Corpo estranho e lesões cáusticas Flashcards

1
Q

Quais são e onde se localizam os 4 estreitamentos do esôfago?

A
  1. Cricofaríngeo: 15cm, ESE
  2. Arco aórtico cruza sobre esôfago: 23cm
  3. BFE (brônquio fonte esquerdo): 27cm
  4. Hiato diafragmático: 40cm
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2
Q

O que é disfagia lusória?

A

Disfagia causada por uma compressão do arco aórtico.

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3
Q

Quais fatores envolvidos na impactação por alimentos?

A
  • Doenças intrínsecas do esôfago;
  • 1/3 distal do esôfago;
  • Pacientes idosos;
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4
Q

Quais são os sintomas complicados e não complicados de CE?

A

Sintomas não complicados:

  • Desconforto cervical ou retroesternal;
  • Sensação subjetiva de corpo estranho;
  • Disfagia e odinofagia

Sinais e sintomas complicados:

  • Odinofagia
  • Sialorréia (impactação)
  • Obstrução
  • Hemorragia;

Crianças:

  • Estridor laríngeo; (som agudo, inspiratório)
  • Recusa de alimentos;
  • Tosse precipitada por refeições;
  • Pneumonia de repetição;
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5
Q

Em que situação utiliza-se tratamento conservador e cirurgia em uma perfuração esofágica e por que?

A

Esôfago torácico: pode-se tratar conservadoramente, porque muitas vezes é tamponada.
Esôfago abdominal, abre para peritônio livre: cirurgia.

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6
Q

Quais sintomas de uma perfuração esofágica?

A

Esôfago cervical: dor, enfisema/crepitação, abcesso

Esôfago torácico: dor torácica, tosse, dispnéia, mediastinite, empiema, hemorragia;

Esôfago abdominal: dor abdominal (peritonite);

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7
Q

Como é feito o diagnóstico de um CE no esôfago?

A
  • História clínica
  • Exame físico
  • RAIO X simples:
  • Primeiro exame
  • Avaliar complicação
  • Região cervical: AP e perfil;
  • Tórax: PA e perfil;
  • Abdome: pé e deitado
  • Alguns CE são radiotransparentes!
  • Avaliação do mediastino, expansão pulmonar, pneumotórax, derrame pleural, pneumoperitônio
  • RAIO X contrastado:
  • Não se faz rotineiramente
  • Para sintomas inespecíficos e não claros
  • Suspeita de perfuração
  • Usar o iodado (bário pode causar mediastinite)
  • Endoscopia (tratamento);
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8
Q

Quais as complicações de um CE no esôfago?

A
  • Sialorreia: sinal de impactação
  • Perfuração: depende do local, dor.
  • Obstrução: disfagia;
  • Hemorragia: anemia;
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9
Q

Quais fatores influenciam no tratamento de um CE no esôfago?

A
  1. Complicações?
  2. Intervenção necessária?
  3. Endoscopia segura?

A decisão de “esperar e observar” ou intervir depende:**

  • Tipo do objeto ingerido;
  • Duração da ingestão;
  • Condições e a idade do paciente;
  • Local do objeto no TGI;
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10
Q

Como tratar CE no esôfago no caso de objetos não perfurantes e perfurantes?

A

Não perfurantes:

  • Esôfago proximal: remoção com pinça dente de rato, “aligátor” ou alça de polipectomia; Se dificuldade de retirada, empurrar para o estômago;
  • Esôfago distal: acompanhar com raio X por 24h;
  • Estômago: radiografias semanais; expelido em 4-6 dias;

Cortantes/pontiagudos:

  • Esofagoscopia rígida (em anestesia geral);
  • Já passou pelo estômago: exame radiológico diário
  • Mesmo local por 3 dias consecutivos, cirurgia;
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11
Q

Quais tratamentos são realizados em caso de CE no esôfago?

A
  • Expectante
  • Se 24h no mesmo local, vai pra EDA
  • Endoscópico
  • 1ª opção
  • Retira ou empurra (overtube)
  • Risco de broncoaspiração, em jejum
  • Cirurgia
  • Impossibilidade de retirada endoscópica
  • Risco de complicação.
  • Laparotomia
  • Indícios de perfuração (se não localizar, ATBC, nutrição parenteral total, sucção nasogástrica e um dreno abdominal próximo ao local suspeito)
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12
Q

Quais substâncias cáusticas podem causar lesões corrosivas do esôfago?

A
  • Ácido muriático: ácido clorídrico:
  • Soda cáustica: hidróxido de sódio
  • Medicamentos: KCl, AAS, cloreto de tetraciclina, doiciclina, ácido ascórbico, quinidina
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13
Q

Qual a fisiopatologia das lesões corrosivas do esôfago?

A
  • Inicial: lesão mucosa
  • 24h: hemorragia, trombose, inflamação, edema
  • 07 dias: fibroblastos, perda da mucosa, granulação
  • 1-15 dias: reparação cicatricial
  • 6 semanas: reepitalização completa da mucosa
  • < 3 meses: retração cicatricial, estenoses.
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14
Q

Qual a diferença entre lesão por álcalis e ácido?

A

Lesões provocadas por álcalis (ph alcalino):

  • São mais graves
  • Promovem necrose por liquefação
  • Morte celular imediata
  • Saponificação da gordura e proteínas celulares

Lesões provocadas por ácidos

  • Ocorre necrose por coagulação da mucosa esofágica e gástrica
  • A necrose é superficial e produz escara protetora
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15
Q

Quais os graus das lesões corrosivas do esôfago?

A

1º grau: limitada a mucosa, hiperemia, edema e necrose superficial.
2º grau: lesão profunda, com exudação, necrose profunda da mucosa e posição da musculatura do esôfago
3º grau: lesão de todas camadas da parede do esôfago e estômago.

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16
Q

Qual o quadro clínico das lesões corrosivas do esôfago?

A
  • Odinofagia e disfagia
  • Vômito e hematêmese

6 semanas: reepitalização completa - melhora sintomas
<3 meses: retração cicatricial, estenose: disfagia intensa

Sintomas mais alarmantes - VAS:

  • Rouquidão, estridor e afonia
  • Indicam lesão de faringe e laringe
17
Q

Exames complementares das lesões corrosivas do esôfago?

A
  • Laboratório (normal não exclui complicações)
  • Rx de tórax e abdome (comp, ex pneumoperitônio)
  • TC tórax e abdome (sinais de perfuração)
  • EDA precoce (acompanhamento pct)
  • Ecoendoscopia (consegue ver todas camadas lesadas!)
18
Q

Quais as complicações das lesões corrosivas do esôfago?

A
  • Precoces
  • 1-30º dia: Esofagite aguda
  • Mais graves relacionadas as VAS: broncoaspirações, pn
  • Tardias
  • Estenoses esofágicas:
    1º grau: estenose próximo de zero
    2º grau: 10-30%
    3º grau: 40-70%
  • Carcinoma de esôfago: 2,5 a 8%
19
Q

Qual o tratamento das lesões corrosivas do esôfago? E o que não deve ser recomendado?

A

Emergência

  • Sem perfuração: elevação da cabeceira, cuidados com VA, HEV, reposição eletrolítica, analgesia, antiobiotico terapia (*), nutrição (enteral ou NPT)
  • Com perfuração: toracotomia, laparotomia

Tardias

  • Dilatação das estenoses (EDA com dilatadores)
  • Tratamento cx das estenoses (ressecções ou bypass)

Não recomendado

  • Lavagem gástrica, diluentes, tentar neutralizar ph
  • SNG
  • Antiácidos, corticoides, antibióticos de largo espectro*
  • Não induzir vômito