dengue Flashcards

1
Q

espectro clínico

A
  • pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, causa uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico, variando desde formas oligossintomáticas até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Pode apresentar três fases clínicas: febril, crítica e de recuperação
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2
Q

características fase critica

A

entre os dias 4 e 6.
- febre já tem diminuído
- choque, sangramento. comprimento de órgãos
- aumento de hematócrito e diminuição de plaquetas

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3
Q

sinais de alarme

A

presentes na fase critica que podem evoluir para fase grave, tem início com a defervescência da febre, entre três e sete dias do início da doença.
- dor abdominal intensa e contínua
- vômitos persistentes
- acúmulo de líquidos
- hipotensão postural ou lipotimia
- hepatomegalia
- sangramento de mucosa
- letargia e/ou irritabilidade

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4
Q

dengue grave

A

podem se manifestar como choque ou acúmulo de líquidos com desconforto respiratório, em função do severo extravasamento plasmático.
- o derrame pleural e a ascite podem ser clinicamente detectáveis, o extravasamento plasmático também pode ser percebido pelo aumento do hematócrito, pela redução dos níveis de albumina e por exames de imagem.
- outras formas graves da dengue são o sangramento vultoso e o comprometimento de órgãos como o coração, os pulmões, os rins, o fígado e o sistema nervoso central (SNC).

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5
Q

choque

A

ocorre quando um volume crítico de plasma é perdido por meio do extravasamento ou sangramento, o que geralmente ocorre entre o quarto ou quinto dia de doença, com intervalo entre o terceiro e sétimo, geralmente precedido por sinais de alarme.
- o período de extravasamento plasmático e choque leva de 24 a 48 horas.

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6
Q

grau de consciência no choque

A
  • choque ausente: claro e lúcido
  • choque compensado: claro e lúcido
    (se o paciente não for tocado, o choque pode não ser detectado)
  • choque com hipotensão: alteração do estado mental (agitação/ agressividade)
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7
Q

enchimento capilar no choque

A
  • choque ausente: normal (<2s)
  • choque compensado: prolongado (3 a 5s)
  • choque com hipotensão: mto prolongado (> 5s)
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8
Q

extremidades no choque

A
  • choque ausente: temperatura normal e rosadas
  • choque compensado: frias
  • choque com hipotensão: muito frias e úmidas, pálidas ou cianóticas
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9
Q

intensidade do pulso periférico no choque

A
  • choque ausente: normal
  • choque compensado: fraco e filiforme
  • choque com hipotensão: tênue ou ausente
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10
Q

ritmo cardíaco no choque

A
  • choque ausente: normal para idade
  • choque compensado: taquicardia
  • choque com hipotensão: taquicardia no inicio e bradicardia no choque tardio
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11
Q

PA no choque

A
  • choque ausente: normal
  • choque compensado: PAS normal mas PAD crescente
  • choque com hipotensão: hipotensão
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12
Q

PA média no choque

A
  • choque ausente: normal
  • choque compensado: redução da pressão (<20mmHg) hipotensão postural
  • choque com hipotensão: gradiente de pressão <10mmHg, pressão não detectável
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13
Q

FR no choque

A
  • choque ausente: normal
  • choque compensado: taquipneia
  • choque com hipotensão: acidose metabólica, polipneia ou respiração de Kussmaul
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14
Q

considera-se hipotensão

A

PAS menor que 90mmHg ou PAM menor que 70mmHg, ou diminuição da PAS maior que 40mmHg. Pressão de pulso ≤20 mmHg. Em adultos, é muito significativa a diminuição da PAM associada à taquicardia.

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15
Q

hemorragias graves

A

a hemorragia massiva pode ocorrer sem choque prolongado, sendo esta um dos critérios de gravidade. Se for no aparelho digestivo, será mais frequente seu surgimento em pacientes com histórico de úlcera péptica ou gastrites, assim como da ingestão de ácido acetilsalicílico (AAS), anti-inflamatórios não esteroides (Aine) e anticoagulantes.

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16
Q

miocardite

A

alterações do ritmo cardíaco (taquicardias e bradicardias), inversão da onda T e do segmento ST, com disfunções ventriculares (diminuição da fração da ejeção do ventrículo esquerdo), podendo ter elevação das enzimas cardíacas.

