Colagenoses e Vasculites Flashcards

1
Q

Mulher de 30 anos vem ao PS com queixas de lesões na pele e dor nas articulações. Ao exame: rash malar, artrite das articulações da mão, hemograma com leucopenia e FAN positivo. Qual o diagnóstico?

A

Lúpus eritematoso sistêmico (LES).

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2
Q

Quais as características do LES?

A
  • Doença autoimune criando autoanticorpos que podem atacar qualquer tecido do corpo (doença das “ites” e “penias”).
  • Mais comum em mulheres negras em idade fértil.
  • Ocorre em surtos e remissões.
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3
Q

Quais as principais manifestações clínicas do LES?

A
  • Cutâneas: rash malar (exantema que poupa sulcos nasolabiais e piora com o sol), úlceras orais, fotossensibilidade, alopércia e lúpus discóide.
  • Articular: artrite com rigidez matinal > 30 minutos e não erosiva.
  • Serosite.
  • Hematológicas: anemia de doença crônica (+ comum), anemia hemolítica (+ específico), leucopenia e trombopenia.
  • Neuropsiquiátricas: convulsões, AVC, psicose e depressão.

OBS.: a psicose lúpica pode ocorrer após o início ou suspensão da corticoterapia.

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4
Q

Quais as características da nefrite lúpica?

A
  • Decorre por depósitos de imunocomplexos nos glomerulos.
  • Relacionada com o Anti-DNA.
  • Ocorre queda do complemento.
  • Causa proteinúria e cilindros celulares.
  • Pode levar a perda irreversível da função renal.
  • Todos os pacientes tem que ser biopsiados.
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5
Q

Quais as principais classes da nefrite lúpica?

A
  • Classe III (nefrite lúpica focal): GEFS.
  • Classe IV (nefrite lúpica difusa): é a mais grave e a mais comum, podendo evoluir para GNRP.
  • Classe V (nefrite lúpica membranosa): é a única NÃO relacionada com o Anti-DNA e não causa queda do complemento (mas pode levar a trombose da veia renal).
  • Classe VI (nefrite lúpica esclerótica avançada): rins terminais.
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6
Q

Quais outras manifestações do LES?

A
  • Lúpus subagudo: lesões cutâneas com mialgia.
  • Artrite de Jaccoud: artrite deformante por doença tendínea (e não lesões ósseas).
  • Endocardite de Libman-Sacks: endocardite imune de válvula mitral, podendo embolizar (AVC, isquemias, etc).
  • Síndrome de Evans: anemia hemolítica com trombocitopenia autoimune.
  • Fibrose esplênica em “casca de cebola”.
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7
Q

O que é o lúpus neonatal?

A
  • Passagem de anticorpos de uma mãe lúpica para o feto durante a gestação.
  • Causa distúrbios de condução cardíacos no recém-nascido (bloquei cardíaco congênito)
  • Relacionado ao Anti-Ro.
  • Realizar ecocardiograma fetal entre a 18ª e a 24ª semana de gestação.
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8
Q

Quais os principais anticorpos antinucleares do LES?

A
  • Anti-DNA nativo (dupla-hélice): nefrite lúpica.
  • Anti-SM: mais específico.
  • Anti-Ro (SS-A): lúpus neonatal, lúpus subagudo, fotossensibilidade, lúpus com FAN negativo e Síndrome de Sjögren.
  • Anti-La (SS-B): Síndrome de Sjögren e associação negativa com a nefrite lúpica.
  • Anti-Histona: lúpus farmacoinduzido.
  • Anti-RNP: doença mista do tecido conjuntivo.

OBS.: o FAN é positivo na presença desses anticorpos (ou seja, é muito sensível, mas não específico).

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9
Q

Qual os principal anticorpo anticitoplasmático do LES?

A

Anti-P: psicose lúpica.

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10
Q

Quais os principais anticorpos antimenbrana celular do LES?

A
  • Anti-hemácia.
  • Antilinfócitos.
  • Antiplaquetas.
  • Antineuronais.
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11
Q

Quais os principais anticorpos antifosfolipídeos do LES?

A
  • Anticoagulante lúpico (aumenta o PTTa).
  • Anticardiolipina.
  • Anti-beta-2-glicoproteina 1.

