Dislipidemia Flashcards
Único fármaco hipolipemiante seguro para gestantes?
Colestiramina
Fármacos de escolha inicial no tratamento das hipercolesterolemias endógenas?
- Estatinas
Quando não utilizar Estatinas em gestantes?
- 2 e 3 trimestre
- lactantes também não
Enzima que as Estatinas inibem? Função dessa enzima?
- Hmg-coA redutase
- Síntese de colesterol endógeno
Definição de Hipercolesterolemia? Diferença com Dislipidemia?
- Níveis elevados de LDL ou CT
- Dislipidemia: engloba aumento nos triglicérides, HDL baixo e anormalidades lipídicas qualitativas (apolipoproteína B ↑ ou apolipoproteína A-l ↓)
# percentil: ↑ 90 LDL, VLDL, apolipoproteína B, CT ↓ 10: HDL, apolipoproteína A-l
Epidemiologia da Hipercolesterolemia?
- 12% adultos EUA: CT > 240
- Prevalência de dislipidemia > DAC: 80-88%; sem DAC: 40-48% > p/ msm idade
- Incidência 3x maior em países industrializados
- Forte correlação com IMC
- Principal fator independente para IAM
Classificação das etiologias da dislipidemia? (2)
- Primárias
- Secundárias
Etiologia das causas primárias de dislipidemia?
- Mutações genéricas únicas ou múltiplas > distúrbio lipídico
Quais são os dois perfis lipídicos mais alterados pelas mutações nas causas de dislipidemia 1°?
- distúrbio de LDL
- ↑ síntese ou ↓ depuração de triglicérides
Quando deve ser suspeitado um distúrbio primário ocasionando dislipidemia? (4)
- História precoce (prematura) de doença cardiovascular aterosclerótica
- História familiar da doença ou de DCV aterosclerótica prematura
- CT significativamente elevado
- Sinais físicos de hiperlipidemia
Em quais grupos etários são observados, geralmente, as dislipidemias primárias? (2)
- Crianças
- Aultos jovens
# pequena porcentagem em adultos
Qual nível de colesterol é considerado significativamente elevado e levanta a suspeita de dislipidemia primária subjacente?
> 240
Quais os níveis de LDL em adultos e crianças/adolescentes podem indicar Hipercolesterolemia familiar?
- Adultos: LDL ≥ 190
- Crianç/adolesc: LDL ≥ 160
Padrão de herança da Hipercolesterolemia familiar? Como é caracterizada a doença? (2)
- Autossômica codominante
- HF+ de DCV aterosclerótica prematura
- HF+ xantomas
Em geral, quando alta suspeita ou diagnóstico de hipercolesterolemia familiar em um paciente, qual deve ser a conduta para os familiares desse paciente?
- Rastreamento em cascata > examinar e rastrear presença de dislipidemia
O que são xantomas? Localizações comuns? Associadas a que doenças?
1) Tumor benigno de pele composto por depósitos de lipídios > tendões e pele > aspecto amarelado. Nódulos subcutâneos q crescem lentamente
2) Tendões e ligamentos: cotovelos, joelhos, mãos (artic metacarpofalangeanas > hipercolesterolemia familiar), pés, coxas, glúteos, pálpebras (xantelasma), tendão de Aquiles
3) Doenças endócrinas, distúrbios no metabolismo de gorduras (dislipidemias graves, hipercolest familiar) ou bloqueio dos conduto biliar (colestase > dislipidemia secundária). Frequentemente há uma relação com trauma prévio no local
Etiologias das dislipidemias em adultos (secundária)?
- Poligenes + estilo de vida pouco saudável > principal associação
- Condições clínicas
- Drogas e medicamentos
Como é caracterizada o estilo de vida não saudável que implica na etiologia da dislipidemia?
- Sedentarismo
- Alto consumo de gorduras saturadas e ácidos graxos trans
Condições clínicas associadas ao desenvolvimento de dislipidemia? (6)
- DRC
- DM
- Obesidade abdominal (pp relacio c/ ↓ HDL)
- Hipotireoidismo
- Doença hepática colestática
- Alcoolismo
Medicamentos relacionados ao desenvolvimento de dislipidemia? (7)
- Tiazídicos em alta dose
- Estrogenios orais
- Glicocorticóides
- Antipsicóticos atípicos (Olanzapina, Clozapina) > ↓ HDL
- Esteroides anabolizantes
- Agentes anti HIV
- Betabloq s/ atividade simpáticomimética intrínseca ou alfabloqueadores > ↓ HDL
Principal fator fisiolatológico para a dislipidemia?
