CNPI- Conteúdo Global Flashcards

1
Q

Em que se baseia o modelo de dividendo descontado (DDM)?

A

O modelo baseia-se na ideia de que o valor intrínseco de uma ação pode ser estimado a partir do valor esperado dos fluxos de caixa, o qual será gerado por ela no futuro. O princípio por trás desse modelo é o valor presente líquido dos fluxos de caixa. Esse valor é derivado da fórmula para o valor presente de uma perpetuidade.

Fórmula: “ O valor de uma ação é igual ao somatório de dividendos futuros dividido pela taxa de desconto.”

Valor da ação é o somatório em t=1 até N de D(t)/(1+r)^t

onde

D(t) = Dividendo no tempo “t”
r=taxa de desconto (custo do capital próprio))

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2
Q

Quando é apropriado a utilização do DDM?

A

modelo é apropriado quando:

-a firma paga dividendos;
-a empresa está em “steady-state” e com dividendos que crescem a uma taxa passível de ser sustentada no longo prazo;
-a política de dividendos é consistente com a lucratividade da empresa; e
-o investidor não é controlador.

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3
Q

Qual a desvantagem do modelo DDM?

A

Não é efetivo quando a empresa sob avaliação não apresenta um histórico de dividendos ou quando atua em setores muito voláteis, seja em termos de competição ou lucratividade.

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4
Q

Como pode ocorrer a determinação do valor terminal do fluxo de caixa descontado do DDM?

A

Podemos estimar o valor terminal de duas maneiras: a partir do valor de liquidação dos ativos da empresa, assumindo que eles sejam vendidos no último ano, ou estimando o valor de entidade em continuidade (Going Concern Value), se considerarmos que a empresa continua em operação.
Presumindo que a empresa acabará no último ano, quando os ativos também serão liquidados, podemos estimar o produto da liquidação a partir de uma combinação de números de mercado (para ativos como imóveis, que dispõem de mercado) e estimativas.
odavia, se houver continuidade da empresa, no fim do período de estimativa, é possível estimar o valor do empreendimento presumindo que, depois disso, as gerações de caixa crescerão a uma taxa constante para sempre.
Fórmula:
Valor terminal no ano n = Geração de caixa no ano (n+1)/(Taxa de desconto - Taxa de crescimento perpétuo)

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5
Q

O que é perpetuidade?

A

Perpetuidade é uma série constante e infinita de fluxo de caixa. Em se tratando do Modelo de Dividendo Descontado (DDM), pode ser representada conforme a seguir:
Valor da ação = Dividendo por ação/(Taxa de desconto - Taxa de crescimento)
Com essa fórmula, pressupõe-se um crescimento constante de dividendos ao longo do tempo. É importante que os itens estejam em um mesmo período. Por exemplo, caso o dividendo por ação seja anual, a taxa de crescimento também deve ser por ano.
Atenção: Esse cálculo é válido considerando que a empresa já está em crescimento constante. Ou seja, estamos calculando em termos de valor presente. Caso a empresa entre em crescimento constante apenas no futuro, o cálculo não encontrará o valor da ação hoje, mas o valor da ação no futuro. Portanto, nesses casos, o valor da ação na perpetuidade, após ser encontrado pela fórmula apresentada, será ainda trazido a valor presente juntamente com todos os outros períodos anteriores à fase de crescimento constante, para que sejam todos somados. Veremos esta situação com mais detalhes na aula do modelo para 2 ou 3 estágios. Nos casos em que a perpetuidade é considerada apenas para o futuro, ela também pode ser chamada de valor terminal.

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6
Q

Por que deve ser descontado o dividendo, e não o lucro na avaliação?

A

No modelo aqui referido, descontamos os dividendos, e não os lucros. Isso acontece porque os investidores escolhem uma ação em função do que ela pode pagar. Desse modo, ao adquirir uma ação, os investidores só recebem retornos oriundos de duas fontes: dividendos e preço final de venda (determinado pelos dividendos que os investidores futuros esperam receber). Nesse contexto, somente uma parte dos lucros é recebida pelos acionistas sob a forma de dividendos. O restante é retido para gerar dividendos futuros. Além disso, descontar os lucros em lugar dos dividendos seria o mesmo que ignorar o investimento que uma empresa deve fazer hoje com a finalidade de gerar resultados no futuro.

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7
Q

Como é o cálculo da projeção de dividendo no modelo de Gordon?

A

Dividendos são pagos a uma taxa de crescimento constante (modelo estável).
Fórmula:

DPS (t) = D (0) *(1+g)^t

Onde

DPS (t)=Dividendos esperados no momento t
D (0) = Dividentos no momento 0
g=taxa de crescimento perpétua para os dividendos.

ou

DPS (t) = DPS (t-1) *(1+g)

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8
Q

Como é calculada a perpetuidade no modelo de Gordon?

A

Valor (ação)=DPS(t)/(r-g)
onde
r = custo de capital próprio
g= taxa de crescimento estável

taxa de crescimento estável:

g(t)=(NI(t)-NI(t-1))/NI(t-1)

onde

NI = lucro líquido

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9
Q

Quanto a taxa de créscimento é considerada estável?

A

taxa de crescimento que pode ser considerada a “taxa de crescimento estável” deve ser menor ou igual em relação à taxa de crescimento da economia na qual a firma opera.

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10
Q

Quais os critérios devem ser observados durante a utilização do modelo de Gordon?

A

-O índice beta utilizado para mensurar o custo do capital próprio nos modelos de crescimento diferenciado deve acompanhar a modificação do conceito de risco para a empresa no decorrer do período. Por exemplo, empresas em período de crescimento acelerado possuem um risco maior e, consequentemente, também um beta maior. Tal indicador, que é um dos fatores para a definição do custo de capital que será usado como taxa de desconto, não deve, portanto, manter o mesmo patamar em todo o período analisado.

-O modelo assume a hipótese de que todos os indicadores da empresa devem crescer na mesma proporção. Por exemplo, se houver mudança no payout em patamares superiores à taxa de crescimento dos lucros da empresa, certamente haverá um momento em que será distribuída uma quantia superior àquela efetivamente gerada, levando a uma inconsistência do modelo.

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11
Q

Quais as limitações do modelo de Gordon?

A

-Não há adoção de taxas médias entre o início e término das fases de crescimento acelerado e períodos de estabilidade, o que faz com que essas taxas decresçam abruptamente entre os períodos analisados, podendo distorcer a avaliação;

-O uso do modelo de Gordon é limitado a empresas que crescem a uma taxa estável.

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12
Q

Quando utiliza-se o modelo de 2 estágios?

A

Segundo Damodaran (1994), o modelo de 2 estágios, como o próprio nome sugere, possibilita a precificação de dois estágios de crescimento da empresa em análise. Trata-se de uma fase inicial, em que o crescimento não é dado a uma taxa constante, e um período subsequente de maturação, quando a empresa estabiliza o seu crescimento. Embora muitas empresas tenham um crescimento acelerado no início de suas operações, o modelo pode ser adaptado àquelas com crescimento inferior no período inicial. Adicionalmente, o valor da ação será o valor presente do período inicial somado ao valor presente da perpetuidade com crescimento. Desse modo:

P(0)= Somatório de t=1 até n de (DPS(t)/(1+K(e,ac))^t)+(P(n)/(1+K(e,ac))^n)

onde

P(n)=DPS(n+1)/(K(e,ce)-g(n))

DPS(t)=D(0)*(1+g)^t

DPS(n+1)=D(0)(1+g)^n(1+g(n)

Em que

DPS(t)= Dividendos esperados no ano t
D(0)=Dividentos por ação no ano 0
K(e,ac) = custo de oportunidade com alto crescimento
K(e,ce)= custo de oportunidade com crescimento estável
g=crescimento extraordinário para os anos iniciais
g(n)=crescimento estável no ano n

Perceba que a última parte da equação nada mais é do que o cálculo de perpetuidade. No entanto, diferentemente do que foi apresentado no modelo de Gordon, no qual a perpetuidade já estava a valor presente, nesse caso, trata-se de um período futuro. Portanto, o cálculo de perpetuidade, após realizado, precisa ainda ser trazido a valor presente, da mesma forma como é feito com os dividendos dos outros períodos, para que só então sejam todos somados. Pense na perpetuidade como mais um dos fluxos de caixa para o indivíduo, para o qual se aplica a regra de sempre, que é trazer a valor presente.

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13
Q

Qual o cálculo do crescimento esperado conforme o payout em uma empresa com crescimento acelerado?

A

Uma empresa em crescimento acelerado possui uma relação de payout diferente no que se refere a uma empresa estável. Uma forma de calcular as mudanças dessa relação de payout nos períodos ocorre através da utilização do modelo de crescimento:

Crescimento esperado = (1-payout) * ROE

Lidando com o crescimento variável:

  • utilize a taxa de crescimento temporária para encontrar os dividendos do período de crescimento variável;
  • encontre o valor da ação no período após o período de crescimento variável, denominado t;
  • utilize a taxa de crescimento (g) normal/constante;
  • desconte todos os fluxos de caixa para o presente e encontre V0.
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14
Q

Quando utiliza-se o modelo de 3 estágios?

A

O modelo de crescimento de 3 estágios assume três períodos de crescimento distintos: um período estável de alto crescimento, um período de declínio e, em seguida, um período estável de baixo crescimento. Destina-se a avaliar empresas que passam por uma fase inicial de alto crescimento, um período de transição (em que a taxa declina) e um período de estabilidade.

O modelo pode ser representado como:

P(0) =
tempo1:
Somatório de t=1 até n1 de (D(0) (1+g(a))^t)/((1+K(e,ac))^t)
+
tempo2:
Somatório de t=n1+1 até n2 de (DPS(t)/((1+K(e,t))^t)
+
tempo3:
(DPS(n2+1)/(K(e,ce)-g(n)))/((1+K(e,ce))^n)

onde
DPS(n2+1) = DPS(n2)*(1 + g(n))^n

Em que

D(0)= Dividendos por ação no ano 0
K(e,ac)= custo de oportunidade com alto crescimento
K(e,t)= custo de oportunidade no periodo de transição
K(e,ce)= custo de oportunidade com crescimento estável
g(a) = crescimento no período de alto crescimento;
DPS(t) = dividendos por ação esperados para o ano t;
n1 = final do período de crescimento elevado;
n2 = final do período de transição;
g(n) = crescimento estável após o ano n2.

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15
Q

Como calcular o payout no modelo de 3 estágios?

A

Se Πa é o payout do período de alto crescimento e Πn é o payout do período de crescimento estável, os dividendos pagos no tempo t e n serão:

-para o período de alto crescimento:

(EPS(0)Πa)(1+g(a))^t onde D(0)=(EPS(0)*Πa)

-para o período estável

(EPS(n2)Πn)(1+g(n))^n onde DPS(n2)=(EPS(n2)*Πn)

Em que:

EPS = Lucro por Ação (Earnings per Share).
g(n) = crescimento estável após o ano n2.

Para o período de transição, podemos considerar um payout e uma taxa de crescimento variável.

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16
Q

O que deve ser levando em consideração sobre o modelo de 3 estágios?

A
  • na fase de crescimento elevado, o desembolso de capital tende a ser maior que a depreciação;
  • na fase de transição, essa diferença diminuirá, invertendo-se na fase de crescimento estável;
  • à medida que a taxa de crescimento diminui, o beta usado para achar o K(e) - Custo de oportunidade- muda e, no infinito, ele tenderá a 1.

Se obtiver um valor excessivamente baixo a partir desse modelo, observe as seguintes disposições.

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17
Q

O que deve ser feito se obtiver um valor excessivamente baixo a partir do modelo de 3 estágios?

A

Problema1: Desembolsos de capital significativamente mais elevados do que a depreciação na fase estável
Solução1: Compense os desembolsos de capital com depreciação

Problema 2: O beta está alto durante o periodo de crescimento estável
Solução 2: Utilize um beta mais próximo de 1.

Problema3:O capital de giro está muito alto para ser sustentado.
Solução3: utilize um coeficiente de capital de giro mais próximo do setor.
Fonte: Elaborada a partir de Damodaran (2007).
DAMODARAN, Aswath. The dark side of valuation. Índia: Pearson Education India, 2007.

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18
Q

O que deve ser feito se obtiver um valor excessivamente altoa partir do modelo de 3 estágios?

A

Problema1: Os desembolsos de capital compensam a depreciação durante o crescimento elevado.
Solução1: Determine desembolsos de capital mais elevados.

Problema 2: O periodo de crescimento é extremamente elevado.
Solução 2: Utilize um periodo de crescimento mais reduzido.

Problema3:a Taxa de crescimento para o período estável está elevada.
Solução3: Utilize uma taxa de crescimento mais próxima à do PIB.

Fonte: Elaborada a partir de Damodaran (2007).
DAMODARAN, Aswath. The dark side of valuation. Índia: Pearson Education India, 2007.

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19
Q

O que é lucro bruto?

A

É a receita líquida deduzida dos custos de produção. Possui o objetivo de mostrar a lucratividade das operações da empresa, mas sem considerar as despesas administrativas, comerciais e operacionais. É um tipo de “Lucro antes de Impostos” (sobre os resultados).

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20
Q

O que é o lucro operacional?

A

O lucro operacional mostra a capacidade de geração de resultados provenientes das operações normais da empresa, ou seja, seu potencial de gerar riqueza em decorrência de suas características operacionais, independentemente de suas fontes de financiamento.

Adiante será observado que o lucro operacional pode ser, em alguns casos:

O Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR);
O Lucro Antes dos Juros e Imposto de Renda (LAJIR), em inglês, Earnings Before Interest and Taxes (EBIT); e
O Lucro Operacional Líquido de IR ou, em inglês, Net Operating Profits Less Adjusted Tax (NOPLAT). É um tipo de “Lucro antes de Impostos”, a depender de como a demonstração é apresentada.

LO = receita líquida - custos - despesas operacionais - despesas financeiras

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21
Q

O que é o Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA ou EBITDA)?

A

O Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA), conhecido como Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization (EBITDA), representa a geração operacional de caixa da companhia. Ele apresenta o quanto a empresa gera de recursos apenas em sua atividade, sem incluir a depreciação (pois não se paga por ela), os efeitos financeiros e de impostos. O EBITDA consiste na receita menos os custos e as despesas, sem levar em consideração a depreciação ou a amortização. Por isso, ele é fortemente correlacionado com o fluxo de caixa livre da empresa.

Trata-se de um importante indicador para avaliar a qualidade operacional da empresa, pois reflete a sua capacidade de geração de caixa operacional, se ela não quiser expandir ou tiver que substituir ativos depreciados. Sendo assim, o EBITDA é um tipo de “Lucro antes de Impostos”; todavia, não é um indicador contábil apresentado normalmente nas demonstrações de resultados.

O EBITDA está presente na geração de caixa por ação ou Cash Flow/Share (CFS):

Geração de caixa por ação (CFS)=EBITDA/nº de ações emitidas

  • EBITDA = Lucro Operacional antes do IR e receitas/despesas financeiras + depreciação + amortização
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22
Q

O que é LAIR e Lucro líquido?

A

Lucro Antes de Impostos (LAIR)

O Lucro Antes de Impostos (LAIR) é o Lucro Anterior ao Imposto de Renda e à Contribuição Social.

Lucro líquido

O lucro líquido, última linha da demonstração de resultados, é o lucro operacional mais as receitas financeiras e menos as seguintes contas:

Despesas financeiras: o saldo das receitas financeiras menos as despesas financeiras reflete a estrutura de capital da empresa, isto é, as despesas decorrentes do financiamento de seus ativos e de sua operação;
Despesas não operacionais, extraordinárias e não recorrentes: aquelas que ocorrem raramente e não são aplicadas às atividades operacionais da empresa;
Imposto de renda e contribuição social.

O lucro líquido não é um indicador adequado para se analisar o resultado operacional de uma empresa.

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23
Q

O que é a avaliação por múltiplos com base em informações históricas?

A

De forma geral, o múltiplo pode ser definido como toda relação estabelecida entre o preço de uma empresa e seus elementos operacionais ou financeiros (exemplo: preço/lucro, preço/valor patrimonial, preço/vendas ou preço/geração de caixa). Também pode caracterizar índices de eficiência da empresa frente ao mercado em que atua (exemplo: receita/empregado, empregados/produto fabricado etc.).

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24
Q

Quais as vantagens da avaliação por múltiplos com base em informações históricas?

A
  • O aperfeiçoamento do conceito de preço justo, pois a determinação de valor utilizando-se somente a metodologia de fluxo de caixa é limitada (principalmente para as empresas com capital fechado), sendo necessário o confronto com outros índices setoriais;
  • A sofisticação das premissas utilizadas nas projeções, principalmente no que se refere à correta quantificação de ganhos operacionais frente às informações oferecidas pela administração da empresa; e
  • A identificação rápida de oportunidades de investimentos, no que se refere à formação de uma carteira de ações face à sua forma de cálculo relativamente simples.
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25
Q

Quais as formas de avaliação por múltiplos com base na performance futura da empresa?

A

Apesar de os indicadores utilizados nessa análise serem os mesmos abordados anteriormente, sua forma de cálculo é mais elaborada, uma vez que estão preocupados com a performance futura da empresa. Nesse cenário, duas metodologias podem ser utilizadas:

  • Realização de projeções de demonstrativos financeiros detalhadas, que produzirão, de forma precisa, informações como potencial de lucro, geração de caixa do período, ganhos auferidos via maturação de investimentos e redução de custos etc. Nesse caso, a aplicação dos múltiplos deverá obedecer aos mesmos critérios abordados no tópico anterior;
  • Utilização do Modelo de Gordon, que propicia a tomada de decisão de forma mais ágil a partir da adequação das fórmulas vistas anteriormente a certos parâmetros, como potencial de crescimento e taxa de retorno exigida pelo acionista (traduzida pelo custo de capital próprio).
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26
Q

O que informa o múltiplo preço/lucro?

