Conhecimento, Descartes e Hume Flashcards

1
Q

Quais os tipos de conhecimento?

A

Conhecimento prático (saber fazer), conhecimento proposicional (saber que) e conhecimento por contacto

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2
Q

Caracteriza a definição tripartida de conhecimento

A

Platão defende que para haver conhecimento terá de se verificar a conjunção entre 3 condições- a crença, a verdade e a justificação. Estas condições são necessárias e conjuntamente suficientes para haver conhecimento.

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3
Q

Qual a importância da justificação na definição tripartida do conhecimento?

A

É necessária a justificação para que a crença verdadeira possa ser considerada conhecimento, ao invés de uma mera opinião

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4
Q

Qual a objecção presentada por Edmund Gettier à definição tradicional de conhecimento?

A

Este apresentou contraexemplos que mostram ser possível termos uma crença verdadeira justificada e ainda assim não termos conhecimento. Este refere que as justificações de crenças verdadeiras podem ser acidentais e a sua verdade pode ser resultado de sorte ou mero acaso. Assim, este sugere que seja acrescentada uma condição extra, apesar de não a conseguir descrever ou definir.

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5
Q

Quais as críticas apresentadas ao ceticismo radical?

A

Esta posição é autocontraditória e autorrefutante, pois o cético radical afirma que não temos crenças verdadeiras justificadas mas ao afirma isso, já exprime a crença verdadeira justificada que não há crenças verdadeiras justificadas.

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6
Q

Quais os argumentos contra a possibilidade do conhecimento?

A

Os erros e ilusões dos sentidos, a discordância e divergência de opiniões e a regressão infinita da justificação.

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7
Q

Explica em que consiste o fundacionalismo

A

O fundacionalismo é a perspetiva segundo a qual o conhecimento deve ser concebido como uma estrutura que se ergue a partir de fundamentos certos, seguros e indubitáveis. Este afasta-se do ceticismo radical na medida em que distingue crenças básicas (crenças autoevidentes, autojustificadas, irrefutáveis, indubitáveis e infalíveis, que permitem evitar a regressão infinita da justificação) e as crenças não básicas( que dependem da autojustificação das crenças básicas)

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8
Q

Explique para qual dos filósofos (Descartes ou Hume) o conhecimento é limitado

A

O conhecimento diz-se limitado para Hume uma vez que permite-nos apenas conhecer a realidade física (através das impressões e dos sentidos). No entanto, para Descartes, o conhecimento tem origem no pensamento e na razão, logo, o conhecimento diz-se ilimitado, porque permite-nos conhecer realidades metafísicas, como Deus.

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9
Q

Explica a tua posição relativamente ao problema da origem do conhecimento

A

Eu considero-me empirista, uma vez que defendo que o conhecimento acerca do mundo provém da experiência e dos sentidos, tal como David Hume.
Como tal, valorizo o conhecimento a posteriori e defendo que a inexistência de ideias inatas (concebidas à nascença).
Uma vez que não acredito na existência de Deus, considero que o raciocínio de Descartes não tenha os fundamentos necessários, visto que sem a existência de Deus, não temos qualquer motivo para confiar no nosso intelecto, mas temos de o fazer para provar a existência de Deus. Além disso, a ideia de ser perfeito, um dos argumentos utilizados por Descartes para provar a existência de Deus, não implica necessariamente a existência de Deus, uma vez que pode ter sido criada por oposição à ideia de ser imperfeito.

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10
Q

Quais as características da dúvida cartesiana?

A

Metódica, provisória, universal e hiperbólica

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11
Q

Qual é a primeira certeza de Descartes? Qual a sua importância?

A

O cogito. Este permite ultrapassar o ceticismo e suspender a dúvida cartesiana. Este é também a primeira verdade clara e distinta e é considerada uma ideia inata que pode, segundo Descartes, ser utilizada como fonte segura do conhecimento

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12
Q

Qual o raciocínio utilizado por Descartes para chegar à segunda certeza. Explica os seus argumentos

A

É utilizado o raciocínio dedutivo. Descartes apresenta 2 argumentos. O argumento da causalidade (ou da marca impressa) onde explica que a ideia de perfeição terá de vir de um ser perfeito-Deus que colocou a sua marca em nós (o pensamento). Apresenta também o argumento ontológico onde explica que, sendo Deus um ser perfeito este terá de possuir todos os predicados que lhe conferem a perfeição, incluindo o atributo da existência.

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13
Q

Qual a importância da existência de Deus no cartesianismo?

A

Para Descartes, a existência de Deus como um ser perfeito e somamente bom, é a garantia da verdade das ideias claras e distintas. Uma vez provada a existência de Deus, Descartes consegue deduzir muitas verdades como a existência do corpo e do mundo físico exterior.

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14
Q

Qual a fonte de conhecimento e raciocínio valorizado por David Hume?

A

A experiência e o raciocínio indutivo

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15
Q

Para David Hume existem ideias inatas? Porquê?

A

Não, porque para este, todas as ideias derivam das impressões.

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16
Q

Quais os modos de conhecimento, para Hume? Distingue-os

A

O conhecimento de relação de ideias (a priori), expressa verdades necessárias e a sua negação implica uma contradição. No entanto, o conhecimento de questões de facto (a posteriori) expressam verdades contingentes e a sua negação não implica uma contradição. Estas permitem o avanço da ciência visto que “dão um salto no desconhecido” e são mais interessantes para a ciência.

17
Q

Explica o problema da casualidade

A

Segundo Hume, é na relação causa e efeito que se baseiam todos os nossos raciocínios acerca dos factos (derivado da experiência). Esta é normalmente concebida como uma conexão necessária (em que a causa tem necessariamente o poder de produzir o efeito). Contudo, as impressões apenas nos revelam que entre 2 fenómenos se verifica uma conjunção constante ( o efeito ocorreu sempre a seguir à causa). Assim, a ideia de conexão necessária tem apenas fundamento psicológico, visto que após a observação de conjunções constantes somos levados a acreditar que há uma conexão necessária entre a causa e o efeito pelo sentimento de expectativa decorrente do hábito e do costume. Assim, Hume apresenta uma perspetiva cética a respeito do conhecimento científico dos fenómenos, uma vez que este assenta nas relações causais.

18
Q

Explica o problema da indução.

A

O problema da indução trata se de saber se as interferências indutivas estão ou não justificadas. Os argumentos indutivos típicos são a indução por generalização e a indução por previsão. Hume defende que nenhum destes argumentos são racionalmente justificados, uma vez que qualquer argumento indutivo pressupõe a ideia de que a natureza é uniforme. Sabendo que este princípio não é racionalmente justificado, podemos concluir que não temos justificação racional para confiar na indução.