- Metabolismo anormal de lipoproteínas (↑ produção ou ↓ depuração dos lipídios)
Quais são os metabolismos anormais das lipoproteínas mais envolvidos na dislipidemia?
- Redução da expresso ou atividade do receptor de LDL > ↓ depuração do LDL (pp hipercolesterolemia familiar, ingestão excessiva gorduras trans e saturadas)
- Aumento da produção hepática de LDL (pp estados familiares de resistência a insulina, DM, Obesidade abdominal)
Como é o evento desencadeante da aterogênese?
1) Lipoproteínas contendo a apolipoproteína B100 são retidas no espaço subendotelial (interação com proteoglicanos e matriz extracelular, mediada por cargas)
OU
LDL circulante capturado por macrófagos
2) Permite que espécies reativas de oxigênio modifiquem esses lipídios > oxidação do LDL > formação DE ISOPROSTANOS (marcador)
3) Forte associação entre LDL oxidado e DAC
Quais os mecanismos em que o LDL promove aterosclerose? (5)
- Danos ao endotélio
- Vasoconstrição (↓ NO, ↑ Tbx, ↑ agregaç pqt)
- Indução de fatores de crescimento (proliferação de músculo liso)
- Recrutamento de macrófagos e monócitos
- Macrofagos espumosos rompidos > danos adicionais
O que leva a proliferação de músculo liso?
- Citocinas liberadas pelas plaquetas ativadas
Com o q está relacionada a vasoconstrição estabelecida por altos níveis de LDL oxidado? (3)
- Redução do óxido nítrico vasodilatador pela parede endotelial
- Aumento da agregação plaquetária
- Aumento liberação de tromboxane
Como são formados os macrofagos espumosos? Quais as consequências?
- Hipercolesterolemia leva ao acúmulo de LDL oxidado dentro dos macrófagos > células espumosas
- Ruptura > danos adicionais a parede vascular (pela libertação de radicais livres, LDL oxidado e enzimas intracelulares)
Classificação fenotípica clássica das dislipidemias (Hipercolesterolemia) pela OMS? (V)
l - Quilomícrons elevados lla - LDL elevada llb - LDL e VLDL elevadas lll - Lipoproteína de densidade intermediária ↑ (disbetalipoproteinemia) lV - VLDL elevada V - Quilomícrons e VLD elevados (DM)
# pode ser realizada por eletroforese lipídica # classificação feita antes do conhecimento do valor prognóstico do HDL
Quais situações estão associadas aos Quilomícrons elevados isoladamente? (2)
- Deficiência de lipase lipoproteica
- Deficiência de apolipoproteína C-ll
Condição associada a Lipoproteína de densidade intermediária elevada?
Disbetalipoproteinemia
Condição associada ao aumento conjunto de Quilomícrons e VLDL?
Diabetes mellitus
Classificação clínica da dislipidemia? (4)
- Hipercolesterolemia isolada: pp LDL
- Dislipidemia mista ou combinada: elevações no CT ou LDL + triglicerídeos
- Hipertrigliceridemia isolada: somente tgl ^
- Colesterol HDL baixo: isolado ou em associação com outras anormalidades
Principais causas de redução do HDL? (4)
- Obesidade abdominal com resistência insulínica
- Hipertrigliceridemia
- Tabagismo
- Doenças genéticas
Fatores de risco para Dislipidemia?
FORTES - DM2 e resistência insulínica - Excesso de peso corporal (IMC > 25) - Hipotireoidismo: diretam proporc (56% hupercolesterolemia; 34% hipercol + hipertrig) - Doença hepática colestática FRACOS - Tabagismo: ↓ HDL (+ álcool = ↓↓) - Síndrome nefrótica - Uso de determinados medicamentos: tiazídicos, anabol (↓ HDL), estrog, cortic, betabloq s/ ação simpáticomimética intrínseca, alfabloqueadores, anti HIV, antipsicóticos atípicos, isotretinoína (hipercolest e hipertrigl)
Alterações lipídicas observadas na resistência insulínica e DM2?
