Critérios, escores, classificações Flashcards
Como é dado o diagnóstico de insuficiência cardíaca?
Com a presença de 2 critérios maiores ou de 1 critério maior + 2 menores de Framingham.
Quais são os critérios maiores de Framingham?
Mnemônico: Começa de cima e vai descendo.
Apontando para o nariz/boca: Dispneia paroxística noturna.
Apontando para o pescoço: Turgência jugular, refluxo hepatojugular.
Apontando para os pulmões: Edema agudo de pulmão, estertores crepitantes.
Apontando para o coração: Cardiomegalia na radiografia de tórax, presença de B3.
Apontando para a veia cava: Pressão venosa central (PVC) > 16 cmH2O.
Apontando para a barriga: Perda ponderal (> 4,5 kg/5 dias) em resposta ao tratamento.
Quais são os critérios menores de Framingham?
Mnemônico: Começa de baixo e vai subindo.
Apontando para os pés: Edema bilateral de membros inferiores.
Caminhando: Dispneia aos esforços, capacidade vital reduzida a 1/3 do normal.
Palpando o pulso radial: FC > 120 bpm.
Apontando para o fígado: Hepatomegalia.
Puncionando o 5º EIC (toracocentese): Derrame pleural.
Levantando no meio da toracocentese tossindo: Tosse noturna.
Como é a classificação funcional da insuficiência cardíaca, segundo a New York Heart Association (NYHA)?
NYHA classe I: Dispneia apenas aos esforços vigorosos.
NYHA classe II: Dispneias aos esforços usuais (moderados; p. ex., caminhar, fazer compras)
NYHA classe III: Dispneia aos mínimos esforços (p. ex., escovar os dentes, pentear o cabelo, amarrar os sapatos).
NYHA classe IV: Dispneia em repouso.
Quais são os estágios evolutivos da insuficiência cardíaca?
Estágio A: Fatores de risco (p. ex., HAS, DM, sedentarismo, obesidade).
Estágio B: Cardiopatia estrutural assintomática.
Estágio C: IC sintomática.
Estágio D: IC sintomática refratária ao tratamento clínico.
Quais são os parâmetros avaliados pelo escore CHA2DS2-VASc para estimativa do risco de AVC em pacientes com fibrilação atrial?
C: Congestive heart failure (ICC) (1 ponto)
H: Hipertensão (1 ponto)
A: Age ≥ 75 anos (2 pontos)
D: Diabetes mellitus (1 ponto)
S: Stroke (AVC) ou AIT ou tromboembolismo (2 pontos)
V: Doença vascular (IAM ou doença arterial periférica ou placa aórtica) (1 ponto)
A: Age 65 a 74 anos (1 ponto)
Sc: Sex category (sexo feminino) (1 ponto)
Qual é a conduta a partir do resultado do escore CHA2DS2-VASc para estimativa do risco de AVC em pacientes com fibrilação atrial?
≥ 2 em homens ou ≥ 3 em mulheres: Iniciar anticoagulação.
1 em homens ou 2 em mulheres: Individualizar.
0 em homens ou 1 em mulheres: Não iniciar anticoagulação.
Quais são os parâmetros avaliados pelo escore HAS-BLED para estimativa do risco de sangramento maior em pacientes usando anticoagulação para fibrilação atrial?
H: HAS descompensada (1 ponto)
A: Alteração hepática ou renal (1 ponto cada)
S: Stroke (AVC) (1 ponto)
B: Bleeding tendency or predisposition (1 ponto)
L: Labilidade do RNI (para pacientes usando varfarina) (1 ponto)
E: Elderly (> 65 anos) (1 ponto)
D: Drogas que interferem na varfarina (p. ex., AINE, AAS) ou uso de álcool (1 ponto cada)
Qual é a interpretação do escore HAS-BLED para estimativa do risco de sangramento maior em pacientes usando anticoagulação para fibrilação atrial?
Pacientes com pontuação maior que 3 apresentam alto risco de sangramento, mas isso não significa que tenham contraindicação à anticoagulação, pela sobreposição entre o HAS-BLED e o CHA2DS2-VASc.
Pacientes com maior risco de sangramento também têm maior risco de eventos embólicos.
O escore é uma importante ferramenta para estimar o risco de sangramento, mas não contraindica a anticoagulação.
Como são categorizados os pacientes com IAM segundo a classificação de Killip?
Killip I: Sem evidência de insuficiência cardíaca (sem estertor ou B3).
Killip II: Insuficiência cardíaca leve a moderada (B3, estertores até metade dos campos pulmonares, distensão venosa jugular).
Killip III: Edema agudo de pulmão.
Killip IV: Choque cardiogênico.
Como é dividida a dissecção de aorta segundo a classificação de Stanford?
Stanford tipo A: Acomete a aorta ascendente (pode acometer a aorta descendente).
Stanford tipo B: Não acomete a aorta ascendente.
Mnemônico: Se pegou Ascendente, Stanford A. Se não pegou ascendente, Stanford B.
Como é dividida a dissecção de aorta segundo a classificação de DeBakey?
DeBakey tipo I: Acomete aorta ascendente e descendente.
DeBakey tipo II: Acomete apenas a aorta ascendente.
DeBakey tipo III: Acomete apenas a aorta descendente.
Como são graduados os sopros cardíacos segundo a classificação de Levine?
Grau I: Difícil de ser auscultado, porém detectável, às vezes evidenciado somente com manobras.
Grau II: Sopro leve, porém imediatamente detectável.
Grau III: Sopro moderadamente alto e frequentemente com irradiação.
Grau IV: Sopro alto com frêmito palpável.
Grau V: Sopro muito alto, porém ainda é necessário uso de estetoscópio (mesmo que apenas com parte encostada à pele).
Grau VI: Sopro muito alto e sem necessidade do uso do estetoscópio para identificá-lo.
Como é dado o diagnóstico da endocardite infecciosa, segundo os critérios de Duke?
Comprovação histopatológica OU 2 critérios maiores OU 1 critério maior + 3 critérios menores OU 5 critérios menores.
O que é a comprovação histopatológica da endocardite infecciosa?
Cultura ou estudo histopatológico de uma vegetação intracardíaca ou de um abscesso intracardíaco demonstrando lesões patológicas ou microrganismos.
Quais são os critérios maiores de Duke?
- Hemoculturas positivas (1 dos seguintes)
- Agentes típicos (S. aureus, S. viridans, S. gallolyticus, HACEK, enterococos) isolados em DUAS amostras separadas.
- Hemoculturas persistentemente positivas.
- Uma única cultura positiva para Coxiella burnetii ou IgG para Coxiella bunetti (IgG antifase I) > 1:800. - Evidência de acometimento endocárdico (1 dos seguintes)
- Ecocardiograma positivo (vegetação móvel aderida à valva ou abscesso ou nova deiscência parcial de prótese valvar).
- Nova regurgitação (insuficiência) valvar.
Quais são os critérios menores de Duke?
Os 5 Fs:
- Fator de risco: Uso de drogas intravenosas ou condição cardíaca predisponente.
- Febre ≥ 38 °C.
- Fenômenos vasculares (p. ex., manchas de Janeway, aneurisma micótico, hemorragia intracraniana etc.).
- Fenômenos imunológicos (p. ex., manchas de Roth, glomerulonefrite difusa aguda, nódulos de Osler, fator reumatoide positivo etc.).
- “Faltou uma hemocultura”: Evidências microbiológicas (hemoculturas) ou sorológicas que não preenchem critério maior.
Quantos critérios de Jones são necessários para o diagnóstico da febre reumática?
Critério obrigatório + [2 critérios maiores OU 1 critério maior + 2 critérios menores]
Mnemônico: Obrigaram J♡NES a Financiar o IPVA em duas parcelas maiores ou em uma maior e duas menores.
Quais são os critérios maiores de Jones para populações de baixo risco?
J: Joints ou juntas (Poliartrite).
♡: Cardite.
N: Nódulos subcutâneos.
E: Eritema marginado.
S: Coreia de Sydenham.
Mnemônico: Obrigaram J♡NES a Financiar o IPVA em duas parcelas maiores ou em uma maior e duas menores.
Quais são os critérios maiores de Jones para populações de moderado/alto risco (como a brasileira)?
J: Joints ou juntas (Poliartrite ou monoartrite ou poliartralgia).
♡: Cardite.
N: Nódulos subcutâneos.
E: Eritema marginado.
S: Coreia de Sydenham.
Mnemônico: Obrigaram J♡NES a Financiar o IPVA em duas parcelas maiores ou em uma maior e duas menores.