OBS.: o anticoagulante lúpico pode causar VDRL falso positivo em baixos títulos.

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12
Q

Quais os padrões do FAN?

A
  • Nuclear homogênio: anti-histona e anti-DNA.
  • Pontilhado grosso: anti-sm e anti-RNP
  • Pontilhado fino: anti-Ro e anti-La.
  • Nucleolar: esclerose sistêmica.
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13
Q

Quais os marcadores de atividade da doença no LES?

A
  • Anti-DNA (principal).
  • Aumento da VHS (PCR não).
  • Queda do complemento.
  • Plaquetopenia.
  • Anemia.
  • Alterações no EAS e aumento da creatinina.

OBS.: o FAN não é marcador prognóstico nem de atividade da doença.

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14
Q

Como é dado o diagnóstico de LES?

A

Presença de 4 de 17 critérios (ao menos 1 clínico + 1 imunológico).

OBS.: nefrite lúpica comprovada por biópsia associada ao FAN ou anti-DNA já é diagnóstico.

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15
Q

Quais os critérios de pele e mucosa no diagnóstico de LES?

A
  • (1) Lúpus cutâneo agudo: rash malar (lesão que poupa o sulco nasolabial e piora com o sol), fotossensibilidade, ou lúpus bolhoso.
  • (2) Lúpus cutâneo crônico: lúpus discóide.
  • (3) Úlceras orais ou nasais.
  • (4) Alopércina não cicatricial.
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16
Q

Quais os critérios articulares no diagnóstico de LES?

A
  • (5) Sinovite (e NÃO artralgia) não erosiva de 2 ou mais articulações periféricas com rigidez matinal > 30 minutos.
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17
Q

Quais os critérios de serosite no diagnóstico de LES?

A
  • (6) Pericardite OU Pleurite.

OBS.: pericardite é a principal manifestação cardiológica do LES.

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18
Q

Quais os critérios hematológicos no diagnóstico de LES?

A
  • (7) Anemia hemolítica com reticulocitose (Coombs positivo).
  • (8) Leucopenia < 4000 OU linfopenia < 1000.
  • (9) Trombocitopenia < 100.000.

OBS.: anemia hemolítica + trombocitopenia = Síndrome de Evans (o LES é a principal causa).

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19
Q

Quais os critérios renais no diagnóstico de LES?

A
  • (10) Proteinúria persistente (> 500mg/dia ou > 3+) OU Cilindros hemáticos.
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20
Q

Quais os critérios neuropsiquiátricos no diagnóstico de LES?

A
  • (11) Convulsões OU Psicose OU mononeurite múltipla.
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21
Q

Quais os critérios imunológicos no diagnóstico de LES?

A
  • (12) FAN positivo.
  • (13) Anti-DNA nativo supla hélice positivo.
  • (14) Anti-SM positivo.
  • (15) Anticorpos antifosfolipídeos positivo (qualquer um) OU VDRL falso-positivo

- (16) Queda do C3, C4 ou CH50.

  • (17) Coombs direto positivo na AUSÊNCIA de anemia hemolítica (se presente, não contar).
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22
Q

Qual a diferença dos novos critérios diagnósticos do LES (EULAR/ACR 2019)?

A
  • O FAN > 1:80 é critério OBRIGATÓRIO (se der negativo, NÃO é LES).
  • O diagnóstico é firmado com pontuação MAIOR OU IGUAL A 10, com ao menos 1 critério clínico.
  • Febre é um novo critério adicionado.
  • Biópsia renal com nefrite lúpica classe III ou IV já é diagnóstico.
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23
Q

Como é a classificação do LES?

A
  • Brando: pele, mucosas, serosas e articulações.
  • Moderado: anemia hemolítica.
  • Grave: rins e SNC.
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24
Q

O que é lúpus farmacoinduzido?

A
  • Apresentação de quadro brando de lúpus após uso de alguma medicações.
  • Não afeta rim ou SNC.
  • As mais implicadas são as PHD: Procainamida (é a que mais induz), Hidralazina (é a mais comum por ser a mais utilizada) e D-penicilamina.
  • Relacionado com o Anti-Histona.
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25
Q

Qual o tratamento do LES?

