Doença Coronariana Flashcards
2 - 2021 UNICAMP
Inibidores de bomba de prótons são frequentemente prescritos em associação com outros medicamentos. Entretanto, algumas interações medicamentosas podem ser limitantes ou cursar com eventos adversos graves. EM RELAÇÃO À ASSOCIAÇÃO COM OMEPRAZOL É CORRETO:
A) Clopidogrel; redução de atividade antiplaquetária. B) Warfarina; redução de atividade anticoagulante. C) Fenobarbital; redução de ação anticonvulsivante. D) Fluconazol; aumento de toxicidade hepática.
2 - 2021 UNICAMP
»Os inibidores de bomba de próton (IBPs) podem exercer efeito NEGATIVO no efeito antiplaquetário do clopidogrel. Embora as evidências sejam mistas e inconclusivas, alguns estudos demostraram pequeno aumento na mortalidade e na taxa de readmissão por eventos coronarianos em pacientes usando a combinação de IBP e clopidogrel, especialmente o omeprazol (A correta). A explicação para isso é a metabolização de ambas as drogas pelo complexo enzimático CYP450. O omeprazol está associada a aumento do INR quando associado à warfarina, ou seja, maior atividade anticoagulante (B incorreta). Não há interações farmacocinéticas relevantes com fenobarbital (C incorreta). A associação com fluconazol está associada a aumento na concentração sérica do IBP por ambos competirem com CYP2C19
3 - 2021 HSJC - SP
Com relação à cirurgia de revascularização miocárdica, podemos afirmar que:
A) Os enxertos de veia safena possuem perviedade semelhante aos de mamária. B) deve-se remover toda placa aterosclerótica por endarterectomia coronariana. C) Não deve ser realizada em pacientes com disfunção ventricular grave.
D) pode ser realizada sem o auxílio da circulação extracorpórea.
3 - 2021 HSJC - SP
»Questão bem específica sobre cirurgia de revascularização miocárdica. Vejamos as alternativas: Os enxertos de artéria mamária tem uma melhor patência e perviedade dos que os de veia safena. A ponte de safena é a mais tradicionalmente usada, mas vem perdendo espaço para o uso da mamária, que apresenta melhores resultados (Letra A incorreta). A ideia do bypass ou da ponte é não mexermos na placa que está instável e inflamada; o procedimento visa “pular” ou bypassar o segmento doente, criando uma ponte ou percurso alternativo que ultrapassa a obstrução (Letra B incorreta). Pacientes com múltiplas estenoses (doença multivascular) ou com acometimento importante de tronco de coronária esquerda, situação comum em diabéticos e pacientes mais idosos, devem ser submetidos à revascularização. A restauração do fluxo sanguíneo melhora a disfunção ventricular, dantes afetada pela isquemia persistente (Letra C incorreta). Classicamente, antes de iniciarmos o bypass, o coração é resfriado ao mesmo tempo em que injeta-se uma solução preservativa. Esta solução cardioplégica, tem como intuito minimizar a possibilidade de lesões induzidas por um período de fluxo sanguíneo reduzido durante a cirurgia. O paciente já deve estar acoplado a circulação extra-corpórea, que permite a oxigenação sanguínea sem passar pelos coração e pulmões. Desta forma, é possivel parar o coração e realizar as suturas delicadas das pontes safena ou mamárias, sem a interrupção das pulsações. Este método está tão aperfeiçoado, que alguns cirurgiões tem desenvolvido a cirurgia sem circulação extracorpórea, reduzindo drasticamente o tempo de cirurgia (Letra D correta). Resposta: Letra D.