- Hipercolesterolemia (somente o VLDL↑) ou mista (↑ VLDL, ↓ HDL, ↑ tgl)
- Expressão: ↑ VLDL, ↑ CT, ↓ HDL, ↑ tgl, LDL nl
- LDL quantidade normal, mas alterado qualitativamente (↑ apolipop B) > + aterogênicas
- Grau de resistência insulínica correlaciona com as anormalidades da lipoproteína
- Partículas maiores de VLDL, menores a de LDL e HDL
Alterações lipídicas observadas no ganho de peso e excesso de gordura corporal?
- Ganho de peso → ↑ LDL
- Obesidade abdominal presente: anormalidades semelhantes ao do dm2 (↑ VLDL, CT e tgl, ↓ HDL)
perda de peso pode reverter parcialmente a hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia
Medidas abdominais (circunferência da cintura) de corte para obesidade abdominal?
- > 94cm: homens brancos e negros
- > 90cm: homens asiáticos
- > 88cm: mulheres brancas e negras
- > 80cm: mulheres asiáticas
Alterações lipídicas observadas na doença hepática colestática?
- Lipoproteína X (LDL anormal): papel importante na patogênese
- CT tende a ser > 500
- Sinais físicos de hiperlipidemia, como xantomas, podem ser observados
Por que a síndrome nefrótica ocasiona anormalidades no perfil lipídico? (2)
- ↓ catabolismo lipídico
- ↓ proteínas (baixa pressão oncótica) leva ao aumento da função hepática > ↑ síntese hepática de lipoproteínas
Prevenção da dislipidemia?
PRIMÁRIA:
- Dieta saudável: ↓ carboidratos simples, hipogordurosa
- Exercícios aeróbicos
- Controle fatores de risco: pp tabagismo
SECUNDÁRIA:
- ↓ gorduras saturadas e trans
- Perda de peso nos obesos
- Exercícios aeróbicos
- Adição de estanóis/esteróis vegetais
- Controle de outros FR (diabetes, tabagismo, ..
exceto na hipercolesterolemia familiar, a doença é completamente evitavel com estilo de vida saudável
Apresentações clínicas da dislipidemia ao diagnóstico?
- Assintomáticos: achados em exames de rotina
- Sinais/sintomas de consequências de dislipidemia prolongada: DAC, doença cerebrovascular, DAOP
O que deve se pesquisar/questionar na história de um paciente com suspeita ou diagnóstico de dislipidemia?
- Revisão sistêmica vascular: DAC, DAOP, dç cerebrovascular
- Dor torácica, dispneia, fraqueza, déficits focais, claudicação
- Dieta, exercícios físicos
- Tabagismo, alcoolismo
- HF de início precoce de dislipidemia ou DAC
Achados ao exame físico da dislipidemia? (2)
- Sinais diretos de dislipidemia
- Sinais de doença vascular: estase jugular e crepitações bibasais (IC); pulsos diminuídos (DAP); hemiplegia (AVE)…
Quais são os sinais diretos de dislipidemia que podem ser encontrados? (3)
- Xantelasma
- Xantomas
- Arco corneano (< 45 anos)
mais comuns na hipercolest familiar
Localizações dos xantomas que sugerem Hipercolesterolemia familiar? (5)
- Tendão de Aquiles
- Cotovelos
- Joelhos
- Artic metacarpofalangeanas
- Palmares
O que sugere xantomas eruptivos sobre o tronco, costas, cotovelos, joelhos, mãos e pés?
Elevações intensas de triglicerídeos
O que é o colesterol não HDL?
- Subtração HDL do CT
- Marcador de colesterol transportado por lipoproteínas pró aterogênicas: LDL, IDL, VLDL…
Quando suspeitar de Hipercolesterolemia familiar? (4)
- Hist Fam da doença
- Hist Fam de DCV ou dislipidemia prematura
- Achados no exame físico de dislipidemia (xantomas, xantelasma, arco corneano < 45a)
- LDL ≥ 190 adultos ou ≥ 160 crianças/adolesc
Como é o diagnóstico de Hipercolesterolemia familiar?
