Doença infecto contagiosa Flashcards
Quais são as doenças infecto contagiosas que estudaremos?
INFEÇÕES VIRAIS • Influenza • Covid-19 • Raiva INFEÇÕES BACTERIANAS: • Tuberculose • Tétano • Brucelose • Botulismo SÍNDROMA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (SIDA)
Na Medicina, Doença infeciosa é uma doença causada por?
É causada por um agente infeccioso ou as suas toxinas através da transmissão desse agente ou seus produtos, do reservatório de uma pessoa ou animal infectado indiretamente, por meio de hospedeiro intermediário vegetal ou animal, por meio de um vetor, ou através do meio ambiente inanimado.
Essencialmente é qualquer doença causada por um agente patogênico (como priões, vírus, rickettsias, bactérias, fungos e também parasitas), em contraste com causas externas ou físicas (por exemplo: acidentes queimadura, intoxicação por substâncias químicas.)
Agentes infecciosos podem causar doenças consideradas anteriormente não infecciosas?
Sim, como por exemplo do Helicobacter pylori é o causador da úlcera péptica, tida como psicossomáticas, e vírus tais como, o papilomavírus humano e o herpesvírus (HHV8) associados à doenças neoplásicas como o carcinoma de colo uterino e o sarcoma de Kaposi, respectivamente.
O que é a infecção
A infecção é uma fixação e multiplicação do agente causal com a produção de lesão no hospedeiro (doença infeciosa);
• Primoinfeção: primeiro episódio de infeção por um microrganismo;
• Coinfeção: infeção simultânea por dois ou mais microrganismos;
• Sobre infeção: infeção produzida como complicação de outra infeção (SIDA).
A infecção é sinônimo de doença infeciosa?
Não. Infeção não é sinônimo de doença infeciosa sobretudo pelo possibilidade se ser subclínica, ou seja existe a presença de infeção num hospedeiro sem o aparecimento de sinais ou sintomas clínicos, sendo detetada apenas por métodos de laboratório.
Contudo, a infeção subclínica não corresponde à fase pré clínica da história natural da doença.
O que é o período de incubação?
O período de incubação é o tempo compreendido entre a deposição do patógeno sobre o hospedeiro e o aparecimento do sintoma.
Em epidemiologia, a importância do período de incubação deve-se ao fato de a quantificação da doença basear-se, via de regra, em sintomas visíveis ou casos clínicos definidos, comprovados ou suspeitos.
Fale do período de evolução das doenças infetocontagiosas.
- Período de invasão: contaminação, penetração do agente no organismo;
- Período de Incubação: intervalo de tempo compreendido entre a entrada do agente e o aparecimentos dos sintomas.
- Multiplicação e adaptação do agente ao hospedeiro. Cada doença tem um período de incubação caraterístico;
- Período Prodrómico: Corresponde ao período de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o inicio dos sinais ou sintomas com base nos quais o diagnóstico pode ser estabelecido
- Período clínico: manifestam-se os sinais e sintomas clínicos da doença.
- Período de eliminação: eliminação do agente do organismo, se não for possível, limitação geográfica do agente ou morte do doente;
- Imunidade (eventualmente): devido à formação de anticorpos específicos (após infeções sistémicas).
O que é patogenicidade?
É a capacidade que um agente infecioso tem de produzir a doença num hospedeiro suscetível. Esta capacidade depende tanto do poder invasivo ou virulência deste agente como da resistência e suscetibilidade do hospedeiro.
• O grau de patogenicidade ou virulência deve ser distinguido da capacidade invasiva do agente, sua capacidade de disseminar-se no corpo, a exemplo do Clostridium etani altamente patogênico, graças a sua endotoxina mas com limitada capacidade invasiva na pele integra (os esporos do tétano são introduzidos no corpo através de ferimentos)
O que é letalidade?
Letalidade como expressão da virulência, esta corresponde portanto à magnitude ou grau da patologia enquanto a patogenicidade é a capacidade de um agente infeccioso produzir a doença num hospedeiro susceptível.
O que é virulencia?