A

1-é um índice utilizado para medir quão baratos ou caros estão os preços das ações.
2- É provavelmente o mais consistente indicador de ressalva quanto ao otimismo excessivo no mercado.

3-Serve também como um marcador de problemas e de oportunidades de negócio.
4-pode-se analisar a avaliação de mercado das ações de companhias no que se refere à riqueza que ela realmente produz.

O índice P/L é calculado da seguinte forma:

Indice P/L=Preço da Ação/Lucro por ação

5-O índice revela a quantidade de tempo que o investidor levaria para reaver o capital investido, considerando que os lucros gerados pela empresa permanecem constantes.

6-Considera-se que, quanto menor, mais barata é a empresa.

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27
Q

Quais as vantagens e desvantagens do múltiplo preço/lucro?

A

Vantagens:
- Simples de calcular
-Demonstra de forma linear o nº de períodos necessários para recuperar o valor investido na ação
- Duas variáveis: Investimento (preço da ação), LPA (Retorno).

Desvantagens:
-Pode inchar o retorno (LPA) devido a manipulações contábeis.
-LPA é constante durante o tempo por suposição.
-Não é válido se o LPA for negativo.

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28
Q

O que informa o múltimo Preço/Valor Patrimonial (P/VPA)?

A
  • cálculo desse múltiplo é realizado através da divisão do valor de mercado da empresa (P) pelo valor patrimonial por ação (VPA).

A sua fórmula é a seguinte:

P/VPA: Preço da ação/Patrimônio Líquido por ação

-O P/VPA nos informa qual é a valoração da empresa pelo mercado em relação ao seu patrimônio (valor de mercado da empresa/valor patrimonial por ação).

  • Quando o valor de uma empresa no mercado é maior do que em seu próprio patrimônio, há indício de que ela é bem-vista pelos investidores.

-No entanto, um P/VPA alto pode significar que a ação está cara. Desse modo, não há mais espaço para novas altas. Ou seja, a ação está menos atrativa.

IMPORTANTE!
Explicação: O preço da ação dividido pelo Valor Patrimonial por Ação (VPA) indica o quanto o mercado está disposto a pagar por cada $ 1 de patrimônio líquido da empresa. Em uma interpretação simplista, valores menores são melhores, pois indicam que o ativo está mais barato. Ainda assim, lembre-se de que qualquer múltiplo depende de comparações.

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29
Q

O que indica o múltiplo Valor Patrimonial por Ação (VPA)?

A

O Valor Patrimonial por Ação (VPA) utilizado no múltiplo apresentado acima representa a divisão do patrimônio líquido da empresa pelo seu número total de ações. Observe a fórmula:

VPA= Patrimônio Líquido/ nº de ações emitidas

Lembre-se de que o valor patrimonial em si não possui muita utilidade, o que importa é a obtenção do índice preço/valor patrimonial da ação (P/VPA), pois este relaciona o preço de mercado da ação com o seu valor patrimonial de balanço. Os índices/múltiplos de patrimônio são ideais para empresas maduras que tenham expectativa de fluxos de caixa seguindo a média do segmento a que pertencem as pequenas empresas.

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30
Q

O que informa o múltiplo Índice Preço/Vendas (PSR)?

A

O índice Preço/Vendas utiliza a capitalização de mercado da companhia e a divide pelas receitas dos últimos doze meses. Em síntese, a capitalização de mercado é o valor atual da companhia obtido multiplicando-se o preço da ação no mercado pelo número de ações existentes. Esse é o preço pelo qual o mercado avalia essa instituição.

PSR=Preço da Ação/Receita por ação ou PSR= Valor de Mercado/Receita Total
Ao comparar com empresas do mesmo setor que possuem PSR médio de 0,99, nota-se que, neste caso, como o PSR mede o quanto o mercado está disposto a pagar por cada receita gerada por ação, a empresa em questão está pouco valorizada e pode apresentar potencial de alta.

IMPORTANTE!
Explicação: O preço da ação dividido pela receita por ação representa o quanto o mercado está disposto a pagar por cada receita gerada por ação. Quanto menos, melhor, pois indica que essa ação está pouco valorizada no mercado e apresenta potencial de alta.

Nota: Ao perceber que uma ação está pouco valorizada, isso pode indicar um potencial de alta, porém também pode ser um sinal de que se trata de um problema estrutural da companhia e, por isso, o índice está ruim.

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31
Q

Quais as vantagens e desvantagens do múltimo Índice Preço/Vendas?

A

Vantagens:
-São menos voláteis que P/L
-Receitas são mais facilmente manipuláveis
-Pode ser usada para uma empresa que não apresenta lucros

Desvantagens:
- Não representa diferença na estrutura de custo das empresas comparadas
-Receitas altas não significam altos fluxos de caixa ou altos lucros
- Métodos de obtenção da receita podem distorcer os números

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32
Q

O que representa o múltiplo Valor da Firma(FV)/Ebitda?

A

O múltiplo FV/EBITDA considera o Firm Value (FV) ou valor da firma, que compreende o valor de mercado da companhia (cotação atual da ação multiplicada pelo total de ações) somado à dívida líquida (dívida bruta menos o caixa). Às vezes, ao invés de utilizarem a sigla FV, adotam EV. Todavia, trata-se do mesmo conceito. Em inglês, EV significa Enterprise Value (isto é, valor da firma em português). Quanto ao EBITDA, trata-se da sigla em inglês que se refere ao Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA).

Observe os seguintes cálculos:

FV = valor de mercado da companhia + dívida líquida;
Valor de mercado da companhia = Cotação x nº total de ações;
Dívida líquida = dívida bruta - caixa;
EBITDA = geração bruta de caixa.

Em tese, quanto maior for o múltiplo, mais cara será a ação, e vice-versa. Ou seja, quanto menor for esse valor, mais atrativa será a empresa. Essa comparação deve ser feita entre ações de companhias do mesmo setor:

FV/Ebitda=Valor da Firma / Ebitda

Outra maneira de calcular o múltiplo é através da divisão do valor por ação (VPA) pela geração de caixa por ação ou Cash Flow/Share (CFS), conforme a seguir:

FV/EBITDA=VPA/CFS

onde

VPA=FV/nº de ações emitidas
CFS = Geração de Caixa por Ação = Ebitda/Nº de ações emitidas

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33
Q

Quais os tipos de riscos financeiros estão sujeitos os investimentos?

A
  • O risco não sistemático é aquele que afeta apenas uma instituição ou setor específico. Como esse risco afeta apenas uma empresa ou setor, ele pode ser reduzido através da diversificação da carteira de investimento.
  • O risco sistemático (beta) afeta muitos investimentos. Geralmente esse risco é provocado por algum evento no mercado financeiro que afeta as grandes instituições, de modo que, como elas são interligadas, acaba se espalhando rapidamente para as demais instituições.
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34
Q

O que é taxa livre de risco?

A

É considerado um ativo sem risco aquele que possui risco mínimo ou que quase não apresenta risco de a instituição emissora não honrar o compromisso. Ou seja, é o retorno sobre o título ou uma carteira de títulos livre de risco de inadimplência e totalmente desligada dos retornos de qualquer outro item encontrado na economia.

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35
Q

Como é representado graficamente o risco beta?

A

O risco de um ativo é mensurado pelo beta, determinado pela inclinação da reta de regressão linear entre o retorno do ativo e a taxa de retorno da carteira de mercado.

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36
Q

Como é feita a análise o retorno exigido pelo investimento devido ao risco?

A

Teoricamente, a melhor estimativa da taxa livre de risco seria o retorno sobre uma carteira de beta igual a zero. A taxa de retorno requerida pelo investidor deve incluir a taxa livre de risco da economia, mais um prêmio que remunere o risco sistemático apresentado pelo ativo em avaliação, representado pelo beta.

Para a análise de qualquer investimento, existe uma rentabilidade mínima exigida, que é a taxa de juros livre de risco, geralmente representada pelos juros dos títulos públicos. Assume-se que investimentos que apresentam risco e estão abaixo da rentabilidade dos títulos públicos não são realizados, por estarem abaixo do menor custo de capital possível. Nesse contexto, títulos públicos seriam escolhidos em detrimento de investimentos com maior risco e menor retorno. Dessa forma, de modo que investimentos com risco sejam realizados, exige-se um prêmio por esse risco.

O modelo Capital Asset Pricing Model (CAPM) calcula o retorno “justo” a ser recebido dado o risco de um ativo, podendo ser interpretado como um meio de cálculo de custo de capital.

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37
Q

O que possibilita e qual a teoria do modelo CAPM?

A
  • é um modelo de equilíbrio de mercado que possibilita a mensuração da parcela relevante do risco de um ativo individual e do prêmio em um determinado mercado.

-No modelo, a taxa de rentabilidade do ativo é representada pela soma da taxa livre de riscos (Rf) com o retorno adicional do mercado.

  • premissa: Esse retorno adicional é estimado com base em uma carteira de mercado diversificada, em que o risco específico de cada ativo (risco não sistemático) foi eliminado pela diversificação, restando o risco geral do mercado (risco sistemático), que afeta todos os ativos, em menor ou maior intensidade.

-Na prática, esse risco pode ser representado por um benchmark, como o Ibovespa.

-o coeficiente beta (β), que funciona como uma medida de sensibilidade do ativo ao comportamento do mercado, ou seja, o quão o ativo é afetado pelo risco sistemático.

Transcrevendo matematicamente o processo descrito, temos que a fórmula do CAPM é:

E(Ri) = Rf + β *(E(Rm) – Rf)

Em que:

E(Ri) = taxa de retorno requerida do ativo i ou custo de capital dos acionistas da companhia i;
Rf = taxa de retorno proporcionada pelo ativo livre de risco;
β = beta ou medida de risco sistêmico do ativo i;
E(Rm) = taxa de retorno esperada da carteira de mercado; e
E(Rm) – Rf = prêmio de risco do mercado.

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38
Q

Quais as interpretações podem ser realizadas através do valor do Beta?

A

Ao observar o beta, percebemos que: quando ß<1, o resultado do modelo (ou retorno exigido pelo acionista) é menor. Isso acontece porque esse beta indica que o risco do ativo é menor que o risco de mercado. Já um ß>1 significa que o ativo tem risco maior que o risco de mercado, ou seja, caso o Ibovespa esteja sendo utilizado, quando ele variar em 1%, para cima ou para baixo, o ativo apresentará uma variação maior que 1%, resultando, como se espera, em um maior retorno requerido.

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39
Q

O que é beta alavancado?

A

De forma a encontrar o beta, devemos determinar a covariância entre o comportamento do ativo e o comportamento da carteira de mercado, dividindo-a, após isso, pela variância do mercado. Esse processo demonstra o coeficiente angular da regressão linear entre essas duas variáveis, que se trata do próprio beta. No entanto, vale observar que o beta encontrado se refere ao risco total de uma companhia, incluindo o risco de suas operações e o seu risco financeiro. É chamado de beta alavancado.

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40
Q

Como desalavancar o Beta?

A

Para determinarmos o risco do negócio ou operação, sem considerar o risco da situação financeira específica da empresa, é preciso desalavancar o beta. Para isso, aplicamos o beta alavancado a uma equação que considera a proporção entre o capital próprio de empresa e suas dívidas ou capital de terceiros:

βd=βa*(Ei/(Ei+Di(1-Ti)))

Em que:

βd é o beta desalavancado;
βa é o beta alavancado;
Ei é o capital próprio da empresa;
Di é o capital de terceiros da empresa; e
Ti é a alíquota aplicável de imposto de renda do país em que a companhia atua.

A partir do beta desalavancado de múltiplas empresas de um determinado setor, escolhidas conforme o critério da avaliação que se deseja fazer, faz-se uma média aritmética ou ponderada a fim de obter o risco do negócio, desconsiderando o risco financeiro das companhias.

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41
Q

O que é Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC ou WACC)?

A

De forma resumida, o WACC pode ser definido como a soma do capital próprio (ações) com o capital líquido de terceiros (empréstimos, financiamentos, debêntures e outras dívidas líquidas do imposto de renda). A fórmula

CMPC =WACC= K(e)(E/(D+E)) + K(d)(D/(D+E))

Em que:

K(e) = custo de capital dos acionistas;
K(d) = custo da dívida;
E = total do patrimônio líquido (total de recursos advindos do capital próprio - equity); e
D = total da dívida (total de recursos advindos do capital de terceiros - debt).

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42
Q

Qual a descrição do cálculo do WACC?

A

O cálculo se resume a:

  • Encontrar a proporção de capitais próprios e de terceiros no total do ativo, cálculo que facilmente se efetua a partir da análise do Balanço;
  • Encontrar a taxa de custo do capital de terceiros, que só é obtida igualmente a partir das demonstrações financeiras:
    ainda, se disponível, a partir dos dados de cada financiamento e respectiva taxa, é possível calcular o custo médio dos capitais de terceiros.

-Encontrar a taxa de custo do capital próprio.

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43
Q

Como calcular o WACC líquido das economias tributárias com o custo de capital de terceiros?

A

O custo de capital de terceiros pode trazer algumas economias tributárias, visto que as despesas financeiras podem causar uma redução no lucro líquido. Dessa forma, calculamos o custo de capital de terceiros, deduzindo-o da economia tributária. É possível calcular o WACC da seguinte forma:

CMPC =WACC= K(e)(E/(D+E)) + K(d)(1-T)*(D/(D+E))

Em que:
T= taxa de imposto.
K(e) = custo de capital dos acionistas;
K(d) = custo da dívida;
E = total do patrimônio líquido (total de recursos advindos do capital próprio - equity); e
D = total da dívida (total de recursos advindos do capital de terceiros - debt).

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44
Q

Quais os efeitos da alavancagem com capital de terceiros?

A

O emprego de capital de terceiros gera dois resultados opostos.

  • a consequência positiva da dívida é decorrente do benefício fiscal contraído por meio da dedução no pagamento do imposto de renda corporativo dos juros da dívida;
  • contrário à benfeitoria fiscal, as despesas de falência simulam o efeito negativo do endividamento.
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45
Q

Quais os tipos de alavancagem pode possuir uma organização?

A

O estudo da alavancagem é utilizado para a avaliação dos resultados de uma empresa. Sendo assim, esse estudo busca entender se a alavancagem é capaz de melhorar os resultados da organização. Basicamente, ela pode ser dividida em três tipos:

-A operacional, também conhecida como Grau de Alavancagem Operacional (GAO);

-Alavancagem financeira ou Grau de Alavancagem Financeira (GAF);

-A alavancagem total, a GAT, que é computada como o produto das duas primeiras. Esses resultados disponibilizarão informações sobre o resultado operacional, em relação à alavancagem operacional, e líquido (no que concerne à alavancagem financeira).

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46
Q

O que é o grau de alavancagem operacional da empresa?

A

A alavancagem operacional (GAO) é aquela que relaciona à receita de vendas e o lucro antes de juros e IR, o lucro operacional ou LAJIR. Essa métrica indica a variabilidade nas contas de natureza operacional da empresa que contribuíram para o resultado final. A fim de calcular o nível de GAO, utilizamos a equação abaixo:

GAO=Δ Lucro Operacional/Δ Receita de Vendas

ou

GAO = Δ% EBIT/Δ% Receitas (ou vendas)

Ou ainda:

GAO = (Receita Líquida – Custos Variáveis) / (Receita Líquida – Custos Variáveis – Custos Fixos)

Sempre que observamos que o valor encontrado é superior a 1, é possível afirmar que houve uma alavancagem operacional no período estudado. A fim de verificar a alavancagem operacional, precisamos de dados da demonstração de resultados de um período e de outro, em que são inclusos os valores da receita de vendas e do lucro operacional ou lucro antes do imposto de renda.

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47
Q

O que é o grau de alavancagem financeira?

A

Quando se trata do Grau de Alavancagem Financeira (GAF), precisamos conhecer o lucro por ação e o lucro operacional, cuja métrica é estimada pela equação a seguir:

GAF = ΔLPA/ΔLucro Operacional ou LAJIR

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48
Q

O que é o grau de alavancagem total?

A

A alavancagem total pode ser obtida de duas formas: via relação entre a receita de vendas e o Lucro Por Ação (LPA), ou por meio da utilização das duas primeiras alavancagens que calculamos, a GAO e a GAF. A equação que define a GAT pode ser:

GAT = Δ% LPA/Δ% Receitas (ou vendas)

Ou ainda:

GAT = GAO * GAF

A interpretação da alavancagem total é semelhante às anteriores, ou seja, quando for superior a 1, significa que houve alavancagem, isto é, uma variação percentual do LPA será maior que a variação da receita de vendas.

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49
Q

O que é o retorno por ação ou ROA?

A

Conforme Damodaran (2014): “O retorno sobre ativos de uma empresa mede sua eficiência operacional em gerar lucros a partir de seus ativos, antes de considerar os efeitos dos financiamentos”.Â

A eficiência no uso do capital investido também sugere a intensidade do capital de cada indústria.

Sua equação é representada como:

ROA= Lucro Operacional/Ativo Total

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50
Q

Qual o objetivo do retorno por ação ou ROA?

A

Segundo Gitman (2004, p. 55), o ROA possui como objetivo “medir a eficácia geral da administração de uma empresa em termos de geração de lucros com os ativos disponíveis”, isto é, mensurar o nível de geração de lucros obtidos pela administração a partir dos ativos disponíveis. Desse modo, quanto maior for o resultado do ROA, melhor será.Â

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51
Q

O que é o retorno do Capital ou ROC ou ROIC?

