Diabetes Mellitus Flashcards
O que é a diabetes?
Estado de hiperglicemia crônica - diminuição da insulina ou resistência à insulina
Quais as características da diebetes tipo I?
Hipoinsulinismo absoluto. Anti-ICA, anti-GAD e anti-IA2 destroem as ilhotas pancreáticas.
Qual o paciente típico da diabetes tipo I?
Menos de 30 anos e magro.
Qual o quadro clínico de diabético tipo I?
Sede, poliúria, emagrece e tem fome.
Por que a diabetes tipo I é incompatível com a vida (Caso n use insulina)?
Pela produção de corpos cetônicos a partir da lipólise.
O que é a diabetes tipo II?
Resistência periférica à ação da insulina, então o pâncreas precisa produzir muito mais até fadigar, virando diabetes tipo I.
Qual o paciente típico da diabetes tipo II?
Mais de 45 anos e obeso.
Qual a clínica da diabetes tipo II?
Assintomático por anos, depois apresenta os sintomas da DM1 e pode abrir complicações (IAM, DAOP, AVE)
Como diagnosticar diabetes tipo I?
Dosando peptídeo C, que se liga a insulina.
Como diagnosticar diabetes tipo II?
Glicemia em jejum maior que 126
Glicemia 2h pós-TOTG 75g maior que 200
Hemoglobina glicada maior que 6,5%
Dois positivos confirmam diagnóstico.
Amostra de glicemia aleatória sem jejum maior que 200 com sintomas de DM é preditivo para diabetes.
Como é o estado pré-diabético?
Glicemia de jejum entre 100 e 124mg/dl
Glicemia 2h pós 74g de glicose VO 140-199mg/dl (mais sensível)
Hemoglobina glicada entre 5,7 e 6,4%
Como é o rastreamento populacional para DM?
IMC > 25 + fator de risco (HAS, sedentarismo, dislipidemia, DM gestacional, acantose (manchas em áreas articulares – resistência a insulina), histórico familiar para DM)
Idade maior que 45 anos
Qual o alvo do tratamento da DM?
Hemoglobina glicada (HbA1C) abaixo de 7% - cuidado com a hipoglicemia (danosa para o neurônio)
Glicemia capilar pré-prandial 80-130mg/dl
Glicemia capilar pós-prandial <180mg/dl
Como tratar DM tipo I?
Insulinoterapia - 0,5-1UI/Kg/dia
Quais os tipos de insulina?
Ação ultra-rapida: lispro/aspat/glulisina age em 5 min e dura 4h
ação rápida:
regular age em 30 min e dura 6h
ação intermediária:
nph age em 2h e dura 12h
e ação lenta:
detemir/glargina/degludeca age em 2h e dura 18-42h
Como seria um esquema de múltiplas aplicações?
Regular 30 min antes ou lipro imediatamente antes.
glargina 1x ao dia
NPH 2x ao dia
Como utilizar NPH e regular juntas?
Aplicar as duas juntas para manter a fase basal, a dose da manhã cobre o café e o almoço (dose maior), depois tem a dose do jantar com a regular e antes de dormir fazer NPH. Então, se o paciente tiver 60kg, vai tomar 40 pela manha (70% nph e 30% regular) e a noite 20 (50% de cada)
O que é o fenômeno do alvorecer?
Quando não tomou insulina o suficiente para se proteger pela manhã.
O que é o efeito Somogyi?
Muita insulina a noite, o que deixa o paciente hipoglicêmico na madrugada.
Qual o padrão ouro da insulinoterapia?
Esquema de infusão contínua.
Qual o tratamento do DM tipo 2?
Drogas que atuem na resistência insulínica. (Biguanida e glitazona)
Drogas que aumentem liberação de insulina (Sulfonilureias e glinidas)
Drogas que diminuam absorção de glicose (arcabose)
Incretinomiméticos
Inibidores da SGLT2
Quando a insulina entra desde o início na DM tipo 2?
caso a glicemia esteja acima de 300 e hemoglobina glicada acima de 10%, gravidez, estresse, doença hepática e renal avançada.
Detalhe um esquema terapêutico da DM tipo 2
METFORMINA (500 a 2550mg/dia)
Reavaliar com HbA1c a cada 3-6 meses
Se estiver >7 aumentar droga
METFORMINA + 2º/3º AGENTE
Doença aterosclerótica – análogo da GLP-1 (…tida – “aterosclerotida”)
IC ou renal – inibidor de SGLT-2 (glifozina – rim zin)
Ganho de peso – Análogo de GLP-1 ou inibidor de SGLT-2
Custo da medicação importa? – sulfonilureia/pioglitazona
Insulina basal (NPH noturna)
Progredir dose de insulina: NPH 2X/d + regular 2x/d
Um paciente diabético que tenha IC, qual medicamento indicar?
Empagliflozina
Qual a fisiopatologia da cetoacidose diabética?
o paciente em aumento da glicose, não tem insulina, há um estimulo da lipólise, produzindo muitos corpos cetônicos (acetona, ac. Acetoacético, ac beta-hidroxibutírico) com isso, há consumo do bicarbonato e o paciente entra em acidose metabólica.
Como diagnosticar cetoacidose diabética?
glicose maior de 250, cetonemia ou cetonuria (3+/4+), ph menor que 7,30 e bicarbonato abaixo de 15.
Qual a clínica de um paciente com cetoacidose diabética?
dor abdominal, náusea, vomito, desidratação, hiperventilação (kusmaul) para expulsar acido, leucocitose, aumento da creatinina, amilase
Qual o tratamento da cetoacidose diabética?
VIP – volume, insulina e potássio
Volume: o paciente está seco. Fazer soro fisiológico 0,9% 1L na primeira hora (criança – 15-20ml/kg) – se o sódio tiver baixo fazer 0,9%, se tiver normal ou alto fazer soro fisiológico 0,45%
Insulina: dose de ataque de 0,1U/kg + 0,1U/kg/h
Quando a glicemia chegar a 250 – iniciar soro glicosado a 5%
K+ (3,3 – 5,2) repor K 20-30mEq/L
K+ (menor que 3,3) repor K+ e adiar insulina
Como saber se o paciente está compensado na cetoacidose diabética?
pH > 7,3; hco3 maior que 15; glicemia menor que 200; AG menor ou igual a 12.
Qual a relação da insulina com o potássio?
A insulina guarda o potássio na célula.