apendicite aguda

27
Q

Paciente, com insuficiência cardíaca e FA, apresenta dor abdominal súbita e intensa em mesogástro, desproporcional ao exame físico, taquipneia e taquicardia…

Exame inicial, + utilizado e exame P.O.

A

ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA

(de etiologia cardioembólica - FA / IAM prévio)

Clínica: “infarto do intestino”

  • Dor abdominal intensa, desproporcional ao exame físico
  • T. retal < T. axilar (sinal de lenander reverso)
  • Metabolismo anaeróbio - Acidose metabólica (Taquipneia compenstória)
  • Irritação peritoneal (achado tardio)

Rx (PNEUMATOSE intestinal) e laboratório inespecífico

Diagnóstico: OBSTRUÇÃO AO FLUXO DE CONTRASTE

  • AngioTC (inicial se estável, + utilizado)
  • Angiografia mesentérica seletiva (P.O.)
28
Q

Causas de Isquemia mesentérica aguda? (4)

A
  1. Embolia (+ comum 50%): cardiopatia embólica (FA/IAM recente)
  2. Vasoconstricção (20%): isquemia não-oclusiva (choque, UTI, vasoconstrictor, cocaína)
  3. Trombose arterial (15%): aterosclerose (outros locais de acometimento periférico)
  4. Trobose venosa (5%): Hipercoagulabilidade
29
Q

Como é o tratamento de isquemia mesentérica aguda inicialmente? E de acordo com cada causa?

A

Inicial: suporte, HV, ATB, distúrbio HE e ácido-base

Se Embolia ou Trombose:

  • Heparinização (evitar progressão)
  • Laparotomia (embolectomia / trombectomia + avaliar viabilidade da alça)
  • Papaverina pós-op: evitar vasoespasmo

Se Vasoconstricção:

  • Papaverina intrarterial (vasodilatar)
  • Cirurgia se: refratário, irritação peritoneal
30
Q

Como encontra-se a angiografia nas 4 causas de isquemia mesentérica aguda?

A
  1. Embolia: oclusão arterial sem colaterais
  2. Isquemia não-oclusiva (vasoconstricção): “tudo estreitado”
  3. Trombose arterial: oclusão arterial com colaterais
  4. Trombose venosa: “tudo congesto”
31
Q

Paciente, com história de doença aterosclerótica (claudicação, angina aos esforços, sopro…), com dor abdominal recorrente, que acontece após alimentação, associada a emagrecimento, pois não come para não sentir dor…

Diagnóstico e tratamento?

A

ISQUEMIA MESENTÉRICA CRÔNICA

Causa: Aterosclerose

Diagnóstico: Angiografia mesentérica seletiva

Tratamento: Revascularização (jovens = cirurgia, idosos ou comorbidades = stents)

32
Q

Paciente idoso, internado em UTI, com instabilidade hemodinâmica ou pós campleamento de aorta abdominal, evolui com dor em cólica, diarreia mucossanguinolenta e febre…

A

COLITE ISQUÊMICA

Isquemia intestinal mais comum

Diagnóstico:

  • Clister opaco (impressões digitais - thumprintings)
  • Retossigmoidoscopia (mucosa inflamada)
    • !!! Angiografia não tem valor diagnóstico/terapêutico, pois é uma doença de pequenos vasos !!!

Tratamento:

  • Suporte (corrigir hipoperfusão)
  • Cirurgia (colectomia parcial ou total) se: peritonite, hemorragia, colite fulminante, refratário
33
Q

Paciente com dor epigástrica intensa com irradiação para dorso, associada a náuseas e vômitos, leve icterícia, com historia de dores abdominais após ingestão de alimentos gordurosos…

Principal etiologia? Outras etiologias…

Diagnóstico…

A

PANCREATITE AGUDA

Principal causa: litíase biliar

Outras: álcool, drogas (antirretrovirais, bactrim, furo…), pós-CPRE, trauma, idiopática, pâncreas divisium, escorpião (Tytius trinitatis)

CRITÉRIOS DE ATLANTA (2 de 3)

1, Clínica: dor abdominal, em barra, com irradiação para dorso, náuseas, vômitos, icterícia leve, sinais de Cullen (equimose periumbilical) e Grey-Turner (equimose em flancos)

2. Laboratório: AMILASE e LIPASE elevadas (>3x). Amilase volta ao normal antes. Não são específicas e não tem relação com prognóstico

3. Imagem: USG (inicial, para ver litíase) e TC COM CONTRASTE (definitivo) em 48-72h

* Necrose só aparece em 48-72h… fazer depois para não subestimar gravidade

**Só faz TC antes se grave ou piorando ou dúvida

34
Q

Quando considerar pancreatite grave (critérios)?

A

Ranson > 3 (não faz parte: amilase, lipase, TGP, bilirrubinas) = avaliado na enfermaria, não é imediato… avalia HIPOcalcemia

Apache-II > 8: imediato, deve estar no CTI

Critérios tomográficos de Baltazar > 6

PCR > 150 (após 48h)

Fosfolipase A2 elevada

35
Q

Como classificar e tratar pancreatite aguda de acordo com critérios de atlanta?