Vid
4 - 2021 UERJ
Homem de 55 anos é internado com quadro de infarto agudo do miocárdio de parede anterior, Killip II. As opções terapêuticas que podem reduzir o risco de mortalidade nesse tipo de quadro são:
A) inibidor da ECA, angioplastia, nitrato e bloqueador de canal de cálcio B) inibidor da ECA, trombolítico, bloqueador de canal de cálcio e AAS
C) betabloqueador, trombolítico, vastatina e nitrato
D) betabloqueador, angioplastia, vastatina e AAS
4 - 2021 UERJ
»Antes de mais nada, vamos fazer uma rápida revisão da classificação de Killip, pois ela permite definir a gravidade do quadro e o prognóstico! Killip I - Sem dispneia, estertoração pulmonar ou B3 (sem evidências de IVE); Killip II - Dispneia e estertoração pulmonar discreta, B3 e turgência jugular patológica Killip III - Franco edema agudo de pulmão Killip IV - Choque cardiogênico Que drogas permitem reduzir mortalidade nesse quadro? Bloqueador de canal de cálcio não é útil em uma síndrome isquêmica, pois essa droga pode reduzir contratilidade cardíaca! O nitrato é uma droga útil para tratar a angina, mas não modifica mortalidade. Assim, não poderíamos marcar as letras A B ou C. Todas as drogas e condutas citadas na letra D, bem como as outras medidas presentes nas outras alternativas (com exceção de nitrato e de bloqueador de canal de cálcio) interferem na mortalidade. Cabe ressaltar, no entanto, que betabloqueadores não devem ser prescritos para pacientes com sinais de insuficiência cardíaca, sendo contraindicados em pacientes com Killip de pelo menos II. No entanto, precisamos concordar que essa acaba sendo a melhor opção. Resposta: letra D.
5 - 2021 FJG
Paciente com 43 anos de idade chega ao pronto-socorro relatando desconforto torácico típico com cerca de 3 horas de evolução, desencadeado por um esforço físico. O eletrocardiograma apresenta elevação do segmento ST de v1 a v6. Trata-se de paciente candidato a uso de trombolítico, sendo importante observar que NÃO constitui contraindicação absoluta à utilização dessa classe de medicamentos:
A) AVC hemorrágico prévio
B) AVC isquêmico dentro de 3 meses, exceto AVC isquêmico agudo
C) neoplasia intracraniana ou da medula espinhal ou malformação arteriovenosa D) hipertensão grave não controlada por história ou na admissão (> 180/110 mmH)
5 - 2021 FJG
»Questão bem direta que exige do aluno o conhecimento da clássica lista de contraindicações ao uso dos trombolíticos na síndrome coronariana aguda. Relembrando: - Histórico de hemorragia intracraniana; (Letra A incorreta) - Histórico de AVE isquêmico nos últimos três meses, com exceção de AVE isquêmico iniciado nas últimas três horas, que deve ser tratado com trombólise. (Letra B incorreta) - Presença de mal-formação vascular, neoplasia primária ou metastática de sistema nervoso central; (Letra C incorreta) - Sintomas ou sinais sugestivos de dissecção aórtica; - Diátese sangrante ou sangramento ativo, com exceção de menstruação; - TCE fechado grave ou trauma facial nos últimos três meses. A hipertensão com níveis sistólicos >180mmHg ou diastólico >110mmHg, é uma contraindicação relativa, até porque pode ser controlada e revertida com uso de drogas parenterais (Letra D incorreta). Resposta: Letra D.
6 - 2021 SES - RJ
Homem de 68 anos, hipertenso, diabético e dislipidêmico há 20 anos, tabagista há 40 anos, atualmente em uso de 10 cigarros por dia, comparece à consulta informando dor precordial aos esforços, que melhora em repouso, iniciada há um mês. Procurou médico particular que solicitou teste ergométrico. Considerando as características do paciente, a probabilidade pré-teste de doença cardíaca isquêmica é:
A) alta, mas é necessário realizar o teste ergométrico para a confirmação do diagnóstico B) moderada, e a realização do teste ergométrico é dispensável para o diagnóstico
C) moderada, e o teste ergométrico positivo confirma a suspeita diagnóstica
D) alta, e a confirmação do diagnóstico dispensa o teste ergométrico
6 - 2021 SES - RJ
»Questão sobre probabilidade pré teste e indicações de teste ergométrico. O teste ergométrico é muito útil para diagnosticarmos doença coronariana em casos que temos dúvida, especialmente em pacientes com probabilidade pré teste intermediária. Nos extremos, baixa probabilidade pré teste ou alta probabilidade pré teste, o teste ergométrico não apresenta tanta utilidade. O mesmo se aplica a pacientes assintomáticos de baixo risco cardiovascular. O paciente do enunciado apresenta uma alta probabilidade pré teste (hipertenso, diabético, tabagista, dor precordial aos esforços), então não há muita dúvida que o quadro anginoso dele é por doença cardíaca isquêmica. Neste caso, não há indicação de realizar o teste, já que um resultado negativo tem alta probabilidade de ser falso. Resposta: Letra D.
