Deposições, pigmentações e calcificações Flashcards

1
Q

As deposições intracelulares podem ser

A

Substância normal ou anormal (endógena -produção excessiva- ou exógena), pigmento, temporária (ex: esteatose hepática) ou permanente, inócuos ou tóxicas

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2
Q

As substâncias depositadas localizam-se

A

No citoplasma ou núcleo, normalmente

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3
Q

Três anormalidades para deposição intracelular

A

-A substância endógena é produzida, mas a velocidade de seu metabolismo é inadequada para removê-la, como ocorre com a esteatose hepática (alteração nos hepatócitos)
-A substância endógena normal ou anormal se acumula devido a defeitos genéticos ou adquiridos do metabolismo,armazenamento, transporte ou secreção. Ex: doença de armazenamento.
-Uma substância exógena anormal é depositada e se acumula, a célula não consegue degradá-la ou transportá-la. Ex: partículas de carbono.

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4
Q

Deposição lipídica - triglicerídeos

A

Esteatose ou degeneração gordura

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5
Q

Deposição lipídica - colesterol

A

Aterosclerose, xantomas, xantolasmas, colesterolose

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6
Q

Esteatose ou degeneração gordurosa

A

-Deposição anormal de TGs nas células.
-Órgão mais afetado é o fígado (envolvido
no metabolismo de lipídios). Mas pode acontecer no coração, músculos, rins.
-Causas: álcool, desnutrição proteíca (dificulta a produção de enzimas), DM, obesidade e anemia
-O fígado pode aumentar de volume na esteatose difusa, alterando o padrão radiográfico. Também adquire a coloração amarelo-alaranjada.

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7
Q

Histologia de uma esteatose

A

Aparecem vacúolos brancos parecidos com o tecido adiposo

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8
Q

Xantoma e xantelasma

A

-Acúmulo de intracelular de colesterol nos macrófagos (ficam com o citoplasma espumoso)
-Xantoma é comum na hiperlipidemia adquirida ou hereditária

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9
Q

Colesterolose

A

-Acúmulo intracelular de colesterol nos macrófagos da vesícula biliar
-Muitas vezes associada com colelitiase

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10
Q

Deposição proteíca - o que é e exemplos

A

-Agregados arredondadoseosinofílicos no citoplasma das células
-Comum em proteinúria (defeito na filtração/ insuficiência renal, já que normalmente as proteínas não passam pelo túbulo renal)
-Aumento da síntese de proteínas secretoras normais que ocorre em alguns plasmocitos, encarregados de sintetizar imunoglobulinas (presença de corpúsculos de Hassal - eosinofílicos)

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11
Q

Deposição de glicogênio

A

-Anormalidades no metabolismo da glicose
ou do glicogênio. Ex: doenças do armazenamento de glicogênio, DM
-Aparecem vacúolos claros no citoplasma. Colorações especiais para diferenciá-los dos vacúolos lipídicos, como PAS

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12
Q

Pigmentos exógenos

A

Atracose e tatuagem

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13
Q

Atracose

A

Substância inalada que gera pigmentação enegrecida, mais comum pelo acúmulo de poeira de carvão ou de carbono (poluição e tabagismo). Os macrófagos dos alvéolos reabsorvem esse pigmento já que o corpo não consegue metabolizar, em seguida segue pelos vasos linfáticos.

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14
Q

Por que a tatuagem pode ficar mais clara?

A

Por que os macrófagos que absorveram o pigmento exógeno podem ser drenados

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15
Q

Pigmentos endógenos

A

Lipofuscina/ lipocromo/ pigmento de desgaste, melanina, hemossiderina, bilirrubina

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16
Q

Lipofuscina

A

Sinal indicativo de lesão por radicais livres (envelhecimento celular) e peroxidação lipídica, formando complexos proteícos.
- Marrom-amarelado e pode estar no fígado, coração, vesículas seminais

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17
Q

Melanina

A

Único pigmento marrom-escuro endógeno.
Ocorre por ação da tirosinase nos melanócitos, que catalisa a oxidação da tirosina

18
Q

Hemossiderina

A

-Pigmento amarelo a marrom derivado da Hb, com ferro
-Indica uma hemorragia antiga, com pigmento dentro dos macrófagos

19
Q

Bilirrubina

A

-Principal pigmento da bile
-Derivado da Hb, mas sem ferro
-Na icterícia há excesso de bilirrubina

20
Q

Calcificação distrófica

A

-Deposição local em tecidos lesados ou morrendo , como áreas de necrose, ateromas e valvas cardíacas idosas ou danificadas (pode levar a estenose valvar)
-Macroscopicamente são granulos finos ou nódulos brancos, firmes
-Microscopicamente são basófilos
-Pode formar osso heterotópico ou corpos psamomatosos (anéis concêntricos de calcificação)

21
Q

Calcificação metastática

A

-Deposição difusa em tecidos normais, decorrente de hipercalcemia (acúmulo de Ca2+ no sangue)
-Afeta principalmente tecidos intersticiais
-Nos pulmões pode gerar deficiência respiratória (não conseguem expandir)
-Nos rins, pode gerar dano renal por nefrocalcinose

22
Q

Causas de hipercalcemia - calcificação metastática

A

1- Aumento da secreção do hormônio da paratireoide (PTH), levando à reabsorção óssea
2- Destruição do tecido ósseo por tumores, metástases, imobilizações prolongadas (atrofia do membro)
3- Desordens relacionadas à vitamina D, como na intoxicação por esta vitamina
4- Insuficiência renal onde há retenção de fosfato levando a hiperparatireoidismo secundário

23
Q

Calculose

A

Estruturas sólidas com constituição química variada, pode ocorrer em todo lugar com espaço vazio (muito comum em ductos e túbulos)

24
Q

Cálculos biliares

A

-A maioria é composta por colesterol, o resto por sais de bilirrubina.
-Fatores de risco: idade mais avançada (expressa com dor); sexo feminino- hormônios femininos, uso de ACO’s, gravidez; obesidade e perda ponderal acelerada; estase na vesícula biliar e erros no metabolismo dos sais biliares; hereditariedade.