- Pelo critério Dutch Lipid Clinic Network
Como é o critério Dutch Lipid Clinic Network?
1) Parente 1°g DCV <55a (H)/<60a (M) OU LDL ≥95 percentil → 1 PONTO
2) Parente 1°g xantomas/arco corneano OU LDL ≥ 95 em < 18 anos → 2 PONTOS
3) Pct com DAC prematura → 2 PONTOS
4) Pct c/ DAP/DçCerVas prematura → 1 PONTO
5) Xantoma tendinoso → 6 PONTOS
6) Arco corneano <45 → 4 PONTOS
7) LDL ≥ 330 → 8
LDL 250-330 → 5
LDL 190-250 → 3
LDL 155-190 → 1
8) Mutação gênica confirmada: 8
Interpretação do critério Dutch Lipid Clinic Network? (4)
- > 8: diag
- 6-8: provável
- 3-5: possível
- < 3: improvável
Principais fatores de diagnóstico? (história e exame físico)
COMUNS:
- Presença de fatores de risco
- Dieta com alto consumo de gorduras saturadas e ácidos graxos trans, sedentarismo
- HF prematura de DAC ou dislipidemia (55-65a)
- HP dç cardiovascular: angina, iam, ave, dap
- Peso corporal excessivo: IMC, ca
- Xantelasma
INCOMUNS:
- Xantomas tendinosos
- Arco corneano <45
- Xantomas tuberosos
O que são xantelasmas?
- Depósitos de gordura extravascular > placas amarelas nas pálpebras
- Mais comum no canto interno da pálpebra
- Mais comum nas hiperlipidemias ll e lV
O que é o arco corneano prematuro?
- Anel branco ou opaco na margem corneana: depósitos de colesterol
- Ocorre antes dos 45 anos
- Defeitos oculares ou hiperlipidemia familiar
Primeiros exames a se solicitar?
- Perfil lipídico: LDL, HDL, tgl, VLDL
- TSH
- Lipoproteína (a): partícula e LDL com apolipoproteína (a) ligada covalentemente a apolipoproteína B do LDL
Valores de corte do perfil lipídico que indicam resultados acima do desejável? (4)
- CT: > 200
- LDL: > 100
- HDL: < 40H, <50M
- Tgl: > 150
Qual perfil lipídico pode ser medido em jejum? E situações de não jejum?
- CT, HDL: não necessitam jejum
- Não jejum ou jejum: LDL (atenção às fórmulas utilizada para o cálculo > pode subestimar)
- Tgl: geralmente em jejum
CT varia 10% diariamente, tgl 25%
Perfil lipídico marcador independente de eventos cardiovasculares?
- HDL
Qual a variação que ocorre no perfil lipídico com a doença aguda? (2)
Em estados inflamatórios
- ↑ triglicerídeos
- ↓ colesterol
Quando deve ser medido o perfil lipídico no IAM? (2)
- Precocemente (<24h) OU
- Adiada até recuperação
# perfis lipídios se alteram significativamente 24h após IAM
Interpretação dos resultados do perfil lipídico?
LDL
- ótimo <70; desejável 70-99; elevado 120-129; alto 130-189; muito alto ≥190
CT
- ótimo <170; desejável <200; limítrofe 200-239; alto >240
TGL
ótimo <100; desejável <150; limítrofe 150-199; alto ≥200; muito alto ≥500
HDL
Baixo <40
interpretação muda de acordo com as comorbidades
Interpretação valores colesterol não HDL?
risco de DCV
- Baixo/mod: col n HDL alto se ≥ 145
- Alto: alto se ≥ 130
- Muito alto: alto se ≥ 100
Rasteamento?