17
Q

hepatite

A

elevação de enzimas hepáticas de pequena monta podendo, nas formas graves, evoluir para comprometimento severo das funções hepáticas expressas pelo acréscimo das aminotransferases em dez vezes o valor máximo normal, associado à elevação do valor do tempo de protrombina.

18
Q

manifestações neurológicas

A

podem apresentar convulsões e irritabilidade. O acometimento grave do sistema nervoso pode ocorrer no período febril ou, mais tardiamente e tem sido relatado com diferentes formas clínicas: meningite linfomonocítica, encefalite, síndrome de Reye, polirradiculoneurite, polineuropatias (síndrome de Guillain-Barré) e encefalite.

19
Q

fase de recuperação

A

Nos pacientes que passaram pela fase crítica, haverá reabsorção gradual do conteúdo extravasado, com progressiva melhora clínica.
- débito urinário normaliza-se ou aumenta. - podem ocorrer bradicardia e mudanças no ECG.
- alguns pacientes podem apresentar rash (exantema) cutâneo, acompanhado ou não de prurido generalizado.
- infecções bacterianas poderão ser percebidas nessa fase ou ainda no final do curso clínico.

20
Q

diagnóstico diferencial

A
  • síndromes febris
  • síndromes enxatemáticas febris
  • síndromes hemorrágicas febris
  • síndromes dolorosas abdominais
  • síndrome de choque
  • síndrome meníngeas
21
Q

anamnese

A
  • pesquisar a presença de febre, preconiza-se conhecer a data de início da febre e de outros sintomas.
  • investigar a presença de sinais de alarme
  • verificar a presença de alterações gastrointestinais
  • investigar a existência de alterações do estado da consciência
  • em relação à diurese, indagar a respeito da frequência nas últimas 24 horas, do volume e da hora da última micção
  • pesquisar se existem familiares com dengue ou na comunidade, assim como história de viagem recente para áreas endêmicas de dengue (14 dias antes do início dos sintomas)
  • condições preexistentes: lactentes (<24 meses), adultos >65 anos, gestantes, obesidade, asma, diabetes mellitus, hipertensão, etc.
22
Q

exame físico geral

A
  • valorizar e registrar os sinais vitais de temperatura, qualidade e pressão de pulso, frequência cardíaca, PAM e frequência respiratória
  • avaliar o estado de consciência com a escala de Glasgow
  • verificar o estado de hidratação
  • verificar o estado hemodinâmico por meio do pulso e da pressão arterial
  • investigar a presença de efusão pleural, taquipneia, respiração de Kussmaul
  • pesquisar a presença de dor abdominal, ascite e hepatomegalia
  • investigar a presença de exantema, petéquias ou sinal de Herman (mar vermelho com ilhas brancas)
  • buscar manifestações hemorrágicas espontâneas ou induzidas, como a prova do laço, sendo esta frequentemente negativa em caso de obesidade e durante o choque.
23
Q

classificação de risco de acordo com sinais e sintomas

A
  • A: azul - atendimento conforme o horário de chegada
  • B: verde - prioridade não urgente
  • C: amarelo- urgência, atendimento o mais rápido possível
  • D: vermelho - emergência, paciente com necessidade de atendimento imediato
24
Q

caracterização grupo A

A
  • caso suspeito de dengue
  • ausência de sinais de alarme
  • sem comorbidades, grupo de risco ou condições clínicas especiais
25
Q

conduta grupo A

A
  • exames laboratoriais complementares
  • prescrever paracetamol e/ou dipirona
  • não utilizar salicilatos ou anti-inflamatórios não esteroides
    e corticosteroides
  • orientar repouso e prescrever dieta e hidratação oral
  • procurar imediatamente
    o serviço de urgência, em caso de sangramentos ou surgimento de sinais de alarme
26
Q

caracterização grupo B

A
  • caso suspeito de dengue
  • ausência de sinais de alarme
  • com sangramento espontâneo de pele ou induzido
27
Q

conduta grupo B

A
  • solicitar exames complementares
  • hemograma completo é obrigatório para todos os pacientes
  • nos pacientes com comorbidades de difícil controle ou descompensada realizar exames específicos
  • colher amostras no momento do atendimento
  • avaliar hemoconcentração
28
Q

caracterização grupo c

A
  • caso suspeito de dengue
  • presença de algum sinal de alarme
29
Q

conduta grupo C

A