8 - 2021 HFA
Um paciente de 54 anos de idade, com história de hipertensão arterial e dislipidemia, deu entrada no pronto-socorro com queixa de dor torácica retroesternal irradiada para a mandíbula há uma hora. Sinais vitais na entrada: pressão arterial de 140 x 90 mmHg; frequência cardíaca de 92; saturação de O2 de 94%; e frequência respiratória de 20. Exame cardiopulmonar: ritmo cardíaco regular, sem sopros; e presença de B3 e B4. Murmúrio vesicular audível bilateralmente, com estertores finos em ambas as bases. Eletrocardiograma revelou infradesnivelamento de ST. Com base nesse caso hipotético, julgue o item a seguir. Trata-se de um infarto agudo do miocárdio sem supra de ST.
A) CERTO B) ERRADO
8 - 2021 HFA
»História mais clássica, impossível! Paciente cheio de fatores de risco para doença coronariana com quadro de dor torácica típica. Todos, desde o médico responsável pelo atendimento até o próprio paciente, estão pensando em infarto agudo do miocárdio! No entanto, é preciso tomar cuidado com alguns conceitos. A síndrome coronariana aguda com supra de ST é definida por necrose miocárdica transmural do tipo coagulativa por oclusão aguda de uma coronária por um trombo rico em fibrina e hemácias, que normalmente fica aderido a uma placa de ateroma que acabou de sofrer rotura. O diagnóstico dessa condução é dado frente a um quadro clínico compatível e eletrocardiograma com supradesnivelamento de segmento ST, sendo que os marcadores de necrose miocárdica estratificam e confirmam os casos duvidosos. Ora, não temos supradesnivelamento, então não é infarto com supra de ST. Por outro lado, quando falamos de síndrome coronariana aguda SEM supra de ST, estamos falando do infarto agudo do miocárdio sem supra de ST, uma síndrome isquêmica aguda associada à necrose miocárdica não transmural, mas também da angina instável, que representa um surto agudo ou subagudo de isquemia miocárdica, sem provocar necrose dos miócitos. O eletrocardiograma ajuda a diferenciar ambas? Não! O eletrocardiograma pode ser normal ou apenas apresentar alterações prévias, ou então revelar anormalidades de isquemia aguda espontânea, eventualmente de caráter flutuante, como onda T simétrica e apiculada com segmento ST retificado, inversão de onda T, pseudonormalização da onda T e infradesnivelamento de ST. O que vai ajudar a diferenciar mesmo são os marcadores de necrose miocárdica: a elevação dos marcadores caracteriza o diagnóstico de IAM sem supra de ST, enquanto a negatividade de dosagens seriadas marca o diagnóstico de angina instável. Sem os marcadores de necrose, não é possível falar que estamos diante de um infarto sem supra de ST neste momento. Resposta: letra B.
10 - 2021 HFA
Um paciente de 54 anos de idade, com história de hipertensão arterial e dislipidemia, deu entrada no pronto-socorro com queixa de dor torácica retroesternal irradiada para a mandíbula há uma hora. Sinais vitais na entrada: pressão arterial de 140 x 90 mmHg; frequência cardíaca de 92; saturação de O2 de 94%; e frequência respiratória de 20. Exame cardiopulmonar: ritmo cardíaco regular, sem sopros; e presença de B3 e B4. Murmúrio vesicular audível bilateralmente, com estertores finos em ambas as bases. Eletrocardiograma revelou infradesnivelamento de ST. Com base nesse caso hipotético, julgue o item a seguir. A classificação da apresentação clínica é Killip 2.
A) CERTO B) ERRADO
10 - 2021 HFA
»Em 1967, Killip e Kimball idealizaram uma classificação prognóstica do IAM com base em sinais e sintomas clínicos de insuficiência ventricular esquerda. Este esquema é bastante útil ainda hoje, sendo o prognóstico pior quanto mais alta for a classe do paciente. Killip I - Sem dispneia, estertoração pulmonar ou B3 (sem evidências de IVE); Killip II - Dispneia e estertoração pulmonar discreta, B3 ou turgência jugular patológica (nosso paciente
seria mais bem classificado nesta classe); Killip III - Franco edema agudo de pulmão; Killip IV - Choque cardiogênico. Resposta: letra A.
