Conceitos Flashcards

1
Q

Perícia

A

Exame dos elementos materiais de um fato alegado

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2
Q

Perito

A

Detém o conhecimento técnico sobre determinado assunto

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3
Q

Corpo de delito

A

Conjunto de elementos materiais denunciadores do fato criminoso

Todos os elementos materiais da conduta incriminada, inclusive meios ou instrumentos de que se sirva o criminoso. Base residual do crime.

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4
Q

PERÍCIA MÉDICO-LEGAL

A

Visa informar e fundamentar, de maneira objetiva, todos os elementos consistentes do corpo de delito e, se possível, aproximar-se de uma provável autoria

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5
Q

Necrópsia

A
  • É o exame externo e interno de um cadáver

- Pode ser realizada com finalidade clínica ou forense

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6
Q

Necropsia clínica

A
  • Autorização obrigatória da família, realizada em hospitais por patologistas – ex: diagnóstico incerto, doenças raras, complicações médicas não esperadas, menos de 24 hs de entrada no hospital
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7
Q

Necropsia forense

A
  • Não é necessária autorização da família, realizada geralmente no IML ou postos médico-legais, por médicos legistas
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8
Q

Objetivos da necropsia forense

A
  • Determinar a causa mortis
  • Determinar o tempo decorrido da morte
  • Distinguir lesões intra vitam e post mortem
  • Identificar o corpo
  • Fornecer elementos para a determinação da causa jurídica da morte (se suicídio, homicídio ou acidente)
  • Materializar um ou mais delitos
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9
Q

Quando é necessária uma necropsia médico-legal (forense)?

A

1- Morte decorrente de causas externas (morte violenta) – causas jurídicas - agente responsável / acidente

2- Morte suspeita:
Pela subtaneidade
Por violência oculta (ex: putrefação adiantada)
Por violência indefinida
Por infortúnio do trabalho
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10
Q

Quais são as causas jurídicas de morte?

A
  • Morte natural, violenta ou suspeita
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11
Q

Morte natural

A
  • Decorrente de causas não-traumáticas, sem transferências de energia. “Morte por antecedentes patológicos”.
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12
Q

Morte violenta

A
  • Decorrente de causas externas, não “naturais” (homicídio, suicídio ou acidente). Omissão de socorro também
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13
Q

Morte suspeita

A

“quando há possibilidade de não ter sido natural a sua causa”. Ocorre de forma duvidosa, 20% causas violentas.

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14
Q

Exame de corpo de delito é obrigatório em quais situações?

A

Em caso de morte violenta ou suspeita

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15
Q

Exemplos de mortes suspeitas

A
  • “As mortes súbitas são, a princípio, mortes suspeitas, até que se prove o contrário.”
  • “Toda morte sob custódia é suspeita até que se prove o contrário.”
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16
Q

Causas jurídicas de morte violenta

A
  • Acidente: “não intencional” – sem delito a apurar
  • Homicídio: com delito a apurar
  • Suicídio: sem delito a apurar (a princípio…)
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17
Q

Quem faz o exame de corpo de delito?

A
  • O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior
  • Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica
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18
Q

O que é perícia complexa?

A

Perícia que abrange mais de uma área do conhecimento

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19
Q

Quem faz o exame de corpo de delito?

A
  • O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior
  • Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica
  • Os peritos devem elaborar o laudo pericial –> prazo máximo de 10 dias
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20
Q

Quando a autópsia deve ser feita?

A
  • Deverá ser feita pelo menos 6 horas depois do óbito
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21
Q

Crime de falso testemunho ou falsa perícia

A
  • Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral.
  • Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
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22
Q

Crime doloso

A

Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo

23
Q

Crime culposo

A

Quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia

24
Q

Atestado médico

A

Documento particular de declaração pura e simples de um fato médico verídico e suas possíveis consequências, normalmente feito a pedido do paciente ou responsáveis.

Qualquer médico!

O médico possui competência para atestar, independentemente de sua especialidade, desde que se sinta capacitado para tanto.