- Recomendado para ≥ 20 anos -> realizar perfil lipídico, glicemia, PA, história familiar de outras doenças, outras doenças sugestivas
- 10% homens (20-34a) e 7% mulheres (20-44a) > LDL ≥ 160
- Repetir a casa 5 anos se normal
- Se outros fatores de riscos para aterosclerose (HA, DM, tabagismo, obesidade, DCV prematura ou hipercolesterolemia significativa em parente próximo => considerar rastreamento
Diagnósticos diferenciais? (4)
- Doença hepática colestática (obstrutiva): dor abd, icterícia, ex lab e de imagem
- Síndrome nefrótica: ↑ tgl, HDL nl ou ↓, Cr+Ur+albumina anormais, proteínas urinárias 24h elevadas
- Hipotireoidismo
- Doença renal crônica: ↑ tgl (↓ depuração), ↓ HDL, Cr, Ur, album
Opções de tratamento da dislipidemia? (3)
- Mudanças no estilo de vida
- Medicamentos
- Suplementos alimentares
# individuais ou combinados
Recomendação nos pacientes de alto risco?
- Terapia farmacológica intensiva
pacientes de menor risco: tto menos intensivo
Como estratificar o risco dos pacientes com dislipidemia?
- Escores de risco: Framingham (risco DCV em 10 anos), escore HEART, QRISK, PROCAM, equações de coorte agrupadas # aplicar às populações com coortes similares # aplicar a populações com DCV
Interpretação dos resultados dos Escores? (4)
- < 5%: risco baixo
- 5-<7,5%: limítrofe
- ≥7,5-<20: intermediário
- > 20% alto
risco de DCV aterosclerótica em 10 anos
Em pacientes com valores limítrofes ou intermediários nos escores, quais fatores são importantes considerar para decidir sobre o uso de terapias hipolipemiantes? (2)
- Fatores clínicos
- Fatores laboratoriais
Fatores laboratoriais que indicam a necessidade de uso de terapia medicamentosa em pacientes com dislipidemia de risco limítrofe e intermediário? (5)
- LDL ≥ 160
- não HDL ≥ 190
- Lipoproteína (a) elevada
- apolipoproteína B elevada
- PCR ≥ 19,1 mmol/L (2mg)
Fatores clínicos que indicam a necessidade de uso de terapia medicamentosa em pacientes com dislipidemia de risco limítrofe ou intermediário? (6)
- HF de DCV aterosclerótica prematura (<55H, <65M)
- Menopausa precoce
- Pré eclampsia
- Sd metabólica
- ITB < 0.9
- Condições inflamatórias crônicas: psoríase, ar, HIV)
Se mesmo com o uso dos escores de risco e dos intensificadores de risco (fatores clínicos e laboratoriais) o paciente continuar no perfil limítrofe ou intermediário, qual parâmetro pode ser avaliado para decisão de iniciar a terapia medicamentosa?
- Cálcio das artérias coronárias (CAC) > TC?
Visão geral do tto de riscos mais altos e mais baixos?
- Riscos mais altos ou manifestação clínica: terapia medicamentosa + modificação no estilo de vida
- Riscos mais baixos: mudanças estilos de vida > nova avaliação após 3-6 meses > falhou? Iniciar terapia medicamentosa
Evidências observadas com o uso das Estatinas?
- Redução da morbi e mortalidade devido a redução do LDL, INDEPENDENTE DA PRESENÇA DE DOENÇA CV
- ## Benefícios na redução LDL e prevenção dcv mesmo em pessoas sem hipercolesterolemia, mas com fatores de risco para DCV
Quais são as modificações no estilo de vida que podem ser implementadas? (4)
- Mudança alimentar
- Exercícios
- Add de estanóis/esteróis vegetais
- Perde de peso se sobrepeso
dieta e exercícios geralmente reduzem LDL mas não aumentam HDL
Quais são as modificações alimentares importantes para os pacientes com dislipidemia?
- Reduzir: gorduras saturadas e trans, carboidratos simples
- Aumentar: gorduras insaturadas, carboidratos complexos, fibras
# gorduras: 25-35% (< 7% gord sat, < 1% gord trans) # dieta: geralmente reduz entre 5% e 20% LDL # suplementação com soja: reduziu 7% LDL # mediterrânea: 19% redução no LDL # redução de gorduras saturadas e trans: reduz LDL em 13%, em média
Mecanismo de ação das Estatinas? (3)
- Inibem a Hmg-coA redutase: enzima fundamental para a síntese de colesterol
- ↓ síntese de colesterol, up-regulation receptores LDL, ↑ depuração LDL
Quais as porcentagens de LDL que podem ser reduzidas pelas Estatinas?
