Diabetes Mellitus Flashcards

1
Q

Diabetes Mellitus:
Quais os tipos? (4)
Quais suas principais características?
O que significa paciente apresentar Peptídeo C indetectável?

A
  1. DM1: doença autoimune que cursa com destruição das células beta pancreáticas produtoras de insulina.
    Anticorpos mais comuns: anti - ICA, GAD, IA2
  2. LADA: doença autoimune de início mais tardio.
  3. DM2: aumento de resistência à insulina. Associada à obesidade e à síndrome metabólica.
  4. MODY: disfunção de células beta, gera redução na produção de insulina. Assemelha-se a DM2, mas ocorre em pacientes mais jovens, no geral.

O que significa paciente apresentar Peptídeo C indetectável?
Que não há nenhuma produção endógena de insulina.

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2
Q

Quais os subtipos de insulina no mercado? (4)
- qual seu tempo de início de ação (IA)?
- qual sua duração?

A
  1. NPH (intermediária):
    IA = 2 horas
    Duração = 12 horas
  2. Regular (rápida):
    IA = 30 minutos
    Duração = 6 horas
  3. Lispro/Aspartat/Glulisina (ultra-rápidas):
    IA = 5 minutos
    Duração = 4 horas
  4. Glargina/Degludeca/Datemir (longa):
    IA = 2 horas
    Duração = 18-42 hoars
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3
Q

Diabetes Mellitus tipo I:
Clínica
Diagnóstico
Tratamento - quais as formas de aplicação? (3)

A

Clínica:
Poliúria, polidipsia, polifagia, desidratação, cetoacidose, emagrecimento

Diagnóstico:
Glicemia aumentada + sintomas da DM

Tratamento = INSULINOTERAPIA
1. Esquema de múltiplas aplicações:
a. NPH 2x ao dia ou Glargina 1x ao dia
b. Regular 30 min antes ou Lispro 5 min antes 3 grandes refeições
2. Esquema das duas aplicações (caiu em desuso, pois não é fisiológico):
NPH + Regular na mesma seringa 2x ao dia
3. Infusão contínua: é o padrão-ouro, mas caro e pouco disponível

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3
Q

DM em insulinoterapia:
Hiperglicemia matinal:
Quais as hipóteses diagnósticas? (2)
Como faço diagnóstico diferencial?
Como resolver o quadro?

A

Quais as hipóteses diagnósticas?
1. Fenômeno do alvorecer:
Quando a insulina NPH da noite anterior foi insuficiente e paciente apresenta hiperglicemia matinal.
2. Efeito SOMOGY:
Quando a insulina NPH da noite anterior é demais e gera hipoglicemia durante a madrugada. Para compensar, há uma liberação grande de hormônios contrainsulínicos e hiperglicemia matinal.

Como faço diagnóstico diferencial?
Medida de glicemia durante a madrugada.

Como resolver o quadro?
1. Ideal = passar a dose de insulina NPH da noite para mais tarde
2. Alvorecer = poderia aumentar dose da NPH noturna, mas há risco de desenvolver Somogy
3. Somogy = poderia adicionar lanche antes de dormir, mas há risco de desenvolver fenômeno do alvorecer

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4
Q

Diabetes Mellitus tipo II:
Rastreamento - como fazer? quando está indicado? (2)
Como fazer o diagnóstico?
DD com pré-diabetes
Quando indico em pré a metformina?streament

A

Rastreamento = Glicemia de Jejum a cada 3 anos
- Indicações:
a. Idade >= 35 anos (>= 45 ainda em algumas refs)
b. IMC >= 25 + Fator de Risco

Como fazer o diagnóstico?
>= 2 exames alterados:
1. GJ >= 126
2. HbA1c >= 6,5%
3. TOTG 75g 2h >= 200
ou
4. Glicemia aleatória >= 200 + sintomas/LOA

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5
Q

Pré-diabetes / Aumento da resistência periférica à insulina:
Qual o valor da Glicemia de Jejum, HbA1c e TOTG?
Quando considerar iniciar Metformina? (4)

A

Qual o valor da Glicemia de Jejum, HbA1c e TOTG?
1. GJ 100-126
2. HbA1c 5,7-6,4
3. TOTG 75g 2h 140-200

Quando considerar iniciar Metformina?
1. Idade < 60 anos
2. IMC >= 35
3. GJ >= 110
4. História de DMG

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6
Q

Diabetes Mellitus tipo II:
Metformina:
Mecanismo de ação
Local de ação
Vantagens (2)
Quais os efeitos adversos? (3)
Quais as contraindicações?

A

Mecanismo de ação:
Leva a redução da resistência periférica à insulina.

Local de ação:
Fígado (redução da gliconeogênese hepática)

Vantagens:
1. Boa eficácia
2. Não gera ganho de peso

Quais os efeitos adversos?
1. Acidose láctica
2. Efeitos gastrointestinais
3. Deficiência de vitamina B12

Quais as contraindicações?
1. Insuficiência renal (ClCr < 30)
2. Insuficiência hepática (cirrose descompensada)

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7
Q

Diabetes Mellitus tipo II:
Pioglitazona:
Mecanismo de ação
Local de ação
Vantagens (2)
Desvantagens (4)
Qual a contraindicação principal?