A

-é a quantidade de dinheiro que uma empresa ganha acima do custo médio que ela paga por sua dívida e capital próprio.

Sua equação é representada como:

ROC ou ROIC = NOPAT / Valor Contábil do Capital Investido

NOPAT: Net Operating Profit Less Adjusted Taxes (NOPAT) representa o lucro operacional líquido sem os impostos

O indicador representa uma porcentagem da rentabilidade da empresa nos últimos 12 meses. Dessa forma, entende-se que, quanto maior for o retorno, mais eficientemente a empresa aloca seu capital e, consequentemente, maior será o retorno obtido.

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52
Q

Quais as abordagens para avaliar uma empresa através do método do fluxo de caixa descontado?

A

Há essencialmente dois caminhos para se avaliar uma empresa pelo método do Fluxo de Caixa Descontado (FCD):

  • Avaliar a participação do acionista no negócio (equity valuation);
  • Avaliar a empresa como um todo (firm valuation), o que inclui a participação acionária (capital próprio) e a participação dos demais detentores de direitos financeiros na empresa (capital de terceiros).

-No primeiro caso, o valor da empresa é obtido descontando-se os fluxos de caixa dos sócios (cashflow to equity), ou seja, os fluxos de caixa residuais após a dedução de 1) todas as despesas e 2)pagamentos de juros e principal, 3) descontados pela taxa exigida pelos investidores sobre o capital próprio.

No segundo caso, o valor da empresa é obtido ao se descontar os fluxos de caixa esperados para a empresa (cashflow to firm), ou seja, os fluxos de caixa residuais após a 1) realização de todas as despesas operacionais e impostos, mas 2) antes do pagamento das dívidas, 3) pelo custo médio ponderado de capital (WACC).

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53
Q

O que é valor de liquidação da empresa?

A

O valor de liquidação é o total que pode ser realizado com a venda de um ativo, que interrompe, assim, as atividades da empresa. As obrigações a serem pagas precisam ser descontadas desse valor.

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54
Q

O que é valor da empresa?

A

Já o valor da empresa é obtido através do valor presente de fluxos de caixa futuros, descontados a uma taxa que remunere o prazo e o risco.

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55
Q

O que é e quais são as partes do fluxo de caixa livre?

A

A quantia de dinheiro que entra e sai de uma empresa em um determinado período é chamada de fluxo de caixa dos ativos ou fluxo de caixa livre (FCL). O fluxo de caixa livre envolve três componentes: o fluxo de caixa operacional (FCO), o gasto líquido de capital (CAPEX) e as variações do capital de giro líquido.

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56
Q

O que é o fluxo de caixa operacional?

A

O fluxo de caixa operacional (FCO) são as entradas e saídas de caixa diretamente associadas à venda e à produção, isto é, à parte operacional da empresa. Para calcular o FCO, é preciso medir a diferença entre as receitas e despesas, não incluindo, no cálculo, as despesas não desembolsáveis nem os juros como despesas operacionais. A depreciação, amortização e exaustão não são saídas de caixa, e os juros não constituem despesas operacionais. Isso é equivalente ao lucro operacional após o pagamento do imposto (também conhecido como NOPAT) de renda somado à depreciação. Em resumo:

FCO = Lucro Operacional - IR + Depreciação

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57
Q

O que é CAPEX?

A

O gasto líquido de capital (CAPEX) diz respeito aos desembolsos líquidos com ativo permanente. Ele é calculado como a diferença entre o dinheiro despendido com ativo permanente menos o dinheiro recebido com vendas desse ativo:
CAPEX = Saldo final do ativo permanente - Saldo inicial do ativo permanente + Depreciação

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58
Q

O que é a variação no capital de giro liquido?

A

Já a variação no capital de giro líquido é calculada como a diferença entre o capital de giro líquido inicial e final:
Variação no capital de giro líquido = CGL final - CGL inicial

Devido á necessidade de aumento do capital de giro pelo crescimento da empresa (empregados, luz, água, matéria prima, etc…)

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59
Q

Explique fluxo de caixa livre.

A

É com esse fluxo de caixa que a empresa fará a remuneração de seus proprietários e pagamento de credores. Além disso, é a partir do fluxo de caixa que provêm os recursos para se estimar a viabilidade econômica de projetos via VPL, TIR etc. O fluxo de caixa livre é dado pelo fluxo de caixa operacional menos os montantes investidos em ativo permanente e capital de giro líquido, isto é, fluxo de caixa operacional menos o fluxo de caixa relativo aos gastos líquidos de capital e menos o fluxo de caixa relativo às variações de capital de giro líquido:

FCL = Fluxo de caixa operacioal - Gasto líquido de capital - variação no capital de giro

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60
Q

Qual a lógica para o cálculo do valuation através do fluxo de caixa livre?

A

o valor da empresa é relacionado à sua capacidade de geração de fluxos de caixa.

Elaborados os fluxos de caixa livre, torna-se possível, então, projetá-los para um período no futuro, de acordo com o crescimento estimado para a empresa. Após isso, são descontados a valor presente os valores de acordo com as taxas de desconto adequadas ao ambiente do negócio. Ao somarmos esses fluxos a valor presente, estamos realizando a valuation da empresa pelo método dos fluxos de caixa livres da empresa (FCLE) ou Free Cash Flow to the Firm (FCFF). Segundo essa estimação, o valor de uma empresa é explicado pela sua capacidade de gerar fluxos de caixa futuros.

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61
Q

Quais as formas de avaliar a empresa através dos fluxos de caixa livre?

A

-Avaliar a participação do acionista no negócio (equity valuation);

-Avaliar a empresa como um todo (firm valuation), o que inclui a participação acionária (capital próprio) e a participação dos demais detentores de direitos financeiros na empresa (capital de terceiros).

Embora nas duas abordagens os fluxos de caixa esperados sejam descontados, os fluxos e as taxas de desconto são diferentes. No primeiro caso, o valor da empresa é obtido descontando-se os fluxos de caixa dos sócios (cashflow to equity), ou seja, os fluxos de caixa residuais após a dedução de todas as despesas e pagamentos de juros e principal, descontados pela taxa exigida pelos investidores sobre o capital próprio. No segundo caso, o valor da empresa é obtido descontando-se fluxos de caixa esperados para a empresa (cashflow to firm), ou seja, os fluxos de caixa residuais após a realização de todas as despesas operacionais e impostos, mas antes do pagamento das dívidas, pelo custo médio ponderado de capital.

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62
Q

Quais as vantagens do método do fluxo de caixa descontado?

A

O método de Fluxo de Caixa Descontado é superior às abordagens tradicionais, como as de indicadores de retorno (ROA, ROE), métricas de lucro, EVA, MVA, entre outras, pois é aquela que:

considera todas as consequências (fluxos de caixa) de uma decisão de investimento;
considera o custo de oportunidade do capital aplicado;
permite que alternativas independentes sejam avaliadas como independentes (propriedade aditiva); e
conduz à escolha da alternativa que mais eleva o valor do investimento.

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63
Q

Como calcular o valor da empresa pelo fluxo de caixa livre no caso geral?

A

Para calcularmos o valor da empresa, a fórmula geral é o somatório dos fluxos de caixa livres futuros, como na fórmula a seguir:

Valor da empresa = somatório de 1 até n de (FCL(t))/(1+WACC)^t

Em que:

FCL(t) : fluxos de caixa futuros para cada período t;
t: períodos;
WACC: custo de capital que vamos usar para descontar os fluxos de caixa a valor presente, isto é, o Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC ou WACC) (lembre-se de que estamos avaliando o valor da empresa como um todo, e não apenas para o acionista).

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64
Q

Como calcular o valor da empresa pelo método do fluxo de caixa livre no caso de perpetuidade?

A

Ainda que a fórmula vista anteriormente valha para todos os casos, algumas técnicas matemáticas são necessárias para diferentes realidades do fluxo de caixa. No caso de empresas com fluxo de caixa esperado constante para a perpetuidade, por exemplo, não faria sentido fazermos o somatório de infinitos fluxos de caixa futuros. Nesses casos, usamos o cálculo de perpetuidade, que nada mais é do que dividir o fluxo de caixa livre da perpetuidade pelo custo de capital da empresa, como na fórmula a seguir:

Valor da empresa = FCL/WACC

Em que o FCL é o valor do fluxo de caixa livre na perpetuidade.

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65
Q

Como calcular o valor da empresa pelo método do fluxo de caixa livre no caso de crescimento constante?

A

Para uma empresa com crescimento constante, utilizamos uma forma de cálculo muito parecida com o cálculo do modelo de Gordon para dividendos descontados, com a diferença que, nesse caso, trabalhamos com fluxos de caixa. É calculado da seguinte forma:

Valor da Empresa = FCL(1)/(WACC-g(FCL))

Em que:

  • g(FCL) é a taxa de crescimento constante;
  • FCL1 = FCL0 * (1 + gFCL)
    *Isso ocorre porque estamos medindo no período zero os fluxos de caixa do período 1 em diante. Dessa forma, para o fluxo de caixa do ano 1 já se espera o crescimento equivalente a gFCL em relação ao fluxo de caixa do ano zero. Portanto, não podemos usar o fluxo de caixa atual como o fluxo de caixa para o ano seguinte sem considerar esse crescimento.

De modo a utilizar esse modelo, há duas condições que precisam ser atendidas:

  • a taxa de crescimento utilizada no modelo precisa ser razoável (relativamente à taxa de crescimento nominal na economia);
  • a relação entre a despesa de capital e a depreciação deve ser coerente com os pressupostos do crescimento estável.
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66
Q

Como juntar o método do fluxo de caixa livre com o modelo de dois estágios?

A

Para empresas que estão num estágio diferente e só no futuro entrarão em estágio de crescimento constante, precisamos fazer o cálculo em múltiplas etapas e descontar, a valor presente, o valor da empresa encontrado para a etapa da perpetuidade. Se partimos do ano zero e a empresa entrar em crescimento constante no ano 3, por exemplo, precisamos somar o valor presente dos 2 primeiros anos normalmente, como na fórmula geral, e somar o valor da etapa na perpetuidade, trazendo-o também a valor presente. No entanto, perceba que, pela fórmula, medimos, no ano 2, os fluxos do ano 3 em diante. Dessa forma, o valor da empresa no crescimento constante entra como parte do fluxo do ano 2 e é descontado à mesma taxa, ou seja, dividido por (1 + WACC)2, como na fórmula genérica abaixo.

Valor da empresa = somatório de t=1 até n de (FCL(t)/(1+WACC)^t + (FCL(n+1)/(WACC-g(n))/(1+WACC)^n

Essa equação considera que a empresa leva n períodos para atingir uma taxa de crescimento estável nos períodos seguintes. A primeira parte da equação, caracterizada pelo somatório, representa os resultados operacionais previstos para a empresa. Para um resultado positivo, é necessário, portanto, que o retorno do investimento seja superior ao custo de capital (WACC). Por fim, na segunda parte da equação, a empresa cresce conforme uma taxa de crescimento constante e de forma perpétua.

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67
Q

O que é o fluxo de caixa livre da firma?

A

O Fluxo de Caixa Livre da Firma (FCL ou FCLE) representa o valor do fluxo de caixa das operações disponíveis para distribuição após as despesas de depreciação, impostos, capital de giro e investimentos serem contabilizados e pagos. Essencialmente, trata-se de uma medida da lucratividade de uma empresa após todas as despesas e reinvestimentos. É um dos muitos parâmetros de referência utilizados para comparar e analisar a saúde financeira de uma companhia. Ele considera todas as entradas de caixa na forma de receitas, todas as saídas na forma de despesas comuns e todo o dinheiro reinvestido para expandir os negócios. Por fim, o dinheiro restante após a realização de todas essas operações representa o FCFF de uma empresa.

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68
Q

Como é calculado o fluxo de caixa livre da firma?

A

O FCL é obtido através de uma medida de lucro operacional da empresa após os impostos, o qual é denominado Net Operating Profit After Taxes (NOPAT), somado à depreciação e descontados o gasto líquido de capital (CAPEX) e a variação do capital de giro. Sua fórmula é a seguinte:

FCL = NOPAT + Depreciação – Investimento (CAPEX) (+/-) Δ CAG

Em que:

investimento (CAPEX) são os recursos destinados a investimentos e projetos; e
Δ CAG é a variação de capital de giro.

Lembre-se de que o lucro operacional deduzido dos impostos (NOPAT) somados à depreciação é o equivalente do fluxo de caixa operacional.
FCO = lucro operacional - IR + depreciação

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69
Q

Quais as vantagens do fluxo de caixa livre da firma?

A

1)Em síntese, o FCL funciona como um modo de encontrar a rentabilidade de uma empresa após despesas e reinvestimentos, sendo um bom indicador da saúde financeira da empresa e de seu desempenho operacional.

2)Além disso, pode ser utilizado como a medida de valor de uma companhia. A sua utilização no método de fluxo de caixa descontado, uma forma de avaliar o valor justo de uma empresa ou ação, é uma de suas grandes importâncias.

3)O FCL também representa a capacidade de uma empresa de pagar dividendos, realizar recompras de ações ou pagar devedores.

4)Quando o valor do FCL é positivo, indica que a empresa possui caixa restante após as despesas. Já um valor negativo sugere que ela não gerou receita suficiente para cobrir seus custos e atividades de investimento. Nesse caso, o investidor deve aprofundar-se para avaliar o motivo.

5)Pode ser o resultado de um objetivo comercial específico, como em empresas de tecnologia de alto crescimento que realizam investimentos externos consistentes, ou pode ser uma indicação de problemas financeiros.

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70
Q

Quais as desvantagens do fluxo de caixa livre da firma?

A

Embora forneça informações valiosas aos investidores, o FCL não é infalível.

Uma das razões é que as empresas possuem margem de manobra quando se trata de contabilidade, podendo manipular as contas de forma a expressar um resultado mais favorável.

Além disso, sem um padrão regulatório para determinar o FCL, os investidores frequentemente discordam sobre quais itens devem ou não ser tratados como dispêndios de capital de modo exato.

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71
Q

Quais os cuidados deve ter ao utilizar o fluxo de caixa livre da firma?

A

Os investidores devem, portanto, atentar nas empresas com altos níveis de FCL de modo a verificar se elas estão subnotificando gastos de capital, pesquisa e desenvolvimento. As empresas também podem aumentar temporariamente o FCL, estendendo seus pagamentos, reforçando as políticas de cobrança e esgotando os estoques. Essas atividades diminuem o passivo circulante e as mudanças no capital de giro. No entanto, é provável que os impactos sejam temporários.

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72
Q

Como calcular o valor presente do Fluxo de Caixa Livre dos Sócios (FCLS) ?

A

VP (FCLS)=FCLS/CCP (Custo do Capital Próprio-CAPM)

*cálculo perpétuo
FCLS= o fluxo de caixa livre para o acionista

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73
Q

Quais as vantagens e desvantagens do uso do fluxo de caixa da empresa sobre o fluxo de caixa dos sócios?

A

O uso de FCLE tem algumas vantagens sobre o FCLS, a mais importante delas é o fato do FCLS se mostrar negativo mais facilmente do que o FCLE. Ou seja, o FCLS é mais conservador.

As empresas muito endividadas poderão ter o FCLS negativo, causado pela elevata taxa de juros. Neste caso, a solução é a recapitalização da empresa, que pode ser feita por um novo sócio. O valor da empresa pode ser suficiente para se pagar a dívida e ainda sobrar uma quantia para os sócios atuais.

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74
Q

O que calcula o EVA?

A

Ele serve para identificar o quanto foi efetivamente criado de valor para os acionistas em um determinado período (mês, ano etc.). De modo geral, criar valor significa “enriquecer o acionista”. Fica-se mais rico quando se compra um ativo que, após um certo tempo, vale mais do que o capital investido.

O EVA poderá ser utilizado pelas empresas em suas análises de resultados passados, elaboração de orçamentos, avaliação de projetos e política de remuneração variável, entre outros. Basicamente, ele consiste no lucro operacional após o imposto de renda menos o custo de todo o capital empregado pela empresa na operação:

EVA = Lucro operacional após imposto - (Capital Total Investido x WACC)

Uma empresa precisa operar com EVA positivo para que seus acionistas continuem interessados em investir no negócio. Empresas com EVA sistematicamente igual a zero ou negativo provocará as seguintes reações por parte dos acionistas: venda do controle, encerramento das atividades ou troca da administração, pois o EVA deve ser uma “ferramenta de trabalho” do executivo que cria valor para seus acionistas

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75
Q

O que é um ativo operacional?

A

Ativo Operacional (AO)

No exemplo acima, o AO corresponde a $ 10.000,00. Representa todos os investimentos necessários para que uma empresa consiga gerar receita operacional (caixa mínimo, duplicatas a receber, estoques e imobilizações produtivas). Em resumo, o ativo operacional compreende o capital de giro mais o capital fixo:

Ativo Operacional = Capital de Giro + Capital Fixo

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76
Q

O que é um passivo operacional?

A

Passivo Operacional (PO)

O PO representa todos os financiamentos espontâneos, aqueles que são típicos da operação (fornecedores, impostos a pagar, incidentes sobre vendas, salários e encargos a pagar e adiantamento de clientes são os principais exemplos). O passivo operacional compreende todos os financiamentos (recursos) oferecidos pela própria operação. Já o capital de terceiros e o capital próprio são os recursos obtidos fora da operação.

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77
Q

O que é ativo operacional líquido?

A

Ativo Operacional Líquido (AOL)

É a diferença entre o ativo e o passivo operacional. Representa a parcela do ativo operacional que a administração da empresa terá que buscar em financiamentos fora da operação. Esses financiamentos são denominados capital de terceiros e capital próprio.