A
  • Brando: corticóides em dose anti-inflamatória, antimaláricos (hidroxicloroquina e cloroquina) e AINES.
  • Moderado: corticóide em dose imunossupressora e ciclofosfamida.
  • Grave: Corticóide em dose imunossupressora (pulsotetapia com metilpredinisolona) e ciclofosfamida para indução. Fazer manutenção com azatioprina.
  • Todos: adotar medidas de fotoproteção.

OBS.: pacientes em uso de hidroxicloroquina devem ter avaliações oftalmológicas frequentes, devendo a droga ser suspensa permanentemente no caso de lesões retinianas.

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26
Q

Quais as particularidades do LES na gestação?

A
  • O LES não altera a fertilidade, mas pode ser exacerbado pela gestação.
  • A gravidez deve ocorrer apenas após 6 meses de remissão da doença.
  • Se gestante anti-Ro: lúpus neonatal.
  • Drogas categoria A: predinisona.
  • Drogas categoria C: ciclosporina e hidroxicloroquina (pelo Harrison é D).
  • Não utilizar metotrexate nem azatioprina (só se nefrite lúpica classe IV).
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27
Q

Paciente vem ao PS com história de vários abortos espontâneos. Alega episódio prévio de TVP. Apresenta anticorpos anticardiolipina e anticoagulante lúpico positivos. Qual o diagnóstico?

A

Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAF).

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28
Q

Quais as características da SAF?

A
  • Doença que cursa com tromboses venosas e arteriais de repetição.
  • Pode ser primária ou secundária (relacionada ao LES).
  • Apesar de ser pró-trombótica, causa alargamento do TTPa.
  • O diagnóstico é dado com 01 critério clínico + 01 critério laboratorial.

OBS.: SAF catastrófico → trombose em 3 ou mais órgãos.

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29
Q

Quais os critérios diagnósticos clínicos da SAF?

A
  • 1 ou mais episódios de trombose venosa ou arterial na ausência de vasculite.
  • 1 ou mais morte fetal intrautero > 10 semanas de gestação.

- 1 ou mais nascimentos prematuros < 34 semanas ou menos se em virtude de pré-eclâmpsia.

- 3 ou mais abortamentos espontâneos < 10 semanas.

OBS.: além desses sintomas, são frequentes episódios de enxaqueca e livedo reticular (mas não entram nos critérios).

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30
Q

Quais os critérios diagnósticos laboratoriais de SAF?

A
  • Anticorpo anticardiolipina > p99.
  • Anticorpo antibeta2-glicoproteina > p99.
  • Anticoagulante lúpico.

OBS.: o critério laboratorial deve estar presente em duas amostras com intervalo mínimo de 12 semanas.

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31
Q

Qual o tratamento da SAF na gestação?

A
  • Assintomática: AAS.
  • Perda gestacional prévia: AAS + heparina em dose profilática.
  • Trombose aguda: heparina em dose terapêutica.
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32
Q

Qual o tratamento da SAF fora da gestação?

A
  • Assintomáticos: expectante.
  • Sintomáticos: warfarim ad eterno.
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33
Q

Paciente vem ao PS com queixas de palidez nos dedos que evolui para cianose e vermelhidão. Apresenta também esema duro em mãos e úlceras nas pontas dos dedos. Qual o diagnóstico?

A

Esclerodermia.

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34
Q

Quais as características da esclerosermia?

A
  • Fibrose de órgãos devido à deposição de colágeno e isquemia por disfunção vascular.
  • Acometimento contínuo e irreversível.
  • Duas formas: sistêmica/esclerose sistêmica (limitada e difusa) e localizada.
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35
Q

Qual o quadro cutâneo da esclerodermia?

A
  • Fenômeno de Raynauld.
  • Esclerodactilia (edema duro em dedos com limitação da extensão).
  • Úlceras cutâneas na ponta dos dedos.
  • Fáscies esclerodérmicas (microstomia, nariz afilado e dentes à mostra).
  • Leucodermia (manchas em sal e pimenta).
  • Teleangectasias.
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36
Q

Qual o quadro visceral da esclerosermia?

