Diabetes mellitus Flashcards

1
Q

Conceito de diabetes?

A

É um grupo de distúrbios metabólicos multi etiológicos caracterizados por hiperglicemia, distúrbios metabólicos, carboidratos, lipídios e proteínas, devido a defeitos na secreção e ação da insulina.

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2
Q

Classificação do diabetes?

A

DM tipo I, II, MODY, LADA e DM gestacional

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3
Q

Definir MODY e LADA?

A
Mody = diabetes em adultos com início na juventude
Lada = diabetes autoimune latente em adultos
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4
Q

DIABETES - critérios de diagnóstico?

A
  1. Sintomas de DM + glicose no sangue casual (> 200mg / dl);
  2. Glicemia plasmática em jejum> 126mgdl em 2 ocasiões.
  3. Hemoglobina glicosilada> 6,5%.
    4 = TTGO 75. Glicemia plasmática após 2 horas do teste de tolerância à glicose oral> 200mgdl.
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5
Q

Clínica de diabetes tipo 1 e tipo 2?

A

Tipo 1: polidipsia, polifagia, poliúria, perda de peso e astenia, adinamia, visão prejudicada, cicatrização prejudicada, náusea, vômito, dor abdominal e halito de cetona.

Tipo 2 = Obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia, polidipsia, polifagia, poliúria,….

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6
Q

Complicações agudas do diabetes?

A

Cetoacidose diabética (250 a 600 mg/dl de glicina), estado hiperosmolar hiperglicêmico (600- 1200 mg/dl), hipoglicemia menor que 50 mg / dl.

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7
Q

Um paciente de 17 anos relatou polifagia, perda de peso e poliúria há alguns dias, chegou ao serviço de saúde com dor abdominal, náusea que levou a vômitos, taquicardia e hipotensão: qual é a sua hipótese diagnóstica e qual é o seu tratamento?

A

Diagnóstico: Diabetes mellitus tipo I.

Tratamento: Insulina 0,5 a 1U / kg dia 2 vezes ao dia NPH.

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8
Q

O diagnóstico de “síndrome metabólica” depende de critérios clínico laboratoriais. Tais critérios incluem, EXCETO:

a) Diminuição do colesterol HDL.
b) Obesidade central.
c) Elevação do colesterol LDL.
d) Elevação dos triglicerídeos.

A

Os critérios diagnósticos de síndrome metabólica estão representados na tabela a seguir:
Resposta certa: C.

Obesidade central: cintura > 102 cm (homens) e > 88 cm (mulheres).
Hipertrigliceridemia TG ≥ 150 mg/dl.
HDL baixo: HDL < 40 mg/dl (homens) e < 50 mg/dl (mulheres).
Hipertensão arterial: PA ≥ 130/85 mmHg ou tratamento anti-hipertensivo.
Glicemia de jejum alterada: glicemia de jejum ≥ 100 mg/dl ou diagnóstico prévio de DM.

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9
Q

Medicamento utilizado no tratamento do diabete melito tipo 2, que tem como mecanismo de ação a inibição do cotransportador sódio-glicose 2 (SGLT-2):

a) Liraglutida.
b) Dapagliflozina.
c) Pioglitazona.
d) Nateglinida.
e) Acarbose.

A

Acarbose é um inibidor da alfa-glicosidase presente nas células da mucosa intestinal.
Nateglinida é um secretagogo.
Pioglitazona é um agonista do PPAR-gama, um receptor intranuclear.
Liraglutida é um análogo do GLP-1.
A dapagliflozina (Forxiga), que realmente pertence à classe dos inibidores do SGLT-2, drogas que reduzem a glicemia promovendo glicosúria.
Resposta: B

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10
Q

Mulher de 61 anos de idade, diabética tipo 2 há 25 anos em uso de metformina 2000 mg e glibenclamida 20 mg/dia, faz 3 semanas que passou a ter cãibras noturnas e dor em queimação nas pernas.
Qual é o diagnóstico mais provável?