12 - 2021 HFA
Um paciente de 54 anos de idade, com história de hipertensão arterial e dislipidemia, deu entrada no pronto-socorro com queixa de dor torácica retroesternal irradiada para a mandíbula há uma hora. Sinais vitais na entrada: pressão arterial de 140 x 90 mmHg; frequência cardíaca de 92; saturação de O2 de 94%; e frequência respiratória de 20. Exame cardiopulmonar: ritmo cardíaco regular, sem sopros; e presença de B3 e B4. Murmúrio vesicular audível bilateralmente, com estertores finos em ambas as bases. Eletrocardiograma revelou infradesnivelamento de ST. Com base nesse caso hipotético, julgue o item a seguir. A trombólise é contraindicada para o paciente.
A) CERTO B) ERRADO
12 - 2021 HFA
»Definimos nos itens anteriores dessa mesma questão que estávamos diante de uma síndrome coronariana aguda sem supradesnivel de ST. O grande diferencial na abordagem da síndrome coronariana com supradesnivelamento de ST e sem supradesnivelamento de ST é justamente a terapia de reperfusão miocárdica, que fica indicada para pacientes com todos os três critérios preenchidos: sintomas compatíveis com IAM (de preferência dor torácica aguda); delta-T de até 12h (tempo decorrido desde o início dos sintomas); supra de ST em duas ou mais derivações consecutivas ou bloqueio de ramo novo ou presumivelmente novo. Esta, por sua vez, pode ser feita com fibrinólise ou com angioplastia percutânea, sendo o último o método de preferência. Por outro lado, não se deve administrar trombolíticos aos pacientes com síndrome coronariana aguda sem supra de ST, como é o caso em questão! Diversos estudos comprovaram que tal conduta, paradoxalmente, aumenta a mortalidade! Assim, o emprego de trombolíticos é possibilidade apenas para os casos com supra de ST. Resposta: letra A.
Vid
13 - 2021 HFA
Um paciente de 54 anos de idade, com história de hipertensão arterial e dislipidemia, deu entrada no pronto-socorro com queixa de dor torácica retroesternal irradiada para a mandíbula há uma hora. Sinais vitais na entrada: pressão arterial de 140 x 90 mmHg; frequência cardíaca de 92; saturação de O2 de 94%; e frequência respiratória de 20. Exame cardiopulmonar: ritmo cardíaco regular, sem sopros; e presença de B3 e B4. Murmúrio vesicular audível bilateralmente, com estertores finos em ambas as bases. Eletrocardiograma revelou infradesnivelamento de ST. Com base nesse caso hipotético, julgue o item a seguir. No momento, está recomendada a prescrição de atenolol 25 mg VO.
A) CERTO B) ERRADO
13 - 2021 HFA
»Paciente hipertensa e dislipidêmica com quadro de dor torácica típica cujo eletrocardiograma evidenciou infradesnivelamento do segmento ST. Pergunta-se sobre a indicação do uso atenolol no momento. Pacientes com angina instável ou IAM sem supra de ST devem receber terapia farmacológica precoce, semelhante aos pacientes com IAM com supra de ST, preferencialmente, dentro dos 20 minutos iniciais. Os betabloqueadores devem ser iniciados em baixa doses nos casos em que não houver contra-indicações, objetivando uma FC em torno de 60bpm. O início da droga deve ser nas primeiras 24 horas. Caso o paciente evolua com taquicardia não compensatória (causada pela insuficiência cardíaca) ou dor isquêmica persistente, opta-se pela formulação venosa. A preferência recai sobre um agente cardiosseletivo como o atenolol ou metoprolol. O atenolol pode ser administrado na dose de 25 a 50mg, 2x por dia ou numa dose de 12,5mg/dia, quando existe preocupação quanto ao risco de efeitos colaterais. A banca colocou a alternativa como errada, mas considerando que o uso de betabloqueadores está indicado na síndrome coronariana aguda (IAM sem supra ou angina instável), a afirmativa está correta. Apesar do recurso impetrado, a banca não mudou o gabarito. Gabarito da banca: Afirmativa ERRADA; Gabarito MEDGRUPO: Afirmativa CERTA.