Virulência, medida da capacidade de um microrganismo causar a doença em função dos fatores patogênicos microbianos no processo que compreende alguns estágios desde: o encontro com o micróbio; a entrada no hospedeiro; crescimento microbiano após a entrada; evasão das defesas inatas do hospedeiro; invasão tecidual e tropismo; lesão tecidual; e transmissão para novos hospedeiros.
O que é doença?
Doença é um fenômeno complexo resultante de invasão e destruição tecidual, elaboração de toxinas e respostas do hospedeiro. A resposta do hospedeiro envolve a resposta inflamatória do organismo bem como sua imunidade natural e adquirida.
A caraterística fundamental das doenças infetocontagiosas é que nelas intervém um agente necessário, geralmente único e capaz de reproduzir-se, ou seja, um microrganismo vivo;
A prevenção de doenças infecciosas atuam em 3 elos que são.
A prevenção das doenças infetocontagiosas está dirigida a atuar ao nível dos três elos da cadeia:
• A FONTE DE INFECÇÃO OU RESERVATÓRIO; (Homem ou animal doente ou portadores em sangue, fezes, urina, exsudados, mucosas ou objetos inanimado contaminados)
• VIA DE TRANSMISSÃO; (Água, alimentos, pó, ar, vetores, contactos, artrópodes, chão, roedores)
• HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL (Vias de infeção respiratória (orogastrointestinal, cutânea, mucosa e placentária)
Se se quebra um destes elos não se produzirá a doença.
Medidas tomar relativo a cada um dos 3 elos para não se produzir a etapa da doença do agente infecioso.
- A FONTE DE INFECÇÃO: Isolamento, vigilância, quarentena
- VIA DE TRANSMISSÃO: Saneamento, Desinfeção/ Esterilização
- HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL: Vacinação, Seroprevenção
As vias de transmissão pode ser:
Vias de transmissão constituem o conjunto de meios e sistemas que facilitam o contacto do agente infecioso com o hospedeiro suscetível.
DIRETA:
• a doença passa diretamente da fonte de infeção para o hospedeiro suscetível, sem interferências de nenhum elemento:
• Mordedura
• Arranhão
• Contacto físico (mais frequente): via sexual, mucosas, intraparto, placentária, cutânea, aérea
INDIRETA:
• separação entre a fonte de infeção e o hospedeiro suscetível:
• Seres animados (animais ou artrópodes)
• Seres inanimados (água, alimentos contaminados, chão)
Sobre hospedeiro suscetível, sabemos que:
Hospedeiro suscetível, a suscetibilidade é a condição necessária para que o Homem se converta em hospedeiro e seja afetado por um agente causal. A suscetibilidade depende de: • Idade • Género • Raça • Profissão e estilo de vida • Estado do organismo
Exemplo de infecções virais?
- Influenza
- Covid-19
- Raiva
Explane sobre a Influenza.
Influenza refere-se à doença causada pelos vírus da influenza, mas o termo é, em geral, incorretamente usado para se referir a doenças semelhantes, provocadas por outros microorganismos patogénicos respiratórios virais.
A gripe é uma doença muito contagiosa provocada pelo vírus Influenza, que surge geralmente durante o inverno e que afeta o trato respiratório superior;
Comparado com a maioria das infeções respiratórias virais, como a constipação normal, uma infeção provocada pelo vírus Influenza é particularmente perigosa devido às suas complicações;
O vírus Influenza tem sido responsável por algumas das piores pandemias da história humana; Como por exemplo a gripe suína em 2009 ou a gripe espanhola em 1918 (H1N1) e a gripe asiática em 1957 (H2N2).
O vírus da influenza pertence a qual família?
O vírus Influenza pertence à família Orthomyxoviridae, composta pelos três géneros: Influenza A; Influenza B; Influenza C;
Os tipos A e B são responsáveis pelas epidemias respiratórias que ocorrem quase todos os invernos e estão frequentemente associados com o aumento das taxas de hospitalização e de mortalidade;
O tipo A, isolado pela primeira vez em 1933, infeta vários mamíferos (homem, cavalos, porcos e aves).
O tipo B, isolado em 1940 infeta apenas o homem;
O tipo C, isolado em 1947, não tem um impacto tão grande na saúde pública, pois não causa epidemias como os tipos A e B.
Explane sobre a epidemiologia da Influenza?