- 20-55%
depende da dose e tipo de estatina escolhidas
Como é definida a potência das Estatinas?
- Grau de redução do LDL
• intensidade leve: < 30%
• intensidade moderada: 30-49%
• intensidade alta: ≥ 50%
Benefício das Estatinas na mortalidade e eventos cv?
- Redução da mortalidade por TODAS as causas
- Redução dos eventos cardiovasculares
Como tem que ser as doses de Estatinas nos pcts com sd coronariana aguda? Por quê?
- Doses altas
- Devido o efeito das estatinas na estabilização da placa
Para cada redução de 39md/dL de LDL, quanto de risco de mortalidade/morbidade diminui? (5)
- 10% toda as causas
- 20% DAC
- 27% IAM não fatal
- 25% revascularização coronariana
- 21% AVEi
De acordo com o colégio americano de cardiologia (ACC) e associação americana do coração (AHA), em quais pacientes com dislipidemia não se deve iniciar a terapia com Estatinas? (2)
- Necessitam de hemodiálise
- IC classe lll ou lV
De acordo com a ACC/AHA, em quais pacientes devem ser iniciada a terapia com Estatinas? (5)
- Pct c/ DCV aterosclerótica, s/ risco muito alto de eventos futuros
- Pct c/ DCV aterosclerótica + risco muito alto de eventos futuros
- Pct 20-75 anos + elevação primária LDL (≥190)
- Pct 40-75a + diabetes
- Pct s/ DCV aterosclerótica ou diabetes, 40-75 anos + LDL (70-189) após estimar risco (limitrofe/intermediário + intensificadores > discutir terapia)
Como deve ser a prescrição de Estatinas para o pct c/ DCV aterosclerótica, mas sem risco muito alto de eventos futuros?
- ≤ 75 anos: estatinas de intensidade alta ou moderada (se alta não for tolerada)
- > 75 anos: intensidade alta
Como é definido o risco muito alto de eventos futuros? (2)
1) história de vários eventos importantes de DCV aterosclerótica (SCA últimos 12 meses, IAM, DAP + ITB < 0.85 ou amputação, AVEi)
2) UM evento importantes de DCV aterosclerótica + várias condições de risco (DM, HAS, ≥ 65 anos, HF+, DRC, ICC, tabagismo, história de revascularização miocárdica ou intervenção coronariana percutânea, LDL persistente ≥ 100)
Como deve ser a prescrição de Estatinas nos pcts com DCV aterosclerótica + muito alto risco? (1)
- Estatinas de intensidade alta ou máxima
Abordagem e tto dos pacientes 20-75 anos + LDL ≥ 190?
- Incluir pcts com hipercolesterolemia familiar
- Não estimar risco em 10 anos
- Levar em conta somente LDL
- Estatinas de moderada ou alta intensidade
Como é a prescrição de Estatinas nos pcts com diabetes e idade 40-75 anos? (2)
- Iniciar estatinas de intensidade moderada independentemente do risco CV em 10 anos
- se LDL > 70 + alto risco em 10 anos ou arioa fr para DCV aterosclerótica: estatinas de intensidade alta
Como é a prescrição de Estatinas nos pcts com DCV aterosclerótica ou diabetes + 40-75 anos + LDL 70-189? (2)
- Calcular risco em 10 anos:
1) Limitrofe ou intermediaria + fatores intensificadores: estatina intensidade moderada
2) Alto: estatina intensidade alta
Pacientes que podem requerer doses menores de Estatinas?
1) Interações medicamentosas: claritromicina, anti fungicos sistêmicos
2) Alto risco de eventos adversos: Insuficiência renal, baixa massa muscular, idosos (> 75anos)
Indicações de estatinas nas diretrizes do national Institute for health and care excellence?
- Qrisk ≥ 10% → prevenção primária → atorvastatina 20mg/d
- Presença de DCV aterosclerótica ou prevenção secundária: iniciar alta dose atorvastat 80mg/d
- Provável Hipercolesterolemia Familiar: estatina dd alta potência (obj ↓50% LDL)
- DM 1 + nefropatia ou fr CV: atorvastati 20mg/d
- DM 2 + Qrisk ≥ 10%: atorvastatina 20mg/d
- DRC: atorv 20mg/d (↑ acordo c/ resp + TFG)
Acompanhamento do uso de Estatinas de acordo com a National Institute for health and care excellence? Objetivos do tto?