14 - 2021 HFA
Um paciente de 54 anos de idade, com história de hipertensão arterial e dislipidemia, deu entrada no pronto-socorro com queixa de dor torácica retroesternal irradiada para a mandíbula há uma hora. Sinais vitais na entrada: pressão arterial de 140 x 90 mmHg; frequência cardíaca de 92; saturação de O2 de 94%; e frequência respiratória de 20. Exame cardiopulmonar: ritmo cardíaco regular, sem sopros; e presença de B3 e B4. Murmúrio vesicular audível bilateralmente, com estertores finos em ambas as bases. Eletrocardiograma revelou infradesnivelamento de ST. Com base nesse caso hipotético, julgue o item a seguir. Está indicada a suplementação de oxigênio por cateter nasal.
A) CERTO B) ERRADO
14 - 2021 HFA
»Temos um paciente com quadro compatível com síndrome coronariana aguda sem supradesnível de segmento ST. Muita atenção, pois alguns ainda fornecem oxigênio
para todo e qualquer paciente com diagnóstico de síndrome coronariana aguda, o que está EQUIVOCADO! O suporte com O2 fica reservado para pacientes com infarto do miocárdio com saturação < 90%, nos casos de desconforto respiratório ou na presença de fatores de risco para hipoxemia. A suplementação em pacientes sem hipoxemia não mostrou nenhum benefício, sendo que alguns ainda sugerem algum grau teórico de malefício com a hiperóxia, que pode ter efeito vasoconstrictor nas artérias coronárias (embora trabalhos não tenham mostrado aumento de mortalidade ou de complicações cardíacas). Assim, a maioria dos pacientes com saturação > 90% não precisa de aporte de O2. Uma exceção, no entanto, seria o paciente com insuficiência cardíaca, que podem receber oxigênio de forma selecionada mesmo na ausência de hipoxemia. Resposta: letra B.
15 - 2021 SCMBH
Com relação às síndromes coronarianas agudas sem supradesnivelamento do segmento ST (SCASST), assinale a alternativa incorreta.
A) Os betabloqueadores devem ser iniciados precocemente, na ausência de contraindicações.
B) O emprego da nitroglicerina deve ser considerado quando houver precordialgia persistente, congestão pulmonar e / ou hipertensão arterial refratária.
C) Amortalidade dos pacientes com SCASST, a longo prazo, é inferior à dos pacientes com síndrome coronariana aguda com supradesnivelamento do segmento ST.
D) O escore GRACE (Global Registry of Acute Coronary Events) permite avaliar a gravidade dos pacientes, fornecendo uma estratificação de risco precisa tanto na admissão quanto na alta.
15 - 2021 SCMBH
»Em relação à síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST: Os beta bloqueadores diminuem o consumo de O2 pelo miocárdio, controlando a dor e a isquemia. Devem ser iniciados nas primeiras 24h pós infarto, se não houver contraindicações. Ademais, o uso destas drogas diminui o risco de reinfarto e fibrilação ventricular. A nitroglicerina também reduz o consumo de oxigênio pelo miocárdio (diminuindo a pré-carga) e aumentando o aporte de O2 (vasodilatação coronariana). A diminuição da pré-carga auxilia nos quadros de congestão e hipertensão arterial refratária. É uma medicação que traz muito alívio sintomático ao paciente, mas não altera a mortalidade a longo prazo. A curto prazo, a mortalidade nos pacientes com SCA sem supra de ST é menor que naqueles com elevação do segmento ST. Entretanto, a longo prazo esta relação é perdida, não havendo diferenças significativas entre os dois tipos de infarto. O modelo GRACE estima o risco de mortalidade por SCA intra-hospitalar, em seis meses e um ano. O valor preditivo em um ano do modelo GRACE é maior que o do escore TIMI. Pacientes com escore de GRACE >140 são ditos de alto risco e necessitam de estratificação de risco na admissão e na alta. Resposta: A mortalidade dos pacientes com SCASST, a longo
19 - 2021 AMP A Cardiopatia Isquêmica é um distúrbio no qual existe um suprimento inadequado de sangue e oxigênio para uma região do miocárdio. Em relação à fisiopatologia da isquemia miocárdica analise as assertivas abaixo: I - Os principais determinantes do consumo miocárdico de oxigênio são a freqüência cardíaca, a contratilidade miocárdica e a tensão da parede miocárdica. II - Normalmente os vasos intramiocárdicos de resistência demonstram uma grande capacidade de dilatação como, por exemplo, no exercício. III - A maior resistência ao fluxo coronariano se faz principalmente nos vasos coronarianos epicárdicos. IV - Alterações fisiológicas da pressão arterial não interferem no fluxo coronariano. Estão corretas as assertivas A) I e II apenas. B) I e III apenas. C) II e IV apenas. D) III e IV apenas. E) todas estão corretas.
