Complicações Pós Anestésico Flashcards

1
Q
A

Midazolam e propofol, embora mais comumente usados para sedação, têm efeitos antieméticos de duração mais longa do que seus efeitos na sedação (Barash).

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2
Q
A

Se uma dose adequada de antiemético administrada no momento apropriado for ineficaz, é improvável que a simples administração de mais da mesma classe de medicamento na SRPA produza qualquer benefício significativo. Portanto,não é recomendado repique qualquer medicamento da mesma classe dentro de 6 horas após a dose inicial. Medicamentos antieméticos específicos, como escopolamina, dexametasona e aprepitant, não devem ser repicados.

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3
Q
A

ANTAGONISTASdopaminérgicos (as Butirofenonas) fazem parte do arsenal terapêutico contra náuseas e vômitos no pós-operatório.

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4
Q

A capacidade de identificar pacientes de alto risco para náuseas e vômitos pode melhorar significativamente a qualidade do atendimento e a satisfação do paciente na SRPA. Do ponto de vista do paciente, a náusea pode ser mais desconfortável do que a dor pós-operatória. Assim, são fatores de risco independentes:

A

Feminino
Não fumante
Histórico de náuseas e vômito pós operatório
Uso pós operatório de opióides
Idade <50

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5
Q

Na escala de APfel qual a máxima pontuação?

A

5 pontos, cada item pontua 1

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6
Q

Qual o risco para 0 pontos na escala de Apfel?

A

10%

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7
Q

Qual o risco para 1 pontos na escala de Apfel?

A

20%

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8
Q

Qual o risco para 2 pontos na escala de Apfel?

A

30%

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9
Q

Qual o risco para 3 pontos na escala de Apfel?

A

50%

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10
Q

Qual o risco para 4 pontos na escala de Apfel?

A

60%

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11
Q

Qual o risco para 5 pontos na escala de Apfel?

A

80%

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12
Q
A

Ametoclopramidaé um antagonista dopaminérgico (D2) e serotoninérgico (5-HT3, 5-HT4 periférico em doses mais elevadas) com propriedades procinéticas, as diretrizes atuais não listam a metoclopramida como tratamento de primeira linha

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13
Q
A

Odroperidolé umabutirofenonacom efeito antiemético resultante do receptor dopaminérgico (D2) com potencial de prolongamento do intervalo QT. Este e outros efeitos colaterais do droperidol, como sedação e acatisia, são significativos, mas em doses mais altas do que as comumente usadas para profilaxia de NVPO, que são tipicamente 1,25 mg ou menos.

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14
Q
A

Antagonistas do receptor de histamina H1têm uma eficácia particular no manejo de náuseas e vômitos precipitados por vias vestibulares, com benefício documentado no manejo da cinetose e procedimentos cirúrgicos para estrabismo ou envolvendo o ouvido médio.

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15
Q
A

Odimenidrinato(uma combinação de difenidramina e 8-cloroteofilina que foi adicionada para reduzir a sonolência) tem uma eficácia antiemética semelhante à do droperidol e dos antagonistas de 5-HT3, mas as reações adversas potenciais desses anti-histamínicos incluem sedação acentuada, boca seca, retenção urinária, e visão turva como resultado do antagonismo do receptor muscarínico associado.

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16
Q
A

Ameclizina, um antagonista do receptor H1, tem efeito sedativo mínimo, ação prolongada e eficaz para o tratamento de NVPO.

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17
Q
A

Osantagonistas de 5-HT3(ondansetrona) têm um papel importante, devido ao seu perfil de reações adversas relativamente benigno. Seu uso profilático é mais eficaz quando administrado imediatamente antes do término da cirurgia. Embora relativamente bem tolerados, seu perfil de efeitos colaterais inclui risco aumentado de dor de cabeça e elevação de enzimas hepáticas. Todos os antagonistas do subtipo 3 da serotonina também são associados ao prolongamento do intervalo QT.

