Coqueluche Flashcards

1
Q

O que é a Coqueluche?

A

Doença infecciosa aguda, alta transmissibilidade, distribuição universal.
Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Em lactentes: n° elevado de complicações e morte (letalidade 2,8%).

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2
Q

Qual o Agente etiológico da Coqueluche?

A

Bordetella pertussis, cocobacilo gram-negativo

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3
Q

Qual a Incubação da Coqueluche?

A

Em média, de 5 a 10 dias, podendo variar de 4 a 21 dias, e, raramente, até 42 dias

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3
Q

Qual o Período de transmissibilidade da Coqueluche?

A

5º dia após a exposição do doente até a 3 ª semana do início das crises paroxísticas (acessos de tosse típicos da doença). Em lactentes menores de 6 meses, pode prolongar-se por até 4 ou 6 semanas após o início da tosse.

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4
Q

Como é a Transmissão da Coqueluche?

A

Contato direto - gotículas de secreção da orofaringe. Transmissão por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes (raro).

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5
Q

Qual é o Reservatório da Coqueluche?

A

Ser humano é o único reservatório natural

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6
Q

Qual é a Suscetibilidade da Coqueluche?

A

A suscetibilidade é geral.

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6
Q

Como é a Imunidade da Coqueluche?

A

Doença: a imunidade é duradoura, mas não é permanente. Vacina: mínimo de 3 doses com a penta (DTP + hib + hepatite B), e reforços aos 15 meses e 4 anos de idade com a vacina DTP. A imunidade não é permanente; após 5-10 anos, em média, da última dose da vacina, a proteção pode ser pouca ou inexistente

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7
Q

Quais são as Manifestações clínicas da Coqueluche?

A
  • Fase catarral: 1 a 2 semanas, sintomas respiratórios e leves (febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca), instalação gradual de surtos de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, evoluindo para crises de tosses paroxísticas.
  • Fase paroxística: afebril ou com febre baixa, mas, em alguns casos, ocorrem vários picos de febre no decorrer do dia. Manifestação típica os paroxismos de tosse seca caracterizados por crise súbita, incontrolável, rápida e curta, com cerca de 5-10 tossidas em uma única expiração.
  • Fase de convalescença: os paroxismos desaparecem. A tosse persiste por 2 a 6 sem.
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8
Q

Quais são as Complicações da Coqueluche?

A
  • Respiratórias: pneumonia, ativação de tuberculose latente, atelectasia, bronquiectasia, enfisema, pneumotórax, ruptura de diafragma.
  • Neurológicas: encefalopatia aguda, convulsões, coma, hemorragias intracerebrais, hemorragia subdural, estrabismo e surdez.
  • Outras: hemorragias subconjuntivais, otite média por B. pertussis, epistaxe, edema de face, úlcera do frênulo lingual, hérnias (umbilicais, inguinais e diafragmáticas), conjuntivite, desidratação e/ou desnutrição
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9
Q

Como é o Diagnóstico da Coqueluche?

A
  • Laboratorial: isolamento da B. pertussis pela cultura de nasofaringe (PCR) em tempo real. A coleta do espécime clínico deve ser realizada antes da antibioticoterapia eficaz ou, no máximo, até 3 dias após seu início.
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9
Q

Como é o Tratamento da Coqueluche?

A

Antibióticos da classe dos macrolídeos (azitromicina, claritromicina e eritromicina).

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10
Q

Quais são os Objetivos da epidemiologia da Coqueluche?

A
  • Acompanhar a tendência temporal da doença, para detecção precoce de surtos e epidemias, visando à adoção de medidas de controle pertinentes.
  • Aumentar o percentual de isolamento em cultura, com envio de 100% das cepas isoladas para o Laboratório de Referência Nacional, para estudos moleculares e de resistência bacteriana a antimicrobianos.
  • Reduzir a morbimortalidade por coqueluche no País.
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10
Q

Quem faz a Notificação da Coqueluche?

A

Imediata: SMS e SES

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11
Q

Qual o Isolamento da Coqueluche?

A

Gotículas. Pelo menos cinco dias após o início de tratamento com antimicrobiano.

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12
Q

Como é a Vacinação de rotina da Coqueluche?

A
  • Penta três doses: 2, 4 e 6 meses de idade
  • Reforço DTP - aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
  • Vacina dTpa - cada gestação, a partir da 20ª semana; uma dose de dTpa para todos os profissionais de saúde, com reforço a cada dez anos
13
Q

Como é a Quimioprofilaxia da Coqueluche?

A

Indicada para comunicantes (< 1 ano, 1 e 7 anos não vacinados, > 7 anos contato íntimo e prolongado com um caso suspeito de coqueluche)

14
Q

VIGILÂNCIA DA COQUELUCHE EM SITUAÇÃO DE SURTO OU EPIDEMIA: Surto domiciliar:

A
  • Surto domiciliar: dois ou mais casos em um domicílio, sendo um deles confirmado pelo critério laboratorial, e o segundo por um dos três critérios de caso confirmado (a definição de caso para surto deve ser usada, especialmente, para a detecção rápida da magnitude do surto). Os casos devem ocorrer dentro de um período máximo de 42 dias.
15
Q

VIGILÂNCIA DA COQUELUCHE EM SITUAÇÃO DE SURTO OU EPIDEMIA: Surtos em instituições

A
  • Surtos em instituições: dois ou mais casos, sendo um confirmado pelo critério laboratorial e o outro por um dos três critérios, que ocorram no mesmo tempo (casos que ocorrerem dentro de um intervalo máximo de 42 dias entre o início dos sintomas do caso-índice) e no mesmo espaço (no mesmo ambiente de convívio), com a evidência de que a transmissão tenha ocorrido em pelo menos um dos casos no ambiente institucional. Essa definição de surto também deve ser utilizada em escolas, creches, ambientes de cuidados de saúde, alojamentos e presídios, entre outros, para levantamento rápido de possíveis casos suspeitos.
15
Q

VIGILÂNCIA DA COQUELUCHE EM SITUAÇÃO DE SURTO OU EPIDEMIA: Surtos em comunidades:

A
  • Surtos em comunidades: quando o número de casos confirmados, que inclui ao menos um caso confirmado pelo critério laboratorial, for maior do que o número de casos esperado para local e tempo, com base na análise de registros anteriores, realizada a partir de uma série histórica da incidência da doença em uma determinada população circunscrita.
16
Q

Como é a A quimioprofilaxia é indicada para comunicantes de coqueluche?