- Perfil lipídico após 3 meses de início do tto
- Obj: redução > 40% col não HDL
Conduta caso não seja alcançado redução > 40% col não HDL após 3 meses de uso Estatinas?
- Discutir adesão e horário de adm
- Otimizar adesão à dieta e exercícios
- Considerar aumentar dose se dose iniciada < 80mg de atorvastatina
Recomendações e Objetivos do perfil lipídico de acordo com a sociedade internacional de aterosclerose (IAS)?
IAS recomenda que a intensidade da terapia para redução do colesterol seja ajustada de acordo com o risco a longo prazo (com DCV deve receber dose máxima se tolerar)
- Com DCV: LDL < 70, col não HDL < 100
- Sem DCV + alto risco: LDL < 100, col não HDL < 130
EA estatinas? (4)
- ↑ enzimas hepáticas
- miosite ou rabdomiólise
- interações medicamentosas
- ↑ risco de DM 2
Interações medicamentosas das Estatinas?
- Macrolideos, anti HIV, azolicos: ↑ EA
- ↑ níveis da digoxina
- Potencializar efeitos da Varfarina
Dose máxima de sinvastatina recomendada?
- 40mg/dia (risco de miopatia com 80mg/d)
- Utilizar 80mg/d somente em pcts que fazem uso há mais de 12 meses sem efeitos adversos
Abordagem no pct com Intolerância a Estatinas e que precisam de redução adicional do LDL? (3)
- Trocar estatina por outra
- Terapia com doses em dias alternados (nas mais potentes - atorv, rosuv) ± ezetimiba
- Utilizar outros medicamentos
Mecanismo de ação do Ezetimiba?
- Interação com receptores nos enterócitos → compromete absorção do colesterol alimentar (50%) e biliar # ao contrário dos sequestrantes de ácidos biliares, tem absorção sistêmica
Grau de redução do LDL pelo ezetimiba isoladamente?
- 15-20%
- add com estatina: +14% do nl da estatina
Indicações Ezetimiba?
- Elevações leves a moderadas de LDL (mono)
- Combinada com Estatinas: elevações altas LDL
Quais são os medicamentos Inibidores da pró proteína convertase subtilisina/kexin tipo 9 (PCSK9)? (2)
- Evolocumabe
- Alirocumabe
anticorpos monoclonais humanos contra PCSK9
Mecanismo de ação dos inibidores da PCSK9?
- PCSK9 se liga a receptores de LDL > facilitam degradação
- Quando em excesso, PCSK9 é uma causa de hipercolesterolemia familiar
- Inibição: redução do LDL, redução do risco CV
Grau de redução do LDL pelos inib PCSK9?
50-60%
Indicações Inibidores PCSK9?
- Monoterapia ou combinada
- Alto risco CV: para reduzir risco de IAM, ave, dap, aneurisma aorta, etc
- Elevações (pp graves) de LDL
- Hipercolesterolemia familiar
não foram observados efeitos adversos significativos
Mecanismo ação dos sequestrantes ácido biliar?
- Se ligam e bloqueiam a reabsorção dos ácidos biliares no intestino: 90% são removidos com a evacuação
- RESULTADO: ↓ colesterol intra hepático e up regulation receptores LDL
Grau de redução do LDL pelos sequestrantes ácido biliares? Indicações? Contraindicaçao formal?
- 10-24%
- Elevações leves a mod LDL, potencializa ezetimiba, combinada em casos mais graves, crianças < 10 anos
- CI: trigl ≥ 500
Quais são os dois principais representantes dos sequestrantes ácido biliar? EA?
- Colestiramina
- Colesevelam
- GI, n, v, distensão abd, cólicas, ^ transamin
Uso de hipolipemiantes em pacientes idosos?