A

Neuropatia periférica/neuropatia diabética/neuropatia.
DM com mais de 10 anos de duração, só isso já garante a alta probabilidade de complicações microvasculares nos órgãos alvo (neuro, nefro e retina) que geralmente estão presentes na primeira década.
A queixa mais típica da neuropatia diabética é uma dor em queimação nos membros inferiores e alterações sensitivas como cãibras, mais frequente na sola do pé, tende a piorar na noite, o que impede para dormir.

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11
Q

O fármaco usado no controle glicêmico, cujo principal ação ocorre em nível renal

A

Gliptinas agem inibindo a enzima DPP-IV, secretado no tubo digestivo com o objetivo de degradar o GLP-1.
Glinidas, agem no pâncreas mesmo, estimula secreção insulínica.
A acarbose reduz a absorção intestinal de glicose, age no tubo digestivo.
O liraglutide é um agonista de GLP-1 que induz a secreção insulínica por um efeito glicose-dependente.
Os medicamentos da classe inibidores de SGLT-2, cotransportador de sódio e glicose, como a canagliflozina e a dapagliflozina, agem nos túbulos renais (especificamente nos SGLT-2 do túbulo contorcido proximal), reduzindo a reabsorção de glicose.

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12
Q

Laboratórios do estado hiperosmolar hiperglicêmico?

A

Glicose 600-1200 mg dl, Na + normal, creatinina moderadamente elevada, PH> 7,3 osmolaridade 330 - 380

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13
Q

Complicações crônicas do diabetes?

A

Vascular = microvascular (retinopatias, neuropatias, nefropatias)
Macrovascular = vasculopatia coronária e periferica, AVC, pé diabético
Não Vascular = Gastroparesia, infecção, distúrbio da pele, perda auditiva, alopatia, disfunção sexual, glaucoma de catarata.

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14
Q

Descreva a classificação WAGNER?

A
  1. Escoriação cutânea
  2. Úlcera superficial localizada
  3. Úlcera profunda disseminada mais abscesso
  4. Gangrena localizada
  5. Gangrena generalizada
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15
Q

Tratamento do diabetes tipo 1 e tipo 2?

A

Tipo 1: Insulina 0,5 a 1Ukg dia 2 vezes dia NPH, 2/3 da manhã e 1/3 da tarde.

Tipo 2: Dieta, perda de peso, aumento da atividade física, biguanidas (metformina 500, 850, 1000mg c / 12hs), sufonilureias (glibenclamida, clorpropamida), incretina, inibidores da alfa glucosidase (acarbose e miglitol), tiazodinedionas (troilitazona e pioglitasona) e insulina

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16
Q

Objetivos do tratamento da diabetes?

A

Hemoglobina glicada <7%, glicemia pré-prandial 70 - 130mg / dl
Glicemia pós-prandial <180mg / dl, PA <130/80
Triglicerídeos <150mg / dl, LDL <100mg / dl, HDL> 50mg / dl

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17
Q

Triade de Whipple

A

Sinais e sintomas compatíveis com a hipoglicemia
Baixa concentração plasmática de glicemia
Desaparição dos sintomas depois de regular o nível glicêmico

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18
Q

Quadro Clínico do DM Tipo 1

A

poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento

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19
Q

Critérios diagnósticos de DM

A

1) Hemoglobina glicada (A1C) ≥ 6,5%*; OU
2) Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl; OU
3) Glicemia 2h após TOTG-75 ≥ 200 mg/dl; OU
4) Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dl + sintomas de hiperglicemia (“polis”).

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20
Q

Acantose nigricans

A

Lesão cutânea hiperpigmentada e de aspecto aveludado que predomina em áreas de dobra cutânea (ex.: axilas, virilhas, pescoço). Sua gênese provém da estimulação de queratinócitos e fibroblastos da pele (pela hiperinsulinemia, nos casos de resistência à insulina, ou pela secreção ectópica de fatores de crescimento, no caso das neoplasias).

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21
Q

Estados pré-diabéticos

A

1) “Glicemia de Jejum Alterada” = glicemia de jejum entre 100-125 mg/dl.
2) “Intolerância à Glicose” = glicemia 2h após o TOTG 75 entre 140-199 mg/dl.
3) Hemoglobina Glicada (A1C) entre 5,7-6,4%.

