Doenças Infecciosas Prevalentes na Infância Flashcards

1
Q

Caracteristicas de uma sinusite bacteriana aguda (possivel complicação de um resfriado) e tratamento:

A

DIAGNOSTICO CLINICO!! NAO PRECISA DE EXAME DE IMAGEM - mostra apenas processo inflamatorio, mas nao ajuda a diferenciar quadro viral de bacteriano

  • Persistencia dos sintomas respiratorios (tosse, coriza e rinorreia) por mais de 10 dias;
  • Doença grave identificada com febre alta e rinorreia mucopurulenta por 3 ou mais dias consecutivos;
  • Doença que piora (resfriado que melhora e dps evolui com piora)

TRATAMENTO:
1) Descongestionantes e anti-histaminicos nao devem ser prescritos na rinossinusite aguda
2) Duração do tratamento com antibioticoterapia feito de forma individualizada (manter por 7 dias apos melhora dos sintomas)
3) 1ª opção= amoxicilina (crianças sem complicações e sem uso previo recente de antimicrobianos).
Pode ter associação com Antimicrobiano resistente a betalactamase (clavunalato) por 10-14 dias em alguns casos.

OBS: neonatos já possuem seios e podem ter sinusite

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2
Q

Caracteristicas de um Abscesso retrofaringeo (possivel complicação da faringite- odinofagia + febre):

A
  • Febre
  • Irritabilidade
  • Odinofagia e disfagia
  • Salivação excessiva (sialorreia)
  • Alterações na mobilização do pescoço
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3
Q

Possiveis diagnosticos em lactentes (2 meses de idade) que apresentam infecção respiratoria aguda das vias inferiores (alterações na ausculta e sinais de desconforto respiratorio):

A
  • Pneumonias bacterianas
  • Bronquiolite viral aguda
  • Pneumonia afebril do lactente
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4
Q

Caracteristicas da pneumonia afebril do lactente e tratamento:

A
  • Historia de conjuntivite (antes dos sintomas respiratorios)
  • Eosinofilia no sangue periferico
  • Infiltrado intersticial
  • Tosse intensa e taquipneia sem febre

Tratar com macrolídeos.

OBS: período de incubação longo, com manifestações surgindo entre 1 e 3 meses (mesmo infecção sendo adquirida durante o parto)

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5
Q

Caracteristicas de uma infecção de via aerea superior:

A

Sem taquipneia e sem estridor

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6
Q

Como tratar resfriado comum (secreção nasal, rinorreia, coriza e tosse) na infancia?

A

Medicamentos para controle da febre e lavagem nasal com solução salina fisiologica.

OBS: medicamentos sintomaticos para tosse, anti-histaminicos (trata corrimento nasal), descongestionantes e vasoconstritores NÃO devem ser usados nas crianças, especialmente menores de 6 anos

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7
Q

Criterios para diagnostico de otite media aguda:

A

ABAULAMENTO DA MEMBRANA TIMPANICA, nao bastando somente hiperemia

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8
Q

Criança com diarreia (3 ou + episodios com fezes de consistencia diminuida em 24h) aguda (<14 dias) sem desidratação. Recomendação:

A

OMS: A cada episodio de diarreia ou vomito, 50 a 100 ml de soro de reidratação oral para <2 anos e de 100 a 200 ml para crianças 2-10 anos.

MS: A cada episodio de diarreia ou vomito, 50 a 100 ml para <1 ano e de 100 a 200 ml 1-10 anos.

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9
Q

Como o MS avalia o estado de hidratação de um lactente?

A

MS: Sede, condição geral, tempo de desaparecimento do sinal da prega, olhos (olhos fundos-enoftalmia- desidratação), pulso e as lagrimas (as vezes considera tempo de enchimento capilar >3s desidratação e >5s desidratação grave).

  • OUTROS FATORES NAO MS: sonolencia intercalando com irritabilidade (irritabilidade indica desidratação); oligúria; mucosas secas

OBS: se houver PELO MENOS 2 sinais que indiquem desidratação, devemos considerar criança desidratada.

DESIDRATAÇÃO GRAVE: letargia (inconsciente), alteração dos pulsos, olhos muito fundos

OMS: estado geral; olhos; sinal da prega e sede

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10
Q

Criança com diarreia aguda sem desidratação. Tratamento::

A

Plano A (crianças hidratadas): Aumento da ingestão de liquidos (sucos, água e caldos), oferta de solução glicossalina (soro caseiro ou reidratação oral) após cada episodio de evacuação diarreica ou vomito e uso de zinco por 10-14 dias (10mg/dia<6 meses e 20 mg/dia>6 meses , principalmente em desnutridos/ objetivos: reduzir a duração e a gravidade do caso e reduzir recorrencias/ diminui mortalidade e internação). Além disso, manter a alimentação habitual e orientar a familia quanto a sinais de piora.