19 - 2021 AMP
»Questão sobre a fisiopatologia da doença miocárdica isquêmica. Vejamos as alternativas para elencar as corretas. A frequência cardíaca, contratilidade e tensão da parede miocárdica estão diretamente relacionados ao consumo de oxigênio miocárdico. Não é a toa que tentamos controlar o duplo produto, ou seja, a multiplicação da frequência cardíaca pela pressão arterial sistólica (Afirmativa I correta). As artérias coronárias tem localização epicárdica e tem baixa resistência. Estes vasos emitem ramos perfurantes, que são chamados de intramiocárdicos, e são responsáveis por perfundir o miocárdio e endocárdio. Como eles estão passando diretamente no “meio do coração”, eles tem que ter uma grande capacidade de dilatação, já que estão constantemente sendo “esmagados” ou comprimidos pela musculatura cardíaca (Afirmativa II correta). As artérias coronárias não tem nada que as comprimam, ao contrário dos vasos intramiocárdicos. Portanto, apresentam baixos níveis de resistência ao fluxo (Afirmativa III incorreta). Alterações da pressão arterial estão diretamente relacionados à variação no fluxo coronariano. O objetivo das coronárias é sempre preservar um bom fluxo para o miocárdio (Afirmativa IV incorreta). Afirmativas corretas: I e II. Resposta: Letra A.
20 - 2021 AMP A angina pectoris (do peito) é a manifestação clínica mais comum nos pacientes com isquemia miocárdica. Em relação às características da angina pectoris, avalie as assertivas abaixo: I - A angina tem um padrão crescente-decrescente, dura 20 a 30 minutos e pode irradiar-se para ombros e membros superiores, mais comumente ao lado esquerdo. II - Sinal de Levine é a forma como o paciente descreve a dor anginosa, com a mão sobre o esterno, algumas vezes com o punho cerrado, para indicar a dor central subesternal constritiva. III - A angina pode ser noturna, provocada por bradicardia episódica, maior oxigenação noturna e redução do volume circulante após deitar. IV - Os “equivalentes” anginosos são sintomas de isquemia miocárdica que não sejam angina, como dispnéia, náuseas, fadiga e desmaio. Estão corretas as assertivas: A) I e III apenas B) II e IV apenas C) III e IV apenas D) I, II e III apenas E) Todas estão corretas
20 - 2021 AMP
»A angina pectoris (angina estável, ou “esforço induzida”) dura poucos minutos (geralmente de 1 a 5 minutos). Durações superiores a 20-30 minutos devem nos fazer pensar em angina instável (I errada). O clássico sinal de Levine está corretamente descrito (II correta). A angina noturna ocorre por aumento do retorno venoso na posição deitada (com aumento do volume circulante), o que aumenta a pré-carga ventricular e o trabalho cardíaco e, consequentemente, o consumo miocárdico de O2. Outro fator que pode agravar a angina noturna é a apneia do sono, que reduz a oxigenação do sangue e, desse modo, a oferta de O2 ao miocárdio (III errada). Denomina-se “equivalente anginoso” qualquer sintoma causado por isquemia miocárdica que não seja a angina, mas que seja uma consequência da disfunção miocárdica induzida pela isquemia, como dispneia, náuseas, fadiga e síncope (IV correta). Resposta: B.
22 - 2021 HC - UFPR
João, 62 anos, entrou em um site na internet que calcula o seu risco cardiovascular. Descobriu que possui um risco de 19% de ter um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral nos próximos 10 anos. Faz atividade física regular, come frutas, verduras e alimentos ricos em fibras. Ingere bebida alcóolica com moderação: uma taça de vinho tinto algumas vezes por semana. Mantém seu peso de modo a ter um Índice de Massa Corporal (IMC) entre 22 e 24. A pressão arterial tem se mantido em 120 a 140 por 80 mmHg; ainda assim, preferiu não iniciar um anti-hipertensivo. Fuma, há muitos anos, de 3 e 5 cigarros ao dia. João pergunta ao médico o que isso significa e o que poderia fazer em relação a isso. Com base no caso apresentado, é correto afirmar:
A) Ainda que abandone o tabagismo e controle seus níveis pressóricos, em 10 anos seu risco cardiovascular estimado será igual ou maior que atualmente.
