Complicações crônicas do diabetes mellitus Flashcards

1
Q

Quais são as complicações microvasculares ocasionadas por diabetes mellitus cronico?

A
  • Retinopatia
  • Neuropatia
  • Doença Renal
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2
Q

A partir de qual valor de HbA1c há alterações microvasculares no diabetes mellitus?

A

Hb glicada >= 6,5 - 7%

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3
Q

Qual é o processo fisiopatológico das alterações microvasculares no diabetes mellitus?

A
  • Aumento do metabolismo de glicose pela via dos polióis
  • Formação de produtos dinais de glicação avançada (AGEs)
  • Síntese aumentada de hexosa-aminas
  • Aumento do estresse oxidativo
  • Autoimunidade

Levando a alteração dos vasos capilares.

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4
Q

Em relação à retinopatia diabética, qual é o exame diagnóstico?

A

Fundo de olho

  • DM 1 > 20 anos: 90% alterações sugestivas
  • DM 2 > 20 anos: 60% alterações sugestivas
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Q

Dados epidemiológicos relevantes da retinopatia diabética:

A
  • Complicação ocular mais severa
  • Maior causa de cegueira adquirida (20 - 74 anos)
  • 12% dos casos cursam com amaurose (16 - 64 anos)
  • DM apresenta risco de cegueira 25x mais
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6
Q

Qual é a forma mais grave de retinopatia diabética?

A

RETINOPATIA PROLIFERATIVA:

  • DM 1 > 15 anos: 50% dos pacientes
  • Dm2 > 15 anos: 10% dos pacientes

50% de risco de evolução para cegueira em 5 anos sem tratamento.

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7
Q

Qual é a principal causa de amaurose na retinopatia diabético no paciente com DM2?

A

Edema macular

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8
Q

Quais são as lesões mais precoces da retinopatia diabética?

A
  • Microaneurismas retinianos:
    • Causados pela perda dos pericitos capilares
  • Exsudatos duros:
    • Causados pelo extravasamento de lipideos pela alteração da permeabilidade tecidual
  • Lesões endoteliais progridem até formar áreas isquêmicas , que podem manifestar:
    • Edema
    • Exsudatos algodonosos (manchas algodonosas)
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9
Q

Quais fenômenos podem contribuir para evolução de cegueira no paciente com retinopatia diabética?

A
  • Vasos neoformados
  • Hemorragias intrarretinianas e no humor vítreo
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10
Q

Quais são as características da forma proliferativa (forma mais grave) da retinopatia diabética?

A

Presença de neovascularização e/ou hemorragias

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11
Q

Quais são os fatores de risco para se ter retinopatia diabética?

A
  • Duração do DM:
    • Em geral, a partir de 5 a 7 anos de diabetes
  • Nivel de controle glicemico
    • Risco maior quanto mais alt a A1c
  • Hipertensão arterial:
    • Associada a retinopatia proliferativa
  • Dislipidemia:
    • Associada aos exsudatos duros
  • Doença renal/proteinúria
  • Fatores genéticos
  • Tabagismo
  • Gestação
  • Puberdade
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12
Q

O exame de fundo de olho é OBRIGATÓRIO no DM. Quais são os parâmetros de normalidade desse exame?

A
  • Vasos normais
  • Nervo óptico normal
  • Macula

“Como se fosse um sol com seus raios, sem estrelas ao redor (sem exsudatos)”.

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13
Q

Visto que o fundo de olho é um exame de screening obrigatório para todos os pacientes com DM, quais são as doenças que podem ser diagnosticadas a partir desse exame e quais suas características?

A
  • RETINOPATIA NÃO PROLIFERATIVA:
    • Leve: apenas microaneurismas
    • Moderada: Graus intermediários entre a leve e a grave
    • Grave: Presença de um dos seguintes achados:
      • mais de 20 micro-hemorragias retinianas em cada 1 dos 4 quadrantes
      • Dilatação venosa (ensalsichamento), em pelo menos, 2 quadrantes
      • Anormalidades microvasculares intrarretinianas em pelo menos 1 quadrante
  • Retinopatia proliferativa:
    • Neovacularização retiniana e/ou hemorragia vítrea ou pré-retiniana
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14
Q

Como é feito o tratamento da retinopatia diabética?

A

Fotocoagulação da retina com laser de argônio:

  • Prevenir neoformação d evasos
  • Evitar progressão para cegueira
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15
Q

Quais são os pilares do tratamento da retinopatia diabética, evitando sua progressão?