- Controverso
- Colesterol perde o impacto como fator de risco
- Estudos mostram redução dos eventos vasculares mas sem impacto na mortalidade
Quais são as estatinas de alta intensidade? (2)
- Atorvastatina
- Rosuvastatina
Quando acrescentar ezetimiba a terapia com estatina?
- Estatina na dose máxima permitida ou tolerada e LDL ≥ 70 pcts com DCV aterosclerótica
- Estatina dose máxima + LDL ≥ em pcts 20-75a com LDL inicial ≥ 190, sem diabetes, e que LDL permaneça ≥ 100 (permanece LDL ≥ 100 + tgl ≤ 300: add colestiramina)
Quando acrescentar inib PCSK9 a terapia com estatina + ezetimiba?
- Estatina dose máxima + ezetimiba + LDL ≥ 70 + não HDL ≥ 100 em pcts com DCV aterosclerótica
- Estatina + ezetimiba + 40-75a s/ DCV ateroscl + LDL basal ≥ 220 ou pós terapia ≥ 130
Abordagem pcts sem DCV aterosclerótica com 40-75 anos, sem diabetes + LDL 70-189?
- Realizar cálculo de risco
• < 5% (baixo): mudanças estilo de vida
• 5-7.5% (limítrofe) ± intensificadores: mudanças estilo de vida + considerar estatina mod
• 7.5-20% (intermediário) ± intensificadores: estatina mod + mudanças estilo de vida
• > 20% (alto): estatina alta intensidade + mudanças estilo de vida
Nos pacientes com mais de 75 anos e sem DCV aterosclerótica, e LDL 70-189, qual a conduta?
- Considerar estatina de moderada intensidade
- Considerar realizar teste de cálcio das artérias coronárias para decisão de entrar com estatina
Quando considerar interromper a estatina nos pacientes com mais de 75 anos, sem DCV aterosclerótica, mesmo que LDL > 70? (5)
- Declínio cognitivo
- Declínio físico
- Multimorbidade
- Fragilidade
- Expectativa de vida reduzida
Quais são os fatores intensificadores específicos para diabetes, que devem ser considerados para iniciar uma Estatina de intensidade moderada em pacientes com 20-39 anos + diabetes? (6)
- Duração: ≥ 10a DM 2, ≥ 20 anos DM 1
- Albuminuria
- TFG < 60
- Neuropatia
- Retinopatia
- ITB < 0.9
Qual a conduta no paciente com diabetes e > 40 (40-75) anos?
SEM FATORES DE RISCO: Iniciar estatina moderada independentemente o risco CV em 10 anos
- se LDL 70-189: realizar cálculo do risco de DCV aterosclerótica para avaliar necessidade de aumentar dose
COM VÁRIOS FATORES DE RISCO OU INTENSIFICADORES DO DIABETES
- Estatina alta intensidade
- Alto risco DCV: ± ezetimiba
> 75 anos + diabetes: moderada intensidade
Conduta no caso de suspeita ou diagnóstico de Hipercolesterolemia familiar?
- Encaminhar ao especialista
O que é a lipase ácida lisossomal? Sua deficiência pode gerar quais complicações? (2) Tto?
- Enzima metaboliza partículas lipidicas endocitosadas
- Rara causa de cirrose, dislipidemia grave
- Sebelipase alfa
Orientações dos sintomas de possível problema hepático que deve ser orientado ao paciente que faz uso de estatinas para que notifique o médico caso eles surjam? (5)
- Fraqueza ou fadiga incomum
- Perda de apetite
- Dor na parte sup do abd
- Urina escura
- Icterícia
Monitorização no paciente com dislipidemia?
- Perfil lipídico 6/6 semanas até atingir meta
- Dentro da meta + boa adesão estilo de vida: perfil lipídico a cada 6-12 meses
- CPK + função hepática no início da terapia com estatina
- Lesão hepática é imprevisível: n precisa de função hepática rotineiramente
- CPK novamente somente se mialgia, fraqueza, redução massa muscular, outros sint musc
- Glicemia pelo risco de diabetes
Complicações da Hipercolesterolemia?
- Cardiopatia isquêmica: maior risco associado a outros fatores
- Doença arterial periférica
- SCA
- AVEi
- Disfunção erétil: associada a disfunção endotelial. Estresse oxidativo está associado a níveis elevados de LDL