Doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso suspeito: Flashcards
Carbúnculo Hemático (Antraz)
O antraz é uma doença zoonótica causada pela bactéria baciloscópicaBacillus anthracis. Última ocorrência notificada em maio de 2016.
O antraz é mais comum em herbívoros selvagens e domésticos (por exemplo, gado, ovelhas, cabras, camelos, antílopes),
mas também pode ser visto em pessoas expostas a tecidos de animais infectados, produtos animais contaminados ou
diretamente a esporos de B. anthracis sob certas condições. Dependendo da rota da infecção, fatores do hospedeiro e fatores
potencialmente específicos da cepa, o antraz pode ter várias apresentações clínicas diferentes.
Doença de Aujeszky (Pseudo-raiva ou Coceira Louca) - SITUAÇÃO ZOOSSANITÁRIA (2018): Última ocorrência registrada em junho de
2018.
A Vacina é aprovada pelo MAPA para uso no
Brasil é a inativada deletada para
glicoproteína do envelope viral gE
(também chamada de G1) que
permite a diferenciação entre
animais infectados e vacinados
através do teste ELISA diferencial
para glicoproteína gE (ausente na
vacina).
O agente etiológico é um herpesvírus de DNA. O suíno é o único hospedeiro reservatório, mas o vírus pode infectar bovinos,
ovinos, gatos, cães e cabras, além de animais selvagens, incluindo gambás e roedores. Última ocorrência registrada em junho de
2018. A Doença de Aujeszky (DA) é uma doença aguda, frequentemente fatal, com
distribuição mundial que afeta principalmente os suínos e outros animais domésticos e selvagens. Os sinais clínicos em animais não-suínos são semelhantes aos
da raiva, daí o nome “coceira louca” (os suínos não exibem
esse sinal). Existem três formas clínicas diferentes de acordo
com o tropismo das cepas virais, sendo a nervosa, a
respiratória e a combinação das duas formas. Os sinais clínicos
em suínos dependem da idade do animal afetado. Os suínos
jovens são altamente suscetíveis e as perdas podem chegar a
100% em leitões com menos de 7 dias de idade. Em geral, são
observados sinais de doença do SNC.
Estomatite Vesicular a principal preocupação é no diagnóstico
é a diferenciação clinicamente indistinguíveis, mas muito mais
devastadoras, incluindo a Febre
Aftosa em ruminantes e suínos,
Doença Vesicular Suína e
Exantema Vesicular Suíno. Os
cavalos não são suscetíveis à
febre aftosa. As causas não
infecciosas e infecciosas de lesões
orais devem ser consideradas.
A estomatite
vesicular é
autolimitante, sem
tratamento
específico além
de cuidados de
suporte.
A estomatite vesicular
não exige medidas
preventivas. Já existe
vacina, mas ela nem
chegou a ser produzida
comercialmente. A baixa
frequência não justifica a
vacinação.
A estomatite vesicular é
uma doença viral causada por dois
sorotipos distintos do Vírus da Estomatite Vesicular - Nova Jersey
e Indiana. Os vírus da
estomatite vesicular são
membros da família
Rhabdoviridae e do
gênero Vesiculovirus.
Múltiplas espécies
SITUAÇÃO ZOOSSANITÁRIA (2018): Doença presente.foi observada principalmente em cavalos e gado e, ocasionalmente, em porcos, ovelhas, cabras, lhamas e alpacas.
Evidências sorológicas de exposição foram encontradas em muitas espécies, incluindo cervídeos, primatas não humanos, roedores, pássaros, cães, antílopes e morcegos. Os vírus da estomatite vesicular são endêmicos na América do Sul, América Central e partes do México. O vírus pode ser transmitido através do contato direto com animais infectados com doença clínica ou por insetos. Mostrou-se que borrachudos (Simulidae spp.), mosquito palha (Lutzomyia spp.) e mosquito pólvora (Culicoides) são vetores importantes, mas outros insetos tb podem atuar com vetores mecânicos.
Febre aftosa: é uma
doença viral altamente
transmissível causada por um
aftovírus da família
Picornaviridae. Existem 7
sorotipos: A, O, C, Ásia 1 e SAT
1, 2 e 3. Afeta primariamente
animais com cascos bipartidos da Ordem Artiodactyla
Última ocorrência registrada em abril de 2006.A luta contra a FA no Brasil, de forma organizada e oficial, vem se desenvolvendo desde 1969, embora desde 1934 o MAPA tenha regulamentado o Serviço de Defesa Sanitária Animal. A doença é caracterizada por febre e vesículas na boca e no
focinho, nas tetas e nos pés e é transmitida por contato direto ou aerossol via secreções
respiratórias, leite, sêmen e ingestão de alimentos de animais infectados (carne, miúdos,
leite). Em uma população suscetível, a morbidade atinge 100% com fatalidades raras,
exceto em animais jovens. A FA já foi distribuída em todo o mundo, mas foi erradicada em algumas regiões, incluindo América do Norte e Europa Ocidental. Nos países endêmicos, a febre aftosa impõe restrições econômicas ao comércio internacional e pode
ser facilmente reintroduzida em áreas livres da doença. Os suínos podem eliminar até 3.000 vezes mais vírus que bovinos (risco alto: trânsito de produtos e fornecer lavagem aos suínos). Foi relatado que o vírus viajou sobre a água > 250 km (da França, até o Reino Unido, mas geralmente não viaja mais que 10 km por terra. A FA não é considerada um problema de saúde pública, mas há relatos de pessoas que trabalham em laboratórios de vacinas contra febre aftosa que desenvolveram anticorpos para o vírus. Existem poucos relatos de pessoas com casos clínicos confirmados em laboratório de doença entre 1921
e 1969. A doença em pessoas é geralmente branda e autolimitante.
As portas de entrada do vírus são inalação, ingestão ou através de feridas na pele e membranas mucosas. O principal local de infecção e replicação da febre aftosa está na mucosa da faringe. Uma vez distribuído por todo o sistema linfático, o vírus se replica no epitélio da boca, focinho, úbere, patas e áreas lesionadas da pele. As vesículas então se
desenvolvem nesses locais e se rompem em 48 horas. Mais de 50% dos ruminantes que se recuperam da doença ou são
vacinados e posteriormente expostos ao vírus de campo podem transportar partículas virais na região faríngea – por até 3,5anos em bovinos, 9 meses em ovinos e mais de 5 anos em búfalos africanos. O vírus resiste no meio ambiente e pode resistir
à pasteurização, mas é inativado fora da faixa de pH 6 a 9 e não resiste à dessecação e a temperaturas > 56 ° C. O período
médio de incubação de ovinos e caprinos é de 3 a 8 dias, 2 dias para suínos e de 2 a 14 dias em bovinos.
Os sinais clínicos incluem
febre, vesículas na língua,
palato duro, lábios,
gengivas, focinho, banda
coronariana, fenda
interdigital e úbere. Animais
podem salivar
profusamente. As vesículas
orais rompidas podem
coalescer e formar erosões,
mas curam rapidamente,
aproximadamente 11 dias
após a sua formação. As
vesículas das patas levam
mais tempo para cicatrizar e
levam à claudicação
crônica. A mastite
secundária é comum devido
a vesículas. Após o
desenvolvimento da doença
vesicular, o gado perde
rapidamente a condição e a
produção de leite diminui, o
que pode persistir
cronicamente. Indivíduos
agudamente afetados
podem salivar
profusamente, bater os pés
e preferem deitar-se.