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18
Q
A

Adexametasonaé um antiemético eficaz em doses intravenosas de 4 a 5 mg. Este esteroide pode atuar centralmente para modular a liberação de endorfinas ou inibir a síntese de prostaglandinas. Dado o seu início de ação tardio, a dexametasona deve ser administrada o mais cedo possível após a indução da anestesia. A dexametasona profilática também é eficaz na redução da dor pós-operatória e na melhora da qualidade da recuperação, embora em doses um pouco mais altas (tipicamente 8 mg) do que as necessárias para um efeito antiemético.

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19
Q
A

O papel dastaquicininasna via emética foi elucidado pela primeira vez por estudos imuno-histológicos identificando a substância P em áreas do SNC associadas ao reflexo de vômito. Pesquisas subsequentes identificaram o valor potencial de antagonistas específicos do receptor de neurocinina-1, no qual a substância P e as neurocininas A e B interagem central e perifericamente no intestino, para suprimir o vômito. Oaprepitantfoi o primeiro fármaco desta classe lançado comercialmente.

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20
Q

Qual anticolinergico é usado como antiemético?

A

Escopolamina 1,5 mg patch transdermico atrás da orelha antes da cirurgia- remover após 24h de pós operatório

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21
Q

Qual antagonista do receptor NK 1?

A

Aprepitant 40mg oral 3horas antes da anestesia

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22
Q

Dose de corticoide como antiemetico?

A

Dexametasona 4 mg após indução anestésica

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23
Q

Qual a dose do anti-histamínicos para náuseas e vômitos?

A

Hidroxizine 12,5 -25 mg IM
Difenidramina (25-50 mg IV)

24
Q

Qual butirofenona é usada no tratamento de náuseas e vômitos?

A

Droperidol (0,625- 1,25 mg IV ) monitoramento do intervalo QT até 2-3 horas pós operatório, checar ECG pré op
Haloperidol 0,5 < 2 mg IM / IV

25
Q

Qual fenotiazina são usadas para náuseas e vômitos?

A

Prometazina 12,5 - 25 mg IM
Procloperazina 5- 10 mg IV

26
Q

Qual procinetico é usado no tratamento de náuseas e vômitos?

A

Metoclopramida 10-20mg IV, evitar qualquer possibilidade de obstrução gastrointestinal)

27
Q

Qual antagonista do receptor de serotonina é usado no tratamento de náuseas e vômitos?

A

Ondansetrona 4vmg IV 30 min antes do fim da cirurgia

28
Q

Qual vasopressores é usado no tratamento de náuseas e vômitos?

A

Efedrina 25 mg IM combinada com hidroxizine 25 mg

29
Q
A

NÁUSEA E VÔMITOS PERSISTENTES
Deve-se considerar causas alternativas para esses sintomas, particularmente hipovolemia ou infecção precoce. A revisão dos sinais vitais (temperatura, pulso e pressão arterial), aliada ao exame clínico para excluir uma associação com piora concomitante da dor abdominal, focos sépticos potenciais ou retenção urinária é importante. Aadministração de 20 mL/kg de uma solução eletrolítica isotônicareduz o risco de náusea e tontura após cirurgia ambulatorial e a reposição de volume deve ser considerada para atenuar os sintomas persistentes.Efedrina0,5 mg/kg por via intramuscular é eficaz para profilaxia e tratamento, com eficácia comparável à do droperidol. Não há sentido em prescrever um mesmo antiemético usado nas últimas 6 horas, mas medicamentos de segunda linha podem ser considerados caso o tratamento de primeira linha falhe. Essas opções incluemprometazinaem pequenas doses (6,25 mg);naloxonaintravenosa em pequenas doses;propofol20 mg.