Quais são os critérios menores de Jones para populações de baixo risco?
Financiar: Febre ≥ 38,5 ºC.
I: Intervalo PR > 200 ms (5 quadradinhos).
P/V (elevação de marcadores inflamatórios): PCR ≥ 3,0 / VHS ≥ 60 mm/1ª hora.
A: Artralgia (Poliartralgia).
Mnemônico: Obrigaram J♡NES a Financiar o IPVA em duas parcelas maiores ou em uma maior e duas menores.
Quais são os critérios menores de Jones para populações de moderado/alto risco (como a brasileira)?
Financiar: Febre ≥ 38,0 ºC.
I: Intervalo PR > 200 ms (5 quadradinhos).
P/V (elevação de marcadores inflamatórios): PCR ≥ 3,0 / VHS ≥ 30 mm/1ª hora.
A: Artralgia (Monoartralgia).
Mnemônico: Obrigaram J♡NES a Financiar o IPVA em duas parcelas maiores ou em uma maior e duas menores.
Quais são os critérios de Jones que isoladamente permitem fechar o diagnóstico?
Coreia de Sydenham ou cardite indolente.
Como é estadiada a DPOC segundo a gravidade da limitação do fluxo de ar?
GOLD 1 (leve): VEF1 ≥ 80% do previsto.
GOLD 2 (moderada): VEF1 50%-79% do previsto.
GOLD 3 (grave): VEF1 30%-49% do previsto.
GOLD 4 (muito grave): VEF1 < 30% do previsto.
Mnemônico: “Quanto é 30 + 50?” “É 80.” “Acertou, toma sua medalha de gold.”
Como é estadiada a DPOC segundo a avaliação dos sintomas (baseada na escala de dispneia mMRC ou no teste de avaliação da DPOC [CAT]) e do risco de exacerbação (baseada na história de exacerbações no último ano)?
Grupo A: Minimamente sintomático, com baixo risco de futuras exacerbações (mMRC 0 ou 1 ou CAT < 10; 0 ou 1 exacerbação no último ano, sem hospitalização).
Grupo B: Mais sintomático, com baixo risco de futuras exacerbações (mMRC ≥ 2 ou CAT ≥ 10; 0 ou 1 exacerbação, sem hospitalização).
Grupo C: Minimamente sintomático, com risco alto de futuras exacerbações (mMRC 0 ou 1 ou CAT < 10; ≥ 2 exacerbações ou ≥ 1 hospitalização).
Grupo D: Mais sintomático, com risco alto de futuras exacerbações (mMRC ≥ 2 ou CAT ≥ 10; ≥ 2 exacerbações ou ≥ 1 hospitalização).
Obs.: “Para as provas, memorize que dispneia ao andar apressadamente ou subindo uma rampa classifica o paciente como mais sintomático (grupo B ou D).”
Os grupos de A a D seguem a ordem do melhor para o pior: A = Poucos sintomas e poucas exacerbações, D = Muitos sintomas e muitas exacerbações. Sobram B e C: O que é pior, ter sintomas em casa ou precisar ir pro hospital? B = Muitos sintomas e poucas exacerbações, C = Poucos sintomas e muitas exacerbações.
Quais são os critérios avaliados pela classificação prognóstica de Child-Pugh?
Mnemônico CHILD:
C: Coagulação (TP ou RNI)
H: “Agálbumina”
I: Icterícia (bilirrubina)
L: Líquido ascítico (ascite)
D: Desorientação (encefalopatia)
Como é pontuado o critério C - Coagulação (TP ou RNI) da classificação de Child-Pugh?
1 ponto: TP < 4 segundos acima do controle // RNI < 1,7.
2 pontos: TP de 4 a 6 segundos acima do controle // RNI 1,7 a 2,3.
3 pontos: TP > 6 segundos acima do controle // RNI > 2,3.
Como é pontuado o critério H - “Agálbumina” da classificação de Child-Pugh?
1 ponto: Albumina > 3,5.
2 pontos: Albumina de 2,8 a 3,5.
3 pontos: Albumina < 2,8.
Como é pontuado o critério I - Icterícia (bilirrubina) da classificação de Child-Pugh?
1 ponto: Bilirrubina total < 2.
2 pontos: Bilirrubina total de 2 a 3.
3 pontos: Bilirrubina total > 3.
Como é pontuado o critério L - Líquido ascítico (ascite) da classificação de Child-Pugh?
1 ponto: Ascite ausente.
2 pontos: Ascite leve (identificada na USG).
3 pontos: Ascite moderada (identificada no exame físico).
Como é pontuado o critério D - Desorientação (encefalopatia) da classificação de Child-Pugh?
1 ponto: Ausente.
2 pontos: Grau 1 (humor alterado/desorientação) ou grau 2 (comportamento inapropriado, sonolência).
3 pontos: Grau 3 (desorientação acentuada, estupor) ou grau 4 (comatoso/irresponsivo).
Como é interpretada a pontuação da classificação de Child-Pugh?
5 a 6 pontos: Child A (doença compensada).
7 a 9 pontos: Child B (comprometimento funcional significativo).
10 a 15 pontos: Child C (doença descompensada).
Quais são os critérios avaliados pelo escore MELD (Model for End-stage Liver Disease)?
Bilirrubina, INR e creatinina.
Mnemônico: “BIC é uma caneta de MELDa.”
Segundo a classificação de Forrest, como são descritos os achados endoscópicos de uma úlcera péptica?
Forrest I: Sangramento ativo.
- Ia: Em jato.
- Ib: Babando.
Forrest II: Sinais de sangramento recente.
- IIa: Coto vascular visível.
- IIb: Coágulo aderido.
- IIc: Fundo da úlcera com pontos de hematina.
Forrest III: Úlcera com fundo limpo, sem estigmas de sangramento.
Qual é a característica de uma úlcera péptica Forrest Ia?
Úlcera com sangramento ativo em jato.
Qual é a característica de uma úlcera péptica Forrest Ib?
Úlcera com sangramento ativo babando.
Qual é a característica de uma úlcera péptica Forrest IIa?
Úlcera com coto vascular visível.
Qual é a característica de uma úlcera péptica Forrest IIb?
Úlcera com coágulo aderido.
Qual é a característica de uma úlcera péptica Forrest IIc?
Fundo da úlcera com pontos de hematina.
Qual é a característica de uma úlcera péptica Forrest III?
Úlcera com fundo limpo, sem estigmas de sangramento.
Segundo a classificação de Hinchey, como é classificada a contaminação peritoneal da perfuração colônica secundária à diverticulite?
Hinchey I: Abscesso pericólico / mesentérico.
Hinchey II: Grande abscesso que se estende para a pelve.
Hinchey III: Peritonite purulenta generalizada.
Hinchey IV: Peritonite fecal generalizada.
Qual é o tratamento recomendado para cada estágio da perfuração colônica por diverticulite, segundo a classificação de Hinchey?
- Hinchey I: ATB (ceftriaxona / ciprofloxacino + metronidazol) + terapia de suporte.
- Hinchey I com abscesso ≥ 4 cm ou II: Drenagem percutânea guiada por TC, seguida após 6 a 8 semanas por cirurgia eletiva (ressecção com anastomose primária terminoterminal).
- Hinchey III e IV: Laparotomia de emergência com remoção do segmento colônico perfurado.
Quais são os parâmetros avaliados pelos critérios de Ranson para a predição de gravidade da pancreatite?
Mnemônico: DOÍA-Lhe os BUCHOS
Na admissão:
D: Desidrogenase lática (LDH)
O: TGO
I: Idade
A: Açúcar (glicemia)
L: Leucograma
Nas 48 horas:
B: Base excess
U: Aumento da ureia
C: Cálcio
H: Queda do hematócrito
O: PaO2
S: Sequestro de líquido
Como são classificados os achados pancreáticos à TC, segundos o escore de Balthazar?
Estágio A: Pâncreas normal (0 pontos)
Estágio B: Aumento do pâncreas (1 ponto)
Estágio C: Inflamação peripancreática (2 pontos)
Estágio D: Coleção líquida única peripancreática (3 pontos)
Estágio E: ≥ 2 coleções líquidas peripancreáticas e/ou gás dentro ou adjacente ao pâncreas (4 pontos)
Como é pontuado o percentual de necrose pancreática à TC, segundo o escore de Balthazar?
0% (0 pontos)
< 33% (2 pontos)
33-50% (4 pontos)
> 50% (6 pontos)
Segundo a classificação de Nyhus, qual é a hérnia tipo I?