OBS: papel do zinco em crianças bem nutridas e com reserva adequada de zinco é INCERTO.

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11
Q

Diarreia por intolerancia a lactose. Caracteristicas:

A

Diarreia osmótica (acumulo de lactose aumenta osmolaridade intraluminal), com fezes de pH baixo, intensa produção de gases e volume fecal diminuido.

Há dermatite perianal, fezes explosivas e distensao abdominal

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12
Q

Classificação temporal das diarreias:

A
  • Aguda: até 14 dias
  • Persistente: 14-30 dias
  • Cronica: >30 dias
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13
Q

Diarreia causada por infecção de uma bacteria que gera um mecanismo invasivo. Nome e caracteristica:

A

Disenteria (principal bacteria é Shigella)

Presença de sangue e muco ( e pus) nas fezes (apesar de inicialmente as fezes poderem ser aquosas)
OBS: lembrar que nem toda bacteria que libera toxina causa disenteria, algumas só diarreia aquosa

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14
Q

Forma de desidratação mais comum na criança?

A

Hipernatremica, pois os fluidos perdidos sao hiponatremicos.

OBS: desenvolve hipotonica principalmente se receber liquidos hipotonicos

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15
Q

Frequencia respiratoria normal na criança:

A

A freqüência respiratória considerada normal para crianças varia conforme a idade:

  • até 2 meses: até 60 movimentos respiratórios por minuto (mrm)
  • 2-11 meses: até 50 mrm.
  • de 1-4 anos: até 40 mrm.
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16
Q

Caracteristicas de um quadro de pneumonia bacteriana e tratamento:

A

Estertores na ausculta pulmonar e raio x de torax mostrando condensação pulmonar

Penicilina cristalina ou ampicilina.

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17
Q

Uma das principais complicações de um quadro de pneumonia bacteriana e caracteristicas radiologicas:

A

Derrame pleural (velamento do seio costofrenico)

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18
Q

Caracteristicas de uma infecção pela Shigella ou E. coli entero-hemorragica (toxinas causam lesao trombotica glomerular disseminada) e possível complicação:

A

Crises convulsivas em vigencia de disenteria

Sindrome hemolítico-urêmica

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19
Q

Sindrome hemolítico-urêmica:

A
  • Insuficiencia renal aguda oligoanurica (diminuição da superficie de filtração glomerular) = edema e redução do volume urinario 24h
  • Anemia hemolitica microangiopatica (lesao mecanica das hemacias durante a passagem pelos capilares semiocluidos- palidez) = palidez cutanea
  • Plaquetopenia (consumo de plaquetas para formar trombos- causa lesões maculares ou acobreadas) = equimoses
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20
Q

Desidratação grave em lactente de 6 meses. Principal causa, % de peso perdido e tratamento:

A

Diarreias agudas sao os virus (especialmente rotavirus em menores de 5 anos-morbidade e mortalidade).

9% do peso corporal em desidratações graves.

Plano C do MS= reposição volemica intravenosa (SF 0,9% 20ml/kg, na fase de expansao) durante 2h e observar se aceitará dieta VO

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21
Q

Aleitamento materno deve ser interrompido em lactente com desidratação grave?

A

Não, desde que a criança consiga deglutir, tenha sede e nao esteja comatosa.

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22
Q

Definição de bronquiolite viral aguda e principal agente etiologico:

A

Lactente com um quadro semelhante ao de um resfriado comum que evolui com TAQUIPNEIA e SIBILANCIA. (Primeiro episodio de sibilancia em <2 anos na vigencia de sinais e sintomas decorrentes de infeccao viral)

Virus sincicial respiratorio (por sua frequencia):

1) hospedeiros SOMENTE humanos e chimpanzes
2) ANTES DE DOIS ANOS a maioria das crianças já apresentou infecção

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23
Q

Oxigenoterapia e fisioterapia respiratoria na bronquiolite viral aguda:

A

Quando saturação >90-92%, há pouco beneficio, desde que o paciente possua um desconforto respiratorio leve, esteja higido e com boa aceitação alimentar.