30
Q

Além dos fatores de risco descritos por Apfel e colaboradores, outros fatores de importância incluem: bem confirmados

A

Bem estabelecidos:
=> Paciente: Púberes e jovens adultos; Ansiedade pré-operatória;
=> Cirurgia: Duração prolongada do tempo cirúrgico
=> Relacionados à anestesia: Anestésicos voláteis; Óxido nitroso; Anestesia inalatória versus anestesia venosa; Opioides no período intraoperatório; Opioides no período pós-operatório;

31
Q

Além dos fatores de risco descritos por Apfel e colaboradores, outros fatores de importância incluem: possíveis

A

Possíveis:
=> Paciente: Bom estado físico da ASA, História de enxaqueca, História de NVPO ou cinetose em parente de 1o grau, Ansiedade pré-operatória
=> Cirurgia:intra-abdominal, correção de hérnia, cirurgia laparoscópica, ortopédica, ginecológica maior, de tireoide, deestrabismo (criança), neurocirurgia, de mamas, plástica, orquidopexia(criança), do pênis (criança),Restrição hídrica intraoperatória,Administração intraoperatória de cristaloides versus coloides
=> Relacionados à anestesia: •Duração prolongada da anestesia; Grandes doses de neostigmina (maior ou igual a 2,5 mg);

32
Q

Além dos fatores de risco descritos por Apfel e colaboradores, outros fatores de importância incluem: não confirmados

A

Paciente: Estágio inicial do ciclo menstrual, Obesidade

33
Q

Caracteriza a lesão pulmonar aguda após transfusão de hemoderivados na sala de recuperação pós-anestésica:

A

Início da disfunção pulmonar nas primeiras 6 horas após transfusão

34
Q

Qual é o sinal mais comum de infarto agudo do miocárdio (IAM) na sala de recuperação pós anestésica?

A

Taquicardia

35
Q

Qual das medicações tem efeito tardio no tratamento de broncoespasmo no pós-operatório?

A

hidrocortisona intravenoso

36
Q

Fisiopatologia da DPOC no pós operatório?

A

Ocolapso dinâmico das pequenas vias aéreasnos pacientes portadores de DPOC podemlimitargravemente o fluxo expiratório na ventilação espontânea. Atuando como uma carga inspiratória adicional, aformação dePEEP intrínseco nessa situação aumenta o trabalho muscular necessário para gerar uma pressão pleural negativaosuficiente para se opor à pressão alveolar supra-atmosférica decorrente do aprisionamento do gás alveolar. (Resumindo: o paciente faz auto-PEEP, com aumento do trabalho respiratório.)
A formação de pressões negativas pleurais mais negativas que as habituais aumentam ainda mais o retornovenoso e a sobrecarga ao leito vascular pulmonar com aumento da pressão nessa circulação e desvio do septointerventricular para a esquerda com consequente prejuízo de enchimento do ventrículo esquerdo.

37
Q

Função do CPAP no tratamento de crise dpocitica no pós operatório?

A

A aplicação de CPAP,em valores abaixo do PEEP intrínseco, reduz o trabalho respiratório (gabarito, letra C)ao aumentar a pressão na entrada das vias aéreassem aumentar a pressão alveolar por conta da obstrução dinâmica das pequenas vias aéreas.
Comisso há um aumento consequente da pressão transpulmonar necessária para gerar o fluxo inspiratório. A CPAP tambémdesloca o ponto de igual pressão (ponto de oclusão) para regiões mais proximais da árvore brônquica que apresentammaior suporte cartilaginoso e menos propensão ao colapso por aumento da pressão transbrônquica na fase expiratória.

38
Q

Um centro ambulatorial planeja implementar um protocolo de recuperação rápida (fast-track) para artroscopias de joelho sem reconstrução ligamentar. Anestesia venosa total com propofol e remifentanil associada a infiltração intra-articular de ropivacaína foi então padronizada para este fim e a obtenção de escores ≥ 9 na escala de Aldrete e Kroulik modificada utilizada como parâmetro de alta direto da sala de cirurgia para o quarto. A abolição da fase I de recuperação provavelmente resultará em:

A

maiores taxas de náusea e vômitos na fase II de recuperação

39
Q

O fármaco que apresenta ação profilática contra o tremor (shivering) no pós- operatório imediato de pacientes submetidos a anestesia com remifentanil é:

A

Catarina 0,5 mg/kg
pode prevenir os tremores induzidos pelo remifentanil.