A
  • Com idade inferior a 1 ano, independentemente da situação vacinal. Os recém-nascidos devem ser avaliados pelo médico.
  • Com idade entre 1 e 7 anos não vacinados, com situação vacinal desconhecida ou que tenham tomado menos de quatro doses de vacina com componentes pertussis.
  • A partir de 7 anos de idade que tiveram contato íntimo e prolongado com um caso suspeito de coqueluche, se:
    {houve contato com o caso-índice no período de 21 dias que precedeu o início dos sintomas do caso, até três semanas após o início da fase paroxística; ou} houve contato com um comunicante vulnerável no mesmo domicílio.
  • Que trabalham em serviço de saúde ou com crianças.
    Consideram-se comunicantes vulneráveis:
  • Recém-nascidos que tenham contato com sintomáticos respiratórios.
  • Crianças com menos de 1 ano de idade, com menos de três doses de vacina penta ou tetravalente ou DTPa ou hexa-acelular.
  • Crianças menores de 10 anos de idade, não imunizadas ou com esquema vacinal incompleto (menos de três doses de vacina com componentes pertussis).
  • Mulheres no último trimestre de gestação.
  • Pessoas com comprometimento imunológico.
  • Pessoas com doença crônica grave.
    Tossidores identificados no grupo dos comunicantes vulneráveis devem ser considerados casos suspeitos de coqueluche. Portanto devem ser notificados e tratados, independentemente do resultado laboratorial. Além disso, deve-se coletar material de nasofaringe para cultura ou PCR, preferencialmente antes do início da antibioticoterapia.
    O tratamento e a quimioprofilaxia têm os mesmos esquemas terapêuticos (Quadro 1).
    Portador de coqueluche é todo indivíduo que não apresentou sinais e sintomas sugestivos, mas que obteve isolamento da B. pertussis pela cultura ou identificação pelo PCR em tempo real. A quimioprofilaxia é também indicada a esse portador, pois a presença do agente etiológico no organismo humano favorece a disseminação da doença a outros indivíduos vulneráveis.}
    SITUAÇÕES ESPECIAIS
    Neonatos: filho de mãe que não fez ou não completou o tratamento adequado (Quadro 1) deve
    receber quimioprofilaxia.
    Gestantes: em qualquer fase da gestação, a mulher que se enquadrar na definição de caso suspeito
    ou na definição para indicação de quimioprofilaxia deve receber o tratamento ou a quimioprofilaxia
    (Quadro 1).
17
Q

Quais são as ORIENTAÇÕES PARA CULTURA DE MATERIAL USADO NO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA COQUELUCHE: COLETA DE SECREÇÃO NASOFARÍNGEA?

A
  • Para a coleta, utilizar swabs finos com haste flexível, estéreis e alginatados ou de Dracon®.
  • Retirar os tubos com meio de transporte (Regan-Lowe – RL), com antibiótico, da geladeira e deixá-los atingir a temperatura ambiente.
  • Coletar a secreção nasofaríngea introduzindo o swab na narina até encontrar resistência na parede posterior da nasofaringe, realizando movimentos rotatórios. Coletar o material de uma narina (Figura 1).
    FIGURA 1 − Coleta de material da nasofaringe
  • Após a coleta, estriar o swab na superfície inclinada do meio de transporte e, em seguida, introduzir na base do meio de transporte (meio semissólido RL).
  • Entrar em contato com o laboratório que receberá o material coletado para que as providências dadas à continuidade do exame sejam tomadas (preparo de meio de cultura e outras).
    ATENÇÃO! O swab deve permanecer dentro do respectivo tubo.
17
Q

Como é o TRANSPORTE DO MATERIAL COLETADO da Coqueluche?

A
  • O material deverá ser encaminhado ao laboratório imediatamente após a coleta, em temperatura ambiente.
  • Cada espécime clínico deverá ser acompanhado da ficha de encaminhamento de amostra ou de cópia da Ficha de Investigação Epidemiológica da Coqueluche, conforme definição no âmbito estadual com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS).
  • Se a opção for a Ficha de Investigação Epidemiológica, deve-se anotar se o material (espécime clínico) é do caso ou do comunicante.
  • Na impossibilidade de um encaminhamento imediato após a coleta, os materiais deverão ser incubados em estufa a 35ºC a 37°C, por um período máximo de 48 horas, sendo encaminhados em temperatura ambiente.
  • Se o período de transporte do material pré-incubado exceder quatro horas ou se a temperatura ambiente local for elevada, recomenda-se o transporte sob refrigeração.
    ATENÇÃO!
  • Os tubos com meio de transporte que não forem utilizados no mesmo dia devem ser mantidos na geladeira até o momento da coleta.
  • Verificar, sempre, o prazo de validade do meio de transporte (dois meses) antes de utilizá-lo.
  • Estabelecer, com o laboratório, uma rotina referente ao envio de amostras (horário e local de entrega de material), fluxo de resultados e avaliação periódica da qualidade das amostras enviadas, bem como outras questões pertinentes