Fisioterapia nao é eficaz em reduzir tempo de internação (assim como oxigenioterapia suplementar)

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24
Q

Caracteristicas herpangina e tratamento:

A

Doença causada por enterovirus (+ frequente= vírus Coxsackie A):

  • Inicio subito de febre
  • Dor de garganta
  • Disfagia
  • Vomitos
  • Lesoes de orofaringe caracteristicas (vesiculas e ulceras definidas, circundadas por aneis eritematosos, presentes nos pilares anteriores, palato mole, uvula, tonsila e parede posterior da faringe)

Nao possui tratamento especifico, devem ser administrados sintomaticos

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25
Q

Crianças com vomitos podem receber hidratação oral? Quais as caracteristicas do plano B de hidratação?

A

Sim! MS recomenda até uso da ondansetrona (unico antiemetico que pode ser considerado em crianças com vomitos persistentes) em crianças do plano B (administração da solução de reidratação oral 75ml/kg em 4h ou entre 50-100ml/kg dentro de 4-6h na unidade de saúde, suspendendo a alimentação, permitindo somente leite materno) para diminuir necessidade de hidratação venosa. Se tiver vomito, tentar realizar por gastroclise (via enteral-aparelho digestivo)

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26
Q

Quando utilizar hidratação venosa?

A

Via oral inviabilizada, alteração da consciencia, ileo paralitico, desidratação grave, choque ou falha de hidratação oral ou por sonda nasogastrica.

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27
Q

Unico antiemetico que pode ser utilizado em casos de diarreia aguda na infancia:

A

Ondansetrona (em crianças do plano B )

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28
Q

Efeito dos probioticos nas diarreias:

A

Controverso, mas aceita-se que reduz gravidade e duração de diarreias principalmente VIRAIS.

SBP:
Afirma que sao importantes na prevenção e tratamento das gastroenterites infecciosas:
1) colonizam a flora competindo com agentes patologicos
2) Estimulam o sistema imune local ou diminui toxinas patogenicas
3) melhora a capacidade nutricional e digestao

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29
Q

Presença de estridor indica processo obstrutivo nas grandes vias de condução extrapleural. Principais diagnosticos diferenciais:

A

Epiglotite aguda e laringotraqueíte viral aguda (possivel complicação: traqueobronquite ou traqueite bacteriana)

30
Q

Laringotraqueite viral aguda (virus parainfluenza). Sintomas e tratamento:

A
  • Prodromos catarrais antes do ESTRIDOR e da tosse metálica/de cachorro;
  • Presença de ROUQUIDÃO (marcador de acometimento infraglótico)

Depende da gravidade da situação, a qual é avaliada pela presença ou nao de estridor em repouso ou a presença de outros sinais de desconforto respiratorio (retração da furcula e queda na saturação). Em casos graves:

1) Promover redução imediata do edema laringeo, com nebulização com adrenalina (conduta IMEDIATA, mas efeito temporario)
2) Corticoterapia após nebulização (dexametasona, dose unica VO ou IM)

31
Q

Criança 1 ano de idade, com infecção viral aguda gerando taquipneia, mas sem estridor. Principais suspeitas:

A
  • Pneumonia bacteriana
  • Pneumonia viral ou Bronquiolite viral aguda (se diferencia pela presença de sibilos, pois há redução do calibre dos bronquíolos por infecção da mucosa , edema e acumulo de muco e restos celulares)
32
Q

Fatores de risco para asma:

A

Dermatite atopica, historia familiar de asma e rinite alergica.

OBS: para diagnostico de asma, devemos ter episodios repetidos de sibilancia

33
Q

Broncodisplasia pulmonar. Fator de risco:

A

Prematuros, com oxigenoterapia prolongada, apresentam problemas respiratorios DESDE O NASCIMENTO

34
Q

Fatores que influenciam no tratamento empirico de pneumonia bacteriana em crianças:

A

Idade e gravidade na apresentação clinica

35
Q

Caracteristicas de uma traqueite bacteriana:

A

Complicação de uma laringotraqueite viral aguda, a qual nao responde a nebulização com adrenalina e presença de secreção purulenta na luz traqueal.

36
Q

Criança com diarreia aguda e desidratação leve/moderada. Tratamento:

A

Reidratação oral

37
Q

Tratamento bronquiolite viral aguda:

A

Maior parte acompanhada em carater ambulatorial, sendo internação indicada qnd há gravidade (dispneia, incapacidade de alimentar por via oral e hipóxia), comorbidades e necessidade de oxigenioterapia e/ou hidratação venosa (desidratação).
O quadro é autolimitado, porem algumas crianças evoluem com episodios recorrentes de sibilancia.

