Doenças das vias biliares Flashcards
O que é síndrome colestática?
Obstrução do trato biliar
Se paciente ictérico com bilirrubina direta aumenta devemos pensar em que?
Lesão hepatocelular e síndrome colestática
Se Bb direta aumentada e predomínio de transaminases devemos pensar em?
Lesão hepatocelular
Se Bb direta aumentada e predomínio das enzimas canaliculares (FA e GamaGT)?
Síndrome Colestática
Quais principais etiologias da SD colestática?
Doença calculosa biliar, neoplasia maligna e doença autoimune da via biliar
Quais ductos formam o hepático comum?
Hepático direito e hepático esquerdo
Qual o hormônio responsável pela contração da vesícula e saída da bile?
Colecistoquinina
Como se chama o ducto que liga a vesícula a via biliar principal do doente?
Ducto cístico
A união do ducto cístico e do hepático comum é chamado de?
Ducto colédoco
Qual a região do duodeno que recebe a bile do colédoco?
Papila Duodenal (ampola de Vater)
Onde desagua ducto pancreático principal?
Colédoco
Qual o primeiro exame de imagem a ser pedido na suspeita de colestase e qual o objetivo?
USG de abdome. Localizar a obstrução.
Quais são os tipos de cálculos biliares?
Amarelo, preto e castanho
Qual o cálculo mais comum? E qual a composição? Qual a origem? É radiopaca? Quais são os fatores de risco?
Amarelo (80% dos cálculos). Colesterol. Vesícula biliar. É radiotransparente, pois não é calcificado. Sexo feminino, obesidade, doença ileal (Crohn, ressecção).
Qual o cálculo mais raro? Qual a origem? É radiopaca? Quais são os fatores de risco?
O cálculo castanho. Bilirrubinato de cálcio. Vesícula biliar. É radiopaco. Hemólise, cirrose, doença ileal.
qual a origem do cálculo castanho? Quais são os fatores de risco?
Na via biliar. Colonização bacteriana por obstrução (cisto, tumor) ou parasita (Clonorchis sinensis)
Quando o cálculo se deposita na vesícula e se apresentar <6h e >6h como se chama?
Colelitíase e Colecistite aguda
Quais doenças ocorrem quando o cálculo se deposita no colédoco e se apresentar em curto espaço de tempo e longo tempo?
Coledocolitíase e colangite aguda
A obstrução do colédoco que obstrui a saída das secreções pancreáticas pode levar a?
Pancreatite
Qual o quadro clínico da colelitíase?
80% é assintomática. 20% sentem dor em HID após libação alimentar, dura <6h, não tem icterícia (precisa obstruir a via biliar).
Como é feito o diagnóstico da colelitíase?
USG de abdome
Quais os achados de um cálculo na vesícula biliar no USG
Imagem hiperecogênico + sombra acústica posterior
Qual o tratamento da colelitíase em paciente sintomático? E em assintomático?
Colecistectomia laparoscópica. Não opera
Quando opera uma colelitíase assintomática
Vesícula em porcelana, associação com pólipo, cálculo > 2,5-3c, anemia hemolítica
O que é colecistite aguda?
Inflamação por obstrução duradoura da vesícula
Colecistite aguda faz ictérica?
Não
Quais são as manifestações de colecistite aguda?
Dor >6h e sinal de Murphy +
Qual o laboratório da colecistite aguda?
leucocitose + aumento do PCR
Qual o achado na colecistite na USG de abdome?
Espessamento parietal da vesícula, liquido perivesicular…
Qual o tratamento da colecistite aguda?
Antibioticoterapia (E.coli, Klebsiella, Enterobacter, Enterococo), Colecistectomia laparoscópica precoce (até 72h)
Nos casos graves de colecistite aguda, qual o tratamento?
Colecistostomia percutânea
Quais são as complicações da colecistite aguda?
Empiema, gangrena > perfuração, colecistite enfisematosa (homem diabético) – Clostridium
A coledocolitíase causa ictérica?