A

Controle rigoroso da:

  • Glicemia
  • Pressão arterial
  • Níveis lipidicos
    • Cessação do tabagismo
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16
Q

Qual é o método de rastreamento eleito para doença renal do diabetes?

A
  • EUA (Excreção urinária de albumina), em amostra isolada de urina + estimativa da TFG a partir da creatinina séria (usando equação MDRD ou CKD-EPI)
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17
Q

Qual é o exame de rastreamento eleito para neuropatia diabética?

A
  • Exame dos pés + teste do monofilamento de 10g + Pesquisa de reflexos + medida da pressão arterial em decubito e na posição ortostatica.
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18
Q

Quais são as implicações da doença renal do diabetes?

A
  • Perda da função renal
  • Presença de albuminúria: aumenta significamente o risco de eventos cardiovasculares
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19
Q

Dois dados renais que são preditores independentes de doença cardiovascular:

A
  • Aumento da excreção urinária de albumina
  • Taxa de filtração glomerular
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20
Q

Qual o valor de excreção urinária de albumina em pacientes com doença renal diabética avançada?

A

> 300mg/24h

21
Q

Após quanto tempo de diabetes a doença renal pode surgir?

A

Após 5 - 7 anos do início da hipergliemia

22
Q

Qual é a fisiopatologia envolvida na doença renal do diabetes?

A
  • Hiperfiltração
  • glomerular
  • Anormalidades hemodinâmicas glomerulares x hiperglicemia
  • Anormalidades funcionais –> vasoconstrição das arteriolas glomerulares
  • HAS = DM –> Aumento inicial da pressão intraglomerular + Taxa de filtração glomerular
  • Hiperfiltração glomerular –> Passagem de macromoléculas
23
Q

A partir de qual valor de albuminúria podemos dizer que ja há uma quadro leve a moderado da doença renal diabética?

A

30 a 300mg/24h e 30 a 300mg/24h de creatinina

24
Q

O que ocorre na fase avançada da doença renal do DM?

A
  • Manutenção dos niveis pressóricos elevados por:
    • Acumulo de proteinas na matriz mesangial
    • Esclerose focal e perda da função dos glomérulos afetados

Essa é a cascata que levará ao aumento progressivo da excreção urinaria de albumina

25
Q

Antigamente denominava-se micro e macroalbuminúria, mas hoje em dia não existe mais essa denominação, empregando apenas os valores de excreção urinaria de albumina.

Dessa forma, a partir de qual valor se consideraria micro e macro albuminuria?

A
  • Microalbuminuria = 30 - 300mg/24h
  • Macroalbuminuria = > 300mg/24h
26
Q

Qual é o exame de rastreio mais sensível para diagnosticar doença renal diabética?

A

Excreção urinária de albumina

27
Q

Como que se faz o exame de excreção urinária de albumina?

A

Medida em amostra isolada de urina

  • Patricidade, coleta mais simples, menor custo e boa acirácia (versus urina de 24h)
  • Pode se dosar a albumina isoladamente ou associada a creatinina urinaria
28
Q

Quais são outras possíveis causas de elevação da excreção urinária de albumina que não seja a doença renal diabética?

A
  • Hiperglicemia severa
  • Hipertensão arterial descontrolada
  • Rim unico
  • Idade avançada
  • Gestação
  • Infecção urinária
  • Febre
  • Doença aguda
  • Insuficiência cardiaca congestiva
  • Exercicio extenuante
  • Glomerulonefrite difusa aguda
29
Q

Como que se confirma o diagnóstico de doença renal diabética a partir da positividade em exame de rastria de EUA?

A

EUA deve ser confirmada em pelo menos 2 de 3 amostras - em um intervalo de 3 a 6 meses.

30
Q

Qual a importância da TFG no acompanhamento do paciente com diabetes?

A

O Paciente com DM pode evoluir com piora progressiva da doença renal sem proteinúria, por isso a estimativa da TFG deve ser realizada como rotina no acompanhamento.

31
Q

Com que frequencia o EUA e a TFG deve ser feita para o paciente com DM?

A

ANUALMENTE

32
Q

Em que momento deve-se iniciar o rastreamento da doença renal diabética no paciente com DM2?

A

O rastreamento com EUA e TFG deve ser feito a partir do momento do diagnóstico de DM.

33
Q

Em que momento deve-se iniciar o rastreamento da doença renal diabética no paciente com DM1?