RESPOSTA FRANCIANE: Oxigenioterapia, hidratação e paracetamol (Dipirona se tiver + 6 meses)

OBS:
1) nao usar broncodilatadores, pois causam efeitos adversos e nao contribuem para melhor evolução da doença (casos mais graves devem ser avaliados separadamente)

2)Raio X pode ser utilizado, mas só vai mostrar hiperinsuflação, nada especifico.

38
Q

IVAS e IVAI, caracteristicas:

A

IVAS: Tosse + febre + coriza

IVAI: taquipneia (= PNEUMONIA em crianças até 5 anos), dispneia (ou cianose indicam pneumonia grave), hipoxemia, dificuldades alimentares

39
Q

Derrame pleural parapneumonico. Condutas:

A

Toracocentese para avaliar o liquido pleural e identificar formação de empiema (pus em cavidade).

Se tiver empiema, fazer drenagem toracica.

40
Q

Quando fazer drenagem toracica:

A
  • presença de pus;
  • pH<7,2 ;
  • glicose<40 mg/dl;
  • identificação de bacterias no liquido pleural
41
Q

Possivel complicação da sinusite bacteriana aguda e caracteristicas:

A

Celulite orbitaria:

  • Comprometimento pós-septal (posteriores ao septo orbital)
  • Pode se estender para o seio cavernoso (tromboflebite = trombose venosa e morte)
  • Edema e eritema periorbitarios associados edema e inflamação dos tecidos moles e musculos da orbita
  • Dor com movimentos oculares
  • Proptose (olho pra fora)
  • Oftalmoplegia (força do musculo)
  • Diplopia
  • Quemose (edema da conjuntiva ocular)
  • Exame complementar: tomografia computadorizada de orbita

OBS: Lembrar da diferença com celulite periorbitaria:

  • Compromete só tecidos da face = pré-septal)
  • Edema e eritema periorbitarios
42
Q

Tratamento de um lactente desidratado que apresenta choque hipovolemico:

A

Estabilização das vias aereas e infusao venosa de soro fisiologico 0,9% ou Ringer Lactato (ambos cristaloides) isotonicos).

Volume inicial de 20ml/kg

43
Q

Caracteristicas da coqueluche:

A

Sem taquipneia, tosse arrastada e paroxismos de tosse (crises intensas e súbitas)

44
Q

Como confirmar a Sindrome hemolítico-urêmica com exames complementares:

A
  • Hemograma, desidrogenase latica, pesquisa de esquizócitos-eritrocitos fragmentados- (investigação de anemia hemolitica microangiopatica e da trombocitopenia)
  • Ureia e creatinina (insuficiencia renal aguda)
45
Q

Criança com diarreia, vomitos e oliguria, taquicardica e com hipotensao (hipovolemia); com acidose metabolica (compensada com hiperventilação), apresentando insuficiencia renal pré-renal (oliguria e retençao de escorias nitrogenadas + exames de eletrolitos)

Diagnóstico e tratamento:

A

Desidratação secundaria a gastroenterite aguda

Melhorar o status volemico do paciente com expansao com solução cristaloide (soro fisiologico 0,9%)

46
Q

Complicação da otite media aguda, caracteristicas e tratamento:

A

Mastoidite (sempre acontece comprometimento das celulas aereas mastoideas, mas geralmente resolve sozinho qnd trata a otite, nesse caso nao)

Mastoidite aguda com periostite = inflamação na regiao retroauricular com deslocamento do pavilhao auricular e desaparecimento do sulco retroauricular
OBS: linfadenite retroauricular = teria tbm massa na regiao, nao só edema

Internação e antibioticoterapia parenteral.

47
Q

Tríade da mononucleose infecciosa (virus Epstein- Barr):

A
  • Faringite (se fosse só faringite estreptocócia, amoxicilina resolveria)
  • Linfadenopatia generalizada
  • Fadiga ou astenia

OUTROS: exantema após uso de amoxicilina ou ampicilina; esplenomegalia e hepatomegalia (+ raro)

48
Q

Diagnosticos diferenciais de linfodenomegalia (aumento do tamanho dos linfocitos dos linfonodos) na infancia:

A
  • Mononucleose infecciosa
  • Doença de Kawasaki (apenas adenomegalia cervical e acomete crianças menores)
  • Tuberculose ganglionar
  • Linfomas
49
Q