Atestado de sanidade mental pode ser emitido pelo médico

25
Classificação dos atestados
Administrativo: usado a fins do serviço público ou servidor público - atestados que geram benefícios previdenciários...    Judiciário: quando é requisitado pelo juiz. Por exemplo, quando o juiz pede um atestado para interdição judicial Oficioso: a pedido particular - para atividades físicas, não perder atividades avaliativas
26
Quanto ao conteúdo, como podem ser classificados os atestados?
Idôneo: verdadeiro, que devemos emitir Gracioso (complacente ou de favor) Imprudente: atestado feito de forma apressada, feito quando você não examina o paciente suficientemente para emiti-lo Falso: é o atestado verdadeiramente criminoso. Crime de falsidade ideológica. Crime doloso. Atestado emitido por falso médico não é falsidade ideológica, é falsidade material
27
O que é relatório?
Documento principal da atividade pericial Descrição minuciosa de uma perícia médica a fim de responder a autoridade policial ou judiciária.
28
Tipos de relatório
Laudo: documento redigido pelo próprio perito depois de terminada a perícia. Descreve os achados da perícia. Exemplo: laudo de necrópsia.  Auto: documento ditado pelo perito para o escrivão da polícia, na presença de testemunhas. Exemplo: auto de exumação → o restante a maior parte é laudo.
29
Partes do relatório
Preâmbulo: introdução e identificação do laudo Quesitos: perguntas que temos que responder. Essas perguntas já existem na lei. Histórico: anamnese pericial. A veracidade aqui não é responsabilidade do perito e sim do paciente. Descrição 🡪 mais importante! Visum et repertum (ver e reportar → regido pelos princípios da objetividade, imparcialidade, ). É a descrição que diferencia o relatório do parecer médico-legal. Discussão  Conclusão  Resposta aos quesitos * O perito responde criminalmente por todos os itens, com exceção do histórico (porque foi relatado pelo paciente)! * Somente o juiz define a causa. Você tem que ajudar o juiz a chegar a resposta, se foi suicídio, homicídio… Fale na discussão com referências...
30
Parecer médico-legal
Quando teve problema em perícia prévia. Divergências quanto a interpretação de achados de perícia Solicita-se esclarecimento mais aprofundado  Perito ou professor com competência inquestionável e autoridade “reconhecida”. Quem emite o parecer não é quem fez o exame. O parecerista faz corpo de delito indireto. Parecerista não faz Visum et repertum. Aqui não tem descrição, apenas 6 componentes.
31
Quais são as causas de morte?
Médico-biológica: está relacionada ao processo biológico Jurídica (ideia de morte violenta): suicídio, homicídio ou acidente. Apenas o juiz determina a causa jurídica da morte
32
Finalidades da DO
Confirmar a morte; Determinar a causa (apenas a causa médico-biológica) da morte; Satisfazer interesses de ordem civil, estatística, demográfica e político-sanitária.  *A DO contribui para o juiz tomar a causa jurídica da morte.
33
Assento de óbito
?
34
DO x certidão de óbito
Declaração de óbito (documento médico) é diferente de certidão de óbito (documento do cartório).
35
De quem é a responsabilidade para o preenchimento da DO?
O preenchimento dos dados constantes na Declaração de Óbito é da responsabilidade do médico que atestou a morte.
36
Requisitos fundamentais dos métodos de identficação
1o requisito → o método tem que fornecer comparação. Unicidade: individualidade; o que é exclusivo do indivíduo Imutabilidade: perenidade – não podem se modificar facilmente pela ação do tempo ou doenças. Não significa durar para sempre. Praticabilidade: fácil registro e obtenção, custo, adequação a parâmetros socioculturais Classificabilidade: fácil arquivamento e recuperação das informações colhidas *Método datiloscópico: ótimo método. Tem os 5 requisitos importantes.
37
Qual é a sequencia do método datiloscópico
``` V - 4 (verticilo) E- 3 (presilha externa) I- 2 (presilha interna) A- 1 (arco) 0 representa amputação X - dedo defeituoso que não dá para ver o tipo fundamental da impressão digital ```
38
Outros métodos de identificação
Queiloscopia: marca dos lábios. Tem que ter suspeito, pois não existe banco de dados de marcas de boca. Poroscopia Oftalmoscopia Flebografia Radiografias: seios paranasais – frontal Caligrafia Análise de voz Arcadas dentárias Superposição de imagens DNA é caro e não tem banco de dados de todo mundo. Limitação desses métodos: não há banco de dados. “Evitar ao máximo recorrer a técnicas moleculares; elas não vieram substituir a antropologia forense, mas sim complementar, se necessário.”
39
Quais são os objetivos do exame médico-legal das ossadas
Exame médico-legal de ossadas: Espécie (determinação): saber se é espécie humana ou não. Número de indivíduos (determinação) Sexo (determinação): no caso, é o sexo biológico Idade (estimativa) Estatura (estimativa)
40
Osso importante
Clavícula: osso com características exclusivas da espécie humana; 1º osso a iniciar processo de ossificação (5ª a 6ª semana de vida intrauterina).