Influenza produz uma doença esporádica, difundida anualmente durante o outono e o inverno em locais de climas temperados (epidemia sazonal).
Epidemias sazonais são causadas pelos vírus da influenza A e B ; desde 1968, a maioria das epidemias sazonais de influenza foi causada pelo H3N2 (um vírus da influenza tipo A).
Os vírus da influenza B podem causar doenças leves, mas geralmente provocam epidemias, como vírus circulante predominante quanto junto com a influenza A.
Quais as vias de transmissão da Influenza?
- Gotículas transportadas pelo ar (mecanismo mais importante);
- Contato interpessoal;
- Contato com superfícies ou objetos contaminados.
Qual o período de incubação da Influenza?
Varia de 1 a 5 dias.
Qual a transmissibilidade da Influenza?
- 1 dia antes a 7 dias após aparecimento de sintomas;
* Maior risco de contágio quando existem sintomas.
Quais os grupos de risco da Influenza?
- Crianças < 4 anos de idade;
- Adultos > 65 anos de idade;
- Pessoas com doenças crónicas
- Mulheres em gestação;
- Pessoas com doenças que dificultem a mobilização de secreções bronquiais através da tosse
Quais os sinais e sintomas da Influenza?
- O período de incubação da influenza varia de 1 a 5 dias, com uma média de cerca de 48 horas. Em casos leves, muitos sintomas são semelhantes a um resfriado comum (p. ex., dor de garganta, rinorreia); conjuntivites leves também podem ocorrer.
- Influenza típica em adultos é caracterizada pelo início súbito com calafrios, febre, prostração, tosse
- Cefaleia.
- Sintomas respiratórios podem ser leves no início, com dor de garganta, sensação de queimadura retroesternal, tosse não produtiva e, algumas vezes, coriza.
- Tosse pode ser persistente, irritativa e produtiva.
Quais as complicações da Influenza?
- Pneumonia é sugerida por agravamento clínico evidenciado pela tosse e dispneia
- Pneumonia bacteriana secundária é sugerida por persistência ou recorrência de febre e tosse, após a doença primária parecer ter sido resolvida.
- Encefalite, miocardite e mioglobinúria, algumas vezes com insuficiência renal, ocorrem de forma ocasional depois da infeção por influenza A ou B.
- A síndrome de Reye costuma ocorrer durante as epidemias de influenza B, particularmente entre as crianças que tomaram ácido acetilsalicílico.
Qual o diagnóstico da Influenza?
- Avaliação clínica;
- Algumas vezes teste molecular;
- Oximetria de pulso e radiografia de tórax em pessoas com sintomas respiratórios graves.
- A cultura de zaragatoas (swabs) ou aspirados nasofaríngeos demora vários dias e não é útil para a decisão clínica
Qual o tratamento da Influenza?
- A maioria da pessoas recuperam, embora a recuperação completa costume levar 1 ou 2 semanas. Contudo, a influenza e a pneumonia relacionada com a influenza são causas importantes de morbidade e mortalidade nas pessoas de alto risco.
- O tratamento antiviral imediato dessas pessoas pode reduzir a incidência de doença respiratória baixa e de hospitalização. Terapia antibacteriana apropriada diminui a taxa de mortalidade de pneumonia bacteriana secundária.
Tratamento sintomático
• Repouso;
• Hidratação;
• Administração de antipiréticos
• Administração de fluidificantes brônquicos;
• As infeções bacterianas secundárias requerem antibióticos apropriados
• Tratamento Antiviral:
Meios de prevenção da Influenza
As infeções por influenza podem ser amplamente prevenidas por meio de vacinação anual; A vacina deve ser administrada durante o outono/inverno, de preferência até ao fim do ano civil.
Quais os cuidados e interveção de enfermagem para casos normais da Influenza?
A maioria das pessoas com influenza são tratados no domicílio, a DGS dá a seguintes indicações:
• Fique em casa em repouso;
• Não se agasalhe demasiado;
• Avalie a temperatura ao longo do dia;
• Se tiver febre pode tomar paracetamol.
• Utilize soro fisiológico para tratar a obstrução nasal;
• Beba muitos líquidos: água e sumos de fruta;
• Se viver sozinho, especialmente se tiver limitações de mobilidade ou estiver doente, deve pedir a alguém que lhe telefone regularmente para saber como está.