Após criança ser reidratada, temos a fase de manutenção (necessidades basais) e a fase de reposição (eventuais perdas futuras):

A

Manutenção: 100ml/kg (crianças de ate 10kg), com soro glicosado 5% + soro fisiologico 0,9% na proporção 4:1 - divide por 2 e faz de 12 em 12h

Reposição: 50 ml/kg de soro glicosado 5% + soro fisiologico 0,9% na proporção 1:1

OBS: pode adicionar NaCl e KCl no soro glicosado para virar fisiologico

50
Q

Principal agente etiologico das pneumonias na população pediatrica, excetuando periodo neonatal:

A

Streptococcus pneumoniae (apesar de S.aureus mais comumente causar derrame pleural, o S.pneumoniae ganha em quantidade totais de derrame pela sua alta prevalencia)

51
Q

Fases da coqueluche:

A

1) Fase catarral: manifestações respiratorias e sintomas leves, com a evolução de surtos de tosse, cada vez mais intensos e frequentes
2) Fase paroxistica: paroxismos de tosse seca (crises subitas incontrolaveis, rapidas e curtas). Ao termino de cada episodio, há uma inspiração profunda atraves da glote estreitada, originando o “guincho”. Pode haver tbm vomitos pos-tosse, hemorragia subconjuntival (sangue no olho), apneia e cianose
3) Fase de convalescença: paroxismos desaparecem e surgem tosses comuns

OBS: menores de 3 meses de idade nao evoluem assim. Podem ter somente APNEIA, nao apresentando as fases caracteristicas da doença

52
Q

Sitio de acometimento do intestino que gera diarreia com leucocitos nas fezes:

A

Intestino delgado distal

53
Q

Complicação mais frequente da coqueluche :

A

Broncopneumonia (acomete bronquios, bronquiolos e alveolos-> pneumonias que nao apresentam limitações de lobos e sao de formas irregulares)

54
Q

Tratamento empirico pneumonias com evolução grave:

A
  • Internação e realização de hemocultura
  • Se tiver derrame pleural, fazer toracocentese em busca de empiema. Se tiver empiema, fazer drenagem toracica
  • Oxacilina (pneumonias estafilocócicas = EVOLUÇÃO MUITO GRAVE)
  • Ceftriaxona (demais agentes)
55
Q

Faringite estreptococica/bacteriana e faringite viral. Caracteristicas:

A

Bacteriana:

  • Entre 5-15 anos
  • Febre alta de inicio subito
  • Faringite grave
  • Cefaleia
  • Dor abdominal
  • Nauseas e vomitos
  • Eritema faringeo e exsudato
  • Adenomegalia cervical (aumento da quantidade de linfocitos do linfonodo) com sensibilidade local
  • Petequias (pequeno ponto vermelho causado por uma pequena hemorragia de vasos sanguíneos) em palato
  • Hipertrofia amigdaliana

Viral:

  • Qualquer idade
  • Faringite leve
  • Febre variavel
  • Manifestações sistemicas (mialgia, artralgia e dor abdominal em caso de influenza)
  • Ausencia de exsudato e possiveis ulceras
  • Adenomegalia nao dolorosa
  • TOSSE
  • Conjuntivite
  • ROUQUIDAO
  • Diarreia
56
Q

Alergia a proteina do leite de vaca. Diarreia como?

A

Sangue nas fezes em lactentes pequenos (proctocolite ou enterocolite ainda no 1º semestre de vida)

57
Q

Principal causa de disenteria:

A

Shigelose (mecanismo infeccioso invasor)

  • Sangue nas fezes
  • Febre
  • Dor abdominal
  • Tenesmo (sensação dolorosa na bexiga ou na região anal, com desejo contínuo, mas quase inútil, de urinar ou de evacuar)
58
Q

Criança com menos de 2 meses e taquipneia. Diagnostico e tratamento:

A

Pneumonia (todas sao consideradas graves nessa faixa etaria).

Administração imediata da primeira dose do antimicrobiano ainda na unidade de saude e remoção para o hospital

59
Q

Pneumonia por S.pneumoniae e por Mycoplasma pneumoniae. Diferenças:

A

M. pneumoniae:

  • a partir dos 5 anos mais frequente
  • EVOLUÇÃO ARRASTADA em comparação com a evolução aguda da pneumonia tipica
  • rouquidao, odinofagia e mialgia
  • eventualmente sibilos
  • Raio X com infiltrados articulares (na tipica temos condensações homogeneas, levando a pneumonia lobar ou broncopneumonia)
60
Q

Quando pedir coprocultura em criança desidratada?