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22
Q

Critérios para o emprego de metformina no pré- -diabetes

A

Só vale a pena ser indicada na prevenção do DM tipo 2 em pacientes de muito alto risco. Assim, segundo a ADA (American Diabetes Association), são critérios para o seu emprego no “pré- -diabetes”:

(1) IMC ≥ 35;
(2) idade < 60 anos;

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23
Q

Um paciente, com quarenta e seis anos de idade, sedentário, com IMC de 32 kg/m2 e com história familiar de diabetes, apresentou glicemia de jejum de 136 mg/dL, confirmada em segunda ocasião. Assinale a opção que apresenta a abordagem terapêutica adequada, segundo recomendações atuais da ADA.

A mudança de estilo de vida e metformina
B mudança de estilo de vida, sibutramina e sulfonilureia
C mudança de estilo de vida
D mudança de estilo de vida e sulfonilureia
E mudança de estilo de vida e sibutramina

A

Só vale a pena ser indicada na prevenção do DM tipo 2 em pacientes de muito alto risco. Assim, segundo a ADA (American Diabetes Association), são critérios para o seu emprego no “pré- -diabetes”:

(1) IMC ≥ 35;
(2) idade < 60 anos;

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24
Q

Laura de 63 anos, com 1,52 m, 96 kg, chega ao PS imediatamente pós queda durante o banho pela manhã, com dores, tontura e fadiga, hipertensa a 30 anos, está com a PA 175/90, relata ter passado por um quadro de diabetes gestacional quando jovem, sem alterações no exame físico.
Resultado laboratoriais: Creatinina 1,1 mg/dL, K plasmático 4,5 mg/dL, HDL 50 mg/dL, LDL 121 mg/dL, triglicerídeos 221 mg/dL, glicemia de jejum 125 mg/dL.
Qual seria a melhor conduta para este paciente?

a) Pseudo hipertensão pelo susto da queda, acalmar a paciente, se necessário diazepam e analgésicos.
b) Acalmar a paciente pela possível presença de pseudo hipertensão, recomendar mudanças no estilo de vida e indicar uso de metformina pois a mesma está em pré-diabetes.
c) mudança de estilo de vida, sibutramina e sulfonilureia
d) Acalmar a paciente pela possível presença de pseudo hipertensão, pós melhora recomendo mudanças no estilo de vida e dar alta sem nenhuma conduta adicional.

A

Letra D

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25
Q

Curso, tipos e características da DM tipo 1?

A

5-10% do casos, cursa com a destruição primária das células beta e hipoinsulinismo “absoluto”.
Dividido em tipo 1A, 90% deles, possui um mecanismo autoimune.
Tipo 1B idioBatico, 4-7% deles, particularmente em negros e asiáticos.
DM tipo um predomina em pacientes jovens não obesos, crianças adolescentes, mas uma parcela de 30% apresentam o LADA, diabetes autoimune do adulto.

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26
Q

Curso e características da DM tipo 2?

A

Primariamente com resistência periférica a insulina, que com o passar do tempo associa-se a disfunção das células beta, um tipo de exaustão secretória.
No inicio do quadro a insulina aumenta, porém esse aumento é insuficiente para controlar a glicemia.
Predomínio em adultos obesos com mais de 45 anos, mas por causa da obesidade ta cada vez mais comum em crianças e adolescentes.

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27
Q

Característica da DM gestacional?

A

Definido como a intolerância à glicose diagnosticada durante a gestação que não configura um quadro de diabetes mellitus de acordo com o critério geral.

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28
Q

Quais são os “outros” tipos de DM?

A

São aqueles casos que tem uma etiologia bem definida: DM associada ao uso de drogas tipo os glicocorticoides, endocrinopatias, síndrome de Cushing.
Defeitos mongênicos: MODY…

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29
Q

Principais autoanticorpos encontrados na DM tipo 1

A
  1. Anti-Ilhota (ICA) 80%
  2. Anti-GAD 70%
  3. Anti-IA 60%
30
Q

Fatores de risco para DM 2

A

Idade > 45 anos, obesidade, sedentarismo, parente de 1ro grau acometido, etnia (negros, latinos, índio americano, ilhas do pacifico), história de diabetes gestacional, neonato > 4 kg, estado pré-diabético, HDL < 35 mg/dl, triglicerideos > 250 mg/dl, SOP, acantose nigricans…

31
Q

Medidas preventivas recomendadas para a pré-diabetes?