• Reduza, na medida do possível, o contacto com outras pessoas;
• Lave frequentemente as mãos
• Ao espirrar ou tossir proteja a boca com um lenço de papel ou com o antebraço; não utilize as mãos.
Quais os cuidados e interveção de enfermagem para casos graves/internados da Influenza?
Precauções básicas:
• Higiene das mãos
• Colocar as luvas (no contato de proximidade menos de um metro)
• Uso de máscara cirúrgica com proteção ocular (no contato de proximidade menos de um metro)
• Visitas restritas para pacientes hospitalizados
• Bata limpa (no contato de proximidade menos de um metro)
• Quarto individual ou uso de cortinas separadoras
Explane sobre o Covid.
Os coronavírus pertencem à família Coronaviridae que integra vírus que podem causar infeção no Homem, noutros mamíferos (por exemplo nos morcegos, camelos, civetas) e nas aves.
Até à data, conhecemos oito coronavírus que infetam e podem causar doença no Homem.
Normalmente, estas infeções afetam o sistema respiratório, podendo ser semelhantes às constipações comuns ou evoluir para uma doença mais grave, como a pneumonia.
Dos coronavírus que infetam o Homem o SARS-CoV, o MERS-CoV e o SARS-CoV-2 saltaram a barreira das espécies, ou seja, estes vírus foram transmitidos ao Homem a partir de um animal reservatório ou hospedeiro desses vírus.
Quais os meios de transmissão do Covid-19?
A COVID-19 transmite-se pessoa-a-pessoa por contacto próximo com pessoas infetadas pelo SARS-CoV-2 (transmissão direta), ou através do contacto com superfícies e objetos contaminados (transmissão indireta).
A transmissão por contacto próximo ocorre principalmente através de gotículas que contêm partículas virais que são libertadas pelo nariz ou boca de pessoas infetadas, quando tossem ou espirram, e que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo.
Qual o período de incubação do Covid-19?
Atualmente, estima-se que o período de incubação da doença (tempo decorrido desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas) seja entre 1 e 14 dias.
Qual a transmissibilidade do Covid-19?
- A pessoa é mais infeciosa durante o período sintomático, mesmo que os sintomas sejam leves e muito inespecíficos.
- Existem também evidências sugerindo que a transmissão pode ocorrer de uma pessoa infetada cerca de dois dias antes de manifestar sintomas.
- Estima-se que o período infecioso dure de 7 a 12 dias em casos moderados e até duas semanas, em média, em casos graves
Grupo de risco do Covid-19?
O vírus não tem nacionalidade, idade ou género, por isso todos corremos o risco de contrair a COVID-19.
Ainda assim, as pessoas que correm maior risco de doença grave por COVID-19 são:
• Pessoas idosas;
• Pessoas com doenças crónicas - doença cardíaca, pulmonar, neoplasias ou hipertensão arterial, entre outras;
• Pessoas com compromisso do sistema imunitário (a fazer tratamentos de quimioterapia, tratamentos para doenças auto-imunes (artrite reumatóide, lúpus, esclerose múltipla ou algumas doenças inflamatórias do intestino), infeção VIH/sida ou doentes transplantados)
Quais os sinais e sintomas do Covid-19?
- Os sinais e sintomas da COVID-19 variam em gravidade, desde a ausência de sintomas (sendo assintomáticos) até febre (temperatura ≥ 38.0ºC), tosse, dor de garganta, cansaço e dores musculares e, nos casos mais graves, pneumonia grave, síndrome respiratória aguda grave, septicémia, choque sético e eventual morte.
- Os dados mostram que o agravamento da situação clínica pode ocorrer rapidamente, geralmente durante a segunda semana da doença.
- Recentemente, foi também verificada anosmia (perda do olfato) e em alguns casos a perda do paladar, como sintoma da COVID-19.
- Existem evidências da Coreia do Sul, China e Itália de que doentes com COVID-19 desenvolveram perda parcial ou total do olfato, em alguns casos na ausência de outros sintomas.
- Os sintomas de COVID-19 são semelhantes nas crianças e nos adultos.