40
Q
A

O remifentanil está associado ao aumento da incidência de tremores (shivering) no pós-operatório. Curiosamente, esses tremores não estão relacionados à hipotermia intraoperatória.
Acredita-se que a maior incidência em pacientes que recebem altas doses de remifentanil seja pelo mesmo mecanismo que causa hiperalgesia nesses pacientes – retirada súbita de opioides resultando naestimulação dos receptores NMDA.

41
Q
A

Ameperidinarealmente tem um efeito anti-tremor, que muito provavelmente é mediado por receptores do tipo alfa-2 B (mesmo mecanismo onde atuaria a clonidina), estando indicada, por exemplo, nas parturientes que desenvolvem tremores após raquianestesia. Entretanto, na literatura proposta pela SBA não há menção à inibição do receptor NMDA pela meperidina, sendo, portanto, um fármaco inadequado quando os tremores forem provocados pelo remifentanil.

42
Q
A

De acordo com o Miller, aondansetronatambém é eficaz na prevenção de tremores induzidos por raquianestesia e, possivelmente, teria eficácia similar à meperidina. Entretanto, também não atua na fisiopatologia do tremor induzido pelo uso de remifentanil.

43
Q

Mulher, 30 anos, 62 kg, portadora de lúpus eritematoso sistêmico, é submetida a colecistectomia videolaparoscópica. O único exame pré-operatório alterado foi a dosagem de creatinina (1,9 mg.dL- 1). A anestesia foi induzida com propofol 100 mg, fentanil 300mcg e rocurônio 70 mg. Foi mantida com isoflurano 1,5 CAM em mistura de oxigênio 40% e óxido nitroso. A cirurgia transcorreu sem incidentes e teve duração de 60 minutos. Ao término, foi feita reversão do bloqueio neuromuscular com atropina 1 mg e neostigmina 2 mg. O despertar da anestesia foi sem intercorrências. Cerca de 20 minutos após a chegada na sala de recuperação, apresentou dificuldade respiratória, taquipneia, taquicardia, sudorese e dessaturação arterial. O diagnóstico provável da complicação é:

A

bloqueio neuromuscular residual.

44
Q
A

Limitar a dose de opioides e usar CPAP no pós-operatório tem efeitoprotetor contra depressão respiratória dos opioides.

45
Q

Mulher de 65 anos e 60 Kg faz uso crônico de amitriptilina e losartana. Foi submetida a ooforectomia videolaparoscópica sob anestesia geral, sendo encaminhada consciente e orientada à sala de recuperação pós-anestésica. Após 20 minutos, apresentou náusea seguida de vômito. O plantonista administrou droperidol 1,25 mg venoso. Após 3 minutos, a paciente referiu mal estar com visão turva e apresentou FC de 40 bpm que evoluiu rapidamente para Torsades de Pointes. A explicação para esta arritmia é:

A

interação amitriptilina-droperidol

46
Q

Mulher de 60 anos, 62 Kg, é submetida a colecistectomia videolaparoscópica. Tem história de hipertensão, asma brônquica e arterite temporal. Está em uso de losartana, hidroclorotiazida, prednisona, ampicilina e gentamicina. A anestesia foi realizada com fentanil 300 μg, rocurônio 45 mg e sevoflurano. A cirurgia durou 60 minutos. A extubação ocorreu sem intercorrências, mas apresentava tremores. Trinta minutos após chegar à sala de recuperação, apresentou dificuldade de deglutição e de fala, lacrimejamento, dispneia e hipoxemia, acompanhadas de taquicardia e hipertensão. A causa provável desse quadro é:

A

curarização residual

47
Q

Complicação cardiovascular mais freqüentemente encontrada na sala de recuperação:

A

alterações da pressão arterial

48
Q

Paciente masculino, 60 anos, ASA II por hipertensão arterial sistêmica, assintomático e submetido à laparoscopia para colecistectomia, sob anestesia geral com intubação orotraqueal. Indução: propofol (2mg.kg-1), fentanil (10mcg.kg-1) e rocurônio (0,6mg.kg-1) todos em bolus EV. Manutenção: mistura de oxigênio e ar comprimido-50% e isoflurano a 1%. Duração do procedimento foi de 98 min. Após observação de um volume corrente normal, o paciente foi extubado e levado à sala de recuperação onde desenvolveu, minutos após, sinais de dificuldade respiratória. Qual a provável causa e conduta?

A

curarização residual - administrar atropina e prostigmine

49
Q

Paciente ASA I submetido a cirurgia de colecistectomia laparoscópica. No pós-operatório apresenta insuficiência respiratória, com PA=140 x 80 mmHg e FC=110 bpm. Gasometria arterial em ar ambiente revela pH de 7,15; PaCO2 de 80 mmHg e PaO2 de 50 mmHg. Qual a principal causa da hipoxemia arterial neste caso?

A

Hipoventilação alveolar

50
Q

Principal causa de edema pulmonar na sala de recuperação pós-anestésica:

A

sobrecarga de volume

51
Q

Mulher, 82 anos, 96 kg e 1,60 m, foi submetida à endarterectomia de carótida à direita sob anestesia regional e sedação leve sem intercorrências. Apresenta histórico de doença pulmonar obstrutiva crônica compensada e de endarterectomia carotídea à esquerda há 30 dias sem complicações. Na sala de recuperação pós-anestésica, apesar de desperta e responsiva, cursou com episódios de dessaturação arterial à oximetria de pulso, o que levou a anestesiologista a colher uma gasometria arterial que evidenciou valores de PaCO2 de 75 mmHg, PaO2 de 45 mmHg e pH de 7,27. A hipótese diagnóstica mais provável é:

A

Denervação dos corpos carotídeos.
Denervação causa perda da resposta ventilatoria à hipoxemia, cursando com hipercapnia. Maior risco se cirurgia bilateral com intervalo <10 meses e/ou portador de DPOC.

52
Q

Paciente jovem, obeso, ASA II, que se submeteu à anestesia geral para colecistectomia é levado para a Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA). Encontra-se dispnéico e à ausculta pulmonar apresenta roncos e sibilos e SaO2<90. Não se constata febre, mas a radiografia mostra infiltrados discretos. Não há história de asma e ou alergia. A capnografia está dentro dos limites da normalidade. Sua primeira suspeita é:

A

aspiração de conteúdo gástrico

53
Q
A

A ondansetrona é um antagonista competitivo do receptor 5HT3 (de serotonina). diferente de outra droga dessa classe, a palonosetrona, a ondansetrona não induz endocitose do receptor 5H3

54
Q
A

O droperidol é uma butirofenona com efeito antiemético resultante do antagonismo do receptor dopaminérgico (D2) e, semelhante às demais butirofenonas, produz sua ação centralmente nos locais de atuação da dopamina, norepinefrina e serotonina. As butirofenonas também podem ocupar os receptores GABA na membrana pós-sináptica, reduzindo a transmissão e resultando em acúmulo de dopamina na fenda sináptica. Em particular, o droperidol induz em uma inibição submáxima dos seguintes receptor GABAA. Essa inibição submáxima dos receptores GABA pelo droperidol pode explicar a ansiedade, disforia e inquietação que podem ocorrer com sua administração.

55
Q
A

O Aprepitant é um antagonistas da neurocinina-1 e tem eficácia semelhante à do ondansetrona na redução da náusea, com efeito potencialmente superior na supressão do vômito por 48 horas após a administração. Uma formulação de pró-droga intravenosa, fosaprepitant, também foi mais eficaz do que ondansetrona na prevenção de vômitos, mas não de náuseas