Outra visão do ativo operacional líquido é a seguinte: o AOL é a parcela do ativo operacional que deverá ser remunerada.

Em sua essência, o AOL é representado pelo capital de giro líquido mais o capital fixo:

AOL = Capital de Giro Líquido + Capital Fixo

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78
Q

O que é capital de terceiros?

A

Os capitais de terceiros são vistos como financiamentos estruturais, ou seja, financiamentos necessários para que uma empresa possa montar sua estrutura de capital, e não financiamentos contratados para cobrir deficits temporários.

As despesas financeiras desses financiamentos estruturais representam o chamado custo do capital de terceiros. Nesse contexto, deficits temporários geram financiamentos de curtíssimo prazo, nitidamente associados ao capital de giro, os quais podem ser assumidos como passivo operacional. As despesas financeiras desses financiamentos emergenciais deverão ser tratadas como despesas operacionais.

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79
Q

O que é o custo de capital de terceiros?

A

O CCT é explícito e formal (documentado). Costumeiramente, ele é representado como o que chamamos, na figura, de juros ou despesas financeiras. A amortização do principal faz parte do serviço da dívida, mas não é considerada parte do custo do financiamento. Normalmente, os juros do CT são devidos independentemente da capacidade financeira do tomador e, na maioria dos casos, são protegidos por garantias. Portanto, quanto maior for o endividamento com terceiros, mais arriscada será a dívida para a empresa, visto que o endividamento com o capital próprio não implica, na maioria dos casos, obrigatoriedade de pagamento.

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80
Q

O que é custo de capital próprio?

A

O CCP é implícito e não documentado normalmente. Ainda assim, ele existe. Refere-se à expectativa de retorno desejada pelos acionistas em cima do seu capital investido no negócio (Patrimônio Líquido). É representado pelo desejo dos acionistas de receberem dividendos (dinheiro) mais a obtenção de crescimento no valor de suas ações (ganho de capital associado a lucros obtidos, mas não distribuídos, que ficam retidos para financiar projetos que contribuirão para elevar dividendos futuros).

Geralmente espera-se que o custo do capital próprio seja mais elevado do que o custo do capital de terceiros. Isso ocorre devido ao fato de que o CCT não apresenta o mesmo risco de não pagamento que o CCP; assim, os sócios esperam uma remuneração mais elevada em decorrência desse risco.

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81
Q

Como é calculado o EVA?

A

O Valor Econômico Adicionado ou Economic Value Added (EVA) é a parcela do lucro operacional que excede os gastos com a estrutura de capital.
EVA é o lucro operacional após o imposto de renda menos o custo de todo o capital empregado pela empresa na operação (capital próprio e capital de terceiros).
O lucro operacional é bom quando paga o custo do capital de terceiros e o custo do capital próprio, deixando, além disso, um excedente, que é o EVA, expressão monetária que aponta o quanto foi adicionado de valor para os acionistas em um determinado período.
Por sua vez, o lucro operacional é ruim quando não paga o somatório do custo do capital de terceiros e do capital próprio, o que provoca, portanto, destruição de valor para o acionista.
Nesse ponto, podemos apresentar a expressão matemática do EVA conforme a seguir:

EVA= (RAOL-WACC)*AOL
RAOL= Retorno sobre o ativo operacional líquido = Lucro Operacional/Ativo Líquido

ou EVA = NOPAT - WACC
Dessa forma, para que seja criado valor para o acionista, as expectativas de retorno precisam ser excedidas, ou seja, o Retorno Sobre o Ativo Operacional Líquido (RAOL) deverá ser superior ao Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC).

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82
Q

Como aumentar o EVA

A
  • Diminuir despesas (aumentar receita)
    -Usar menos capital
    -Adotar projetos de VPL positivo
    -Reduzir WACC pela redução do risco do negócio.
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83
Q

O que é Market Value Added (MVA)?

A

O Market Value Added (MVA) é o valor de mercado criado, adicionado ou agregado. Criar valor para o acionista significa, em essência, elevar o valor da empresa para seus acionistas, tornando-os mais ricos. Para entendermos melhor o que é o MVA, primeiramente é preciso entender o princípio da riqueza: de modo a se tornar mais rico é preciso deter ativos que valham mais do que o capital investido.

MVA = V-K

V= Valor atual de mercado da firma
k = montante total de capital investido na empresa

MVA é o impacto do EVA na empresa

O MVA é o EVA futuro trazido a valor presente pela taxa de retorno mínima esperada pelos acionistas.

MVA = somatório de t=1 até n de EVA(t) / (1+TRM)^t

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84
Q

O que é o Cash Flow Return on Investment (CFROI)?

A

Trata-se de um termo que se refere ao desempenho operacional que a empresa alcançaria caso gerasse um fluxo de caixa operacional no mesmo volume que alcançou no período de referência, sem investimentos adicionais ao longo da vida do ativo circulante.

CFROI = FCOB / Capital Empregado

Em que FCOB = Fluxo de Caixa Operacional Bruto. É o fluxo de caixa antes de juros e impostos.

E:

Capital Empregado = Investimento em Ativo Fixo + Investimento em Capital de Giro + Depreciação Acumulada.

Mas em uma versão mais simplificada, pode ser calculado como:

Capital Empregado = Ativo Total – Passivo Circulante Total

O Cash Flow Return on Investment (CFROI) caracteriza o fluxo de caixa gerado pela empresa em um determinado ano como uma porcentagem do caixa investido nos ativos utilizados. Tanto o fluxo de caixa quanto o caixa investido são apresentados em moeda atual. Podemos, então, dizer que o CFROI representa, em síntese, a TIR média obtida nesse ano nos investimentos existentes.

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85
Q

Quais elementro envolem o Cash Flow Return on Investment (CFROI)?

A
  • CFROI é um cálculo de taxa interna de retorno que envolve quatro elementos:
  • O CFROI converte lucros contábeis em fluxo de caixa (ou seja, o caixa gerado antes do investimento de capital);
  • Considera o valor em caixa total (em moeda corrente) investido em um negócio para produzir os fluxos de caixa, e não valores contábeis depreciados;
  • Reflete a vida ao longo da qual o fluxo de caixa será gerado pelos ativos, seja através da subtração de uma “depreciação econômica”, seja através do cálculo da TIR sobre uma vida de ativos finita;
  • O quarto elemento é o valor dos ativos não depreciáveis. Para encontrar o valor do CFROI, basta calcular a Taxa Interna de Retorno (TIR) na figura acima demonstrada, considerando como valor inicial o caixa investido e como valor final o último fluxo de caixa somado aos ativos não depreciáveis.
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86
Q

O que deve ser levado em consideração no cálculo do Cash Flow Return on Investment (CFROI)?

A
  • Para converter informações contábeis em moeda corrente base são necessários dois ajustes importantes. São eles: a) todos os ativos envolvidos na geração do fluxo de caixa
    são reconhecidos (portanto todos os leasings operacionais são capitalizados); b) todos os ativos são considerados em moeda corrente equivalente, isto é, o investimento histórico relevante antes da dedução da depreciação acumulada é expresso em termos de moeda corrente.
  • O CFROI supõe que o fluxo de caixa será gerado no decorrer da vida normal dos ativos utilizados.
  • O cálculo do CFROI não assume mudança futura na relação entre o fluxo de caixa e o total de ativos, uma vez que é uma medida de desempenho atual.
  • O modelo reconhece que, em longo prazo, a competição forçará as empresas a voltar aos níveis de rentabilidade e crescimento médios. Dessa forma, com a finalidade de prever realisticamente o fluxo de caixa para um horizonte mais amplo, o modelo incorpora um pressuposto de ajuste tanto para o nível do CFROI quanto para o crescimento real dos ativos.
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87
Q

Qual os passos para o cálculo do Cash Flow Return on Investment (CFROI)?

A

1 ) Converter lucros contábeis em fluxo de caixas (caixa gerado antes do investimento de capital)

=Lucro Líquido após IR
+Depreciação e Amortização
+Despesas Financeiras Líquidas
+ Despesas de aluguel, operacionais
+ correção monetária nos estoques e itens monetários

2) Calcular caixa total investido (em valores correntes) na empresa
=Ativo total (contábil)
+ Depreciação acumulada
+ Correção Monetária do ativo permanente bruto
+ Leasing operacional capitalizado
-Passivos “espontâneos” (sem custo explícito)
-Goodwill

3) Calular a vida útil dos ativos (Ativo Permanente/Depreciação)

4) Calcular ativos não depreciáveis
=Terrenos
+Capital Circulante Líquido

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88
Q

Qual a relação do Cash Flow Return on Investment (CFROI) e TIR?

A

Relação entre Cash Flow Return on Investment (CFROI) é igual a Taxa Interna de Retorno (TIR).

somatório de t=1 até n-1 de (FCO(t)/(1+CFROI)^t) + (((FCO(n)/(1+CFROI)^n)+Ativos não depreciáveis) - FCO (0) = 0

Em que :

FCO (0) = Investimento bruto de caixa em moeda corrente (inicial)
FCO= Fluxo de caixa operacional

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89
Q

O que é considerado no fluxo de caixa para avaliação da empresa?

A

Resulta do fluxo de caixa originado nas operações, deduzidos os pagamentos de tributos, amortização de empréstimos e financiamentos, juros, investimentos em reposição em cada período.

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90
Q

Quais os tipos de valores de ações?

A

1- o valor contábil é o valor da ação registrado no Estatuto Social da companhia.
2- o valor intrínseco é o valor da ação conforme a análise dos fundamentos contábeis, financeiros e econômicos da empresa.
3- o valor de liquidação é o valor da ação em caso de encerramento das atividades da companhia.
4- o valor patrimonial corresponde ao valor da ação conforme o patrimônio líquido da empresa no exercício observado.
5- o valor de subscrição é o valor negociado no primeiro momento no mercado.

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91
Q

Qual a fórmula do NOPAT?

A

NOPAT=EBIT*(1-aliquota tributos)

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92
Q

Quais os cálculos da DRE?

A

Quadro - Demonstração do resultado.

(+) Faturamento da empresa
Receita Bruta

(-) Devoluções

(-) Descontos concedidos

(-) Impostos incidentes sobre a mercadoria (ISS, ICMS, PIS/COFINS)

Receita Líquida

(-) Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos (inclui frete e seguros sobre compras de insumos)

Lucro Bruto

(-) Despesa com vendas

(-) Despesas administrativas gerais

(-) Pesquisa e desenvolvimento

(-) Outras despesas operacionais

(+) Outras receitas operacionais

Lucro Operacional

(-) Resultado de equivalência patrimonial

(-) Resultado não operacional

Lucro Antes dos Juros e dos Impostos (EBIT ou LAJIR)

(-) Despesas financeiras

(+) Receitas financeiras

Lucro Antes dos Impostos sobre o Lucro (LAIR)

(-) Impostos

Lucro Líquido

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93
Q

Qual o regime contábil que rege a DRE?

A

“O princípio contábil que rege esse procedimento é o princípio da competência. Na prática, esse princípio, em geral, significa que a receita é reconhecida no momento da venda, que não precisa, necessariamente, ser o momento do recebimento no caixa”

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94
Q

O que são ítens não monetários e qual o mais importante?

A

Há vários itens não monetários que representam despesas vinculadas às receitas, mas que não afetam o fluxo de caixa. O mais importante é a depreciação.

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95
Q

Qual a relação entre prazos e custos?

A

Prazos e custos

É importante considerar que o futuro apresenta dois componentes: o curto e o longo prazo. O curto prazo é o período durante o qual certos equipamentos, recursos e compromissos da empresa são fixos, o qual é suficientemente longo para que a empresa varie sua produção através do uso de mais mão de obra e matéria-prima.

Custos fixos

O curto prazo não é um período exato e idêntico para todos os setores. Entretanto, todas as empresas que tomam decisões no curto prazo têm alguns custos fixos, ou seja, custos que não variarão devido à existência de compromissos fixos. Na prática, alguns exemplos de custos fixos incluem juros de obrigações, despesas gerais e impostos prediais.

Custos variáveis

Os custos que não são fixos são variáveis. Os custos variáveis alteram-se com a produção da empresa; alguns exemplos incluem matéria-prima e salários de operários na linha de produção. Já no longo prazo, todos os custos são variáveis. Os contadores financeiros não distinguem custos variáveis de custos fixos. Nesse contexto, a contabilidade de custos geralmente separa os custos de produtos dos custos de períodos.

Custos de produtos

Os custos de produtos correspondem aos custos totais de produção durante determinado período - matéria-prima, mão de obra direta e custos gerais de produção - e são apresentados na demonstração de resultados como o custo dos produtos vendidos. Isso inclui tanto os custos variáveis quanto os fixos.

Custos de períodos

Já os custos de períodos são aqueles atribuídos a um certo período. São chamados de despesas gerais, administrativas e de venda. Um tipo de custo de período seria o salário do presidente da empresa.

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96
Q

O que são impostos diferidos?

A

1)É um item não monetário da DRE.

2)Os impostos diferidos resultam de divergências entre o lucro contábil e o lucro tributável real.

3)Imposto diferido é uma modalidade de tributo em que o pagamento é realizado posteriormente, isto é, quando o lucro é creditado.

4)Portanto, são impostos que deverão ser pagos nos anos subsequentes, os quais, entretanto, já são reconhecidos como pagos.

5) O tratamento do imposto diferido como passivo faz com que a empresa aparente ter um risco maior do que o real.

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97
Q

Como podem ser divididos os impostos nas demonstrações contábeis?

A

Parcela corrente: aquela efetivamente remetida às autoridades fiscais.
Parcela diferida: não é remetida

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98
Q

O que é investimento líquido?

A

Quanto que eu tenho que colocar de capital na empresa para ela rodar além do capital operacional, em que ela se auto-financia.

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99
Q

O que é importante analisar na análise de balanços moderna?

A

O retorno sobre o investimento líquido
O retorno sobre os capitais empregados que vêm de fora da operação

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100
Q

O que é balanço patrimonial?

A

Balanço patrimonial

O balanço patrimonial representa um retrato do estado da empresa em uma data específica, como se esta permanecesse estática naquele momento. Ele possui dois lados:

no lado esquerdo, há os ativos;
no lado direito, há os passivos e o patrimônio dos acionistas.

O balanço demonstra o que a empresa possui, assim como sua posição financeira. A definição contábil subjacente ao balanço e que o descreve é:

Ativos = passivos + patrimônio dos acionistas

De forma resumida, o ativo é o que a empresa possui; já o passivo é o que ela deve.

Lado esquerdo- Fonte da geração de resultados da empresa
Lado direito- Fonte dos financiamentos para a geração de resultados

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101
Q

O que é ativos e quais suas classificações?

A

Ativos

Segundo Damodaran (2014): “Um ativo é qualquer recurso que tem o potencial de gerar futuros influxos de caixa ou de reduzir saída de caixas futuros”. Os ativos podem ser classificados de diversas formas, e as principais são: circulante e não circulante.

Ativo circulante

Tem uma vida útil pequena, geralmente menor que um ano. Isso significa que se converterá em caixa em até 12 meses. Por exemplo, estoques comprados e vendidos são geralmente vendidos em um ano e, assim como caixa e contas a receber, são ativos circulantes.

Ativo não circulante

Tem uma vida relativamente longa. Ele pode ser imobilizado/fixo, pois pode ser um bem tangível (como um caminhão) ou intangível (como uma patente ou marca registrada).

Ativo fixo

Os ativos fixos exigem uma avaliação a custos históricos, ajustados em relação às despesas de depreciação sobre esses ativos.

Ativos intangíveis

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102
Q

Como são avaliados os ativos fixos?

A

Conforme Ross et al. (2015): “Como os ativos fixos são avaliados com base no valor contábil e são ajustados pelas provisões de depreciação, o valor de um ativo fixo é fortemente influenciado tanto pela sua vida depreciável quanto pelo método de depreciação utilizado”.

Os princípios contábeis geralmente aceitos permitem que as empresas utilizem:

Depreciação linear: depreciação distribuída ao longo da vida do ativo;
Depreciação acelerada: maior depreciação nos anos iniciais e menor mais adiante.

A escolha da depreciação utilizada permite que as empresas gerenciem seus lucros, visto que elas estimam que a vida útil e o aumento da vida depreciável podem aumentar seus lucros. Dessa forma, a maioria das empresas americanas utiliza a depreciação linear para fins contábeis de demonstrativos financeiros e a depreciação acelerada para fins fiscais.

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103
Q

O que exigem os principios contábeis para valoração dos ativos intangíveis?

A

Ativos intangíveis
Quanto à contabilização de ativos intangíveis, os princípios contábeis geralmente aceitos exigem que:

1)Os custos envolvidos no ativo intangível e seu desenvolvimento devem ser reconhecidos durante aquele período, ainda que a vida do ativo se disperse durante vários períodos contábeis.

2)Sendo assim, as despesas de uma patente em pesquisa e desenvolvimento são contabilizadas no período em que foram incorridas.

3)Se um ativo intangível for adquirido de um terceiro indivíduo, a despesa será tratada como ativo (diferentemente das despesas incorridas no desenvolvimento interno desse ativo).

4)O período máximo de amortização é de 40 anos.

5) Geralmente utiliza-se a depreciação linear.

6)Entretanto, para fins fiscais, não é permitida a amortização de ativos intangíveis sem vida útil determinada.

7)São definidas como despesas incorridas as que estão associadas a uma obrigação contratual ou contraprestação de serviços, as quais, ainda que definidas e quantificadas no período-base, não tenham sido pagas nesse período. Por isso, o valor referente à obrigação a ser paga figura no passivo da empresa.