A
  • Calcinose.
  • Disfagia de condução (1/3 inferior do esôfago).
  • Refluxo gastroesofágico.
  • Alveolite com fibrose pulmonar.
  • Hipertensão arterial pulmonar.
  • Crise renal.
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37
Q

Quais as características da crise renal da esclerodermia?

A
  • Vasoconstricção das artérias interlobares.
  • Insuficiência renal aguda oligúrica.
  • HAS renovascular grave.
  • Anemia hemolítica microangiopática.
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38
Q

Quais as características da forma cutânea limitada da esclerosermia?

A
  • Acomete os órgãos internos e porção distal da pele.
  • Relacionado com a síndrome CREST (Calcinose, Raynauld, Esofagopatia, Sclerodactyly e Teleangectasia).
  • Causa mais hipertensão pulmonar.
  • Anticorpo: anticentômero.

OBS.: antiCentrômero = CREST!

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39
Q

Quais as características da forma cutânea difusa?

A
  • Acomete órgãos internos e qualquer local da pele.
  • Relacionada com a fibrose pulmonar com alveolite.
  • Principal forma que cursa com crise renal.
  • Anticorpo: antitopoisomerase I.
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40
Q

Quais as características da forma limitada da esclerosermia?

A
  • Morféia localizada.
  • Esclerodermia linear.
  • Lesões em golpe de sabre.
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41
Q

Como é o diagnóstico da esclerosermia?

A
  • Capilaroscopia do leito ungueal.
  • Biópsia de pele.
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42
Q

Qual o tratamento da esclerosermia?

A
  • Doença cutânea: metotrexate e ciclofosfamida.
  • Crise renal: IECA.
  • Alveolite fibrosante: ciclofosfamida.
  • Hipertensão pulmonar: vasodilatadores e warfarim.
  • Sintomáticos: vasodilatadores (Raynauld), IBP (refluxo), etc.

OBS.: evitar usar corticóides.

43
Q

Paciente vem ao PS com queixas de olho e boca secas. Apresenta também aumento das prótidas. Laboratório com anticorpos anti-Ro e Anti-La. Qual o diagnóstico?

A

Síndrome de Sjögren.

44
Q

Quais as características da Síndrome de Sjögren?

A
  • É a colagenose mais comum.
  • Ocorre ataque autoimune das glândulas exócrinas com infiltração leucocitária.
  • Risco 40x maior para linfoma MALT de glândulas salivares.
45
Q

Qual o quadro clínico da Síndrome de Sjögren?

A
  • Xerolftalmia: sensação de olho seco e corpo estranho.
  • Xerostomia: boca seca, halitose e cáries.
  • Ceratoconjuntivite seca.
  • Aumento das glândulas parótidas.
  • Artrite não erosiva.
  • Cirrose biliar primária.
46
Q

Quais os anticorpos da Síndrome de Sjögren?

A
  • Anti-Ro.
  • Anti-La.
  • Fator reumatóide positivo.
47
Q

Como é o diagnóstico da Síndrome de Sjögren?

A
  • Teste de Schirmer < 5cm em 5 minutos.
  • Teste da coloração por rosa bengala positivo.
  • Cintilografia salivar.
  • Biópsia de lábio inferior.
48
Q

Qual o tratamento da Síndrome de Sjögren?

A
  • Lágrimas artificiais.
  • Aumento da ingesta hídrica.
  • Corticóides.
49
Q

Quais as características da dermatomiosite?

A
  • Doença inflamatória autoimune da musculatura esquelética.
  • Causa fraqueza proximal, heliótropo e pápulas de Gottron.
  • Aumento de CPK.
  • Apresenta anticorpo anti-Jo1 (mal prognóstico → lesão pulmonar).
  • Relacionada à neoplasias subjacentes (SEMPRE pesquisar).
50
Q

Quais as características da doença mista do tecido conjuntivo?

A
  • Apresenta sinais e sintomas de várias colagenoses simultaneamente.
  • Apresenta anticorpo Anti-RNP.
51
Q

Quais os principais sintomas das vasculites de acordo com o calibre do vaso?

A
  • Grandes vasos: claudicação, assimetria de pulsos e sopros.
  • Médios vasos: nódulos cutâneos, livedo reticular e mononeurite múltipla.
  • Pequenos vasos: púrpuras, lesões renais e pulmonares.
52
Q

Quais as vasculites de grande calibre?