Sim, porque obstrui a via biliar
A icterícia flutuante ocorre em qual síndrome colestática?
Coledocolitíase
A vesícula biliar é palpável na coledocolitíase?
Não, pois a obstrução é flutuante/intermitente
Qual o exame para iniciar o diagnóstico de coledocolitíase?
USG de abdome
Quais os melhores exames para diagnosticar coledocolitíase?
Colangiorresonância, USG endoscópica e CPRE (trata, mas tem maior grau de invasão)
Quando existe a probabilidade alta de coledocolitíase? Qual exame fazer?
USG com cálculo no colédoco, colangite aguda (ictérica +febre), bilirrubina total > 4 + colédoco dilatado. CPRE
Quando existe a probabilidade moderada de coledocolitíase? Qual exame fazer?
Idade > 55 anos, colédoco dilatado, bioquímica hepática alterada. ColangioRM, USG endoscópico, Colangiografia intraoperatória
Quando existe a probabilidade baixa de coledocolitíase? Qual exame fazer?
Nenhum preditor. Não investiga via biliar
Qual o tratamento da coledocolitíase?
Idealmente CPRE , esfincterotomia, dilatação papilar com balão, terapia intraductal. Obs.: realizar colecistectomia
O que é colangite aguda?
É a obstrução prolongada da via biliar que leva a infecção
Quais são as manifestações da colangite não grave - tríade de Charcot?
Febre + ictérica (colestática) + dor abdominal
Quais as manifestações da colangite grave – pêntade de Reynolds?
Febre + icterícia + dor abdominal + hipotensão + redução do sensório
Qual exame de diagnóstico da colangite biliar?
USG, ColangioRM, CPRE: detectar a etiologia ou a dilatação biliar
Qual o tratamento da colangite aguda?
Antibiótico e drenagem/descompressão biliar – Obstrução baixa – CPRE//Obstrução alta – Drenagem transhepatica percutânea
Quais são os tumores periampulares?
Câncer de cabeça de pâncreas, ampola de Vater e duodeno e colangiocarcinoma
Qual o quadro clínico dos tumores periampulares?
Icterícia colestática progressiva + vesícula de courvoisier (indolor e palpável) + emagrecimento
Qual o tumor periampular mais comum?
Câncer de cabeça de pâncreas
Qual exame é padrão-ouro do tumor periampular?
TC de abdome
Qual o tratamento curativo do tumor periampular? É raro curar?
Whipple (duodenopancreatectomia). Sim
Qual o marcador tumoral do câncer de cabeça de pâncreas?
CA 19.9
Qual o principal tipo histológico do CA de cabeça de pâncreas?
Adenocarcinoma ductal
O que justifica a icterícia intermitente do CA da ampola de Vater associada a melena?
A necrose esporádica da ampola associada
Qual a colangiocarcinoma mais comum?
Tumor de Klatskin (colangiocarcinoma perihilar)
Qual a manifestação clínica do carcinoma perihilar?
Ictérica colestática progressiva e emagrecimento
Qual a diferença do colangiocarcinoma periampular do perihilar?
Como a obstrução do perihilar é em cima da via biliar, a vesícula não é preenchida de bile e fica murcha.
Qual o achado na USG de abdome do colangiocarcinoma perihilar?
Vesícula murcha e dilatação de via biliar intra-hepática
Quais exames confirmam a colangiocarcinoma perihilar?
ColangioRM e/ou TC
Defina a classificação de Bismuth
Permite localizar o colangiocarcinoma perihilar. Tipo I:hepático comum, tipo II: junção dos hepatócitos, Tipo IIIa: hepático direito, Tipo IIIb: hepático esquerdo, Tipo IV: ambos os hepáticos
Qual a complicação mais agravante nos TU perihilar e periampular?
Colangite biliar
Qual a fisiopatologia da hepatite alcoólica?
Ocorre quando um bebedor crônico tem libação alcoólica produzindo grande quantidade de acetaldeído o que faz as enzimas hepáticas (ADH, P450 e ADLH) não conseguirem metabolizar esse excesso e levando assim a agressão hepática.