A

Redução de pelo menos 7% do peso corporal.
Praticar no minimo 150 min/semana de atividade aeróbica moderada (caminhada).
Consultas frequentes.
Metformina para quem se encaixar nas indicações (alto risco e < 60 anos).

32
Q

Indicações para rastreio de DM tipo 2 em pacientes assintomáticos?

A
  1. Sobrepeso (IMC > 25 kg/m² - Asiáticos > 23 kg/m²) e mais dois fatores de risco da DM 2.
  2. Na ausência do primeiro critério, QUALQUER adulto > 45 anos.
  3. Crianças e adolescentes com sobrepeso e mais dois fatores de risco da DM tipo 2.
33
Q

Qual é o mecanismo de ação da insulna?

A

O efeito da insulina sobre a diminuição da glicose sanguínea deve-se à absorção facilitada de glicose, após a ligação da insulina aos receptores nos músculos e nas células gordurosas e da simultânea inibição da produção de glicose pelo fígado.

34
Q

Metas glicêmicas capilar e A1C para pacientes com DM tipo 1 na faixa pediátrica?

A

Antes das refeições: 90 - 130 mg/dl

Antes de deitar: 90 - 150 mg/dl

35
Q

Causas de falsa elevação da A1C?

A
  1. Insuficiência renal crônica.
  2. Hipertrigliceridemia.
  3. Álcool.
  4. Esplenectomia.
  5. Deficiência de ferro.
  6. Toxicidade por chumbo.
  7. Toxicidade por opiáceos.
36
Q

Causas de falta diminuição da A1C?

A

Qualquer condição que diminua a meia-vida das hemácias: anemia hemolitíca, esferocitose, eliptocitose, deficiência de G6PD.
Perda de sangue (aguda ou crônica).
Transfusão de sangue recente.
Gravidez ou parto recente.
Altas doses de vitamina C ou E (> 1 gr/dia).
Hemoglobinopatia.
Dapsona.

37
Q

Quais são os tipos de insulina ultra rápida?

A

Lispro, inicio 5 - 15 min, pico em 0,5 - 1,5 horas e duração efetiva de 4 - 6 horas.
Aspart, inicio 5 - 15 min, pico em 0,5 - 1,5 horas e duração efetiva de 4 - 6 horas.

Outros: Glulisina.

38
Q

Quais são as insulinas de ação rápida?

A

Insulina regular, tem inicio em 30 min - 1 hora, com pico de 2 - 3 horas e duração efetiva de 5 - 8 horas.

39
Q

Quais são as insulinas de ação intermediária?

A

NPH e Lenta

40
Q

Quais são as insulinas de ação prolongada?

A

Glargina, ultralenta, insulina Detemir e degludec

Duração efetiva: 24h -> 18 a 24h -> 6 a 23h -> 40h ou mais

41
Q

Quais são as insulinas combinadas?

A

NPH/Regular (70%/30%) começa em 30 min a 1 hora, com 2 picos e uma duração efetiva de 16 horas.

NPH/Regular (50%/50%) tem as mesmas características.

42
Q

Quais são os esquemas de insulinoterapia mais utilizados?

A

Esquema 1: duas aplicações;
Esquema 2: múltiplas aplicações de insulina;
Esquema 3: infusão contínua.

43
Q

Como é o esquema 1 de duas aplicações da insulinoterapia?

A

2/3 da dose diária na primeira tomada na manhã
1/3 da dose diária na segunda tomada na noite

NPH/Regular deve ser 70%/30% na manhã e 50%/50% na noite.
Exemplo: dose total de 30 U/dia pode ser dividida da seguinte maneira: 20 U (café da manhã) + 10 U (jantar).