A
  • Arterite temporal (de células gigantes).
  • Arterite de Takayasu.
53
Q

Quais as vasculites de médio calibre?

A
  • Poliarterite nodosa.
  • Doença de Kawasaki.
54
Q

Quais as vasculites de pequeno calibre?

A
  • Poliangeíte microscópica.
  • Granulomatose de Wegner.
  • Doença de Churg-Strauss.
  • Púrpura de Henoch-Schönlein.
  • Crioglobulinemia.
55
Q

Quais as vasculites de calibre variável?

A
  • Doença de Buerger.
  • Doença de Behçet.
56
Q

Quais as manifestações presente em todas as vasculites?

A
  • Anemia normo normo.
  • Trombocitose.
  • Febre.
  • Prostração.
  • Aumento da VHS e PCR.
57
Q

Quais as vasculites que apresentam anticorpo anticitoplasma de neutrófilos (ANCA) positivo?

A
  • c-ANCA (antiproteinase-3): granulomatose de Wegner (“WC”).
  • p-ANCA (antimieloperoxidase): síndrome de Churg-Strauss e poliangeíte microscópica.
58
Q

Qual o tratamento das vasculites?

A

Corticóide.

59
Q

Paciente de 70 anos com queixas de cefaléia intensa (até na hora de pentear o cabelo), febre e cansaço da boca ao mastigar. Apresenta VHs elevado. Qual o diagnóstico?

A

Arterite temporal (de células gigantes).

60
Q

Quais as características da arterite temporal?

A
  • Vasculite dos ramos extracranianos da carótida, principalmente da artéria temporal.
  • Mais comum em mulheres idosas.
  • É a principal causa de febre sem sinais de localização em idosos.
61
Q

Qual o quadro clínico da arterite temporal?

A
  • Cefaléia (geralmente unilateral).
  • Hipersensibilidade ao toque.
  • Claudicação da mandíbula.
  • Espessamento da artéria temporal.
  • Distúrbios visuais (a. oftálmica).
62
Q

Como é o diagnóstico de arterite temporal?

A

Biópsia da artéria temporal (infiltrado linfocítico com granuloma contendo células gigantes).

63
Q

Qual o tratamento da arterite temporal?

A

Corticóides em doses altas (resposta dramática).

OBS.: pode-se iniciar o corticóide antes da biópsia em casos graves.

64
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da arterite temporal?

A

Polimialgia reumática.

65
Q

Quais as características da polimialgia reumática?

A
  • 40% dos casos são relacionados com a arterite temporal.
  • Dor e rigidez do pescoço, cintura escapular e pélvica.
  • Presença de sintomas constitucionais (febre, fadiga, perda ponderal, etc).
  • Pode haver bursite subacromial e subdeltoide.
  • Tratar com corticóide em doses baixas.
66
Q

Paciente de 30 anos com queixas de fraqueza nos braços. Apresenta pulsos braquiais diminuídos e pressão arterial elevada. Qual o diagnóstico?

A

Arterite de Takayasu.

67
Q

Quais as características da arterite de Takayasu?

A
  • Vasculite da aorta e seus ramos, principalmente das subclávias.
  • Mais comum em mulheres jovens.
68
Q

Qual a clínica da arterite de Takayasu?

A
  • Claudicação de membros superiores (coarctação invertida).
  • Redução dos pulsos braquiais.
  • Frêmito caritídeo.
  • HAS renovascular (a. renal).
69
Q

Como é o diagnóstico da arterite de Takayasu?

A

Arteriografia (estenoses e aneurismas da aorta).

70
Q

Qual o tratamento da arterite de Takayasu?

A
  • Predinisona.
  • Revascularização.
71
Q

Paciente de 4 anos com queixas de febre há 6 dias. Ao exame, presença de conjuntivite, fissuras labiais, rash escarlatiniforme e edema em mãos. Qual o diagnóstico?

A

Doença de Kawasaki.

72
Q

Quais as características da doença de Kawasaki?

A
  • 2ª vasculite mais comum na infância.
  • Mais comum em crianças < 5 anos.
  • Pode causar aneurismas coronarianos.
  • 3 fases: aguda, subaguda (plaquetose e aneurismas) e crônica.
73
Q

Qual o quadr clínico da doença de Kawasaki?