41
Pelve masculina x pelve feminina
De forma geral: pelve mais larga nas mulheres; masculina é mais pesada e mais robusta; atributos da região púbica. Esqueletos masculinos são mais robustos e com relevos ósseos mais proeminentes
42
Diferenças do crânio de homens e mulheres
Fronte: homem tem glabela proeminente e fronte voltada para trás. Mulher: fonte verticalizada sem glabela Rebordo supraorbitário: mais cortante na mulher e fino. No homem é mais redondo. Processo mastoide: mais evidente e proeminente no homem. Ângulo da mandíbula: homem tem ângulo da mandíbula mais fechado e contorno mais evidente e quadrado. Mulher tem ângulo mais aberto Protuberância mentoniana: mais evidente e proeminente no homem.
43
Variação da estatura
Diferença de cerca de 2 cm entre vivo e morto | Diferença de 4 a 6 cm entre ossada e vivo
44
Tanatatologia forense
Parte da Medicina Legal que estuda a morte, os fenômenos cadavéricos e a legislação pertinente
45
Indicações para realização de necrópsia clínica
morte sem uma devida explicação durante uma cirurgia; enfermidades raras; pacientes que se submeteram a protocolos de pesquisas clínicas; mortes perinatais e infantis precoces; sem diagnóstico clínico confiável. Morte materna e morte com menos de 24h de internação → também é recomendado fazer uma necrópsia clínica.
46
O que é docimásia?
Prova de alguma coisa... 1) Docimásias hepáticas: pesquisar reservas de glicogênio no fígado. Se preservado, a morte foi aguda, caso contrário, a morte foi agônica. 2) Docimásias suprarrenais: adrenalina
47
Quais são os elementos diagnósticos básicos de morte?
- Ausência de circulação - ausência de respiração - acidificação dos líquidos tissulares - ausência de funções encefálicas
48
Notificações na morte encefálica
Suspeita de ME deve ser notificado!!!
49
Quais são os critérios diagnósticos da morte encefálica?
I - Descartar causas reversíveis de coma capazes de mimetizar ME: Hipotermia, Choque, Intoxicação por drogas, Distúrbios metabólicos Obs.: causa desconhecida – iniciar protocolo??? Não!!! II - Exame Clínico e Teste da Apneia Exame Clínico: pesquisa de reflexos (pupilar, corneano, tosse, etc), estímulo doloroso (face) Teste da apneia (último teste): existe movimento ventilatório espontâneo? Nele, aumenta-se a PCO2 acima de 55mmHg III - Exames Complementares (tem que ter pelo menos 01 exame complementar) EEG, angiografia (padrão ouro), doppler Na angiografia: vê parada de fluxo.
50
O que é necessário para determinar a morte encefálica?
a) Dois exames clínicos que confirmem coma não perceptivo e ausência de função do tronco encefálico; b) Teste de apneia que confirme ausência de movimentos respiratórios após estimulação máxima dos centros respiratórios; c) Exame complementar que comprove ausência de atividade encefálica. Obs.: 2 exames clínicos (2 médicos diferentes), 1 teste de apneia, 1 exame complementar
51
De acordo com o CFM, para se realizar o diagnóstico de ME pode ser o médico neurologista ou o médico especificamente capacitado. Quem seria esse médico especificamente capacitado?
Mínimo de um ano de experiência no atendimento de pacientes em coma + 🡪 que tenha acompanhado ou realizado pelo menos 10 determinações de ME OU 🡪 que tenha realizado curso de capacitação para determinação de ME, nos moldes do anexo da Resolução → esse curso ainda não existe!
52
Quando a ordem de inscrição na fila de transplantes pode deixar de ser observada --> no caso, furar a fila?
- (in)compatibilidade; - distância e condições de transporte; - tempo de deslocamento do receptor; - urgência. - transplante inter vivos
53
Comparação de ossada feminina x masculina
``` Masculina: - Fronte inclinada ● Glabela e arcos superciliares pronunciados ● Articulação fronto-nasal angulosa ● Rebordo supra-orbitário rombo ● Apófise mastóide desenvolvida ● Inserção muscular pronunciada ● Côndilo occipital estrangulado ● Mandíbula robusta ``` ``` Feminina: - Fronte vertical ● Glabela pouco pronunciada ● Articulação curva ● Rebordo cortante ● Apófise pouco desenvolvida ● Inserção pouco pronunciada ● Côndilo reniforme ● Mandíbula delicada ```
54
Comparação de pelve feminina x masculina
``` Masculina: - Predomínio dimensões verticais (mais estreita e longa) ● Forma de coração (mais estreita) ● Ângulo sub-púbico estreito, fechado, forma de V ● Chanfraduras isquiáticas fechadas ● Acetábulo mais amplo ● Sacro mais longo e estreito (pode ter mais de 5 segmentos) ● Inserções musculares mais pronunciadas ``` ``` Feminina: - Predomínio dimensões horizontais (mais larga e curta) ● Forma circular ● Ângulo sub-púbico amplo, aberto, forma de U ● Chanfraduras isquiáticas abertas ● Acetábulo menos amplo, pequeno ● Sacro mais curto e alargado (sempre com 5 segmentos) ● Inserções musculares menos pronunciadas ● Podem haver “fossetas” do parto (região interna da sínfise púbica) - estigmas do parto ```