Hérnia indireta com anel inguinal interno normal (até 2 cm).
Segundo a classificação de Nyhus, qual é a hérnia tipo II?
Hérnia indireta com anel inguinal interno alargado, mas com parede posterior preservada.
Segundo a classificação de Nyhus, qual é a hérnia tipo IIIA?
Hérnia direta com defeito na parede posterior.
Segundo a classificação de Nyhus, qual é a hérnia tipo IIIB?
Hérnia indireta com alargamento do anel inguinal interno e destruição da parede posterior (mista).
Segundo a classificação de Nyhus, qual é a hérnia tipo IIIC?
Hérnia femoral.
Segundo a classificação de Nyhus, qual é a hérnia tipo IVA?
Hérnia recidivada direta.
Segundo a classificação de Nyhus, qual é a hérnia tipo IVB?
Hérnia recidivada indireta.
Segundo a classificação de Nyhus, qual é a hérnia tipo IVC?
Hérnia recidivada femoral.
Segundo a classificação de Nyhus, qual é a hérnia tipo IVD?
Hérnia recidivada mista.
Como são classificadas as hérnias inguinais segundo a classificação de Nyhus?
Tipo I: Hérnia indireta com anel inguinal interno normal (até 2 cm).
Tipo II: Hérnia indireta com anel inguinal interno alargado, porém com parede posterior preservada. (§)
Tipo III: Defeito na parede posterior.
- A: Hérnia direta.
- B: Hérnia indireta com alargamento do anel inguinal interno e destruição da parede posterior (mista).
- C: Hérnia femoral.
Tipo IV: Hérnias recidivadas.
- A: Direta.
- B: Indireta.
- C: Femoral.
- D: Mista.
Como é classificado e conduzido um exame de imagem da mama (mamografia, USG ou RNM) segundo a classificação BI-RADS?
- BI-RADS 0 (inconclusivo): Complementação com exame de imagem adicional.
- BI-RADS 1 (normal): Mamografia de rotina bienal.
- BI-RADS 2 (achado benigno): Mamografia de rotina bienal.
- BI-RADS 3 (achado provavelmente benigno): Acompanhamento a cada 6 meses durante 2 ou 3 anos. Se lesão estável, controle bienal.
- BI-RADS 4 (achado suspeito): Biópsia.
- BI-RADS 5 (achado altamente suspeito): Biópsia ou cirurgia.
- BI-RADS 6 (comprovação de malignidade): Conduta de acordo com o tumor.
Como é classificada a avaliação ultrassonográfica de um nódulo tireoidiano segundo a classificação TI-RADS?
- TI-RADS 1: Negativo, tireoide normal.
- TI-RADS 2: Benigno, características benignas.
- TI-RADS 3: Provavelmente benigno, sem características suspeitas.
- TI-RADS 4A: Suspeita baixa, uma característica suspeita.
- TI-RADS 4B: Suspeita intermediária, duas características suspeitas.
- TI-RADS 4C: Suspeita moderada, três ou quatro características suspeitas.
- TI-RADS 5: Suspeita alta, cinco características suspeitas.
TI-RADS 6: Malignidade comprovada e conhecida.
Como é categorizado e conduzido o resultado da PAAF de um nódulo tireoidiano segundo a classificação Bethesda?
- Bethesda I: Amostra não diagnóstica (insatisfatória) // Repetir PAAF com auxílio de USG.
- Bethesda II: Benigno // Seguimento clínico.
- Bethesda III: Atipias de significado indeterminado // Repetir PAAF.
- Bethesda IV: Suspeita de neoplasia folicular // Lobectomia.
- Bethesda V: Suspeita de malignidade // Lobectomia ou tireoidectomia; considerar análise genética.
- Bethesda VI: Maligno // Tireoidectomia.
Como é classificada a invasão anatômica do melanoma segundo os níveis de Clark?
Nível I: Confinado à epiderme (melanoma in situ).
Nível II: Invasão da derme papilar.
Nível III: Invasão até o limite entre a derme papilar e a derme reticular.
Nível IV: Invasão da derme reticular.
Nível V: Invasão da hipoderme (tecido subcutâneo).
Como é classificada a profundidade linear da invasão do melanoma, da superfície da pele até a célula tumoral mais profunda, segundo o índice de Breslow? De quanto deve ser a ampliação da margem da biópsia para cada nível de profundidade? Quais são os níveis de Clark correspondentes?
- Índice de Breslow: In situ // Ampliação da margem: 0,5 cm.
- Índice de Breslow: < 1 mm // Ampliação da margem: 1 cm // = Clark nível I.
- Índice de Breslow: 1 a 2 mm // Ampliação da margem: 1 a 2 cm // = Clark nível II.
- Índice de Breslow: 2 a 4 mm // Ampliação da margem: 2 cm // = Clark nível III.
- Índice de Breslow: > 4 mm // Ampliação da margem: > 2 cm // = Clark nível IV ou V.
Quais são os parâmetros utilizados para avaliar a maturação cervical segundo o índice de Bishop?
a-p-c-d-e:
Altura da apresentação
Posição do colo
Consistência do colo
Dilatação do colo
Esvaecimento do colo
Segundo o índice de Bishop, como pontua a altura da apresentação fetal?
-3 cm = 0 pontos
-2 cm = 1 ponto
-1 cm, 0 cm = 2 pontos
+1 cm, +2 cm = 3 pontos
Segundo o índice de Bishop, como pontua a posição do colo uterino?
Posterior: 0 pontos
No meio: 1 ponto
Anterior: 2 pontos
Segundo o índice de Bishop, como pontua a consistência do colo uterino?
Firme: 0 pontos
Médio: 1 ponto
Amolecido: 2 pontos
Segundo o índice de Bishop, como pontua a dilatação do colo uterino?
Fechado: 0 pontos
1 a 2 cm: 1 ponto
3 a 4 cm: 2 pontos
≥ 5 cm: 3 pontos
Segundo o índice de Bishop, como pontua o esvaecimento do colo uterino?
0 a 30%: 0 pontos
40 a 50%: 1 ponto
60 a 70%: 2 pontos
≥ 80%: 3 pontos
Como o índice de Bishop guia a estratégia de indução do parto?
Bishop ≤ 5 (colo desfavorável): Preparo do colo com misoprostol e/ou cateter com balão (sonda de Foley).
* Atenção: Cesariana prévia é contraindicação ao uso de misoprostol.
Bishop ≥ 6 (colo favorável): Indução do parto com ocitocina.
O que é o estágio 0 da classificação POP-Q para prolapsos de órgãos pélvicos?
Estágio 0: Não há prolapso. Os pontos Aa, Ap, Ba e Bp estão em -3 cm, e os pontos C e D estão entre o CVT e o -(CVT -2) cm (i.e., C/D ≤ -[CVT - 2] cm).
O que é o estágio 1 da classificação POP-Q para prolapsos de órgãos pélvicos?
Estágio 1: Ponto mais distal do prolapso localizado até 1 cm acima do hímen (i.e., < -1 cm).
O que é o estágio 2 da classificação POP-Q para prolapsos de órgãos pélvicos?
Estágio 2: Ponto mais distal do prolapso localizado entre 1 cm acima e 1 cm abaixo do hímen (i.e., ≥ -1 cm e ≤ +1 cm).
O que é o estágio 3 da classificação POP-Q para prolapsos de órgãos pélvicos?
Estágio 3: Ponto mais distal do prolapso localizado mais que 1 cm abaixo do hímen, mas não chega a +(CVT - 2) cm (i.e., > +1 cm e < +[CVT - 2] cm).
O que é o estágio 4 da classificação POP-Q para prolapsos de órgãos pélvicos?
Estágio 4: Eversão completa, definida como deslocamento do ponto mais distal do prolapso ≥ +(CVT - 2) cm.
Quais são os parâmetros utilizados para avaliar a resposta do RN à vida extrauterina segundo a escala de Apgar?
A - Activity (tônus muscular)
P - Pulse (frequência cardíaca)
G - Grimace (irritabilidade reflexa ao estímulo)
A - Appearance (coloração da pele)
R - Respiration (respiração)
Como é pontuado o critério A - Activity (tônus muscular) segundo a escala de Apgar?
0 pontos: Flácido.
1 ponto: Alguma flexão de braços e pernas.
2 pontos: Flexão ativa de braços e pernas que resistem à extensão.
Como é pontuado o critério P - Pulse (frequência cardíaca) segundo a escala de Apgar?
0 pontos: Ausente.
1 ponto: < 100 bpm.