A
  • Febre alta > 5 dias.
  • Congestão ocular.
  • Apterações da cabidade oral.
  • Exantema polimorfo (exceto vesículas).
  • Alterações nas extremidades.
  • Linfadenopatia cervical.

OBS.: febre + 4 critérios = diagnóstico!

74
Q

Qual a conduta na doença de Kawasaki?

A
  • Solicitar ecocardiograma.
  • AAS em dose antiinflamatória, seguido de dose antiplaquetária.
  • Imunoglobulina (até 10 dias).
75
Q

Paciente de 42 anos com queixas de fraqueza e formigamento em pé esquerdo e mão direita. Alega também dor na barriga e no testículo. Apresenta também livedo reticular e nódulos subcutâneos. Sem outras alterações. Qual o diagnóstico?

A

Poliarterite nodosa (PAN).

76
Q

Quais as características da PAN?

A
  • Vasculite de médio calibre que poupa vasos glomerulares e pulmonares.
  • Mais comum em homens > 40 anos.
  • O ANCA é caracteristicamente negativo.
  • Relacionado com o HBV (HBsAg e HBeAg positivos).
77
Q

Qual o quadro clínico da PAN?

A
  • Mononeurite múltipla.
  • Livedo reticular.
  • Nódulos subcutâneos.
  • Angina mesentérica.
  • Dor testicular.
  • Hipertensão renovascular.
  • A PAN poupa pulmão e glomérulo.
78
Q

Como é o diagnóstico da PAN?

A

Arteriografia (microaneurismas mesentéricos e renais).

79
Q

Paciente com queixas de fraqueza em pé esquerdo e tosse sanguinolenta. Apresenta nódulos subcutâneos. EAS revelou hematúria com azotemia, com p-ANCA positivo. Qual o diagnóstico?

A

Poliangeíte microscópica.

80
Q

Quais as características da poliangeíte microscópica?

A
  • Vasculite de pequeno calibre.
  • Similar à PAN, mas pega pulmão e glomérulo (síndrome pulmão-rim).
  • Presença de púrpura palpável.
  • Apresenta positividade para o p-ANCA.
81
Q

Paciente com história de sinusites de repetição vem ao PS com queixas de tosse sanguinolenta. Apresenta nódulos subcutâneos e evidências de hemorragia alveolar. Exames mostram hematúria e azotemia. Qual o diagnóstico?

A

Granulomatose de Wegner (granulomatose com poliangeíte).

82
Q

Qual o quadro clínico da granulomatose de Wegner?

A
  • Lesão de via aérea superior (sinusite, úlcerações, perfuração de septo nasal, nariz em sela, etc).
  • Nódulos (inclusive em órbita).
  • Pega pulmão e rim (síndrome pulmão-rim): hemoptise, hematúria, anúria, etc.
83
Q

Como é o diagnóstico de granulomatose de Wegener?

A
  • c-ANCA.
  • Biópsia vascular com infiltrado granulomatoso.
  • Nódulos pulmonares.
84
Q

Paciente com queixas de tosse sanguinolenta. Alega que iniciou um quadro de asma de difícil controle há 3 meses. Presença de eosinofilia importante. Qual o diagnóstico?

A

Síndrome de Churg-Strauss (granulomatose eosinofílica com poliangeíte).

85
Q

Qual o quadro clínico da síndrome de Churg-Strauss?

A
  • Pródromos de rinite alérgica (pode ser desencadeada pelo uso de antileucotrienos).
  • Asma na vida adulta de difícil controle.
  • Inftrado pulmonar eosinofílico.
  • Púrpuras palpáveis.

OBS.: o acometimento renal é mínimo.

86
Q

Quais os achados laboratoriais da síndrome de Churg-Strauss?

A
  • Eosinofilia > 10%.
  • Biópsia com infiltrado eosinofílico perivascular.
  • Aumento da IgE.
  • p-ANCA positivo.
87
Q

Paciente de 10 anos com queixas de manchas na pele, dor nas articulações e na barriga. Alega ter um episódio viral há 2 semanas. EAS com hematúria. Qual o diagnóstico?