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104
Q

Quais as abordagens contbeis aceitas em relação aos estoques?

A

De acordo com o Generally Accepted Accounting Principles (GAAP) ou Princípios Contábeis Geralmente Aceitos, há três abordagens básicas de estoque permitidas:

Primeiro a entrar, último a sair (First-In, First-Out: FIFO): o custo das mercadorias vendidas é baseado no custo do material comprado mais no início do período; já o custo do estoque é baseado no custo do material comprado mais no final do período;
Último a entrar, primeiro a sair (Last-In, First-Out: LIFO): o custo das mercadorias vendidas é baseado no custo do material comprado mais no final do período; já o custo do estoque é baseado no custo do material comprado mais no início do período;
Média ponderada: tanto as mercadorias como o estoque se baseiam na média do custo de todas as unidades compradas durante o período.

Durante períodos de alta inflação é comum que as empresas adotem a LIFO por conta dos benefícios fiscais. Ainda assim, ao optar por essa abordagem é preciso especificar a diferença da avaliação de estoques entre a abordagem FIFO e LIFO.

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105
Q

Como devem ser reconhecidos os passivos?

A

De forma que uma obrigação seja reconhecida como passivo, deve cumprir os seguintes requisitos:

a obrigação deve levar a desembolso de caixa futuro ou perda do recebimento do fluxo de caixa em alguma data futura especificada;
a empresa não pode evitar a obrigação; e
a transação que dá margem à obrigação já deve ter ocorrido.

Nos passivos estão contidas as obrigações futuras que criam pagamentos que podem ser quantificados, cuja realização possui um momento adequado (mesmo que estimados). Portanto, compromissos de compra ou empregatícios não são passivos contábeis.

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106
Q

Quais os tipos de passivos?

A

Passivo circulante

Precisa ser pago em até um ano. Ou seja, assim como o ativo circulante, possui uma vida menor do que um ano, como, por exemplo, as contas a pagar (dinheiro que a empresa deve a seus fornecedores).

Passivo não circulante

Trata-se de um exigível de longo prazo, como uma dívida que vencerá daqui a mais de um ano. Exemplo: um empréstimo que a empresa pagará em cinco anos.

Leasing (arrendamento)

O arrendamento por empresas é algo comum, pois oferece maior flexibilidade em termos de ajuste a mudanças. Arrendar ativos de longo prazo acaba sendo mais vantajoso do que comprá-los em diversos casos.

Imposto diferido

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107
Q

O que é e quais os tipos de leasing?

A

O arrendamento por empresas é algo comum, pois oferece maior flexibilidade em termos de ajuste a mudanças. Arrendar ativos de longo prazo acaba sendo mais vantajoso do que comprá-los em diversos casos.

As parcelas do leasing criam obrigações, assim como os pagamentos de juros de endividamentos. Caso seja permitido que a empresa arrende grande parte de seus ativos e os mantenha fora dos demonstrativos, isso implicará uma imagem distorcida sobre a saúde financeira da empresa. Nesse contexto, há o desenvolvimento de regras contábeis sobre as obrigações relativas a leasings, os quais podem ser contabilizados de dois modos: leasing operacional e leasing financeiro.

Leasing operacional

O arrendador (proprietário) transfere temporariamente ao arrendatário o direito de uso da propriedade até o prazo final, em que a propriedade é devolvida ao arrendador. Nesse contexto, ele não assume o risco da propriedade, então a despesa é tratada como despesa operacional no demonstrativo e não afeta o balanço.

Leasing financeiro

No leasing financeiro, o arrendatário assume alguns riscos, mas também usufrui de alguns benefícios. Desse modo, o leasing é reconhecido tanto como ativo quanto como passivo no balanço. É possível deduzir a depreciação sobre o ativo e as despesas com juros.

Um leasing deverá ser considerado financeiro:

se o prazo exceder 75% da vida do ativo;
se no final do prazo houver transferência da propriedade ao arrendatário;
se no final do prazo houver a possibilidade de compra por “preço de ocasião”;
se o valor presente das parcelas exceder 90% do valor justo de mercado do ativo.

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108
Q

O que são capitais empregados e como são divididos?

A

São os passivos.
São divididos em:

a. Capitais que se originam de dentro da operação, chamados de passivo operacional, passivo espontâneo ou passivo de funcionamento
São os capitais fornecidos pela própria dinâmica operacional. Os exemplos mais comuns são: fornecedores que vendem a prazo, salários e encargos a pagar recolhidos entre o final e início do mês seguinte, impostos a pagar recolhidos no início do mês seguinte etc.

b. Capitais que se originam de fora da operação: capital de bancos e operações assemelhadas e capitais do acionista
O capital de bancos e operações assemelhadas representa todos os financiamentos associados aos investimentos de curto e longo prazo. São os financiamentos contratados junto ao BNDES e outros bancos ou instituições de fomento ao desenvolvimento, emissão de papéis no Brasil ou no exterior, refinanciamento de tributos e impostos etc.

Capitais do acionista: é o Patrimônio Líquido. É o capital financiado por acionistas através de integralizações mais a reinversão de lucros. A expressão “capital próprio”, que é sinônima de capital do acionista, indica que se trata do capital que pertence à própria empresa; no entanto, a empresa não é dona desse capital, mas sim seus acionistas.

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109
Q

Como pode ser representado o risco esperado do mercado?

A

E[R(m)]=R(f)+Prêmio de risco
Ou seja, o retorno esperado do mercado R(m) é a soma da taxa sem risco R(f) mais uma remuneração pelo risco inerente da carteira de mercado (prêmio de risco).

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110
Q

Quais elementos devem ser considerados no retorno mínimo esperado sobre o capital próprio investido?

A

O retorno mínimo esperado sobre o capital próprio investido no negócio considera dois elementos: a remuneração pela espera e a remuneração pelo risco.

A remuneração pela espera é a remuneração justificada pelo sacrifício do consumo presente em troca de um benefício superior no futuro. Essa remuneração considera como referência a taxa de juros oferecida por um investimento livre de risco. No Brasil, sob o ponto de vista do investidor pessoa física, a caderneta de poupança ou títulos públicos são considerados investimentos livres de risco. Portanto, a remuneração oferecida por esse ativo se justifica apenas pela espera.

A remuneração pelo risco é formada por um risco total.

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111
Q

Quais as partes da remuneração pelo risco no retorno mínimo esperado sobre o capital próprio investido?

A

1) O risco diversificável representa a parcela do risco de um ativo que está associado a um ativo específico e pode ser eliminado através de um portfólio composto por diversos ativos. Ele é representado por eventos específicos, como greves, processos trabalhistas, ações regulatórias, perda de um cliente importante, falta de suprimento de matérias-primas etc.

Quando construímos uma carteira de ativos da mesma natureza (participações acionárias, por exemplo), podemos, através da diversificação entre 15 ou 20 ações, eliminar o risco diversificável. Além disso, uma carteira composta por cinco ativos pode ser mais diversificada que uma outra composta por 10. Isso se justifica pelo fato de a diversificação estar ligada à baixa correlação entre os ativos.

2) O risco não diversificável é atribuído a fatores de mercado que afetam todas as empresas e não pode ser eliminado através da diversificação. Fatores como guerra, inflação, crises internacionais e crises políticas são exemplos desse risco.

Através da diversificação, supõe-se que todo investidor possa eliminar todos os riscos diversificáveis. Portanto, o único risco relevante é o não diversificável. Nesse contexto, pesquisas demonstram que investidores são recompensados por assumirem somente aqueles riscos que não podem ser eliminados através da diversificação. Todavia, o investidor deve estar preocupado em eliminar o risco diversificável que reflita a contribuição de um ativo para o risco da carteira.

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112
Q

O que é o coeficiente beta no CAPM?

A

O coeficiente beta (β) é utilizado para medir o risco não diversificável. Ele mede a sensibilidade dos retornos de um ativo em relação a variações nos retornos do mercado. O retorno de mercado é o retorno da carteira de mercado com todas as ações negociadas.

No Brasil, esse retorno poderá ser medido pela variação do índice Bovespa, que mensura a variação de uma carteira teórica de ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (principal bolsa brasileira). Comumente, os coeficientes betas movimentam-se na mesma direção do índice de mercado. Veja a seguir:

β(t)=COV((i,M)/σ^2(M)=(σ(i)/σ(M))*ρ(i,M)

Em que:

COV((i,M)=covariância entre o ativo i e o mercado
σ^2(M)=variância do mercado
σ(i)= desvio padão do ativo i
σ(M)= desvio padrão do mercado
ρ(i,M)= coeficiente de correlação entre o ativo i e o mercado

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113
Q

Qual a interpretação dos valores assumidos pelo beta?

A

Se β > 1, reflete um risco sistêmico mais alto que o mercado, sendo que, por isso, é considerado um investimento agressivo; em outras palavras, a carteira de ativos oscila mais que a carteira de mercado;
Se β = 1, a carteira de ativos tem o mesmo risco que a carteira de mercado, movimentando-se na mesma direção;
Se 0 < β < 1, a carteira de ativos é menos arriscada do que a carteira de mercado e o ativo se caracteriza por ser mais defensivo;
Se β < 0, o ativo move-se em direção oposta à do mercado.

O beta pode ser maior que 1 e menor que -1, e um beta próximo de zero não significa que o ativo se move livremente em relação ao mercado, mas sim que as variações do mercado o impactam muito pouco, ou seja, seu risco sistemático é baixíssimo.

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114
Q

O que é o modelo CAPM?

A
  • O CAPM é um modelo de formação de preços de ativos que equaciona a relação básica entre risco e retorno, presente em todas as formas de decisões financeiras. Esse modelo também possibilita a estima da taxa de retorno exigida pelos investidores, ou seja, a taxa mínima de atratividade pelo capital próprio.
  • Uma vez que o risco diversificável pode ser eliminado, o CAPM equaciona a relação entre risco não diversificável e a sua remuneração, ou seja, o prêmio pelo risco. Vale lembrar que entendemos como risco diversificável aquele que pode ser mitigado ao montar um portfólio de ativos.
  • Segundo o CAPM, o custo de capital corresponde à taxa de rentabilidade exigida pelos investidores como forma de compensação pelo risco de mercado ao qual estão expostos. O CAPM também considera que, em um mercado competitivo, o prêmio de risco varia proporcionalmente ao β, que é justamente a medida de risco não diversificável.

-O CAPM indica um retorno mínimo esperado pelos acionistas, que é ajustado para mais ou menos pelos investidores conforme a percepção que tenham a respeito do risco.

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115
Q

Quais as premissas subebtendidas para aplicação do CAPM?

A

Como em todos os modelos financeiros, formulam-se algumas hipóteses para seu desenvolvimento. São elas:

há uma grande eficiência informativa do mercado, a qual atinge igualmente todos os investidores;
não há impostos, taxas ou quaisquer outras restrições para os investimentos no mercado, sendo ele perfeitamente competitivo;
há uma mesma percepção por parte de todos os investidores quanto ao desempenho dos ativos, formando carteiras eficientes a partir de expectativas idênticas; e
existe uma taxa de juros de mercado definida como livre de risco, e todos os indivíduos podem emprestar e tomar emprestado à mesma taxa.

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116
Q

Qual a lógica por trás da origem do CAPM?

A

O modelo CAPM foi elaborado como resposta à seguinte pergunta: qual é o prêmio que faz com que o investidor seja indiferente entre investir em um ativo com risco ou em outro que seja livre de risco? Sharpe (1964) e Lintner (1965) provaram que existe uma relação linear, mensurada por um parâmetro β, entre o excesso de retorno de um investimento e o excesso de retorno do mercado. Assim, o modelo CAPM consiste na seguinte lógica: quanto maior for o coeficiente (βi), que multiplica o prêmio, maior será a sensibilidade do ativo a variações de mercado. Desse modo, maiores serão o risco e a remuneração esperada do ativo.

β=(R(p)-R(f))/(R(m)-R(f))

Em que:
R(p) é a taxa de retorno do investimento
R(m) é a taxa média de retorno do mercado e
R(f) é a taxa de retorno do ativo livre de risco

reescrevendo:
R(p)=R(f)+β*(R(m)-R(f))

Isto é, o retorno do ativo é igual ao retorno do ativo livre de risco mais o excesso de retorno do mercado em relação ao ativo livre de risco ponderado pelo parâmetro beta. Sendo assim, o CAPM mostra o retorno esperado de um ativo que resulta em equilíbrio no mercado, de modo que não permite a realização de arbitragem.

Em relação ao mercado de ações pode-se considerar:

Ki=rf+βi(rm - rf)
Em que:

Ki é o retorno esperado do ativo i;
rf é o retorno esperado da taxa livre de risco;
βi é a sensibilidade ao risco de mercado;
rm é o retorno histórico do mercado de ações; e
(rm - rf) é o prêmio de risco dos ativos de mercado sobre os ativos livres de risco.

No CAPM, o retorno esperado de um investimento é explicado pelo coeficiente de risco do próprio ativo βi, pela taxa de juros livre de risco Rf (considerada uma taxa de juros para ativos cujos retornos não variam ao longo do tempo, como, por exemplo, a TR ou Selic) e por um prêmio pelo risco de mercado [E (Rm) - Rf]. Esse prêmio pelo risco é a diferença do retorno de um investimento em uma carteira que representa o mercado (geralmente um índice de ações) em relação ao investimento em uma taxa livre de risco.

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117
Q

O que mensura o coeficiente beta?

A

O coeficiente beta mensura o risco sistemático do mercado. Quando o beta é igual a zero, significa que a rentabilidade de um ativo não varia com a rentabilidade do mercado, de modo que esse ativo pode ser considerado livre de risco. Quando o beta da empresa é igual a 1 (um), o risco do ativo é igual ao risco do mercado. Desse modo, conforme o valor de beta se eleva, o risco sistemático do ativo também aumenta, o que faz com que os acionistas exijam uma remuneração mais elevada. Isso significa que um ativo com risco sistemático superior a 1 (um) apresenta risco sistemático superior ao mercado; por sua vez, um ativo com beta inferior a 1 (um) apresenta risco sistemático inferior ao mercado.

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118
Q

Quais são as limitações do mercado brasileiro para a aplicação do CAPM?

A

Limitações do CAPM no Brasil

A aplicação do CAPM no Brasil é prejudicada por diversos fatores, tais como:

O retorno livre de risco (rf ) variou enormemente nos últimos anos devido à política econômica do governo;
O beta β e o retorno de mercado (rm) apresentam grande volatilidade em razão de o mercado de capitais ser imperfeito no Brasil devido aos seguintes aspectos:
pouco volume transacionado;
poucas ações;
mercado muito concentrado; e
empresas que possuem má comunicação com o mercado, o que dificulta a correta avaliação dos ativos.

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119
Q

O que é a reta característica de um ativo?

A

A reta característica de um ativo nada mais é do que uma regressão linear que busca plotar em um gráfico a relação entre o retorno de um ativo e o retorno do mercado. No gráfico da reta característica, o eixo Y representa o “excesso de retorno do ativo”, ou seja, a parcela do retorno do ativo que supera a taxa livre de risco, e o eixo X representa o “excesso de retorno do mercado”, ou seja, a parcela de retorno do mercado que supera a taxa livre de risco.

A reta característica de um ativo tem a seguinte equação geral:

Ri=αi+βi*RM+ ei

Em que:

Ri é o excesso de retorno do ativo (retorno do ativo - Rf);
αi é o intercepto ou o retorno do ativo quando o retorno do mercado é zero;
βi é o beta do ativo;
RM é o excesso de retorno do mercado (retorno do mercado - Rf); e
ei é o erro presente na regressão.

A presença do erro na equação ocorre porque a origem da reta característica é uma regressão linear, um estudo empírico estatístico, e, portanto, há variações nos ativos que não podem ser explicadas pela equação teórica.

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120
Q

O que representam o intercepto e a inclinação da reta característica de um ativo?

A

O intercepto nada mais é do que o retorno do ativo quando o retorno do mercado é zero, ou, em termos algébricos, quando igualamos o X a zero (que, neste caso, seria RM=0).
A sua inclinação é o beta. Em outras palavras, se tivermos a reta característica de um ativo, será possível obter o seu beta. Desse modo, quanto mais inclinada for a reta característica de um ativo, maiores serão o risco sistemático e o excesso de retorno.

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121
Q

O que é análise vertical?

A

A análise vertical, considerada um dos principais instrumentos da análise de estrutura patrimonial, consiste na determinação dos percentuais de cada conta ou cada grupo de contas do balanço patrimonial em relação ao valor total do ativo ou do passivo. Ela determina a proporcionalidade das contas do demonstrativo de resultado em relação à receita líquida de vendas, considerada como sua base. Em relação ao balanço patrimonial, ela procura sempre mostrar, de um lado, a proporção de cada uma das fontes de recursos e, de outro, a expressão percentual de cada uma das diversas aplicações de recursos efetuadas pela empresa.
Ao comparar exercícios subsequentes, é possível constatar a mudança da política da empresa quanto à obtenção e à aplicação de recursos.

A análise vertical mostra a importância relativa de cada conta inserta na demonstração. Através da comparação com padrões do ramo de atuação ou com as relações da própria empresa em anos anteriores, ela permite inferir se há itens fora das proporções comuns.

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122
Q

O que é análise horizontal?

A

A análise horizontal é uma análise de evolução, a qual representa um processo que foi desenvolvido com a finalidade de calcular a variação de uma ou mais rubricas em determinados períodos. Ela pode mostrar tendências e se houve ou não crescimento real dessa rubrica (como, por exemplo, que as vendas brutas cresceram x% em relação ao exercício anterior).