44
Q

Quanto tempo deve esperar antes da refeição para aplicar a insulina regular?

A

A insulina regular deve ser aplicada cerca de 30-45min antes da refeição.

1- Glicemia matinal – depende da NPH do jantar da véspera;
2- Glicemia pré-almoço – depende da regular da manhã;
3- Glicemia pré-jantar – depende da NPH da manhã;
4- Glicemia antes de dormir – depende da regular da noite.

45
Q

Desvantagens do esquema de duas aplicações?

A
  1. Período matinal antes da aplicação está “desprotegido”
  2. As vezes a insulina NPH da manhã pode ser insuficiente para controlar o pico glicêmico pós-almoço
  3. O paciente não pode flexibilizar suas refeições e exercício físico
46
Q

Quando tem maior produção de hormônio hiperglicemiante GH?

A

O período final do sono e início do amanhecer é marcado pelo pico circadiano do GH, um hormônio hiperglicemiante, aumentando a produção hepática de glicose, este evento denomina-se fenômeno do alvorecer.
Isso pode explicar a hiperglicemia matinal no paciente que tomou NPH antes do jantar, que já tem seu efeito diminuído na manhã.

47
Q

Como controla o fenômeno do alvorecer?

A

Deixa a tomada para antes de dormir, em vez de antes do jantar, separando a injeção de insulina regular, que continua sendo pré-jantar.

48
Q

O que é o efeito Somogyi?

A

Hiperglicemia matinal de rebote provocada pelo pico dos hormônios contrarreguladores (glucagon, adrenalina, cortisol e hormônio do crescimento) em resposta à hipoglicemia da madrugada (às 3h).

49
Q

Como é o esquema tipo 2 com múltiplas doses de insulina (esquema basal-bolus)?

A

Como o diabético tipo 1 não tem produção endógena de insulina o tratamento com insulina exógena deve tentar reproduzir a resposta fisiológica.
Uma insulina de alção intermédia ou prolongada substitui a liberação pancreática e a insulina de ação rápida ou ultrarrápida simula o pico pós-prandial.
Esquema basal/bolus

50
Q

Para quem está indicado a insulinoterapia?

A

Na prática, a insulinoterapia está indicada quando não se consegue metas laboratoriais adequadas com agentes orais e/ou agonistas de GLP1 e também, com hiperglicemia sintomática, fundamentalmente o emagrecimento.

51
Q

Quanto de insulina em um adulto não diabético chega ao sistema porta?

A

Um adulto não diabético com peso normal, chegam aproximadamente 25 unidades de insulina diariamente no sistema porta, 50% de forma gradual e lenta (insulinemia basal) 50% de liberação rápida em picos (bolus de insulina).

52
Q

Quais são as combinações basal/bolus?

A
NPH (ou detemir) antes do café da manhã e antes do jantar -> insulina basal + 
Insulina regular (ou lispro) antes do café da manhã, almoço e jantar (bolus)
53
Q

O que é basal e bolus?

A

Bolus é a sua insulina de ação rápida. Por exemplo, a insulina que você utiliza nas suas refeições ou para correção da glicemia. Basal é outro tipo de insulina. É a insulina de ação lenta, também conhecida como insulina de longa duração ou insulina basal.

54
Q

Quais são as combinações basal/bolus?

A
NPH antes do café da manhã, almoço e jantar (insulina basal) +
Insulina regular (de preferência, lispro, aspart ou glusina) antes do café da manhã, almoço e jantar (bolus).
55
Q

Uma unidade de insulina cobre quantas gramas de carboidrato?

A

1 unidade de insulina cobre 25 g de carboidrato.

56
Q

Como é o esquema 3 de infusão subcutânea contínua ou bombas de insulina?

A

Bomba de infusão que injeta a insulina de maneira continua através de um cateter colocado pelo próprio paciente no tecido subcutâneo, sendo substituído a cada três dias, é considerado adequado para o tratamento intensivo dos pacientes com DM tipo 1.

57
Q

O diagnóstico de hipoglicemia é formalmente estabelecido pela clássica tríade de Whipple

A

(1) sinais e sintomas de hipoglicemia;
(2) glicemia capilar reduzida;
(3) melhora clínica evidente após administração de glicose.