2 pontos: > 100 bpm.
Como é pontuado o critério G - Grimace (irritabilidade reflexa ao estímulo) segundo a escala de Apgar?
0 pontos: Ausente.
1 ponto: Algum movimento.
2 pontos: Espirros ou choro.
Como é pontuado o critério A - Appearance (coloração da pele) segundo a escala de Apgar?
0 pontos: Pálido ou cianótico.
1 ponto: Cianose de extremidades.
2 pontos: Rosado.
Como é pontuado o critério R - Respiration (respiração) segundo a escala de Apgar?
0 pontos: Ausente.
1 ponto: Fraca ou irregular.
2 pontos: Forte ou choro vigoroso.
Quantos critérios de Castro predizem alto risco para persistência de sintomas de asma em um lactente sibilante?
2 maiores OU 1 maior + 2 menores
Quais são os critérios maiores de Castro para avaliar o risco de persistência de sintomas de asma em um lactente sibilante?
- Um dos pais com asma.
- Diagnóstico de dermatite atópica.
Quais são os critérios menores de Castro para avaliar o risco de persistência de sintomas de asma em um lactente sibilante?
- Diagnóstico médico de rinite alérgica.
- Sibilância não associada a resfriado.
- Eosinofilia ≥ 4%.
Em quais tipos são classificadas as fraturas expostas segundo a classificação de Gustilo-Anderson?
Tipos I, II, IIIA, IIIB e IIIC.
Segundo a classificação de Gustilo-Anderson, quais são as características de uma fratura exposta tipo I?
Ferida < 1 cm, contaminação mínima, lesão de partes moles mínima, lesão óssea simples.
Segundo a classificação de Gustilo-Anderson, quais são as características de uma fratura exposta tipo II?
Ferida entre 1 e 10 cm, contaminação moderada, lesão de partes moles moderada, lesão óssea moderada.
Segundo a classificação de Gustilo-Anderson, quais são as características de uma fratura exposta tipo IIIA?
Ferida de qualquer tamanho (normalmente > 10 cm), contaminação grave, lesão de partes moles com cobertura possível, lesão óssea multifragmentar.
Segundo a classificação de Gustilo-Anderson, quais são as características de uma fratura exposta tipo IIIB?
Como a IIIA, mas com lesão de partes moles com cobertura inviável.
Segundo a classificação de Gustilo-Anderson, quais são as características de uma fratura exposta tipo IIIC?
Qualquer fratura exposta associada a lesão vascular que requer reparo.
Como é macroscopicamente classificado o câncer gástrico segundo a classificação de Borrmann?
- Borrmann I: Lesão polipoide ou vegetante, bem delimitada.
- Borrmann II: Lesão ulcerada, bem delimitada, de bordas elevadas.
- Borrmann III: Lesão ulcerada, infiltrada em parte ou em todas as suas bordas.
- Borrmann IV: Lesão difusamente infiltrativa, não se notando limite entre tumor e mucosa normal (linite plástica).
“Do I ao IV, a lesão vai ficando cada vez mais infiltrativa e menos delimitada.”
Em que subtipos é dividido o adenocarcinoma gástrico segundo a classificação de Lauren? Quais são suas principais características?
Subtipo intestinal: Mais comum, com incidência decrescente; mais comum em homens > 50 anos; disseminação hematogênica; bem diferenciado; prognóstico menos pior; forte associação com H. pylori e com gastrite atrófica crônica.
Subtipo difuso: Menos comum; maior proporção de mulheres e jovens (apesar de ainda serem minoria); disseminação linfática e por contiguidade; indiferenciado, com presença de células em anel de sinete; prognóstico pior; relação menos evidente com H. pylori; forte associação com tipo sanguíneo A.
Como é classificada a doença arterial obstrutiva periférica crônica segundo a classificação sintomática de Rutherford?
Estágio 0: Assintomático.
Estágio 1: Claudicação leve.
Estágio 2: Claudicação moderada.
Estágio 3: Claudicação grave.
Estágio 4: Dor em repouso.
Estágio 5: Perda tecidual mínima com úlcera isquêmica não cicatrizante ou gangrena focal.
Estágio 6: Perda tecidual importante, estendendo além do nível transmetatarsal, com pé já não recuperável.
Como é classificada a doença arterial obstrutiva periférica crônica segundo a classificação sintomática de Fontaine?
Estágio 1: Assintomático.
Estágio 2: Claudicação intermitente, subdividida em
- Estágio 2A: Sem dor em repouso, mas com claudicação em distância maior que 200 metros.
- Estágio 2B: Sem dor em repouso, mas com claudicação em distância menor que 200 metros.
Estágio 3: Dor em repousa e/ou noturna.
Estágio 4: Necrose e/ou gangrena no membro.
Segundo a classificação de Schilling, como é categorizada a relação de causa-efeito entre doença e trabalho?
Grupo I: O trabalho é condição necessária para a doença (p. ex., pneumoconioses).
Grupo II: O trabalho é fator de risco ou contribui para a doença (p. ex., insuficiência venosa crônica, síndrome de burnout).
Grupo III: O trabalho é provocador de distúrbio latente ou agravador de doença já estabelecida (p. ex., asma, doenças psiquiátricas).
Como é definida a lesão renal aguda, segundo a KDIGO?
- Elevação da creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dL em 48 horas; ou
- Elevação da creatinina sérica ≥ 1,5 vezes o valor basal em 7 dias; ou
- Débito urinário < 0,5 mL/kg/hora por 6 horas.
Mnemônico: 3 x 5 = 15 (i.e., 0,3 mg/dL x 0,5 mL/kg/hora = 1,5 vezes o valor basal).
Segundo a KDIGO, quais são as características da lesão renal aguda estágio 1?
- Elevação da creatinina sérica de 1,5 a 1,9 vezes o valor basal; ou
- Elevação da creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dL; ou
- Débito urinário < 0,5 mL/kg/hora por 6 a 12 horas.
Segundo a KDIGO, quais são as características da lesão renal aguda estágio 2?
- Elevação da creatinina sérica de 2,0 a 2,9 vezes o valor basal; ou
- Débito urinário < 0,5 mL/kg/hora por ≥ 12 horas.
Segundo a KDIGO, quais são as características da lesão renal aguda estágio 3?
- Elevação da creatinina sérica ≥ 3,0 vezes o valor basal (§); ou
- Elevação da creatinina sérica para ≥ 4,0 mg/dL; ou
- Débito urinário < 0,3 mL/kg/hora por ≥ 24 horas; ou
- Anúria ≥ 12 horas; ou
- Início de terapia de substituição renal; ou
- Em pacientes < 18 anos, eTFG < 35 mL/min/1,73 m².
Como é classificada a doença renal crônica a partir da estimativa da taxa de filtração glomerular?
- Estágio 1 (G1): ≥ 90.
- Estágio 2 (G2): 60 a 89.
- Estágio 3a (G3a): 45 a 59.
- Estágio 3b (G3b): 30 a 44.
- Estágio 4 (G4): 15 a 29.
-Estágio 5 (G5): < 15 ou diálise. Pacientes em diálise são subclassificados como estágio 5D.
Qual é a fórmula do clearance de creatinina para calcular a estimativa da taxa de filtração glomerular?
Clearance de creatinina (ClCr) = (140 - idade) x peso / creatinina sérica x 72
Para mulheres, multiplicar o resultado por 0,85.
Qual é a fórmula para o cálculo da osmolalidade plasmática?
Osmolalidade plasmática = (2 x Na+) + (glicose / 18) + (ureia / 6)
Mnemônico: (SÓDIO x DOIS [~anagramas]) + (gl1c8se / 18) + (ureiმ / 6)
Qual é a fórmula para o cálculo da osmolalidade plasmática efetiva?
Osmolalidade plasmática efetiva = (2 x Na+) + (glicose / 18)
Caracterize a acidose tubular renal tipo I quanto ao mecanismo, pH urinário, calemia, principal causa e principal complicação.
Mecanismo: Bloqueio da secreção de H+ no ducto coletor (i.e., distal).
pH urinário: Alcalino.
Potássio (calemia): Baixo.
Principal causa: Síndrome de Sjögren.
Principal complicação: Nefrolitíase (hipercalciúria).
Caracterize a acidose tubular renal tipo II quanto ao mecanismo, pH urinário, calemia, principal causa e principal complicação.
Mecanismo: Redução da reabsorção proximal de HCO3- (i.e., proximal).
pH urinário: Normal (ácido).
Potássio (calemia): Baixo.
Principal causa: Síndrome de Fanconi.