A

Púrpura de Henoch-Schönlein.

88
Q

Quais as características da púrpura de Henoch-Schönlein?

A
  • Vasculite mais comum da infância.
  • Ocorre após IVAs, picada de inseto ou vacinação.
  • Causa trombocitose (diferente da PTI) e nefrite por IgA.
  • Compõe as vaculites leucocitoclásticas (presença de detritos nucleares de neutrófilos dentro e ao redor dos vasos).
89
Q

Qual o quadro clínico da púrpura de Henoch-Schönlein?

A
  • Púrpura palpável em membros inferiores e nádegas.
  • Artralgia.
  • Dor abdominal.
  • Hematúria (mal prognóstico).

OBS.: complicações → GNRP e vasculite intestinal.

90
Q

Quais as características da crioglobulinemia?

A
  • Causa púrpura palpável, fenômeno de Raynauld e glomerulonefrite membranoproliferativa.
  • Relacionada com o HCV.
  • Única vasculite que diminui a fração C4 do complemento.
  • Tratamento: antivirais (HCV), imunossupressão.
91
Q

Quais as características da vasculite cutânea leucocitoclástica?

A
  • Acomete principalmente as vênulas pós-capilares.
  • Presençade leucocitoclase (presença de detritos nucleares de neutrófilos dentro e ao redor dos vasos).
  • Causa púrpura palpável em membros inferiores e urticária não-pruriginosa persistente.
  • Tratar com sintomáticos ou corticóides.
92
Q

Pacientes de 38 anos com queixas de necrose em dedos. Alega fumas 10 cigarros por dia. Apresenta pulsos centrais palpáveis. Qual o diagnóstico?

A

Doença de Buerger (tromboangeíte obliterante).

93
Q

Quais as características da doença de Buerger?

A
  • Comum em pacientes jovens e tabagistas.
  • Causa necrose de extremidades com preservação de pulsos proximais (diferença da aterosclerose).
  • Pode haver tromboflebite migratória superficial.

OBS.: doença arterial obstrutiva em paciente jovem = suspeitar Buerger.

94
Q

Paciente com queixas de úlceras horais e genitais há 3 dias. Alega episódios semelhantes prévios. Apresenta também acne grave. Percebeu-se que o local da punção venosa apresentou grande reação inflamatória. Qual o diagnóstico?

A

Doença de Behçet.

95
Q

Quais as características da doença de Behçet?

A
  • Relacionada com o HLA-B51.
  • Marcada por surtos e remissões.
  • Apresenta ASCA positivo.
96
Q

Qual a clínica da doença de Behçet?

A
  • Úlceras orais dolorosas (obrigatório).
  • Úlceras genitais indolores.
  • Acne.
  • Hipópio (pús estéril na cavidade anterior do olho).
  • Patergia (reação inflamatória exaltada após pequenos traumas).
  • TVP.
97
Q

Qual a principal complicação da doença de Behçet?

A

Aneurismas pulmonares (hemorragia maciça).

98
Q

Paciente com queixas de muscular generalizada e insônia há 6 meses. Queixa-se também de fadiga e dificuldades de lembrar as coisas. Qual o diagnóstico?

A

Fibromialgia.

99
Q

Quais as características da fibromialgia?

A
  • Mais comum em mulheres de meia idade.
  • Relacionada a alterações do sono e distúrbios do humor (depressão e ansiedade).
100
Q

Qual a clínica da fibromialgia?

A
  • Dor musculoesquelética crônica e generalizada.
  • Fadiga.
  • Dificuldade de memorização.
  • Formigamento em mãos e pés.
  • Hiperalgia.
  • Alodínea.

OBS.: na fibromialgia, a dor é do tipo nociplástica (alteração na persepção da dor).

101
Q

Como é o diagnóstico de fibromialgia?

A

Presença de 11 de 18 tender points.

OBS.: trigger points → dor muscular localizada e desencadeada à digitopressão. Típico da dor miofascial.

102
Q

Qual o tratamento da fibromialgia?

A
  • Esclarecer sobre a benignidade do quadro.
  • Exercírcios físicos.
  • Amitriptilina (primeira linha), gabapentina e duloxetina em doses baixas.
103
Q
A