A

No DM1, o rastreamento deve ser feito a parit da puberdadre e com mais de 5 anos de DM

34
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

Todo paciente com doença renal do diabetes deve receber tratamento com IECA ou BRA, mesmo os normotensos.

A

VERDADEIRO:

Esses medicamentos são nefroprotetores e fazem parte do tratamento da doença renal.

35
Q

Quando deve-se encaminhar o paciente com DM e doença renal diabética para o médico nefrologista?

A

Quando TFG estiver < 30mL/min/1,73m², pois a diálise já está indicado a partir de < 20ml/min/1,73m²

36
Q

Quais são as características mais importantes da neuropatia hiperglicemica?

A
  • Acomete indivíduos com diagnóstico recente de DM
  • Cursa com anormalidades reversíveis da condução nervosa:
    • Hipoestesia e parestesia em extremidades
  • Disturbio funcional do nervo, com regressão rápida a normalidade após a melhora do controle glicêmico
37
Q

Qual é a forma mais comum da neuropatia diabética?

A

Polineuropatia simétrica distal (ou sensitivo - motora crônica)

38
Q

Qual a manifestação da polineuropatia simétrica distal (ou sensitivo-motora crônica)?

A
  • Alterações da sensibilidade
  • Progressão centrípeta
  • Hipoestesia (primeiro sintoma)
  • Parestesia “em bota e luva” (primeiro sintoma)
  • Primeiras sensações cutâneas perdidas são a térmica e a dolorosa
  • Propriocepção é a última a ser acometida
  • Dor –> é a queixa mais comum:
    • Noturna
    • Tipo queimação ou choque
    • Com ou sem anodinia e cãimbras
39
Q

Como é a evolução da polineuropatia simétrica distal do diabetes?

A
  • Anestesia completa das extremidades
  • Pés: distribuição anormal da pressão
    • Artropatia de Charcot - Alto risco de amputação
40
Q

Qual é o exame de rastreio utiizado para o diagnóstico de polineuropatia simétrica distal, e com que frequência se deve fazer no paciente com DM?

A

Pesquisa de sensibilidade com Monofilamento de 10g

Avaliação deve ser feita anualmente

41
Q

Qual é o primeiro reflexo a ser perdido na plineuropatia simétrica distal do diabetes?

A

Refelexo aquileu

42
Q

Quais são os possíveis diagnóstios diferenciais da polineuropatia simpetrica distal do diabetes?

A
  • Deficiencia de Vitamina B12
  • Hipotireoidismo
  • Insuficiencia renal
  • Neoplasia
  • alcoolismo
  • Neuropatias compressivas
  • Hepatites virais
43
Q

Como fazer o tratamento adequado das neuropatias diabéticas?

A
  • Controle glicêmico
  • Controle lípidico
  • Controle Pressórico
  • Cessação do tabagismo
  • O tratamento medicamentoso da neuropatia também pode ser empregado:
    • Pregabalina, Gabapentina, Duloxetina, Venlafaxina, Amitriptilina, Tramadol, Oxicodona, Ácido tióctico
44
Q

Qual é a característica das neuropatias autonômicas que a fazem ser subdiagnosticadas?

A

Ela envolvem múltiplos órgãos e sistemas, causando sintomatologia variadas, por isso o seu reconhecimento e diagóstico é comprometido.

45
Q

Quais manifestações clínicas cardiovasculares que podem estar presentes no quadro de neuropatia autonômica?

A
  • Hipotensão postural
  • Regulação anormal da frequencia cardiaca
  • ISquemia silenciosa
  • Arritmia cardíacas
  • Morte súbita
46
Q

Dentro do escopo de neuropatias diabéticas, há a neuropatia periférica focal, que mais comumente acomete que nervo?

A

III par craniano é o mais comum envolvido

  • Provoca uma ptose palpebral unilateral com reflexo fotomotor preservado
  • E o nervo periférico mais acometido é o nervo mediano.*
47
Q

Quais são os fatores de risco para o pé diabético?

A
  • Perda da sensibilidade tátil/dolorosa
  • Ausencia de pulsos pediosos
  • Calosidades, anidrose, micose, fissuras, locais de alta pressão nas plantas dos pés
  • Deformidades (artropatia de Charcot)
  • Hx de úlceras ou amputações prévias
  • DM de longa duração
  • Mau controle glicêmico
  • Tabagismo
  • Nefropatia diabetica (especialmente se paciente é dialítico)
  • Deficiencia visual
48
Q

Qual é a evolução do pé diabético?

A

Mal perfurante plantar –> e amputação.