Principal complicação: Hipofosfatemia.
Caracterize a acidose tubular renal tipo IV quanto ao mecanismo, pH urinário, calemia, principal causa e principal complicação.
Mecanismo: Menor ação da aldosterona (por deficiência ou resistência) no ducto coletor (i.e., distal).
pH urinário: Normal (ácido).
Potássio (calemia): Alto.
Principal causa: Hipoaldosteronismo hiporreninêmico, nefropatia diabética.
Principal complicação: Hipercalemia.
Quais são os padrões de resposta da frequência cardíaca fetal à cardiotocografia e sua etiologia correspondente, segundo o mnemônico VEAL CHOP?
V: Variable deceleration // C: Cord compression (DIP III)
E: Early decelerations // H: Head compression (DIP I)
A: Accelerations // O: Oxygenated (Ok)
L: Late decelerations // P: Placental insufficiency (DIP II)
Como é classificado o linfoma segundo o estadiamento de Ann Arbor?
- Estágio I: Acometimento de um único órgão linfático.
- Estágio II: Acometimento de 2 ou mais órgãos linfáticos do mesmo lado do diafragma.
- Estágio III: Acometimento de 2 ou mais órgãos linfáticos de lados opostos do diafragma.
- Estágio IV: Acometimento de órgãos extralinfáticos.
Subtipo A: Ausência dos sintomas constitucionais abaixo.
Subtipo B: Presença dos sintomas constitucionais abaixo.
- Sintomas constitucionais: Febre (> 38 ºC), sudorese noturna e perda ponderal (> 10% em 6 meses).
Como é avaliada a gravidade da pneumonia segundo a escala CURB-65?
C: Confusão mental.
U: Ureia ≥ 43 mg/dL.
R: FR ≥ 30 irpm.
B: PAS < 90 ou PAD ≤ 60 mmHg.
65: Idade ≥ 65 anos.
Como é conduzido o tratamento da pneumonia segundo a escala CURB-65?
≤ 1 ponto: Tratamento ambulatorial.
2 pontos: Considerar internação.
≥ 3 pontos: Tratamento intra-hospitalar.
≥ 4 pontos: Considerar UTI.
Como é definido um derrame pleural exsudativo segundo os critérios de Light?
O líquido pleural é exsudativo se satisfaz qualquer um dos três critérios abaixo.
- Proteína do líquido pleural / proteína sérica > 0,5.
- LDH do líquido pleural / LDH sérico > 0,6.
- LDH do líquido pleural > 2/3 do limite superior do LDH sérico (200 UI/L).
Como é definida a síndrome de resposta imune sistêmica (SIRS)?
Pela presença de ≥ 2 dos critérios a seguir:
- Temperatura > 38,0 ou < 36,0 °C.
- Frequência cardíaca > 90 bpm.
- Frequência respiratória > 20 ipm ou PaCO2 < 32 mmHg.
- Leucometria > 12.000/mm³ ou < 4.000/mm³ ou > 10% bastões.
Como pode ser identificada a sepse provável segundo a escala prognóstica quick SOFA (qSOFA)?
Pela presença de ≥ 2 das 3 variáveis seguintes:
(a) Estado mental alterado (Glasgow ≤ 14).
(b) PAS ≤ 100 mmHg.
(c) FR ≥ 22 ipm.
Quais são os parâmetros avaliados pelo escore SOFA?
Apontando para a cabeça: Glasgow
Apontando para uma epistaxe: Plaquetas
Apontando para o coração: PAM ou drogas vasoativas
Apontando para cada um dos pulmões: PaO2/FiO2
Apontando para o fígado: Bilirrubinas
Apontando para os rins: Creatinina…
Apontando para a uretra: … ou débito urinário
Como é classificada a via aérea segundo a classificação de Mallampati para predição de dificuldade de intubação orotraqueal?
Classe I: Palato mole, úvula e pilares amigdalianos visíveis.
Classe II: Palato mole e úvula visíveis.
Classe III: Palato mole e inserção da úvula visíveis.
Classe IV: Apenas o palato duro visível.
Como é estabelecido o diagnóstico da síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) segundo a definição de Berlim?
Pela presença de todos os seguintes:
- Lesão pulmonar de início agudo, dentro de 1 semana após insulto clínico e com progressão dos sintomas respiratórios.
- Opacidades bilaterais não explicadas por outra patologia pulmonar (derrame pleural, atelectasia ou nódulos).
- Insuficiência respiratória não explicada por insuficiência cardíaca ou hipervolemia.
- Necessária avaliação objetiva (p. ex., ecocardiograma) caso nenhum fator de risco para SDRA seja identificado. - Relação PaO2/FiO2 ≤ 300 mmHg com PEEP ou CPAP ≥ 5 cmH2O.
- SDRA leve: 201-300 mmHg.
- SDRA moderada: 101-200 mmHg.
- SDRA grave: ≤ 100 mmHg.
Como é avaliado o risco de AVC isquêmico nas 48 horas após o AIT segundo o escore ABCD2?
- A (age): Idade ≥ 60 anos (1 ponto)
- B (blood pressure): PAS ≥ 140 ou PAD ≥ 90 mmHg (1 ponto)
- C (clínica): Paresia ou paralisia (2 pontos), apenas distúrbios de fala (1 ponto) ou outros déficits neurológicos (0 pontos)
- D (duração): Duração ≥ 60 minutos (2 pontos), duração de 10 a 59 minutos (1 ponto) ou duração < 10 minutos (0 pontos)
- D (diabetes): Diabetes (1 ponto)
- 6 ou 7 pontos: Alto risco (8,1%)
- 4 ou 5 pontos: Moderado risco (4,1%)
- 0 a 3 pontos: Baixo risco (1%)
Como é classificada a gravidade da hemorragia subaracnoide segundo a escala clínica de Hunt e Hess?
Grau I (mortalidade de 30%): Assintomático ou cefaleia leve; leve rigidez de nuca.
Grau II (mortalidade de 40%): Cefaleia moderada a intensa, rigidez de nuca, sem déficit neurológico, exceto paralisia dos nervos cranianos.
Grau III (mortalidade de 50%): Sonolento, confuso, déficit neurológico focal moderado.
Grau IV (mortalidade de 80%): Estupor, hemiparesia moderada ou grave.
Grau V (mortalidade de 90%): Coma profundo, postura em descerebração.
Como é classificada a quantidade de hemorragia subaracnoide para estimar o risco de vasospasmo segundo a escala tomográfica de Fisher?
Grupo 1: Sangue não detectado.
Grupo 2: Hemorragia difusa com camadas verticais de sangue < 1 mm.
Grupo 3: Coágulo localizado (3 x 5 mm) ou camadas verticais de sangue > 1 mm.
Grupo 4: Coágulo intraparenquimatoso ou intraventricular, com ou sem sangue no espaço subaracnoide.
Como é estabelecido o diagnóstico de vaginose bacteriana?
Na presença de 3 dos 4 critérios de Amsel:
- A: Aminas.
- M: Maior que 4,5.
- S: “Sélulas-alvo”.
- EL: Eliminação de corrimento branco-acinzentado, fino e homogêneo.
Quais são os critérios espirométricos para o diagnóstico da asma em adultos?
- Padrão obstrutivo: VEF1 / CVF < 75%-80%.
- Prova broncodilatadora positiva: Aumento do VEF1 > 12% e > 200 ml em relação ao basal.
Quais são os critérios espirométricos para o diagnóstico da asma em crianças?
- Padrão obstrutivo: VEF1 / CVF < 90%.
- Prova broncodilatadora positiva: Aumento do VEF1 > 12% do valor previsto.
Quais são os parâmetros avaliados para classificar o controle da asma? Como é classificada a asma de acordo com eles?
Mnemônico ABCD
- Atividades limitadas.
- Broncodilatador de alívio > 2 vezes por semana.
- Calada da noite (sintomas noturnos em qualquer momento).
- Diurno (sintomas diurnos) > 2 vezes por semana.
Asma controlada: Nenhum critério.
Asma parcialmente controlada: 1 ou 2 critérios.
Asma não controlada: 3 ou 4 critérios.
Como é estabelecido o diagnóstico da DPOC?
Espirometria com índice de Tiffeneau (VEF1/CVF) reduzido (< 70%) após prova broncodilatadora.
Como é estabelecido o diagnóstico do mieloma múltiplo?
Critério obrigatório + 1 dos critérios adicionais
Critério obrigatório: Plasmócitos ocupando ≥ 10% da medula óssea OU presença de plasmocitoma (confirmado por biópsia).