58
Q

Sinais e sintomas da hipoglicemia

A

Os sinais e sintomas da hipoglicemia começam pela fase hiperadrenérgica (tremores finos de extremidades, sudorese fria, taquicardia, palpitações e hipertensão).

Fase neuroglicopênica (dificuldade de concentração, incoordenação, ataxia, lentificação do pensamento, letargia, sonolência, coma e convulsões).

Deficit neurológico focal que volta ao normal com o retorno da glicemia a valores estáveis, é um diagnóstico diferencial do AVE.

59
Q

Valores para hipoglicemia

A

Nível de alerta para hipoglicemia (independente da presença de sintomas) um valor de glicemia capilar menor ou igual a 70 mg/dl.

60
Q

Como se comporta uma hipoglicemia em um paciente com hiperglicemia crônica?

A

Aqui o neurônio se adapta a captar menos glicose, eles podem ter sintomas hipoglicêmicos com glicemia relativamente altas (ás vezes > 80 mg/dl).

61
Q

Como se comporta o consumo de glicemia pelo neurônio em um paciente que convive com hipoglicemia a muito tempo?

A

O neurônio passa a captar mais glicose (aumento a expressão do receptor GLUT-1 em sua membrana).

62
Q

Tratamento da hipoglicemia

A

Quadros leve: 15 g de carboidrato, preferencialmente glicose.

Se não houver disponibilidade dos tabletes de glicose, pode-se utilizar uma colher de sopa de açúcar ou mel, ou 150 ml de suco de laranja ou 150 ml de refrigerante comum.

Os pacientes devem ter algum doce prontamente disponível, para que possa ser ingerido logo no início dos sintomas.

63
Q

Defina hipoglicemia grave

A

Quando o paciente necessita da ajuda de terceiros devido à presença de sintomas neurológicos incapacitantes.

Um terceiro deve realizar a injeção subcutânea de glucagon na dose de 0,5 mg subcutâneo (em menores de cinco anos) ou 1 mg (em maiores de cinco anos), podendo ser repetido em dez minutos se não houver resposta.

64
Q

Manejo da hipoglicemia grave no hospital

A

Se estiver no hospital, aplica-se glicose hipertônica intravenosa, na dose de pelo menos quatro ampolas a 50% ou oito ampolas a 25% ou 0,3-0,5 mg/kg, seguido por glicose IV de manutenção.

65
Q

Qual é a estrategia terapêutica da DM tipo 2?

A
Controle da glicemia 
Controle dos fatores de risco para aterosclerose
Controle HTA
Controle obesidade e dislipidemia
Parar o tabagismo e sedentarismo
66
Q

Recomendações glicêmicas da ADA (American Diabetes Association) para a DM tipo 2

A

Hemoglobina glicada (A1C) < 7%
Glicemia capilar pré-prandial 80 - 130 mg/dl
Glicemia capilar pós-prandial < 180 mg/dl

67
Q

Como deve ser interpretada a dieta na DM tipo 2

A

Principal objetivo corrigir de forma paulatina e permanente a obesidade, trazendo o IMC para 20-25 kg/m2, deficit calórico de 500-1.000 kcal/dia, se possível, é que o paciente perca > 7% do peso.

A melhora da obesidade está relacionada com menor resistência periférica à insulina, bem como uma maior capacidade das ilhotas de secretar insulina em resposta à glicose.

68
Q

Como deve ser o exercício físico do paciente com DM tipo 2?

A

O exercício físico é fundamental no paciente diabético tipo 2, ajuda na correção da hiperglicemia, faz o músculo captar mais glicose (melhorando o consumo periférico), também ajuda na correção da hipertensão arterial e risco cardiovascular.

Caminhadas de 30 minutos diários, pelo menos 5 vezes por semana é o ideal.
Musculação é recomendada para evitar sarcopenia, pelo menos duas vezes por semana.

69
Q

Qual o efeito da sulfonilureias?

A

Aumenta a secreção de insulina

70
Q

Que cor é o ar na TAC?

A

Preto