A análise horizontal é uma técnica que parte da comparação do valor de cada item do demonstrativo, em cada período, com o valor correspondente em um determinado período anterior, que é considerado como base. Essa análise possui o objetivo de mostrar a evolução de cada conta (ou grupo de contas) quando considerada de forma isolada.

Essa análise complementa a análise vertical, a qual nos informa sobre o aumento ou diminuição da proporção de uma determinada despesa em relação a um determinado total, mas não nos diz se essa variação foi derivada do aumento ou da diminuição do valor absoluto da verba considerada.

Vale ressaltar que é indicado comparar os resultados percentuais obtidos na análise horizontal com algum indicador de referência, por exemplo, uma taxa de inflação no período ou até mesmo a evolução do mesmo item nas empresas concorrentes etc. Dessa forma, é possível verificar se a variação foi maior ou menor que a variação do indicador utilizado como referência. Assim, além de uma análise de evolução no tempo, a comparação entre empresas pode revelar mais informações úteis aos tomadores de decisão. Portanto, duas referências são utilizadas:

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123
Q

Para que servem as análises vertical e horizontal?

A

A análise vertical e a horizontal prestam-se, fundamentalmente, ao estudo de tendências.

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124
Q

O que medem os índices de atividades?

A

os índices de atividade medem a velocidade com que diversas contas são convertidas em vendas ou caixa - entradas ou saídas”. Desse modo, é importante conhecer o resultado da movimentação de contas específicas através da medição das contas circulantes consideradas mais importantes, que são estoques, contas a pagar e contas a receber.

Os índices de atividade medem a eficiência da gestão da empresa. Para melhor análise desses índices, é necessário conhecer o ciclo de produção (também chamado de ciclo operacional - CO), que se inicia na aquisição de matéria-prima e termina no recebimento das vendas do produto final. O CO envolve continuamente todas as fases operacionais da empresa.

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125
Q

Como é realizada a análise da estocagem?

A

Estocagem

A análise da estocagem é realizada a partir do cálculo do giro do estoque, cujo objetivo é medir a atividade (liquidez) do estoque. Assim, o resultado encontrado pode ser equiparado à média de dias em que um produto permanece no estoque no período de um ano. O giro do estoque é calculado da seguinte maneira:

Giro do Estoque= custo da mercadoria vendida/estoque

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126
Q

Qual a diferença entre demanda e quantidade demandada?

A

Demanda é a quantidade de um produto que os consumidores têm desejo ou intenção de comprar por um preço aceitável. Esse conceito é diferente de quantidade demandada, que é o caso de quando o consumidor quer e tem condições de comprar.

Assim, é possível verificar que o giro do estoque deve ser alto a fim de evitar que o produto fique muitos dias armazenado. Além disso, um giro de estoque lento impacta negativamente os recebimentos, assunto que abordaremos a seguir.

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127
Q

Como realizar a análise dos recebimentos?

A

O recebimento da empresa é reflexo da política de crédito e cobrança. O ideal seria o recebimento das vendas à vista. No entanto, a organização pode conceder prazos a seus clientes por meio das chamadas duplicatas a receber. A fim de manter sua liquidez, o giro das duplicatas a receber deve ser rápido. Esse giro mede quanto tempo decorreu entre a venda e o recebimento do dinheiro. O cálculo desse índice é realizado da seguinte forma:

Giro das duplicatas a receber = Receita bruta de vendas/duplicatas a receber

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128
Q

O que é prazo médio de estocagem?

A

O número de dias que um estoque demora, em média, para ser vendido. Dado por:

PME=365 dias/Giro do estoque

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129
Q

Como calcular o prazo médio de recebimento?

A

PMR=365 dias / giro das duplicatas a receber

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130
Q

O que é e como caluclar o giro do pagamento aos fornecedores?

A

O giro do pagamento aos fornecedores ou giro das duplicatas considera quantas vezes as dívidas são liquidadas com os fornecedores em um exercício fiscal.

giro do pagamento aos fornecedores = compras anuais/fornecedores

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131
Q

Na avaliação setorial por múltiplos, quais as formas pelas quais um analista pode chegar ao índice adequado para utilizar na avaliação de uma empresa?

A

Segundo Damodaran (1997), existem duas formas pelas quais um analista pode chegar ao índice adequado para utilizar na avaliação de uma empresa:

uma delas ocorre através do emprego de fundamentos;
já a outra se dá por meio da utilização de comparações.

Emprego de fundamentos

Em síntese, a primeira forma relaciona indicadores às informações básicas da empresa a ser avaliada:

taxas de crescimento de lucros;
taxas de crescimento de fluxos de caixa;
índices de pagamentos;
risco;
etc.

Sua principal vantagem é o fato de demonstrar o relacionamento entre indicadores e as características da empresa, permitindo explorar como os indicadores mudam à medida que essas características também se transformam. Por exemplo, qual será o efeito da mudança nas margens de lucro no índice preço/vendas?

Utilização de comparações

A segunda abordagem tenta encontrar os indicadores de uma empresa, buscando companhias comparáveis. A principal questão nesse método é a definição de uma empresa comparável. Teoricamente, uma empresa que possa ser comparável está na mesma linha de negócios e apresenta um crescimento e um perfil de riscos similares à empresa avaliada.

Na prática, o controle dessas variáveis pode oscilar entre o mais simplista (utilização de médias setoriais) e o mais sofisticado (modelos multivariados de regressão). Desse modo, se houver muitas empresas similares àquela avaliada sendo negociadas nos mercados financeiros, torna-se mais fácil a avaliação. Todavia, quando um grupo é difícil de ser reunido, seja porque a empresa é única, seja devido à pequena quantidade de companhias, o ideal é utilizar uma regressão intersetorial para estimar o índice, de modo que passa a ser considerado um modelo mais sofisticado.

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132
Q

O que deve ser levado em consideração para a avaliação setorial por multiplos?

A

A questão do que é “ser comparável”
Como a definição de comparável pode ser subjetiva, um analista tendencioso poderia escolher um grupo de empresas comparáveis que confirme suas pressuposições sobre o valor de uma empresa. Esse potencial de desvio também existe na avaliação pelo fluxo de caixa descontado, porém, no modelo referido, o analista é obrigado a ser bem mais explícito quanto às suposições que determinam o valor final.

O momento vivido
O momento do ciclo de uma empresa ou economia também é fundamental na análise por múltiplos. Nesse contexto, é necessário cuidado em relação aos pontos de inflexão na rentabilidade da empresa.

O fluxo de caixa também tem influência
Uma outra questão referente aos múltiplos é a de que eles precisam propiciar suporte a uma avaliação por fluxo de caixa descontado, uma vez que diversas variáveis utilizam a mesma base de informação.

Percebe-se a relatividade presente na avaliação.
De acordo com Saliba (2008), o modelo de avaliação de empresas por múltiplos de mercado (ou apenas modelo de avaliação por múltiplos) pode ser definido como um método cujo objetivo é avaliar ativos com base nos preços correntes de mercado de outros ativos considerados “comparáveis”, consistindo, portanto, em um método de avaliação relativa.

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133
Q

Como realizar comparação setorial por múltiplos no modelo tradicional?

A

Nesse caso, o modelo tradicional define que o valor de mercado (ou preço) de uma empresa-alvo i, no ano t (Pit), é diretamente proporcional à variável econômica (lucro, vendas, EBITDA etc.) para a empresa alvo i, no ano t (Xit):

P(it)=β(ct)*X(ct)

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134
Q

Quais os passos devem ser seguidos para a avaliação por múltiplos de mercado?

A

Palepu et al. (2000) argumentam que, se analisarmos de modo superficial, a metodologia de avaliação por múltiplos de mercado parecerá simples. Contudo, como advertem os autores, não é tão simples como parece. Ao empreender uma avaliação por múltiplos de mercado, de uma forma geral, o analista estruturará os trabalhos em três fases (ou passos) minimamente. Conforme a definição de Palepu et al. (2000), os passos são os seguintes:

Passo 1: selecionar uma medida de desempenho ou valor que será a base para a análise por múltiplos. Nessa etapa, definem-se os múltiplos a serem utilizados na análise.
Passo 2: estimar os múltiplos das empresas comparáveis utilizando a medida de desempenho ou valor definida no passo 1. Nessa etapa, define-se, primeiramente, um conjunto de empresas comparáveis, de modo que são utilizados os seus dados a fim de gerar o múltiplo relativo a ser aplicado na empresa-alvo.
Passo 3: aplicar o múltiplo das empresas comparáveis utilizando a medida de desempenho ou valor da empresa analisada.

Dar prosseguimento às premissas do Passo 2 de modo rigoroso é o procedimento mais crucial para a eficiência da metodologia de avaliação por múltiplos, ou seja, a busca por empresas comparáveis é difícil porque não há duas empresas idênticas, bem como porque as empresas de um mesmo setor podem apresentar diferenças no que se refere ao risco, potencial de crescimento e aos fluxos de caixa. Nesse contexto, a questão sobre como controlar essas diferenças quando se comparam os múltiplos de diversas empresas passa a ser crucial (DAMODARAN, 2002).

Por definição, uma empresa comparável ou similar é aquela que apresenta risco, crescimento e potencial de geração de caixa semelhantes aos da empresa-alvo sob avaliação (DAMODARAN, 2002). Nesse contexto, Saliba (2008, p. 9) afirma que: “Todos os múltiplos, independentemente de estarem relacionados a lucros, receitas ou valor escritural, são uma função dos mesmos três fatores — risco, crescimento e potencial de geração de caixa”.

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135
Q

Quais os principais múltiplos utilizados por analistas para avaliação?

A

1) P/E ou P/L (Price/Earnings ou Preço/Lucro), que é o “múltiplo mais utilizado no Brasil” (SALIBA, 2005, p. 12);

2) P/B ou P/VP (Price/Book Value ou Preço/Valor Patrimonial);

3) P/S ou P/Vendas (Price/Sales ou Preço/Vendas); e

4) P/EBITDA (Price/Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, ou seja, Preço/Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações).

136
Q

O que é elasticidade preço-demanda?

A

É uma medida de sensibilidade em que se relaciona a variação percentual da quantidade demandada com a variação percentual nos preços. Ou seja, para além de saber que, se o preço de um bem aumenta, o consumidor tende a consumir menos desse bem, a elasticidade mede em qual proporção esse consumo variou.

O resultado dessa conta indicará em quantos pontos percentuais a demanda pelo bem varia quando se observa uma alteração de 1% no seu preço.

Elasticidade preço da demanda=Variação % da qtde demandada/Variação % dp preço

137
Q

Quais os tipos de demanda por um bem?

A

Elástica: se a variação de 1% nos preços causar uma variação percentual maior do que 1% na quantidade demandada (ed > 1);

Inelástica ou pouco elástica: quando, diante de uma variação de 1% no preço (ed < 1), a variação da quantidade é menor que 1% (alguns materiais consideram “pouco elástica” quando for menor que 1 e “inelástica” apenas quando for igual a 0; enquanto outros usam os termos “inelástica” e “perfeitamente inelástica”, respectivamente);

Unitária: quando as variações percentuais no preço e na quantidade ocorrem na mesma proporção.

138
Q

Quais fatores influenciam na elasticidade da curva preço-demanda?

A

Bens necessários versus supérfluos: os bens necessários tendem a ser menos elásticos ao preço. A demanda por um remédio de uso contínuo, por exemplo, tende a ser menos elástica ao preço do que a demanda por iates.

Disponibilidade de substitutos próximos: bens que dispõem de substitutos próximos tendem a apresentar uma demanda mais elástica; quanto maior o número de substitutos, mais elástica a demanda.

Horizonte temporal: em geral, a demanda é mais elástica ao preço quanto maior for o horizonte temporal considerado. Isso ocorre porque, ao longo do tempo, podemos adaptar nosso consumo ou pode surgir um maior número de substitutos aos bens, de modo que a demanda tenderá a ser mais sensível às elevações de preço.

139
Q

O que é o mercado?

A

É um grupo de compradores e vendedores de um dado bem ou serviço. São nos mercados que se define um preço e uma quantidade que indicarão como serão alicados os recursos produtivos.

140
Q

O que é demanda?

A

Demanda é a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período (LOPES; VASCONCELLOS, 2008). O conceito de demanda é usado comumente para designar qualquer tipo de desejo ou necessidade. Já para um economista, a demanda refere-se à disposição ligada à capacidade de pagamento. Isto é, a quantidade exigida (Qd) é o valor total de um bem que os compradores escolheriam adquirir em determinadas condições. Essas condições fornecidas incluem o preço do bem, a renda e riqueza, os preços de bens substitutos e complementares, as preferências da população e as expectativas de preços futuros.

141
Q

Quaisn variáveis influenciam a escolha do consumidor?

A

Preço do bem ou serviço
Preço de otros bens ou seviços.
Renda do consumidor.
Gostos ou preferências individual.

142
Q

O que é lei da demanda?

A

A chamada “lei da demanda” estabelece que, tudo o mais mantido constante, a quantidade demandada de um bem aumenta quando o preço deiminui, e cai quando o preço aumenta.

  • é uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem ou serviço.
  • quanto mais elevado o preço, menos disposto estaremos a pagar o novo preço pelo mesmo bem ou serviço.
143
Q

O que é a demanda de mercado?

A

É a soma das demandas individuais de um dado bem ou serviço.
Graficamente, as curvas de demanda individuais são somadas horizontalmente para obter a curva de demanda do mercado.

144
Q

O que é e qual a origem da quantidade demandada?

A
  • é um movimento ao longo da curva de demanda.
  • é originada por uma mudança no preço do bem.
145
Q

O que é uma mudança na curva de demanda e quais são as causas?

A

É um movimento de deslocamento da curva de demanda, para esquerda ou para a direita.

  • é causada por uma mudança em um dos demais determinantes da demanda:
  • renda do consumidor;
    *Preços dos bens substitutos ou complementares.
    *Gostos ou preferencias
  • expectativas de preços e rendas no futuro
    *número de de compradores
146
Q

o que é quantidade ofertada?

A

é o total do bem que o vendedor deseja, planeja e pode vender, durante determinado período por um determinado preço.

Se todos os fatores forem mantidos constante, quanto mais elevado for o preço de um bem, maior será a quantidade ofertada/produzida pela empresa, e quanto mais reduzido for o preço do bem, menor será a quantidade oferecida dele.

  • neste caso, há uma correlação direta entre quantidade ofertada e nível de preços.
  • o aumento do preço de mercado estimula empresas a elevar a produção, visando lucros.
147
Q

O que é oferta de mercado?

A

É a soma das ofertas individuais de um dado bem ou serviço.

  • Graficamente, as curvas de oferta individuais são somadas horizontalmente para obter a curva de oferta de mercado.
148
Q

O que é mudança na quantidade ofertada e qual a sua origem?

A

É um movimento ao longo da curva de oferta.

-É originada por uma mudança no preço do bem.

149
Q

O que é mudança na curva de oferta?

A

É um movimento de deslocamento da curva de oferta, para a esquerda ou para a direita.

  • uma mudança na oferta é causada por uma mudança em um dos demais determinantes da oferta:

*preços dos insumos (recursos produtivos/fatores de produção);
*Tecnologia
*Expectativas de preços e renda futuros;
*número de produtores.

150
Q

O que é o equilíbrio?

A
  • O preço que equilira a oferta e demanda.
    -No gráfico, é o preço no qual as curvas de oferta e demanda se cruzam.

O ponto de equilíbrio de mercado define o preço e a quantidade que atendem simultaneamente às aspirações dos produtores e expectativas dos consumidores.

151
Q

Quando ocorre o excesso de oferta?

A

Quando o preço está acima do preço de equilibrio, a quantidade ofertada excede a quantidade demandada. Ocorre, então, um excesso de oferta.

  • Os ofertantes irão abaixar os preços para aumentar as vendas, caminhando na direção do equilíbrio.
  • O preço em queda reduz o excedente porque eleva a quantidade demandada e reduz a quantidade produzida (ofertada).
152
Q

Quando ocorre o excesso de demanda?

A

Quando o preço está abaixo do preço de equilíbrio, a quantidade demandada excede a quantidade ofertada. Ocorre um excesso de demanda ou uma escassez.

  • os ofertantes aumentarão seus preços porque muitos compradores estão procurando poucos bens, encaminhando-se, assim, para o equilíbrio.
  • Neste caso, teremos fila ou racionamento caso o preço não possa se movimentar.
153
Q

Qual é a equação da demanda linear?

A

Direta:

Q = a - b*P,

Inversa:

P= a/b - Q/b

154
Q

Qual é a equação da oferta linear?

A

Direta:

Q = a + b*P,

Inversa:

P= - a/b + Q/b

155
Q

Qual a equação da elasticidade- preço da demanda?

A

e(Q,P)=(ΔQ/Q)/(ΔP/P)

Em que:

ΔQ= quantidade demandada final menos a inicial
ΔP= Preço final menos preço inicial
Q=quantidade demandada inicial
P=preço inicial
e(Q,P)= elasticidade preço demanda

156
Q

Quais fatores afetam a elasticidade-preço da demanda de bens?

A
  • Existencia de bens substitutos;
  • Tempo
  • Participação no orçamento

Necessidades versus supérfulos: os bens necessários tendem a ser menos elásticos

Disponibilidade de substitutos próximos: bens que dipõem de substitutos próximos tendem a ter uma demanda mais elástica.

Horizonte temporal: em geral, a demanda é mais elástica ao preço quanto maior o horizonte temporal considerado.
Isso ocorre porque:
- ao longo do tempo podemos adaptar nosso consumo ou
- pode surgir um maior número de substitutos aos bens, de modo que a demanda tenderá a ser mais sensível a elevações de preços.

157
Q

O que são bens elásticos?

A

São aqueles que possuem elaticidade maior que 1.

