Diabetes Flashcards
Qual é o evento inicial da Doença Renal do Diabetes?
A hiperglicemia, que leva à glicação avançada de proteínas, ativando cascatas inflamatórias e aumentando a pressão intraglomerular.
Qual o efeito da hiperglicemia na arteríola aferente e eferente?
Aferente: Vasodilatação (por óxido nítrico e prostanoides). Eferente: Vasoconstrição (por angiotensina II e endotelina 1). Consequência: Aumento da pressão intraglomerular → proteinúria.
Qual o papel do SGLT2 na fisiopatologia da Doença Renal do Diabetes?
Na hiperglicemia, há superexpressão do cotransportador SGLT2 no túbulo proximal, aumentando a reabsorção de sódio e glicose, o que reduz a chegada de sódio na mácula densa, ativando mecanismos que aumentam a pressão intraglomerular.
Qual a alteração histológica característica da Doença Renal do Diabetes?
-espessamento da membrana basal
-aumento do depósito mesangial
-proliferação de células mesangiais: glomeruloesclerose nodular (Nódulos de Kimmelstiel-Wilson).
Quais os três critérios diagnósticos para Doença Renal do Diabetes?
- Relação albumina-creatinina > 30 mg/g. 2. Taxa de Filtração Glomerular (TFG) < 60 ml/min por mais de 3 meses. 3. Alteração estrutural renal em exame de imagem.
Como se classifica a Doença Renal Crônica (DRC) pela TFG?
G1: ≥ 90 ml/min. G2: 60-89 ml/min. G3a: 45-59 ml/min. G3b: 30-44 ml/min. G4: 15-29 ml/min. G5: < 15 ml/min (doença renal terminal).
Como se classifica a Doença Renal Crônica pela albuminúria?
A1: < 30 mg/g. A2: 30-300 mg/g (microalbuminúria). A3: > 300 mg/g (macroalbuminúria).
Quando iniciar o rastreio da Doença Renal do Diabetes?
Diabetes tipo 1: 5 anos após o diagnóstico. Diabetes tipo 2: No momento do diagnóstico.
Quando há indicação de biópsia renal no diabetes?
- Aumento abrupto da proteinúria (> 4g/dia). 2. Hematúria glomerular (disformismo eritrocitário ou cilindros hemáticos). 3. Declínio acelerado da TFG. 4. Ausência de outras lesões de órgão-alvo. 5. Duração do diabetes tipo 2 < 10 anos. 6. Sinais de outra doença sistêmica (ex: lúpus). 7. Hipertensão extrema ou refratária.
Quais são as mudanças no estilo de vida recomendadas para pacientes com Doença Renal do Diabetes?
- Reduzir o consumo de sal (< 2g de sódio/dia). 2. Dieta com proteína moderada (0,8g/kg/dia). 3. Exercício físico (150 min/semana). 4. Parar o tabagismo. 5. Redução do IMC para < 25.
Quais são as drogas de primeira linha para Doença Renal do Diabetes?
- Metformina. 2. Inibidor de SGLT2 (dapagliflozina). 3. IECA ou BRA (losartana/enalapril). 4. Estatina (independente do colesterol).
Qual a meta pressórica na Doença Renal do Diabetes?
< 130/80 mmHg (consenso brasileiro de hipertensão). < 120 mmHg sistólica (KDIGO).
Quando considerar o uso de finerenona?
Quando há proteinúria persistente mesmo com IECA/BRA + ISGLT2 otimizados.
Quando NÃO se deve iniciar ISGLT2?
Quando a TFG for menor que 20 ml/min ou o paciente estiver em diálise.
Quais os principais efeitos adversos dos ISGLT2?
- Candidíase genital (devido à glicosúria). 2. Hipotensão. 3. Cetoacidose euglicêmica.
Quando suspender metformina?
TFG < 45 ml/min → Reduzir a dose. TFG < 30 ml/min → Suspender. Paciente em diálise → Suspender.
IECA e BRA podem ser usados juntos?
Não! O uso combinado pode aumentar o risco de hipercalemia e insuficiência renal.
Qual o principal efeito adverso do IECA/BRA na Doença Renal do Diabetes?
Hipercalemia, devido à redução da aldosterona e consequente retenção de potássio.
Em um paciente hipertenso com Doença Renal do Diabetes, qual a sequência de tratamento para controle pressórico?
- IECA ou BRA (primeira escolha). 2. Diurético tiazídico ou bloqueador de canal de cálcio (se persistir hipertensão). 3. Bloqueador de aldosterona (finerenona) se houver proteinúria residual.
Como diferenciar Doença Renal do Diabetes de outras nefropatias?
Doença Renal do Diabetes: Proteinúria progressiva, sem hematúria glomerular, com lesão de outros órgãos-alvo (retinopatia, neuropatia). Outras nefropatias: Proteinúria abrupta, hematúria glomerular, ausência de retinopatia.
Quando um paciente deve suspender a metformina?
-TFG < 45 ml/min → Reduzir dose.
-TFG < 30 ml/min → Suspender.
-Pacientes em diálise → Suspender.
Qual a principal alteração histológica inicial na Doença Renal do Diabetes?
Espessamento da membrana basal glomerular
Como o SGLT2 contribui para a progressão da Doença Renal do Diabetes?
O aumento da reabsorção de glicose e sódio no túbulo proximal reduz o fluxo de sódio na mácula densa, levando à ativação do sistema renina-angiotensina e aumento da pressão intraglomerular
Quando considerar o uso de finerenona na Doença Renal do Diabetes
Quando o paciente já estiver usando IECA/BRA e ISGLT2 em dose otimizada e ainda apresentar proteinúria.