Cuidados Paliativos Flashcards
Comunicação vs Informação
Um dos pilares dos cuidados paliativos.
Informação são explicações que devem ser digiridas ao doente e/ou à família sobre a situação da pessoa. Comunicação é algo complexo, que envolve vários sentidos e que estabelece uma relação interpessoal.
Envolve ouvir, observar e tomar consciência dos nossos próprios sentimentos.
Uma comunicação bem-sucedida pode determinar a reação a acontecimentos futuros.
Pilares dos Cuidados Paliativos
Comunicação
Equipa Multidisciplinar
Apoio à família
Controlo de sintomas
3 níveis da comunicação
- Conteúdo
- Expressão emocional
- Relação emissor/recetor
Barreiras na comunição
- Informação de forma clara, simples e honesta.
- Compreensão de consteúdos.
- Quantidade de informação
- Falta de tempo
Escuta ativa
Ouvir
Codificar
Interpretar
Responder
Compreensão empática
Não sentir o que o outro sente
Não viver o problema do outro
Porém deve-se:
Validar os sentimentos do outro
Se colocar no seu lugar
Compreender pelo que o outro está a passar
Feedback
Permite controlar a eficácia da comunicação
Perceber a intenção do recetor e a sua reação
Comunicação não-verbal: Linguagem Corporal
- Expressão facial
- Contacto visual
- Postura e movimentos corporais
- Contacto físico e toque
Comunicação não-verbal: Linguagem paraverbal/paralinguagem
- Qualidade da voz
* Segregados vocais
Fatores que afetam a comunicação não-verbal
Aspetos culturais
• Género
• Receios do profissional e do doente
Transmissão de Más Notícias: Protocolo de Buckman
SPIKES
- Conseguir o ambiente correto > Setting
- Descobrir o que o doente já sabe > Perception
- Descobrir o que o doente quer saber > Invitation
- Partilhar a informação > Knowledge
- Responder às reações do doente > Empaty
- No fim: planear e acompanhar > Strategy
Conspiração do Silêncio
PQ?
• Tentativa de proteger o familiar
• Medo que o familiar não suporte a verdade
• Dificuldade da própria família em lidar com a situação
• Evitar situação difícil e percecionada como destrutiva
• Medo do sofrimento
REALIDADE:
• A maioria das vezes o doente sabe que algo se passa
• O doente vive a situação sozinho
• Não se permite que ele se expresse
O que fazer com relação a agressividade?
Gerada por medo e angústia.
- A agressividade deve ser contida e não aumentada
- Perceber a verdadeira causa
- Perceber se é justificada ou injustificada
- Não se apressar a justificar os erros dos outros
Choro e silêncio
Deve-se respeitar
Esperança
Manter a esperança é um princípio fundamental em cuidados paliativos, na medida em que permite aos indivíduos viver melhor o tempo que lhes resta.
Como alimentar a esperança
Processo experiencial
- Prevenir e controlar os sintomas
- Encorajar o doente/família a transcender da situação
atual
- Encorajar experiências estéticas
- Encorajar envolvimento em atividades criativas e
divertidas
- Usar o humor de forma adequada
- Focar nas alegrias do passado e presente
- Partilhar histórias positivas inspiradoras de esperança
- Apoiar o doente/família a expressar verbalmente a autoreflexão positiva
Processo espiritual
- Facilitar a participação em rituais religiosos e práticas
espirituais
- Referenciar para um assistente espiritual
- Assistir o doente/família na procura do significado
presente
- Sugerir literatura, filmes e arte que explore o significado do sofrimento
PROCESSO RELACIONAL
- Minimizar o isolamento do doente/família
- Estabelecer e manter uma relação aberta
- Reforçar a auto-estima do doente/família
- Reconhecer a individualidade e o valor do
doente/família
- Assistir o doente a identificar pessoas/objetos
significativos
- Providenciar tempo para as relações (instituições)
PROCESSO DE PENSAMENTO RACIONAL
- Assistir o doente/família a estabelecer, obter, e rever os objetivos sem impor agenda
- Assistir na identificação de recursos disponíveis e
necessários para a realização de objetivos
- Ajudar na identificação de sucessos passados
- Aumentar sentido de controlo dos doentes/famílias
Princípios gerais do controlo sintomático
Avaliar antes de tratar Explicar as causas dos sintomas Não esperar que o doente se queixe Dar atenção ao detalhe Adotar uma estratégia terapêutica mista Monitorizar os sintomas
AVALIAÇÃO DA DOR
Localização
Qualidade
Frequência
Intensidade
Dor em paciêntes com demência
Dor na população idosa com
demência tem uma prevalência 83%
A demência pode afetar a capacidade de
comunicar e a expressão verbal da dor, mas
não afeta a capacidade de sentir
A dor subavaliada ou não tratada leva à
depressão, incapacidade funcional, isolamento
social e ao aumento dos custos de saúde.
GOLD STANDARD
A combinação de provas cognitivas mais usada atualmente para diagnosticar a demência
O autorrelato é considerado o
gold-standard (Demência ligeira a moderada)
Solicitar a participação de familiares e/ou
cuidadores para a avaliação da dor
3 escalas de avaliação da dor
Numérica
Qualitativa
De Faces
XEROSTOMIA
- Sensação de secura na boca. Pulverizar água com gotas de limão para aliviar sintoma
- Investigar causa (medicamentos utilizados por exemplo)
MUSCOSITE
Processo inflamatório da membrana da mucosa oral
De Grau I a II: Dieta alimentar Analgesia Soluções salinas Higiene oral
De Grau III a IV:
Opióides
Dieta:
Evitar álcool e tabaco
Hidratação
Evitar alimentos ácidos, muito doces ou salgados
Optar por alimentos suaves, leves e macios
SIALORREIA
Produção excessiva de saliva.
Posicionamento da cabeça
Aspiração apenas ocasional
Humanitude
Fatores que contribuem para a Desumanização dos cuidados de saúde:
✓ Burocratização
✓ Desorganização
✓ Falta de formação humana
✓ Resistência dos profissionais à mudança organizativa
✓ Atitude mais vocacionada para a inovação tecnológica
- Solidariedade
- Dignidade
- Respeito
- Palavra
- Reconhecimento mútuo
É um cuidar que vise o bem-estar físico e psicológico do doente através do respeito pela individualidade, dignidade, autonomia e reconhecimento dos seus direitos.