A

Casos de disenteria e para populações de risco (desnutridos, imunodeprimidos, etc).

OBS: nao faz exame complementar para avaliar desidratação (ESQUECE PEDIR ELETROLITOS, conduta somente clinica)

61
Q

Classificação de desidratação de Nelson:

A

Leve:

  • perda ponderal <5% (menor de 1 ano) ou <3% (maior de 1 ano)
  • FC normal ou aumentada
  • DU diminuido
  • sede aumentada

Moderada: (tratamento por terapia de reidratação oral, plano B)

  • perda ponderal 5-10% (menor de 1 ano) ou 3-6% (maior de 1 ano)
  • Taquicardia
  • DU minimo ou ausente
  • irritação ou letargia
  • olhos e fontanelas fundos
  • mucosas secas e diminuição das lagrimas
  • sinal da prega lentificado
  • tempo de enchimento capilar prolongado e extremidades frias e pálidas
  • sede intensa
  • sem sinais de choque

Grave:

  • perda ponderal >10% (menor de 1 ano) ou >6% (maior de 1 ano)
  • pulsos perifericos rapidos, fracos ou ausentes
  • hipotensao
  • anuria
  • olhos e fontanelas muito fundos
  • ausencia de lagrimas e mucosas muito secas
  • sinal da prega e tempo de enchimento capilar ainda mais lentificados
  • pele fria e moteada (cinza)
  • alteração do nivel de consciencia
62
Q

Pneumonias menores de 2 meses:

Pneumonias entre 2 meses e 5 anos:

A

2 meses:

1) É PNEUMONIA: Taquipneia e/ou dispneia
2) Considera grave e faz internação hospitalar com antibioticoterapia venosa

5 anos:

1) É PNEUMONIA: Taquipneia
2) Dispneia (tiragem subcostal, intercostal) define a gravidade e a necessidade de internação

63
Q

Fatores para diferenciar crianças de dois/tres anos de vida de sibilantes precoces transitorios dos sibilantes persistentes:

A
  • Eczema (dermatite atópica) nos 3 primeiros anos de vida
  • pai ou mae com asma
  • rinite nos 3 primeiros anos de vida
  • sibilancia sem resfriado (virose)
  • eosinofilia sanguinea aumentada na ausencia de parasitoses ;
64
Q

Quando recomendar leite sem lactose para crianças com diarreia?

A

Diarreias persistentes ( >14 dias), pois a permanencia dos sintomas pode ser por intolerancia transitoria a lactose:

1) Perda de enzimas lactase por agressao contínua e perda das microvilosidades da mucosa intestinal
2) Acumulo de lactose e de bacterias fermentadores que deixam tudo acido lá

65
Q

Diarreia alta e baixa, caracteristicas:

A

Delgado (alta):

  • Fisiopatologia secretora
  • Diarreia volumosa de osmolaridade reduzida

Cólon (baixa):

  • Nao tem fisiopatologia secretora
  • normalmente disenteria (logo, sangue e muco nas fezes)
  • tenesmo
66
Q

Diarreia liquida nao disenterica, associada a febre/vomitos/tosse/coriza/duração 5 dias. Diagnostico 1:

Mesmo paciente, com diarreia liquida, explosiva/distensao abdominal/dermatite acida perianal /17 dias. Diagnostico 2:

A

Gastroenterite aguda viral

Diarreia persistente por hipolactasia

67
Q

Vibrio colerae:

A

Transmitida por agua e alimentos contaminados. Quadro muito forte de vomito e diarreias, que em pouco espaço de tempo, pode causar ate hipovolemia e choque circulatorio.

68
Q

E.coli entero-hemorragica:

A

Produz Shiga toxinas. O uso de ATB e/ou antiespasmodicos tem sido associado ao aumento do risco de SHU

69
Q

Shigella:

A

Prdoduz citotoxinas e neurotoxinas, que podem gerar alteração da sensibilidade e crises convulsivas durante a infecção (quase exclusivamente em crianças)

70
Q

Salmonella:

A

Causa bacteremia e infecções metastaticas a distancia (meningite, osteomielite, pneumonia, endocardite), especialmente em alguns pacientes de risco, como anemia falciforme

71
Q

Bebe que evacua após toda mamada. Conduta?

A

Reflexo gastrocolico exarcebado. Se tiver bom ganho ponderal e ausencia de outras manifestações, pode manter o aleitamento e tranquilizar a mãe