Critérios adicionais:
- Lesão de órgão-alvo (do mnemônico CRAB): Ca > 11 mg/dL OU creatinina > 2 mg/dL OU Hb < 10 mg/dL OU lesões osteolíticas à imagem.
- Biomarcador associado a progressão quase inevitável para lesão de órgão-alvo: Plasmocitose medular ≥ 60% OU razão cadeias leves livres envolvidas/não envolvidas ≥ 100 OU > 1 lesão focal de osso ou medula óssea à RNM.
Como é estabelecido o diagnóstico da síndrome do anticorpo antifosfolipídeo?
1 critério clínico + 1 critério laboratorial
Quais são os critérios clínicos para o diagnóstico da síndrome do anticorpo antifosfolipídeo?
Trombose vascular:
- ≥ 1 episódio de trombose arterial, venosa ou de pequenos vasos confirmada por doppler ou exame histopatológico. Trombose superficial não satisfaz o critério.
Morbidade gestacional:
- ≥ 1 morte inexplicada de um feto morfologicamente normal com ≥ 10 semanas de gestação.
- ≥ 1 nascimento prematuro de um neonato morfologicamente normal antes de 34 semanas de gestação devido a eclâmpsia, pré-eclâmpsia ou insuficiência placentária.
- ≥ 3 perdas espontâneas consecutivas de gestão < 10 semanas, não explicadas por anormalidades cromossômicas ou por causas anatômicas ou hormonais maternas.
Quais são os critérios laboratoriais para o diagnóstico da síndrome do anticorpo antifosfolipídeo?
Presença de um dos critérios abaixo em pelo menos duas ocasiões com intervalo mínimo de 12 semanas:
- Anticorpos anticardiolipina IgG ou IgM.
- Anticorpos anti-beta2-glicoproteína I.
- Anticorpos anticoagulante lúpico.
Como é calculado o gradiente de albumina soro-ascite (GASA)? Como ele auxilia o diagnóstico etiológico da ascite?
- GASA = Albumina sérica - Albumina do líquido ascítico.
- GASA ≥ 1,1 g/dL sugere hipertensão portal (p. ex., cirrose, IC). (§)
- GASA < 1,1 g/dL sugere causas não associadas à hipertensão portal (p. ex., tuberculose peritonial, pancreatite, infecções, síndrome nefrótica, carcinomatose peritonial).
Como a avaliação conjunta do GASA e da proteína total do líquido ascítico auxiliam o diagnóstico etiológico da ascite?
- GASA ≥ 1,1 g/L e proteína total < 2,5 g/dL sugere cirrose.
- GASA ≥ 1,1 g/L e proteína total > 2,5 g/dL sugere IC.
Que critérios definem derrame pleural complicado/empiema?
- Pus na punção.
- Bactérias no gram.
- pH < 7,2.
- Glicose < 40 mg/dL (ou < 60 mg/dL; divergência).
- LDH > 1.000 UI/L.
Quais são os parâmetros avaliados pelo escore de Centor modificado? Como é sua interpretação?
Mnemônico CENTOr
- C: Cervical com adenomegalia dolorosa.
- E: Entre 3 e 14 anos. Se ≥ 45 anos, perde um ponto.
- N: Não tosse.
- T: Temperatura > 38,0 ºC.
-Or: Orofaringe com exsudatos tonsilares.
≥ 2 pontos: Cultura de orofaringe (padrão-ouro) ou teste rápido para detecção do antígeno estreptocócico; se resultado positivo, antibioticoterapia.
≥ 3 pontos: Considerar antibioticoterapia empírica.
Como é estabelecido o diagnóstico da doença de Kawasaki?
Na presença de 5 dos 6 seguintes critérios clínicos, sendo a febre critério obrigatório:
- Com a mão na testa: Febre por pelo menos 5 dias. (Critério obrigatório)
- Apontando pra os olhos: Conjuntivite bilateral sem exsudato.
- Apontando para a boca: Alterações em lábios e cavidade oral.
- Apontando para o pescoço: Linfadenopatia cervical.
- Mostrando as mãos: Alterações em extremidades.
- As mãos ainda no alto descem pro corpo todo: Exantema polimórfico.
Como é estabelecido o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos?
Na presença de 2 dos 3 critérios de Rotterdam:
- Oligo ou anovulação.
- Hiperandrogenismo clínico ou laboratorial.
- Ovários policísticos à USG: 12 ou mais folículos medindo 2 a 9 mm de diâmetro ou volume ovariano > 10 cm³.
O diagnóstico só é confirmado após a exclusão de outras condições que simulam SOP (i.e., transtornos que causam anovulação/oligovulação e/ou hiperandrogenismo, como tireoidopatias, hiperplasia adrenal congênita, hiperprolactinemia e tumores secretores de androgênios).
Como é estabelecido o diagnóstico da doença inflamatória pélvica?
Na presença de [3 critérios maiores + 1 critério menor] OU 1 critério elaborado
- Os critérios menores podem ser memorizados dividindo-os em indícios sistêmicos de infecção (temperatura axilar >37,5°C ou temperatura retal >38,3°C, leucocitose, proteína C reativa ou VHS elevados) e indícios locais de infecção (conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal, massa pélvica, > 5 leucócitos por campo em material de endocérvice, comprovação laboratorial de infecção cervical por gonococo, clamídia ou micoplasma).
- Os critérios maiores são três dores: Dor no hipogastro; dor à palpação dos anexos; dor à mobilização de colo uterino.
- Os critérios elaborados partem de exames elaborados que podem por si confirmar o diagnóstico: Evidência histopatológica de endometrite; abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas em estudo de imagem; laparoscopia com evidência de DIP.
Como é estadiada a doença inflamatória pélvica segundo a classificação de Monif? Como a classificação guia o tratamento?
Estágio 1: Sem peritonite. (Tratamento ambulatorial)
Estágio 2: Com peritonite. (Tratamento hospitalar)
Estágio 3: Abscesso tubo-ovariano ou oclusão tubária. (Tratamento hospitalar)
Estágio 4: Abscesso ≥ 10 cm ou abscesso roto. (Tratamento cirúrgico)
Como é a cardiotocografia classificada como categoria I? Qual deve ser a conduta a partir dela?
Todos os critérios abaixo:
- FC fetal basal entre 110 e 160 bpm.
- Variabilidade moderada.
- Ausência de desaceleração tardia ou variável.
Conduta: Manter acompanhamento.
Como é a cardiotocografia classificada como categoria III? Qual deve ser a conduta a partir dela?
Qualquer um dos critérios abaixo:
- Variabilidade ausente e qualquer um dos seguintes: desacelerações tardias repetidas (>50%); desacelerações variáveis repetidas (>50%).
- Padrão sinusoidal.
Conduta: Preparar para o parto. Enquanto se aguarda, podem ser tentadas medidas de reanimação intrauterina (p. ex., estimulação mecânica com “chacoalhadas”, estímulos sonoros, decúbito lateral esquerdo, hidratação venosa, oxigenoterapia suplementar); se não houver melhora, está indicada a resolução da gestação.
Como é a cardiotocografia classificada como categoria II?
Critérios não enquadrados em I ou III.
Como são classificadas as hemorroidas internas?
- Tipo I: Sem prolapso.
- Tipo II: Prolapso que volta espontaneamente.
- Tipo III: Prolapso que volta manualmente.
- Tipo IV: Prolapso que não volta.
Qual é a conduta a partir da classificação das hemorroidas internas?
- Tipo I (sem prolapso): Mudanças de estilo de vida, como dieta rica em fibras e líquidos; em casos selecionados, ligadura elástica.
(Obs.: Contraindicações da ligadura elástica incluem imunossupressão, coagulopatia e uso de anticoagulantes ou antiplaquetários (exceto AAS).) - Tipo II (prolapso com redução espontânea): Mudanças de estilo de vida, ligadura elástica; em casos selecionados, fotocoagulação ou hemorroidectomia.
- Tipos III ou IV (prolapso com redução manual ou sem redução): Hemorroidectomia cirúrgica, sendo a técnica aberta (Milligan-Morgan) preferível em relação à técnica fechada (Ferguson).
Como são classificados os colangiocarcinomas peri-hilares segundo a classificação de Bismuth-Corlette?
“O tumor acomete estruturas cada vez mais proximais.”
- Tipo I: Distal à confluência dos ductos hepáticos direito e esquerdo.
- Tipo II: Alcança a confluência dos dos ductos hepáticos esquerdo e direito.
- Tipo IIIa: Atinge o ducto hepático comum e o ducto hepático direito.