Quais as manifestações da hepatite alcoólica?
Febre, ictérica, dor
Como se apresenta o laboratório da hepatite alcoólica?
TGO > TGP, transaminases até 400 U/L, leucocitose – reação leucemoide
Qual o tratamento da hepatite alcoólica grave?
Corticoide (28 dias) – Prednisolona 40mg/dia. Alternativa: Pentoxifilina.
O que escore de Maddrey define? E a partir de qual valor é considerado grave?
A gravidade da hepatite alcoólica. Maddrey > ou = 32
Quando ocorre a síndrome de Mirizzi?
Quando existe um cálculo impactado no ducto cístico que por efeito de massa comprimi o ducto hepático.
Qual a diferença da colecistite para síndrome de Mirizzi?
Na síndrome existe icterícia
Qual o tratamento da síndrome de Mirizzi?
Colecistectomia (pode ser aberta)
Como é classificada a síndrome de Mirizzi (classificação de csendes)?
Tipo I – apenas obstrução; tipo II,III e IV – obstrução e fístula (<1/3, 1/3 a 2/3, completa)
Como é feito o tratamento a partir da classificação de Csendes?
Tipo I – colecistectomia; tipo II,III e IV – colecistectomia + colescitoplastia
Quais são as doenças autoimunes da via biliar?
Colangite biliar primária (CBP) e Colangite Esclerosante Primária (CEP)
Como se apresenta a doença autoimune da via biliar?
Ictérica colestática e prurido
Qual o desfecho da doença autoimune da via biliar?
Cirrose (sal biliar)
Qual o local de lesão da colangite biliar primaria?
Ductos do espaço porta
Qual o local de lesão da colangite esclerosante primária?
Grandes vias biliares
Qual o perfil do paciente com Colangite Biliar Primária?
Sexo feminino, Artrite reumatoide, Sjögren, Hashimoto
Qual o perfil do paciente com Colangite Esclerosante Primaria?
Sexo masculino, retocolite ulcerativa
Qual anticorpo presente da CBP e CEP respectivamente?
Antimitocôndria e p-ANCA
Qual o tratamento da doença autoimune da via biliar?
Retardar a evolução com ácido ursodesoxicólico na CBP e nos casos avançados é feito o transplante hepático.
Qual achado na CPRE da CEP?
Vias biliares extra-hepáticas em “conta de rosário”
O que são os critérios de Tóquio de 2018 e como é a classificação?
Determina a gravidade da coleciste aguda. Os critérios de Tóquio 2018 classificam os pacientes em três graus levando em conta exame clínico, sinais de inflamação sistêmica e alterações inflamatórias no exame de imagem. Tóquio III (grave) - colecistite aguda + sinais de disfunção orgânica ; Tóquio II (moderada) – colecistite + leucocitose > 18.000 céls/ml e/ou massa palpável e dolorosa no quadrante superior direito do abdome e/ou duração das queixas > 72h e/ou marcada inflamação local (colecistite gangrenosa, abcesso pericolescístico, abcesso hepático, peritonite biliar, colecistite enfisematosa); Tóquio I (leve) – colecistite sem critérios para Tóquio II ou III.
A partir dos critérios do Tóquio 2018 como é feito o tratamento para colecistite aguda?
Grau I (leve): 1ª linha cirurgia laparoscópica precoce; se aumento do risco cirúrgico (asa > 3 ou =): ATB e suporte (cirurgia depois); Grau II (moderada): ATB e suporte, cirurgia laparoscópica precoce, se aumento do risco cirúrgico (asa > ou = 3): atb e suporte (cirurgia depois), atb e suporte não controlaram inflamação: colecistostomia. Grau III (grave): atb e suporte; melhora clínica após admissão e ausência de preditores negativos (BT> ou=2, disfunção neurológica ou respiratória): cirurgia laparoscópica precoce; sem melhora clínica, com preditores negativos ou aumento do risco cirúrgico (asa > ou = 3): colecistostomia