B) A importância dessas calculadoras de risco cardiovascular é a segurança na predição de desfechos desfavoráveis para cada indivíduo.
C) Se parar de fumar e iniciar um medicamento para a hipertensão arterial, João evitará um infarto ou derrame.
D) João não deveria se preocupar com o tabagismo ou com a pressão arterial, tendo em vista que sua avaliação global é boa comparada às pessoas de sua idade.
E) Os fatores de risco cardiovascular são melhor avaliados separadamente do que em conjunto.
22 - 2021 HC - UFPR
»Os escores de risco cardiovascular são muito utilizados na prática clínica, principalmente, em relação ao manejo das dislipidemias. Cabe lembrar, contudo, que são escores feitos com base em análises populacionais, então não há como estimarmos com precisão o risco num único indivíduo (Letra B incorreta). É claro que se o paciente eliminar alguns fatores de risco (tabagismo, obesidade, hipertensão), a tendência é que a probabilidade dele ter um evento isquêmico diminua, mas não há como afirmar que o evento será evitado (Letra D incorreta). Ademais, mesmo na ausência destes fatores, o paciente terá um risco maior do que tem agora daqui há 10 anos, então mesmo que atenue os fatores de risco, a idade acabará aumentado seu risco (Letra A correta). Não é porque não conseguimos eliminar a possibilidade de um evento isquêmico que devemos abandonar totalmente as medidas de estilo de vida (Letra D incorreta). O que confere a estimativa do risco é o somatório das variáveis, haja vista que calcula-se o risco cardiovascular global (Letra E incorreta). Resposta: Letra A.
25 - 2021 PMG
O tratamento medicamentoso da angina estável tem como objetivo o alívio e diminuição da recorrência de sintomas e a diminuição de eventos cardiovasculares, como recorrência de infarto e morte. Indique afirmativa correta com relação ao tratamento:
A) Os nitratos não melhoram a tolerância ao esforço.
B) Os betabloqueadores diminuem a mortalidade e ocorrência de infarto não fatal em pacientes com infarto prévio.
C) O uso prévio de inibidores da PDE-5 (sildenafil e taldalafil) não contra indicam o uso de nitratos.
D) O uso de AAS não diminui a mortalidade cardiovascular global. E) Nenhuma das alternativas anteriores.
25 - 2021 PMG
»Questão que aborda conceitos sobre o tratamento medicamentoso da angina estável. Letra A: O grande efeito dos nitratos é creditado à vasodilatação sistêmica, com redução do retorno venoso e das pressões de enchimento ventricular, reduzindo, assim, a demanda miocárdica de O2. Eles também revertem a tendência vasoconstritora do segmento coronariano comprometido pela aterosclerose, sendo eficazes contra o vasoespasmo. São usados rotineiramente para alívio sintomático imediato ou profilaxia imediata da angina, melhorando inclusive a tolerância ao esforço (INCORRETA). Letra B: Os betabloqueadores são benéficos nos pacientes coronariopatas, pois otimizam o gasto energético ao reduzirem a contratilidade miocárdica (inotropismo negativo) e a frequência cardíaca (cronotropismo negativo) e aumentam a perfusão de áreas isquêmicas ao prolongarem o tempo da diástole. Além disso, reduzem a pressão arterial ao diminuir a pós-carga nos indivíduos hipertensos. Todos os betabloqueadores parecem ter benefício na doença isquêmica estável, visando a uma FC em 55-60 bpm em repouso e dando preferência ao metoprolol, carvedilol e bisoprolol na presença de insuficiência cardíaca. Eles também diminuem a mortalidade e ocorrência de infarto não fatal em pacientes com infarto prévio (CORRETA). Letra C: O uso recente de inibidores da PDE-5 são contraindicações absolutas ao uso de nitratos, com risco de hipotensão grave devido ao efeito vasodilatador de ambas as drogas (INCORRETA). Letra D: Todo portador de coronariopatia deve receber Ácido Acetilsalicílico (AAS) 75-162 mg/dia, salvo contraindicações. O AAS, ao inibir a agregação plaquetária, reduz a chance de IAM em até 35% nesses pacientes (INCORRETA). Resposta: letra B.