A

Leve: sem falência orgânica ou complicação

Suporte: dieta zero, analgesia, HV, correção DHE e ácido-base

Moderadamente grave: falência orgânica transitória (<48h) ou complicação basal isolada // Grave: falência orgânica persistente (>48h)

CTI, HV (reanimação volêmica com diurese 0,5/ml/kg,analgesia), ATB NÃO, suporte nutricional (enteral x NPT), CPRE após estabilização se biliar e colangite/ictericia progressiva

36
Q

Complicações da pancreatite aguda? (3)

Quando tratar e como tratar cada uma…

A

- Coleção Fluida Aguda (+comum)

Reabsorvida sozinho… Tratar com punção/drenagem percutânea guiada e ATB IV se infectado (febre, leucocitose, dor abdominal)

…podem evoluir para…

1. Necrose pancreática (+ grave) (gás na necrose)

Estéril, expectante… Tratar com PUNÇÃO guiada por TC (confirmar) + NECROSECTOMIA (laparotomia) + ATB (imipenem) se infectado

Postergar cx ao máximo, 3-4 sem após quadro agudo

2. Pseudocisto Pancreático (não epitelizado)

Lesão cistica mais comum, coleção fluida por > 4-6 semanas (amilase se mantem elevada ou massa epigástrica)

Tratar se sintomático (sx de compressão de estruturas … gastricos) ou complicação (rotura, ascite, sangramento, abscesso) com EDA: DRENAGEM TRANSGÁSTRICA (cistogastro/duodenoanastomose) ou PERCUTÂNEA se infectado

… pode romper e causar ascite…

37
Q

Fazer colecistectomia VLP em pancreatite aguda?

A

Leve: antes da alta, após resolução da pancreatite

Grave: papilotomia por CPRE antes da alta e colecistectomia VLP eletivamente, após 6 semanas

38
Q

Qual exame é mais específico: Amilase ou lipase?

A

Lipase

39
Q

Paciente etilista com dor abdominal, emagrecimento, esteatorreia, DM e calcificações pancreáticas…

Diagnóstico, exame P.O., e base de tratamento clínico?

A

PANCREATITE CRÔNICA (ALCOOL / fibrose cística cças)

Lesão irreversível do pâncreas com fibrose e destruição

Tríade: Esteatorreia, DM, calcificações pancreáticas (náuseas e vômitos incomuns… se agudização)

Diagnóstico: gordura fecal, elastase fecal < 200, teste secretina, amilase e lipase normais

Rx, USG endoscópico (inicio), TC (P.O.), CPRE (calcificações no ducto principal, mostra qual cx o paciente precisa)

Tratamento inicial:

Cessar tabagismo/ estilismo, dieta pobre em gordura, enzimas pancreáticas (pancreatina, pancreatolipase), omeprazol, analgesia escalonada, insulina se falência pancreática

40
Q

Quando indicar tratamento cirúrgico na pancreatite crônica?

Quais as cirurgias propostas?

A

DOR CLINICAMENTE INTRATÁVEL ou EXCLUSÃO DE CA DE PÂNCREAS (CPRE antes…)

1. Doença de grandes ductos:

Calcificações impedem saída de conteúdo do ducto principal por mais que pâncreas contraia

CPRE: dilatação do ducto principal > 7mm

Pancreatojejunostomia latero-lateral em y de Roux (PUESTOW-ROCHELLE) + empregada

2. Doença de pequenos ductos:

a) Cabeça: dudodenopancreatectomia com preservação de piloro (WHIPPLE modificada)
b) Corpo/cauda: pancreatectomia subtotal distal (CHILD)

41
Q

Qual a principal complicação de pancreatite crônica? Como é a clínica e como tratar?

A

Trombose de veia esplênica

(hipertensão portal pré-hepática / segmentar)

Drenagem esplênica prejudicada pelas calcificações, pois v. esplênica passa atrás do pâncreas.

Clínica: varizes apenas em fundo gástrico + esplenomegalia

Conduta: esplenectomia

42
Q

Paciente em uso de anticoagulante com historia de tosse, com início súbito de dor abdominal e massa na parede abdominal

A

HEMATOMA ESPONTÂNEO DA PAREDE ABDOMINAL

Conduta conservadora incialmente

43
Q

O que é pâncreas divisium?

A

Variante encontrada em 5-7% da população nas quais os ductos ventral e dorsal do pâncreas não se fundem durante a vida embrionária

FR para pancreatite aguda

44
Q

O que significam os sinais de Cullen, Gray-Turner e FOX?

Doenças associadas…

A

Hemorragia retroperitoneal

  • Cullen: equimose periumbilical
  • Gray-turner: equimose em flancos
  • Fox: equimose em base do pênis/períneo
  • Pancreatite aguda grave (necrosante),
  • Aneurisma de aorta roto
  • Trauma
45
Q

Como se comporta a TC de pancreatite aguda…

A
  • Aumento do volume do pâncreas
  • Hipodensidade difusa
  • Limites imprecisos
  • Infiltração da gordura perivisceral
46
Q

Principal contra-indicação de cirurgia VLP?

A

Instabilidade hemodinâmica

(poré, é relativa... avaliar cada paciente)

47
Q

Perda de visão em paciente com pancreatite deve levantar qual suspeita diagnótica?

A

Retinopatia de Purtscher

48
Q

Tumor mais comum relacionado ao apêndice…

A

Tumor carcinóide

Se comporta como apendicite (achado pós apendicectomia)

Até 1cm / distal: seguimento

> 2cm / invasão de meso / lesão na base: hemicolectomia direita + linfadenectomia