Doenças do rúmen e retículo Flashcards
O que causa a alcalose ruminal. Qual a epidemiologia
Ingestão alta de alimentos nitrogenados: proteínas (ALCALINO) e nitrogênio não protéico (NNP);
- Dietas pobres em carboidratos.
➔ Produção excessiva de amônia (é o que mata o animal);
➔ Sistema de produção intensiva para vacas de leite;
Maior ocorrência em épocas secas;
- Devido à mudança de alimentação para ração;
- Rações: farelos de soja e algodão, cama de frango
Como ocorre a alcalose ruminal
Quanto maior a concentração de NH3 no rúmen, maior será sua absorção;
Intensificação da atividade das bactérias proteolíticas;
➔ pH do fluido ruminal fica > 7;
➔ O que altera a composição da flora bacteriana do rúmen, prejudicando as bactérias
celulolíticas e aminolíticas;
➔ Muitas vezes a alcalose ruminal evolui p
Quais os sinais clínicos da alcalose ruminal
hiperamonemia (cheiro forte amoníaco na boca);
pH do suco ruminal: 7.5 a 8.5;
➔ Atividade da fauna e flora alterada;
➔ BRANDOS: diminuição do apetite, hipomotilidade ruminal, timpanismo, diarreia e .
incoordenação;
GRAVES: tremores musculares, incoordenação, salivação, timpanismo, hipomotilidade
ruminal, excitação
Qual o tratamento da alcalose ruminal
Eliminar a causa;
➔ Correção do pH por solução de vinagre:
- De Ҙ⁄ҋ L a 1L de vinagre em 5L de água fria;
- Água fria para contrair e diminuir a absorção.
➔ Transfaunação com suco de rúmen fresco;
➔ Hidratação, vitaminas do complexo B (oral, pois é um bom alimento para microbiota) e minerais;
- A hidratação se dá por soro fisiológico;
- NÃO se deve administrar Ringer pois o lactato se transforma em bicarbonato.
➔ Em casos graves, fazer ruminotomia.
Como prevenir a alcalose ruminal
Manejo nutricional adequado;
- Fornecimento de compostos NNP e farelos protéicos;
- Incorporar fontes de carboidratos (ÁCIDO) na dieta.
Quais fatores influenciam a acidose ruminal
Quantidade e tipo de alimento ingerido;
- Estado nutricional do animal;
- Mudança brusca de alimentação.
➔ A ingestão elevada de carboidratos fermentáveis leva a alterações ruminais e
sistêmicas;
Sistema intensivo.
O que a acidose ruminal pode causar secundariamente
abscessos hepáticos, laminite e trombose da veia cava
Qual o fator/produto primordial da acidose ruminal
produção de ácido lático
Por que na acidose ruminal o rúmen fica tão repleto de líquido
porque a osmolaridade do rúmen é isotônica, com esse desarranjo, ele vira hipertônico, o que causa o sequestro de líquido do interstício para dentro do rúmen na tentativa de regularizar isso. Assim, o rúmen fica hiopotônico
Quais os sinais clínicos da acidose ruminal
altera a osmolaridade, levando a um sequestro de líquido intersticial e ao
sinal clínico de desidratação;
➔ O turgor de pele já não retrai na velocidade normal, além da presença de retração do
globo ocular, aumento da temperatura e timpanismo;
➔ Muitas vezes os animais que tiveram acidose produzem abscessos no fígado:
Anorexia, atonia ruminal, congestão de mucosas (toxinas), fezes pastosas a diarreicas
Qual a evolução super aguda da acidose ruminal
evolução em menos de 8h, decúbito e morte.
Qual a evolução aguda da acidose ruminal
Aparecimento nas primeiras 36h;
➔ Anorexia/apetite caprichoso, hipomotilidade/atonia ruminal, distensão abdominal, FC
e FR aumentadas, TR > 40°C, fezes pastosas a diarreicas, poliúria/anúria, desidratação,
esclera com vasos injetados.
- ↑ FC: com a desidratação o sangue fica viscoso;
- ↑ FR: dispneia;
- T°C: aumenta em torno de 0,5°C devido a injúria do organismo.
- FRum: no início aumenta, depois diminui
Qual a evolução crônica da acidose ruminal
Baixos índices de produção, anorexia e sequelas (laminite, toxemia)
Como saber se o animal está se recuperando da acidose ruminal
A recuperação clínica só se dará com o restabelecimento da flora, que ocorre de 32 a
48h pós indução (PI);
➔ Restabelecimento do apetite leva a repovoação do rúmen.
Quais os achados laboratoriais da acidose ruminal
O pH encontrado será baixo;
➔ Os protozoários terão atividade diminuída;
➔ A prova de redução do azul de metileno (PRAM) será > 15min;
➔ O tempo de atividade de sedimentação (TAS) estará diminuído;
➔ Na Bioquímica:
- GGT, AST, CK e uréia: ⇈
- Ácido láctico: ⇈
- Glicose aumentada no início, mas tende a cair.
➔ Urina também com pH baixo;
➔ No Hemograma:
- Hemoconcentração: VG de 30 a 50%;
- Leucometria: normal ou aumentada, neutrofilia e linfopenia.
➔ A evolução da enfermidade e a diminuição do pH leva a um predomínio de bactérias
gram positivas (Lactobacillus spp. e Streptococcus spp.);