A

Mecanismo de ação:
Leva a redução da resistência periférica à insulina.

Local de ação:
Músculo

Vantagens:
1. Melhora de quadros de esteatose hepática
2. Redução do risco de AVEi

Desvantagens:
1. Osteoporose
2. Ganho de peso
3. Retenção de sal
4. Aumento da volemia

Qual a contraindicação principal?
Insuficiência cardíaca .

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8
Q

Diabetes Mellitus tipo II:
Incretinomiméticos:
Como agem?
Quais são?
Efeitos adversos principais dos análogos de GLP-1(2)

A

Como agem?
Aumentando a liberação de insulina basal em resposta ao aumento da glicemia.

Quais são?
1. Análogos de GLP-1 (Lira, Semaglutida)
2. Inibidores da DDP-4 (gliptinas)

Qual deles é mais utilizado? Por quê?
Análogos de GLP-1 (Lira, Semaglutida), pois geram PERDA DE PESO, apresentam benefício cardiorrenal e para pacientes com esteatose hepática.

Efeitos adversos principais dos análogos de GLP-1
1. Náuseas
2. Risco de pancreatite

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9
Q

Diabetes Mellitus tipo II:
iSGLT2:
Qual seu local de ação?
Qual seu mecanismo de ação?
Quais os principais efeitos adversos? (4)
Qual a principal contraindicação?

A

Qual seu local de ação?
Túbulo renal contorcido proximal

Qual seu mecanismo de ação?
Inibem reabsorção renal de glicose, gerando glicosúria

Quais os principais efeitos adversos?
1. Candidíase
2. ITU
3. Poliúria
4. CETOACIDOSE diabética EUGLICÊMICA

Qual a principal contraindicação?
DM1 é uma contraindicação relativa pelo risco de cetoacidose euglicêmica

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10
Q

Diabetes Mellitus tipo II:
Sulfoniureias:
Quais as duas mais utilizadas?
Qual seu mecanismo de ação?

A

Quais as duas mais utilizadas?
Gliclazida e Glimepirida

Qual seu mecanismo de ação?
Aumento da insulina basal, independentemente do aumento da glicemia

Quais seus principais efeitos adversos?
1. Hipoglicemia
2. Ganho de peso

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11
Q

Diabetes Mellitus tipo II:
Como iniciar o tratamento?
- paciente com DCV ou renal
- paciente sem DCV ou renal
Quais são os meus alvos terapêuticos de HbA1c?
Quais são as glicemias pré e pós-prandiais esperadas?

A

Como iniciar o tratamento?
Paciente com DCV ou renal:
Iniciar com iSGLT2 ou análogo da GLP-1
obs: se insuficiência cardíaca ou DRC, preferir ainda mais o iSGLT2.

Paciente sem DCV ou renal:
Iniciar com Metformina
a. Glicada < 7,5 = monoterapia
b. 7,5 - 9,0/10 = associação a outro hipoglicemiante oral
c. > 9,0/10 = associação com insulinoterapia

Quais são os meus alvos terapêuticos de HbA1c?
HbA1c < 7%
HbA1c < 8/8,5% - idoso, policomórbido

Quais são as glicemias pré e pós-prandiais esperadas?
Glicemias pré-prandial: 80-130
Glicemias pós-prandial> < 180

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12
Q

DM2:
Complicações microvasculares:
RETINOPATIA:
Rastreio
Classificação
- qual a primeira alteração?
Tratamento
- objetivo
- opções (2)

A

Rastreio: fundo de olho anual

Classificação:
- Não proliferativa:
a. MICROANEURISMAS (primeira alteração)
b. exsudato e hemorragia
c. veias em rosário
- Proliferativa (isquemia grave):
a. neovasos

Tratamento
Objetivo: evitar neovasos
- Anti-VEGF (anti fator de crescimento de neovasos)
- Fotocoagulação (se neovasos já existentes)

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13
Q

DM2:
Complicações microvasculares:
NEFROPATIA:
Rastreio
Quando está diagnosticada Doença Renal Crônica?
Tratamento de primeira linha
Se não houver controle da albuminúria - conduta

A

Rastreio: albuminúria e ClCr anualmente

Quando está diagnosticada Doença Renal Crônica?
1. Albuminúria >= 30 mg/dia - alteração mais precoce
2. Clearence de creatiniana < 60 ml/min

Tratamento de primeira linha:
1. iECA ou BRA para nefroproteção e redução de albuminúria
2. iSGLT2

Se não houver controle da albuminúria:
Finerenona (antagonista de aldosterona)

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14
Q

DM2:
Complicações microvasculares:
NEUROPATIA:
Rastreio
Como se caracteriza a doença?
Tratamento
- Qual o objetivo?
- Quais as opções terapêuticas? (2)

A

Rastreio: teste do monofilamento ou do diapasão anual para avaliar sensibilidade de extremidades

Como se caracteriza a doença?
POLINEUROPATIA SIMÉTRICA E DISTAL (luva e bota)

Tratamento:
Qual o objetivo? Redução dos sintomas, não há reversão
- Antidepressivos ou
- Anticonvulsivantes

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