- Tipo IIIb: Atinge o ducto hepático comum e o ducto hepático esquerdo.
- Tipo IV: Envolve a confluência e ambos os ductos hepáticos direito e esquerdo.
Como é graduada a esofagite segundo a classificação endoscópica de Savary-Miller?
- Grau I: Erosões em apenas uma prega longitudinal.
- Grau II: Erosões em mais de uma prega.
- Grau III: Erosões em mais de uma prega, ocupando toda a circunferência.
- Grau IV: Presença de úlcera esofágica ou estenose péptica, isolada ou associada aos graus I e II.
- Grau V: Esôfago de Barrett, isolado ou associado aos graus I e II.
Como é graduada a esofagite segundo a classificação endoscópica de Los Angeles?
- Grau A: Uma ou mais erosões menores do que 5 mm.
- Grau B: Uma ou mais erosões maiores do que 5 mm em sua maior extensão, não contínuas entre os ápices de duas pregas esofágicas.
- Grau C: Erosões contínuas (ou convergentes) entre os ápices de pelo menos duas pregas, envolvendo menos que 75% do órgão.
- Grau D: Erosões ocupando pelo menos 75% da circunferência do órgão.
Como é a graduação e o seguimento/tratamento do esôfago de Barret segundo o consenso brasileiro e segundo o colégio americano?
Quais são as neoplasias endócrinas múltiplas (NEM)? Quais são seus componentes?
NEM 1
- Hiperparatireoidismo primário (geralmente associado a carcinoma das paratireoides) + tumor endócrino do pâncreas (gastrinoma) + tumor hipofisário (prolactinoma).
- Mnemônico: 3P – Paratireoide, Pâncreas e Pituitária. A NEM 1 é a nem do P porque é a NEM Primeira.
NEM 2A (ou síndrome de Sipple)
- Hiperparatireoidismo primário + feocromocitoma + carcinoma medular da tireoide.
- Mnemônico: 3C – Calcitonina (carcinoma medular), Catecolaminas (feocromocitoma) e Cálcio (hiperparatireoidismo primário).
NEM 2B
- Feocromocitoma + carcinoma medular da tireoide + neuromas mucosos.
- Mnemônico: 4M – Medula da tireoide, Medula da adrenal (feocromocitoma), Mucosas com neuromas e hábito Marfanoide.
Mnemônico para a ordem das letras: “NEM PaC-Man come esses tumores todos.”
O que é o perfil hemodinâmico A da insuficiência cardíaca descompensada? Como deve ser conduzido?
Perfil A: Quente e seco
- Titular medicações e investigar diagnósticos alternativos.
- Mnemônico: A de Árido – Quente e seco.
O que é o perfil hemodinâmico B da insuficiência cardíaca descompensada? Como deve ser conduzido?
Perfil B: Quente e úmido (mais comum)
- Diuréticos.
- Se hipertensão grave, vasodilatador.
- Mnemônico: B de Banheira – Quente e úmida.
O que é o perfil hemodinâmico C da insuficiência cardíaca descompensada? Como deve ser conduzido?
Perfil C: Frio e úmido (mais grave)
- Diuréticos, cuidadosamente.
- Se choque cardiogênico, inotrópico (dobutamina) com ou sem vasopressor (noradrenalina).
- Suspender betabloqueador.
- Mnemônico: C de Chuva – Fria e úmida.
O que é o perfil hemodinâmico L da insuficiência cardíaca descompensada? Como deve ser conduzido?
Perfil L (frio e seco)
- Reposição volêmica cuidadosa.
- Inotrópico se necessário.
- Mnemônico: L de Seu Lunga – Frio e seco.
Como é caracterizado o trauma renal grau I?
Grau I: Hematoma subcapsular, não-expansivo, sem laceração do parênquima.
Como é caracterizado o trauma renal grau II?
Grau II: Hematoma perirrenal não-expansivo, confinado ao retroperitônio renal, com laceração < 1 cm de profundidade do córtex renal, sem extravasamento urinário.
Como é caracterizado o trauma renal grau III?
Grau III: Laceração > 1 cm de profundidade do córtex renal, sem ruptura do sistema coletor ou extravasamento urinário.
Como é caracterizado o trauma renal grau IV?
Grau IV: Laceração do parênquima estendendo-se pelo córtex, medula e sistema coletor renal com extravasamento urinário. Lesão arterial ou venosa renal com hemorragia contida.
Como é caracterizado o trauma renal grau V?
Grau V: Rim estilhaçado, inviabilizando a identificação do parênquima renal. Avulsão do hilo renal ou trombose, com desvascularização renal.
Como são classificadas as fraturas da placa epifisária segundo a classificação de Salter-Harris?
- Tipo I: Fratura da placa epifisária.
- Tipo II: Fratura da placa epifisária e da metáfise, poupando a epífise.
- Tipo III: Fratura da placa epifisária e da epífise, poupando a metáfise.
- Tipo IV: Fratura da placa epifisária, da metáfise e da epífise.
- Tipo V: Fratura de compressão (esmagamento) da placa epifisária.
Como é classificada a hipertensão arterial sistêmica segundo as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial de 2020?
- PA ótima: PAS < 120 e PAD < 80 mmHg.
- PA normal: PAS 120-129 e/ou PAD 80-84.
- Pré-hipertensão: PAS 130-139 e/ou PAD 85-89.
- HA estágio I: PAS 140-159 e/ou PAD 90-99.
- HA estágio II: PAS 160-179 e/ou PAD 100-109.
- HA estágio III: PAS ≥ 180 e/ou PAD ≥ 110.
Dica: Separar os valores de PAS e PAD.
- PAS: 120 - 130 - 140 - 160 - 180.
- PAD: 80 - 85 - 90 - 100 - 110.
Como é classificada a retinopatia hipertensiva segundo a classificação de Keith-Wagener-Barker?
- Grupo I: Estreitamento arteriolar leve e alteração leve do reflexo arteriolar.
- Grupo II: Estreitamento arteriolar e alteração do reflexo arteriolar mais acentuados e cruzamento arteríolo-venular.
- Grupo III: Alterações do Grupo II + hemorragia retiniana e exsudatos. (§)
- Grupo IV: Alterações do Grupo III + papiledema. (§§§)
“O mais importante é saber que o grupo IV tem papiledema.”
Como é classificada a retinopatia diabética?
Não-proliferativa leve a moderada
- Microaneurismas; exsudatos duros; manchas algodonosas; veias em rosário.
- Tratamento: Controle dos fatores de risco.
Não-proliferativa severa
- Hemorragias nos quatro quadrantes da retina; dilatações venosas em um quadrante; alterações vasculares intrarretinianas em um quadrante.
- Tratamento: Fotocoagulação.
Proliferativa
- Neovascularização; hemorragia vítrea. (§§§)
- Tratamento: Fotocoagulação.
Como é caracterizada a glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) tipo I segundo o mecanismo da lesão, principais causas, achados laboratoriais e padrões de imunofluorescência?
GNRP tipo I: Anticorpos anti-membrana basal glomerular (10%)
- Principal causa: Doença de Goodpasture.
- Anticorpo anti-MBG positivo. (§)
- Padrão de imunofluorescência: Linear (seguindo a membrana basal, que é contínua).
Como é caracterizada a glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) tipo II segundo o mecanismo da lesão, principais causas, achados laboratoriais e padrões de imunofluorescência?
GNRP tipo II: Depósitos de imunocomplexos (45%)
- Principais causas: GNPE, LES, infecciosa e idiopática.
- Geralmente há queda do complemento.
- Padrão de imunofluorescência: Granular.
Como é caracterizada a glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) tipo III segundo o mecanismo da lesão, principais causas, achados laboratoriais e padrões de imunofluorescência?
GNRP tipo III: Pauci-imune (45%)
- Principais causas: Granulomatose com poliangeíte (granulomatose de Wegener), poliangeíte microscópica, glomerulonefrite crescêntica pauci-imune.
- Anticorpos ANCA positivos. Na granulomatose com poliangeíte, c-ANCA. Na poliangeíte microscópica, p-ANCA.
- Padrão de imunofluorescência: Sem depósitos.
Como é classificada a dengue segundo o estadiamento do Ministério da Saúde?
- Grupo A: Sem sangramento espontâneo ou induzido (prova do laço negativa), sem sinal de alarme, sem condição especial e sem comorbidades.
- Grupo B: Com sangramento de pele espontâneo ou induzido (prova do laço positiva) ou condição clínica especial ou risco social ou comorbidades e sem sinal de alarme.