-Ou seja, a variação na demanda é maior que a variação no preço.

  • Um aumento de 10% em um bem elástico causará uma diminuição da quantidade demandada maior do que esse percentual.
158
Q

O que são bens inelásticos?

A

Uma variação no preço do bem causa uma variação menor na quantidade demandada.

Exemplos: (arroz, medicamentos, energia, água, feijão, sal de cozinha, açúcar).

Quando o preço desses produtos se eleva, as pressoas não diminuem o consumo na mesma proporção.

Da mesma forma, reduções no preço causam um aumento menor na quantidade demandada.

159
Q

O que é elasticidade cruzada da demanda?

A

Mede o quanto a quantidade demandada de um bem varia dada a uma variação no preço de um outro bem substituto.

Fórmula:

e(Q,P)=(ΔQ/Q)/(ΔP/P)

Em que:

ΔQ= quantidade demandada final menos a inicial
ΔP= Preço final menos preço inicial do produto substituto
Q=quantidade demandada inicial
P=preço inicial do produto substituto
e(Q,P)= elasticidade preço demanda

160
Q

Quais as caracteristicas da elasticidade cruzada da demanda?

A

Bens substitutos: elasticidade cruzada positiva;

Bens complementares: Elasticidade cruzada negativa;

Bens independentes: elasticidade cruzada igual a 0;

161
Q

O que é elasticidade-renda da demanda?

A

A elasticidade-renda da demanda é a medida de quanto a demanda por um bem é afetada por mudanças na renda dos consumidores.

e(Q,R)=(ΔQ/Q)/(ΔR/R)

ΔQ= quantidade demandada final menos a inicial
ΔR= renda final menos renda inicial
Q=quantidade demandada inicial
R=renda inicial
e(Q,R)= elasticidade renda da demanda

162
Q

Quais as características da elasticidade-renda da demanda?

A

Quando envolve bens:

  • Normais, a demanda aumenta diante de um aumento da renda, e a elasticidade-renda da demanda é positiva;
  • Inferiores, a demanda diminui quando a renda aumenta, e a elasticidade-renda da demanda é negativa. Um exemplo é a chamada “carne de terceira”: uma maior renda gera a substituição do consumo de carne de terceira por uma carne de melhor qualidade.

Os bens normalmente são caracterizados por bens normais. Em relação aos bens normais (os mais comuns), podem ocorrer duas circunstâncias em relação à elasticidade-renda:

  • Elasticidade-renda da demanda é maior que 1: a demanda é elástica em relação à renda, ou seja, o aumento da demanda é superior ao aumento da renda. Os economistas costumam rotular os bens com essa característica como bens superiores, como, por exemplo, artigos de luxo.

-Elasticidade-renda da demanda é inferior a 1: a demanda é inelástica. Nesse caso, em termos proporcionais, a demanda aumenta menos do que o aumento da renda, como, por exemplo, gêneros de primeira necessidade.

163
Q

O que é elasticidade- preço da oferta?

A

A elasticidade-oferta é a medida de quanto a oferta de um bem é afetada por mudanças no preço dos produtos. De acordo com a Lei Geral da Oferta, a quantidade ofertada de um bem varia em relação direta ao preço, ceteris paribus (“todo o resto constante”)

e(Q,P)=(ΔQ/Q)/(ΔP/P)

ΔQ= quantidade ofertada final menos a inicial
ΔP= Preço final menos preço inicial
Q=quantidade ofertada inicial
P=Preço inicial
e(Q,P)= elasticidade preço da oferta

164
Q

Quais os tipode de elasticidade de oferta?

A

Dizemos que a oferta de um bem é:

Elástica: quando a quantidade ofertada responde fortemente a mudanças no preço (elasticidade > 1);

Inelástica (ou pouco elástica): quando a quantidade ofertada responde pouco a mudanças no preço (elasticidade <1);

Unitária: quando a quantidade ofertada responde na mesma proporção a mudanças no preço (elasticidade = 1).

165
Q

Quais os fatores que influenciam a elasticidade- preço da oferta?

A

Alguns fatores que influenciam a elasticidade da curva são:

Tempo: a elasticidade-preço da oferta tende a tornar-se maior na medida em que os produtores obtêm mais tempo para responder às mudanças de preço. Portanto, a tendência é uma oferta mais inelástica no curto prazo e mais elástica no longo prazo.

Disponibilidade de insumos: a elasticidade-preço da oferta tende a ser alta quando não há problema de disponibilidade de insumos (livros) e baixa quando a obtenção dos insumos é difícil (imóveis em frente ao mar).

166
Q

O que são gastos e quais seus tipos?

A

O gasto pode ser caracterizado como todo e qualquer tipo de sacrifício financeiro, independentemente de sua natureza.
Divididos em:
Gastos Variáveis
Gastos semivariáveis
Gastos fixos

Compostos por: custos, despesas, derperdícios e investimentos.

167
Q

Qual a diferença entre custos, despesas e investimentos.

A

Tanto os custos quanto as despesas representam gastos e, geralmente, desembolsos para as empresas, mas a contabilidade de custos faz a distinção entre elas.

  • Investimentos são gastos que perduram por diversos períodos, sendo depreciados ao longo do período no qual são aproveitados.
168
Q

O que é custo fixo?

A

É todo custo que permanece inalterado em função do comportamento das vendas/produção em certo periodo de tempo.

  • A empresa incorre nesse custo independente da quantidade produzida.
169
Q

O que são custos variáveis?

A

São aqueles que variam de acordo com a quantidade produzida.

170
Q

O que são custos semi-variáveis?

A

Todo custo ou despesa que numa unidade de tempo se altera em função das vendas/produção, mas não na mesma proporção. Ex: energia, mão de obra.

171
Q

O que são custos diretos e indiretos?

A

Custos diretos: são aqueles relacionados de forma clara, inequívoca com as unidades de alocação de custos (produtos, clientes, processos, etc..). Exemplo: Matéria proma, mão de obra direta (utilizados diretamente na fabricação do produto)

Custos indiretos: não podem ser facilmente atribuídos às unidades, necessitando do direcionador de custos para isto.

172
Q

O que é custo total médio?

A

custo total médio (CTM)= custo total(CT)/quantidade de mercadorias produzidas(Q)

CTM=CVM+CFM=CV/Q+CF/Q

CVM- custo variável médio
CFM- custo fico médio
CV- custo variável
CF- custo fixo

173
Q

O que é o custo marginal?

A

É o custo de se produzir uma unidade adicional do produto.

CMg=ΔCT/ΔQ

CT- Custo totalmente
Q-Quantidade

174
Q

O que é economia de escala?

A

É um tipo de vantagem operacional relacionada aos custos operacionais que surge com o aumento da produção de um determinado produto desenvolvido em escala industrial.
Trata-se de uma relação inversa entre a quantidade produzida de certo produto e seus custos fixos por unidade (Custo Fixo médio).

Quanto maior a quantidade de um bem produzido, a tendência é que menor seja o seu custo fixo de desenvolvimento por unidade.

  • Economia de escala se dá quando há menos fatores utilizados com o aumento da produção ou quando o valor pago pela aquisição de insumos é menor com o aumento da produção.

existe um minimo que há aumento de quantidade produzida com o mesmo custo fixo. Chega um ponto que para produzir mais quantidade tem q aumentar o custo fixo, então começa o chamado deseconomia de escala

175
Q

Qual a diferença entre economia de escala interna e externa?

A

Economia de escala interna - envolve novas tecnologias. O objetivo é uma redução, seja ela rela (menor uso de insumos por quantidade produzida) ou monetária( o preço dos insumos cai conforme se produz mais).

Economia de escala externa- Está ligada a fatores que aumentam a compettividade de um país (malha logística, custo da energia elétrica e a produtividade de um funcionário).

176
Q

Qual a diferença entre economia de escala e economia de escopo?

A

Economia de escala - foca principalemente no custo médio da produção e no volume produzido. Analisa o custo médio por unidade.

Economia de esopo- Ocorre quando a reduçãono custo médio da produção é o resultado da produção conjunta de mais de um produto. Analisa a redução dos custos ao produzir mais de um produto por vez.

177
Q

O que é deseconomia de escala?

A

A empresa em questão possui um aumento do custo de produção que neste caso não é acompanhado pelo aumento de produção.

Exemplos:

  • Investimentos em novos trabalhadores esperando um aumento significativo na produção. No entanto, a produção não aumentou e os custos se elevaram.
  • Investimento em novo produto que ficou encalhado na prateleira.
178
Q

O que é Margem de contribuição?

A

é o valor que cada unidade produzida e vendida contribuirá para o pagamento dos custos e despesas fixas.
MC=Vendas-(Custos variáveis + Despesas variáveis)

179
Q

O que é break even point?

A

É o ponto a partir do qual um investimento ou produto/serviço cobrirá os custos fixos e variáveis.

-POnto de igualdade financeirs entre receitas totais e despesas em um determinado periodo

180
Q

O que é ponto de equilíbruio financeiro?

A

Ponto de equilíbrio financeiro ou ponto de equilíbrio de caixa são retiradas do cálculo todas as receitas e despesas contabilizadas que não representam um desembolso ou entrada no caixa (Depreciação, Amortização, provisões).
Esses fatores diminuem o lucro em termos contábeis, mas gerencialmente não representam saída de caixa.

Lucro=Zero-Depreciação

O ponto de equilíbrio financeiro considera o curto prazo e não prepara a empresa para situações futras, como, por exemplo, desembolsos de provisões ou eventuais trocas de máquinas e equipamentos.

181
Q

Como calcular o ponto de equilíbrio financeiro?

A

PEF=(Gastos Fixos - Gastos não desembolsáveis)/Margem de contribuição

PEF=Custos Fixos/(1-(Custos Variáveis/Vendas))

PEF = Total de Custos Fixos/% de Margem Bruta

nº de unidades=Custos Diretos Totais/(Preço unit. de venda-Custo Variável Unitário)

182
Q

Quais as análises podem ser realizadas através do ponto de equilíbrio financeiro?

A

1- Analisar a quantidade dos produtos ventidos está alinhada com os custos de produção

2-Analisar se o valor aplicado ao produto é compatível com aquilo que é gasto

3-Analisar se é possível realizar cortes nos custos a fim de atingir o break even point mais rapidamente.

4-Decidir o valor do capital que deve ser injetado na abertura de um negócio

5-Ter uma percepção mais clara da lucratividade do negócio, tendo em vista que o faturamento não apresenta o cenário real da emrpesa.

183
Q

Quais são as características da concorrência perfeita?

A
  • Terão muitos e pequenos produtores e muitos e pequenos consumidores.
  • Produto homogêneo- produtos idênticos entre os concorrentes (substitutos perfeitos).
  • Todos os agentes possuem informações relevantes.
  • Sem barreira de entrada ou saída. Todas as empresas instaladas na indústria, tal como as que ponderam entrar na indústria, têm igual acesso à tecnologia e aos fatores de produção.
  • Descreve mercados em que nenhum participante tem tamanho suficiente para ter o poder de mercado para definir o preço de um produto homogêneo.
184
Q

Quais as demais classificações do mercado, além da concorrência perfeita?

A

1)Monopólio - 1 produtor e muitos e pequenos consumidores.

2) Concorrência monopolista - muitos e pequenos produtores e muitos e pequenos consumidores, porém, com produtos diferenciados.

3) Oligopólio - poucos produtores e muitos e pequenos consumidores.

4) Monopsónio- muitos e pequenos produtores e apenas 1 consumidor.

5) Monopólio bilaterial - apenas 1 produtor e 1 consumidor.

185
Q

Quais as expressões da receita média e o rendimento marginal na concorrência perfeita?

A

A receita média e o rendimento marginal são constantes e iguais aos preços de mercado

RMe= RT/Q= (P * Q)/Q=P

RMg = ΔRT/ΔQ = P

em que:

RMe= Receita Média

RT= Receita Total

Q=Quantidade

P=Preço

RMg=Rendimento Marginal

Δ=derivada

186
Q

Qual a diferença entre demanda do mercado e da firma na concorrência perfeita?

A

A demanda do mercado possui uma rela proprocional entre quantidade e preço para a oferta e inversamente proporcional para a demanda (negativamente inclinada). No cruzamento das duas retas, encontra-se o preço de quilíbrio.

A demanda da firma encontra-se apenas no preço do mercado. E a este preço a demanda é infinita (visto que a empresa não consegue vender o produto a outro preço). Então a este preço a demanda é perfeitamente elástica.

187
Q

Qual o objetivo da empresa em concorrência perfeita? E qual a função da receita total?

A

O objetivo é maximizar o seu lucro(diferença entre a receita total (RT) e o custo total (CT)). Em concorrência perfeita, como o preço é independente da quantidade, a receita total é linear:

Lucro Total (П) = RT - CT

Lucro Total (П) = (P x Q) - CT

em que:

P= Preço
Q=Quantidade
П=Lucro Total

  • Custo Marginal (CMg)= Receita Marginal (RMg) (em qualquer estrutura de mercado!)
  • Apenas em concorrência perfeita: CMg = P
188
Q

Como é calculada a demanda em concorrência perfeita?

A

RMe = RT/Q

RT=P * Q
RMe= (P * Q)/Q = P

RMg=Δ(P * Q)/ΔQ = P

Demanda = RMg = RMe

Onde

RMe= Receita Média

RMg=Rendimento Marginal

189
Q

Como calcular o lucro em concorrência perfeita?

A

П = RT - CT

П = (P x Q) - CT

ΔП/ΔQ=0

(Δ(P x Q)/ΔQ)-(ΔCT/ΔQ)=0

P=ΔCT/ΔQ

P=CMg

Onde:

П=Lucro Total
CMg=Custo Marginal
Δ=derivada

190
Q

O que é monopólio?

A
  • Mercado com concorrência imperfeita
  • Única empresa detém o mercado de um determinado produto ou serviço
  • A empresa produtora é “proce-maker”, ou seja, é o monopolista que fixa o preço do produto
  • Enquanto uma firma competitiva é tomadora de preço, uma firma monopolista é formadora de preços.
  • Existem muitos compradores de pequena dimensão, que são “price-takers”
191
Q

Quais as características do monopólio?

A

Inexistência de substitutos próximos para os bens que o monopolista produz.

  • Existência de elevadas barreiras à entrada de novas empresas decorrentes dos seguintes fatores:

a)Controle de um insumo ou recurso escasso;
b)Domínio tecnológico
c)Economias de escala
d)Preço Limite: preço fixado não com o objetivo de maximar o lucro, mas com o objetivo de fazer com q a entrada no mercado não seja rentável.
e)excesso de diferenciação: marca muito forte que não deixa espaço para potenciais concorrentes.

Barreiras estruturais:

a)Economias de escala (monopólios naturais)
b)Economias de aprendizagem
c) Economias de relacionamento/confiança
d) Diferenciação
e)Efeitos de rede (Windows (Office, etc..), Operadoras de celular na região)
f)Patentes (incentivo à inovação)
g)concessões (incentivo ao investimento)
f)Tarifas e quotas (restrições ao comércio internacional
-

192
Q

Como se dá a maximização do lucro no monopólio?

A
  • Para um monopolista, o preço excede o custo marginal (P>Cmg)

П=RT-CT

  • O monopolista receberá lucro econômico sempre que o preço for maior que o custo total médio (P>CTMe)
  • Em contraste com uma firma competitiva, o monopólio determina um preço acima do custo marginal (P>CMg)

П=Lucro Total

193
Q

Como é determinado o preço no monopólio?

A

O monopólio determina seu preço acima do custo marginal, ele coloca uma diferença entre a disposição a pagar do consumidor e custo do produtor.

  • Esta diferença faz com que a quantidade vendida caia abaixo do ótimo social
  • O monopolista produz menos que a quantidade socialmente eficiente, por isso é considerada ineficiente.
194
Q

O que é monopólio natural?

A

O monopólio natural está normalmente associado a bens públicos.

  • Os custos fixos são bastante elevados e os custos variáveis e os custos marginais são bastante reduzidos.
  • Uma forma de garantir que este serviços seja provido é através do controle do estado ou por meio das companhias privadas mas com alta regulação por parte do governo.
  • Pode ser considerado uma solução plausível para um problema de fornecimento de bens essenciais
195
Q

Como é a lucratividade de um monopólio natural?

A

O monopólio com Custo Médio (CMe) decrescente é um monopólio natural. Se o regulador determinar que o preço deve ser o chamado “first best”, onde P=CMg (Custo Marginal), o monopolista terá prejuízo, dado que a cusva de CMg está abaixo da curva de CMe.

  • Neste caso, o regulador pode criar incentivos para que a firma produza neste equilíbrio,, mas terá que dar algum subsídio para que ela “mantenha suas portas abertas”.

Uma alternativa é o regulador cobrar o que chamamos situação “second-best”, onde P=CMe, situação em que a produção é maior que a de monopólio (RMg=CMg).

  • A quantidade produzida será inferior à da solução first-best e o preço maior, porém é a situação em que a empresa terá lucro econômico igual a zero e o regulador não necessitará mais dar subsidios.
196
Q

Qual a diferença entre oligopólio e Concorrência monopolística?

A

-oligopólio: Apenas alguns vendedores oferencem produtos similares ou idênticos

Concorrência monopolística: muitas empresas vendem produtos similares, mas não idênticos.

197
Q

Quando ocorre o oligopólio?

A

Há criação de uma economia de escala, onde uma empresa alcança grande participação de mercado.

  • Com isso, ocorre uma diluição de custos fixos e a sobrevivência expressiva apenas de poucas empresas.
  • As principais causas do aparecimento de mercados oligopolistas são a escala mínima de eficiência e características da procura.
  • Oligopólios, assim como monopólios, se formam ainda a partir de fusão e incorporação de empresas que antes eram concorrentes.
198
Q

Quais as características do oligopólio?