25
Q

Quadro clínico dos cálculos biliares

A

-A probabilidade de câncer aumenta devido ao atrito na região, que leva a um processo constante de regeneração. Com isso há mais chances de mutação.
-Pode estar associado a colecistite (resposta inflamatória) por esse atrito.
-Empiema, colangite (inflamação dos ductos), perfuração da vesícula, obstrução das vias biliares, pancreatite (cálculo no ducto pancreático)
-80% é assintomático, mas alguns podem ter cólica biliar

26
Q

Urolitíase - o que é e composição

A

-Cálculo na pelve renal, bexiga ou uretra
-Maioria é composta de cálcio, mas pode ser de fosfato, amônio, magnésio, ácido úrico e cistina (relação com a dieta). Todos possuem matriz de mucoproteína.

27
Q

Quadro clínico da urolitíase

A

-Pode ser assintomática
-Pode levar a hidronefrose: cálculo obstrui ureter ou bexiga -> dilatação da pelve renal (hidronefrose), a ulceração, hematúria, infecção por estase da urina

28
Q

Fatores que influenciam na urolitíase

A

-Concentração urinária aumentada dos constituintes é o principal determinante
-Alteração no pH urinário
-Volume urinário diminuído
-Presença de bactérias no TGU
-Deficiência de inibidores da formação de cristais na urina

29
Q

Cálculos coraliformes

A

estruturas ramificadas, associadas a infecções
por bactérias

30
Q

Aterosclerose - o que é, o que pode causar, onde surgem primeiramente

A

-Inflamação crônica que leva a lesões na íntima dos vasos sanguíneos por ateromas ou placas ateromatosas, que invadem e obstruem o lúmen e enfraquecem a camada
-Pode levar a AVC, infarto, embolia e isquemia de MMI
-As placas surgem primariamente nas artérias elásticas (aorta, carótida,ilíacas) e nas musculares de médio e grande calibre (coronárias e poplíteas).

31
Q

Componentes da placa de ateroma

A

-Células, incluindo musculares lisas, macrófagos e outros leucócitos
-Matriz extracelular: colágeno, fibras elásticas
-Lipídios intra e extracelulares

32
Q

Patogênese da aterosclerose

A
  1. Lesão crônica endotelial
  2. Disfunção endotelial (aumento na permeabilidade, migração e adesão leucocitária e de monócitos)
  3. Migração de células musculares lisas da média para a íntima e ativação de macrófagos = capturam e absorvem lipídios
  4. Proliferação das células musculares lisas, deposição de colágeno e de outras substâncias da MEC, lipídios extracelulares e células necróticas
33
Q

Lesões avançadas da aterosclerose

A

-Ruptura focal, ulceração e erosão
-Hemorragia
-Trombose
-Dilatação aneurismática pela fraqueza da parede por lesão da camada muscular e perda de fibras elásticas

34
Q

Fatores de risco para a formação da placa de ateroma

A

Idade avançada, sexo masculino, história familiar, anormalidade genética, obesidade, sedentarismo, estresse, deficiência de estrogênio pós menopausa, elevado consumo de carboidratos e gordura, hiperlipidemia, HAS, diabetes, tabagismo, álcool

35
Q

Cicatrização por primeira intenção ou união primária

A

As margens da lesão são opostas e próximas (incisão cirúrgica). Há preenchimento da ferida por sangue coagulado contendo fibrina e célula; desidratação da superfície do coágulo, formando crosta hemática; inicialmente, há presença de neutrófilos, depois macrófagos, tecido de granulação e deposição de colágeno, com formação da cicatriz.

36
Q

Cicatrização por segunda intenção ou união secundária

A

Há perda mais importante de tecido, com margens separadas. Há crescimento de tecido de granulação exuberante a partir das margens e maior reação inflamatória e tecido de granulação. A contração da ferida é mais proeminente por ação de fibroblasto que se modifica para miofibroblastos.
Ex: úlcera por pressão

37
Q

Fatores sistêmicos que influenciam a cicatrização

A

+ Nutrição: Proteínas, vitaminas (vit. C para formação de colágeno);
+ Condição metabólica: Microangiopatia do DM;
+ Condição circulatória: Oferta sanguínea inadequada;
+ Ação de hormônios: Glicocorticoides, que inibem síntese de colágeno.

38
Q

Fatores locais que influenciam a cicatrização

A

+ Infecção pela lesão tecidual persistente;
+ Fatores mecânicos;
+ Corpos estranhos;
+ Tamanho, localização, tipo de ferida;

39
Q

Deiscencia

A

Abertura de pontos em ferida cirúrgica por cicatrização insuficiente, sendo associada a processo infeccioso. Pode ser acompanhada de úlcera

40
Q

Formação excessiva de componentes de reparação

A

Cicatriz hipertrofica, queloide (vai além dos limites da ferida, aspecto tumoral), granulação exuberante (carne esponjosa que impede a reepitelização), desmoides ou fibromatose agressiva (proliferação exuberante de fibroblastos e outros componentes do conjuntivo,
fazem limite com neoplasias)