- Grupo C: Presença de algum sinal de alarme.
- Grupo D: Com sinais de choque. Hemorragia grave; disfunção grave de órgãos.
Como é classificado o choque hemorrágico?
- FC < 100 e PA normal: Classe 1.
- FC 100 a 120 e PA normal: Classe 2.
- FC 120 a 140 e PA diminuída: Classe 3.
- FC > 140 e PA diminuída: Classe 4.
Como é classificado o status físico pré-cirúrgico segundo a American Society of Anesthesiologists (ASA)?
ASA I: Hígido.
- Exemplo: Saudável, não-tabagista, com consumo mínimo de álcool.
- Risco cirúrgico baixo.
ASA II: Doença sistêmica leve sem limitação funcional.
- Exemplos: Tabagismo, etilismo social, IMC entre 30 e 40, gestação, DM compensada, HAS compensada, doença pulmonar leve.
- Risco cirúrgico baixo.
ASA III: Doença sistêmica grave, com limitação funcional significativa.
- Exemplos: HAS ou DM descompensadas, DPOC, IMC > 40, hepatite ativa, etilismo, marcapasso, redução moderada da fração de ejeção, DRC dialítica, história (> 3 meses) de IAM, AVC, AIT ou DAC/stents.
- Risco cirúrgico moderado.
ASA IV: Doença sistêmica grave que representa constante ameaça à saúde.
- Exemplos: História recente (< 3 meses) de IAM, AVC, AIT ou DAC/stents, isquemia miocárdica ativa, disfunção valvar grave, redução grave da fração de ejeção, sepse, CIVD, SARA, DRC com má-adesão à diálise.
- Risco cirúrgico alto.
ASA V: Não há expectativa de sobrevivência sem a cirurgia.
- Exemplos: Ruptura de aneurisma de aorta abdominal/torácica, politrauma, hemorragia intracraniana com efeito de massa (desvio da linha média ou herniação), isquemia intestinal na vigência de patologia cardíaca significativa ou de disfunção sistêmica de múltiplos órgãos.
- Risco cirúrgico alto.
ASA VI: Morte encefálica, cirurgia para retirada de órgãos para doação.
Obs.: A adição da letra “E” ao número (p. ex., IE, IIE etc.) denota cirurgia de emergência.
Como é classificada a visão obtida à laringoscopia segundo a classificação de Cormack-Lehane?
- Grau I: Visualização completa de toda abertura glótica.
- Grau II: Visualização parcial da glote.
- Grau III: Visualização apenas da epiglote.
- Grau IV: Incapacidade de visualizar a epiglote.
Como são classificadas as úlceras pépticas segundo a classificação de Johnson?
Tipo I (mais comum)
- Pequena curvatura.
- Normocloridria ou hipocloridria.
Tipo II
- Corpo gástrico, associada a úlcera duodenal.
- Hipercloridria.
- Mnemônico: A úlcera associada à DUOdenal é a tipo DOIS.
Tipo III
- Pré-pilórica.
- Hipercloridria.
Tipo IV
- Pequena curvatura alta, próximo à junção esofagogástrica.
- Normocloridria ou hipocloridria.
Tipo V
- Induzida pelo uso de AINE.
- Em qualquer localização.
Como é classificado o recém-nascido segundo a idade gestacional ao nascer?
- Pré-termo extremo: < 28 semanas.
- Muito pré-termo: 28 a <32 semanas.
- Pré-termo moderado: 32 a <37 semanas. (Pré-termo tardio: 34 a <37 semanas [subcategoria do pré-termo moderado]).
- A termo: 37 a <42 semanas.
- Pós-termo: ≥ 42 semanas.
Como é classificado o recém-nascido segundo o peso ao nascer?
- Extremo baixo peso ao nascer: < 1 kg.
- Muito baixo peso ao nascer: 1 a <1,5 kg.
- Baixo peso ao nascer: 1,5 a <2,5 kg.
- Peso normal: 2,5 a 4 kg.
- Macrossomia: > 4 kg.
Como é classificado o peso em relação à idade gestacional?
- Pequeno para a idade gestacional (PIG): Abaixo do percentil 10.
- Adequado para a idade gestacional (AIG): Entre os percentis 10 e 90.
- Grande para a idade gestacional (GIG): Acima do percentil 90.
O que é o grupo A da classificação da desidratação segundo o Ministério da Saúde? Qual deve ser o plano de tratamento? Quais são suas características?
Grupo A: Sem sinais de desidratação (Plano A)
- Estado geral: Bem, alerta.
- Olhos: Normais.
- Lágrimas: Presentes.
- Sede: Bebe normal, sem sede.
- Sinal da prega: Desaparece rapidamente.
- Pulso: Cheio.
Mnemônico: “Cabeça, olho, sede e pele.”
O que é o grupo B da classificação da desidratação segundo o Ministério da Saúde? Qual deve ser o plano de tratamento? Quais são suas características?
Grupo B: Se apresentar dois ou mais sinais, com desidratação (Plano B)
- Estado geral: Irritado, intranquilo.
- Olhos: Fundos.
- Lágrimas: Ausentes.
- Sede: Sedento, bebe rápido e avidamente.
- Sinal da prega: Desaparece lentamente.
- Pulso: Rápido, fraco.
Mnemônico: “Cabeça, olho, sede e pele.”
O que é o grupo C da classificação da desidratação segundo o Ministério da Saúde? Qual deve ser o plano de tratamento? Quais são suas características?
Grupo C: Se apresentar dois ou mais sinais, incluindo pelo menos um dos destacados com asterisco (*), desidratação grave (Plano C)
- Estado geral: Comatoso, hipotônico. *
- Olhos: Muito fundos e secos.
- Lágrimas: Ausentes.
- Sede: Bebe mal ou não é capaz de beber. *
- Sinal da prega: Desaparece muito lentamente (mais de 2 segundos).
- Pulso: Muito fraco ou ausente. *
Mnemônico: “Cabeça, olho, sede e pele.”
Qual é a equivalência entre percentis e escore Z?
- Percentil 50 = Escore Z 0
- Percentil 85 = Escore Z +1
- Percentil 97 = Escore Z +2
- Percentil 99,9 = Escore Z + 3
- Percentil 15 = Escore Z -1
- Percentil 3 = Escore Z -2
- Percentil 0,1 = Escore Z -3
Como é classificado o gráfico IMC x idade para crianças com menos de 5 anos?
- Percentil > 85 e ≤ 97 // Escore-Z > +1 e ≤ +2: Risco de sobrepeso.
- Percentil > 97 e ≤ 99,9 // Escore-Z > +2 e ≤ +3: Sobrepeso.
- Percentil > 99,9 // Escore-Z > +3: Obesidade.
Como é classificado o gráfico IMC x idade para crianças com 5 anos ou mais?
- Percentil > 85 e ≤ 97 // Escore-Z > +1 e ≤ +2: Sobrepeso.
- Percentil > 97 e ≤ 99,9 // Escore-Z > +2 e ≤ +3: Obesidade.
- Percentil > 99,9 // Escore-Z > +3: Obesidade grave.
Como é classificada a hipertensão na infância (entre 1 e 13 anos)?
- Normotensão: < p90.
- PA elevada: entre ≥ p90 e < p95 // ou 120 x 80 mmHg mas < p95 (o que for menor).
- HAS estágio 1: entre ≥ p95 e < p95 + 12 mmHg // ou entre 130 x 80 e 139 x 89 mmHg (o que for menor).
- HAS estágio 2: ≥ p95 + 12 mmHg // ou ≥ 140/90 (o que for menor).
Quais são os componentes do escore de Wells para TEP? Como são pontuados? Como é sua interpretação?
Mnemônico: EMBOLIA
- Episódio prévio: TEP ou TVP prévios (1,5 pontos)
- Malignidade: Câncer ativo (1 ponto)
- Batata inchada: Sinais clínicos de TVP (3 pontos)
- Outro diagnóstico: Diagnóstico alternativo menos provável que TEP (3 pontos)
- Lung bleeding: Hemoptise (1 ponto)
- Imobilização: Cirurgia ou imobilização nas últimas 4 semanas (1,5 pontos)
- Alta frequência cardíaca: FC > 100 bpm (1,5 pontos)
Interpretação
- > 4: TEP provável.
- ≤ 4: TEP improvável.
Quais são os componentes avaliados pelo escore PELD (Pediatric End-stage Liver Disease)?
Bilirrubina, INR e albumina.
Mnemônico: “BIA precisa de um transplante hepático.”