A

Concorrência imperfeita, no qual o mercado é controlado por um número reduzido de empresas

  • Oligopólio representa uma estrutura de mercado intermediário entre a concorrência perfeita e o monopólio
  • Número reduzido de empresas
  • As firmas levam em conta as decisões das concorrentes para tomar decisão.
  • Presença de poucas empresas no mercado. Em geral, duas ou três de grande porte.
  • Os preços são controlados ou apresentam pouca variação.
  • as empresas são interdependentes. A ação de uma afeta e incentiva as demais.
  • Existem barreiras de entradas a novos competidores.
199
Q

Quando podem surgir os oligopólios?

A

Os oligopólios podem surgir em um certo mercado de forma natural.

Isso oporre, por exemplo, em áreas que é necessária uma produção em larga escala e a participação de pequenos produtores não é incentivada.

Também pode surgir oligopólio quanto, para o exercício de uma determinada atividade, é necessária alguma intervenção ou autorizaçãoe estatal para funcionamento.

É o caso de atividades que dependam de algum tipo de alvará ou concessão

200
Q

Quais as formas de oligopólio?

A

Cartel
Truste
Holding
Conglomerado
Monopólio

201
Q

Quais são as semelhanças e diferenças da concorrência monopolística com uma estrutura de mercado perfeitamente competitivo?

A

Semelhanças:
-Há muitas empresas;
- Entradas de novas empresas não é limitada.

Entretanto diferencia-se da competição perfeita, pois os produtos podem ser diferenciados: ou seja, não são substitutos perfeitos.

202
Q

Qual as características da concorrência monopolística?

A

Em concorrência monopolística, o excedente total não é máximo, ainda que se observe preço igual ao custo médio.

P=CMe (lucro igual a zero)>CMg

Portanto, há ineficiência de mercado.

203
Q

Qual o comportamento da concorrência monopolística no curto e longo prazo?

A

Curto prazo: na competição monopolística, o comportamento da empresa é muito semelhante ao do monopólio.

Longo prazo: na competição monopolística, a entrada e saída de unidade impulsionam o lucro econômico para zero. (tende mais para a competição perfeita)

204
Q

O que é oligopsônio?

A

O termo oligopsônio possui origem grega, sendo que “oligo” significa pouco e “psônio” significa comprar.

  • Portanto, ele é utilizado para determinar e definir uma situação em que há poucos compradores para determinados produtos ou serviços.
  • Nessa estrutura de mercado, os compradores são capazes de forçar os preços para baixo, fazendo com que o equilíbrio de mercado seja quebrado.

Exemplo: Mercado de aeronaves, restauração de carros e motos, supermercados em cidades pequenas

205
Q

O que é monopsônio?

A

Monopsônio é uma estrutura de mercado na qual há apenas um comprador para diversos vendedores de determinado bem ou serviço.

  • Assim, a demanda se concentra em uma única pessoa jurídica, fazendo com que os diversos ofertantes sejam refêns de suas condições.
  • Apenas um cliente absorve toda a oferta de vários produtores, Nesse jogo, é o comprador que “coloca as cartas na mesa”, conseguindo negociar a seu favor.
206
Q

Quais elementos pode ter o monopsônio?

A

Comprador único: é ele que definirá as “regras do mercado”

Monopsonista tem forte poder sobre o preço: havendo um único comprador, o preço é fortemente influenciado em seu benefício.

Barreiras à entrada: novos entrantes têm grandes dificuldades para ingressar no mercado.

Produto único: no geral, o mercado monopsonista tende a ter um único produto ou grupo pequeno de itens.

Exemplo: mercado de armamentos que colocam como lei (ex,: só as forças armadas podem comprar armas, Petrobrás, que é o único que pode comprar e revender o gás natural da bolívia”.

207
Q

Qual a teoria de marketing que pode ajudar a entender o monopsônio?

A

As 5 forças de porter (avaliar o mercado para a tomada de decisão):

  • Ameaça de entrada de novos concorrentes
  • Ameaça de produtos substitutos;
  • Rivalidade entre os concorrentes
  • Poder de negociação dos fornecedores
  • Poder de negociação dos clientes
208
Q

Como as forças de porter influenciam os mercados com estrutura de monopsônio?

A

Todas impactam diretamente a competitividade das empresas. Logo, quanto menor for o potencial das cinco forças sobre a companhia, melhores são suas chances de atuar naquele negócio.

  • Da mesma forma, quanto maiores forem as ameaças, rivalidades e poder dos demais elementos, menor é a competitividade do mercado.
  • Nesse contexto, quando há somente um comprador para os produtos ou serviços de várias empresas, sobe o nível de competição entre elas.
  • No monopsônio, o poder de negociação do demandante é absoluto, ou seja, como há apenas um comprador, as empresas ofertantes tendem a ter alta competição entre si e praticar preços não atrativos.
209
Q

Como são tributadas das rendas variáveis?

A

Recolhido pelo próprio investidor.
Ações e DR’s: 15%
Day Trade: 20%

Além do imposto de renda, existe o imposto de renda retido na fonte (Imposto dedo duro- descontado pela prórpia corretora com o objetivo de informar a receita federal sobre os investimentos realizados pela PF ou PJ). As Operações normais de venda passaram a ter incidência de IR na fonte, na alíquota de 0,005%. Ficam isentas vendas cujo valor do IR na fonte seja igual ou inferior a R$ 1,00;
As operações de day-trade tem recolhimento de IR na fonte, na aliquota de 1%

210
Q

Quais são as isenções tribuárias nas operações com renda variável?

A
  • Vendas de ações no mercado à vista de bolsas de valores em um mês com valor igual ou inferior a R$ 20.000,00 (apenas para ação, nenhuma outra modalidade) não incorrerão em recolhimento de IR.

ADR’s:: Inventidos está isento de IT sobre o ganho de capital, porém, deve recolher 15% sobre os dividendos recebidos.

211
Q

Em que casos não se aplicam isenções de IR?

A
  • Operações de day trade;
  • Negociações de cotas dos fundos de investimentos em índices de ações;
  • resgates de cotas de fundos ou clubes de investimentos em ações
  • alienação de ações efetivadas em operações de exercício de opções e no vencimento ou liquidação antecipada de contratos a termo.
212
Q

Como ocorre a compensação de perdas do IR em reda variável?

A

Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas incorridas nas operações em renda variável poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou nos meses subsequentes (até o último dia útil do mês subsequente do fim da operação), inclusive nos anos calendário seguintes, em outras operações realizadas em qualquer das modalidades operacionais previstas naquelas artigos, exceto no caso de perdas em operações day-trade, que serão compensadas com ganhos auferidos em operações da mesma espécie.
Compensação de day-trade, apenas com day-trade, de swing-trade apenas com swing-trade.

213
Q

O que são debêntures?

A

Títulos de renda fixa para captação de recursos de médio e longo prazo para sociedades anônimas não financeiras de capital aberto.

Podem ser emitidas por sociedade de arrendamento mercantil, companhias hipotecárias e BNDES.

Tributação de renda fixa (tabela regressiva)

  • é um título escritural nominativo:
    1. Não há emissão de certificado
    2. Obrigação de contratação de instituição financeira responsável (instituição depositária)
    3. Debêntures são mantidas em contas de depósito, em nome de seus titulares. Sistema eletrônico na B3.
    4. Regido pela lei 6404/1976 - Lei das sociedades anônimas
214
Q

Como é a tabela regressiva do imposto de renda para investimentos em renda fixa?

A

Até 180 dias - 22,5%
De 181 dias até 360 dias - 20%
De 361 até 720 dias - 17,5%
Acima de 720 dias - 15%

215
Q

Quais as características das debêntures

A

1)Remuneração através de um prêmio (podendo ser vinculado à receita ou ao lucro da emissora)

2) Possibilidade de conversão da debênture em ação da companhia

3) Possibilidade de remunerações através de correção monetária ou juros

4) Amortização: programa na forma anual, semestral, trimestral, mensal ou esporádica, no percentual que a emissora decidir.

5) Direito de resgate entes do vencimento: programado ou não programado

6) Garantias contra a inadimplência da emissora.

216
Q

Quais os tipos de garantia de debêntures??

A

Garantia Fidejussórias: é quando outra instituição garante o pagamento em caso de falência da companhia. Fiança, caução; Garantia mais bem vista pelo mercado.

Garantia real: fornecida pela emissorea e pressupôe a obrigação de não alienar ou onerar o bem registrado em garantia, tem preferência sobrea outros credores, desde que averbada no registro. É uma garantia forte.

Garantia flutuante: assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da companhia, mas não impede a negociação dos bens que compôem esse ativo. Ela marca lugar na fila dos credores, e está na preferência, após as garantias reais, dos encargos trabalhistas e dos impostos. É uma garantia fraca, e sua execução privilegiada é de difícil realização pois caso a emissora esteja em situação financeira delicada, dificilmente haverá um ativo não comprometido pela companhia.

Garantia quirografária: ou sem preferência, não oferece privilégio algum sobre o ativo da emissora, concorrendo em igualdade de condições com os demais credires quirografários (sem preferência), em caso de falência da companhia.

Garantia subordinada: na hipótese de liquidação da companhia, oferece preferência de pagamento somente sobre os acionistas (após quirografia).

217
Q

Quais os tipode de recebimentos de debêntures?

A

Simples: o resgate ou amortização se dá em moeda corrente. Não são conversíveis ou permutáveis em ações.

Conversível: Podem ser convertidas em ações da empresa emissora de acordo com regras previstas na escritura da emissão.

Permutável: As debêntures permutáveis podem ser convertidas em ações de outra empresa, que não a companhia emissora, de acordo com as regras definidas na escritura da emissão.

218
Q

Quem pode convocar assembléia de debenturistas?

A
  • Agente fiduciário
    -Empresa emissore
    -CVM
    -Debenturistas que tenham, no mínimo, 10% dos papéis
219
Q

O que são notas promissórias.

A

Título de renda fixa. Título de dívida focada no curto prazo. Tem como objetivo oferecer capital de giro para a empresa. Pode ser emitida por empresas de capital fechado ou sociedade anônima.
Regras mais simples, rápidas e menos burocráticas comparado com as Debêntures.

220
Q

Quais as características das sociedade anônimas?

A

No que se refere à Sociedade Anônima, conforme a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, podemos destacar as seguintes características:

1) Apresenta seu capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios é limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas;

2) As ações são a menor unidade em que o capital social é dividido;

3) Todas as ações apresentam o mesmo valor nominal, pois é um título que representa a qualidade de sócio;

4) O capital social é dividido em ações sob responsabilidade limitada dos sócios;

5) As ações adquiridas são aquelas constituídas após a formação da companhia;

6) As ações subscritas são as formadoras do capital social pelo subscritor;

7) O valor nominal consiste na divisão do capital social pelo número de ações disponíveis;

8) O valor patrimonial é a divisão de todo o patrimônio da empresa pelo número de ações;

9) O valor de mercado é aquele que será negociado no mercado, isto é, o valor real necessário para se adquirir uma ação;

10) O preço de emissão é o valor da ação subscrita, o qual jamais pode ser menor que o valor nominal;

11) A sociedade anônima pode adotar denominação ou o nome de cia, de modo que pode ser expressa companhia ou sociedade, por extenso ou abreviado, ao início, meio e fim da denominação — exceto a utilização de companhia ao final (BRASIL, 1976).

221
Q

Quais as diferenças entre S/A aberta e S/A fechada?

A

S.A. aberta vs. S.A. fechada

Existem dois tipos de sociedades anônimas: a aberta e a fechada. Nas sociedades anônimas abertas, as ações são negociadas em bolsas de valores e outros mercados de balcão, com o objetivo de captar recursos junto ao público. Além disso, a companhia aberta é fiscalizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Já as sociedades anônimas fechadas (companhias fechadas) não negociam as suas ações nas bolsas de valores ou em mercados de balcão, mas apenas de forma privada.

Outra característica importante da sociedade anônima (aberta ou fechada) é que os dirigentes não podem dispor livremente sobre os lucros da companhia. Além disso, existe uma obrigatoriedade legal que determina que parte dos lucros da sociedade deve ser dividido entre os acionistas (são denominados dividendos obrigatórios), enquanto outra parte deve permanecer forçosamente na própria companhia, como reserva legal, etc (BRASIL, 1976).

222
Q

Quais as principais características das sociedades abertas?

A

negociação em bolsas de valores;

divisão do capital entre muitos sócios (pulverização); e

cumprimento de várias normas exigidas pelo agente regulador (Bolsas de Valores e CVM).

223
Q

Quais as principais características das sociedades fechadas?

A

negociação no balcão das empresas, sem garantia; e

concentração do capital na mão de poucos acionistas.

224
Q

Para que serva a sociedade anônima?

A

Como foi dito, a sociedade anônima é fracionada em ações, diferentemente da sociedade limitada, que é dividida em quotas. Além disso, geralmente ela é utilizada em investimentos de montantes elevados, pois admite a reunião de vários investidores, além de apresentar outras vantagens.

225
Q

Quais os principais órgãos da sociedade anônima?

A

a Assembleia Geral;
o Conselho de Administração;
a Diretoria; e
o Conselho Fiscal.

O estatuto social da companhia poderá deliberar sobre a criação de outros órgãos da sociedade para o desenvolvimento de seu objeto social (e.g., outros conselhos, diretorias, etc.).

226
Q

Quais os requisitos para uma empresa tornar-se uma S/A?

A

Precisa da subscrição de duas pessoas pelo menos;

Precisa ter realizado, na abertura da empresa, o mínimo de 10% (dez por cento) do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro (exceções são os casos para os quais a Lei exige uma realização maior dessa percentagem); e

Deve realizar o depósito em um banco que seja autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no que se refere à parte do capital realizado em dinheiro (BRASIL, 1976).

Para que a empresa possa abrir o capital, ela precisa estar constituída previamente sob a forma jurídica de uma sociedade anônima. Desse modo, a S.A. precisará adaptar seu estatuto conforme determinação da legislação complementar em vigor, cujo respectivo tema regula os detalhes sobre as sociedades por ações. Além disso, a empresa precisa apresentar à Comissão de Valores Mobiliários um projeto econômico-financeiro da sociedade anônima que pleiteia abrir o capital.

O projeto precisa ser apresentado juntamente de um banco de investimento. Se preferir, a empresa pode utilizar uma sociedade corretora. Além disso, a entidade financeira escolhida será corresponsável pelas informações apresentadas pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

227
Q

Quais informações a entidade financeira deve fornecer à CVM para que a empresa torne-se uma S/A?

A

O projeto precisa ser apresentado juntamente de um banco de investimento. Se preferir, a empresa pode utilizar uma sociedade corretora. Além disso, a entidade financeira escolhida será corresponsável pelas informações apresentadas pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As principais informações que precisam ser fornecidas são:

O histórico da empresa;

As demonstrações financeiras;

A composição do capital social da empresa;

Os projetos de expansão, de modernização ou de diversificação dos negócios;

A evolução patrimonial e dos resultados, o grau de endividamento da empresa, os demonstrativos de resultados; e

A análise de seus balanços durante os três últimos anos.

228
Q

Quando deve ser convocada e para que serve a Assembleia Geral Ordinária (AGO)?

A

A Assembleia Geral Ordinária (AGO) deve ser convocada obrigatoriamente pelo Conselho de Administração da empresa, com periodicidade anual, e precisa ocorrer nos quatro primeiros meses seguintes após o término do exercício social. Além disso, essa assembleia se destina basicamente a tomar conta dos administradores, examinar e discutir, além de votar em relação às demonstrações financeiras. É nela também que será deliberado sobre a destinação do lucro da empresa e sobre a consequente provisão relacionada à distribuição de dividendos. É nela que a correção ou expansão monetária do capital social da empresa é aprovada. Ademais, são eleitos os administradores e os membros do Conselho Fiscal.

229
Q

Quando deve ser convocada e para que serve a Assembleia Geral Extraordinária (AGE)?

A

Já a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) pode ser convocada toda vez que a empresa tiver necessidade ou urgência em tratar de assuntos não ordinários (ou que não possam ser tratados na assembleia geral ordinária), como as alterações estatutárias, o aumento do capital ou mudanças de ramo social da empresa. Esses são exemplos comuns de assuntos que precisam ser discutidos via uma assembleia geral extraordinária. Além disso, essa assembleia pode ser convocada simultaneamente a uma assembleia geral ordinária, mas no edital de convocação aos acionistas precisam constar claramente os assuntos que serão abordados em cada uma delas.

230
Q

Qual o papel da diretoria executiva na governança?

A
  • Executar os atos emanados pelo Conselho
  • Gerir pessoas, operações, processos
  • Gerar resultados/ Atingir objetivos
231
Q

Qual o papel da auditoria na governança?

A

Fiscalizar atos e fatos, deliberativos e executivos, no interesse dos acionistas não controladores (proteção e direitos)

232
Q

Qual o papel do conselho fiscal na governança?

A

Verifica a aderência e cumprimento de leis, normas e políticas, focando na proteção e riscos aos acionistas e financiadores.

233
Q

O que é discriminação de preços?

A

Discriminação de preços é a prática de cobrar preços diferentes pelo mesmo produto. De modo que a discriminação de preços seja eficaz, é necessário que a empresa seja capaz de identificar os diferentes consumidores, a fim de cobrar-lhes preços diferentes, e que os consumidores não tenham a possibilidade de fazer arbitragem (isto é, os consumidores aos quais o produto é vendido a um preço mais baixo não podem vendê-lo a outros). Essa prática de discriminação de preços assemelha-se, de certo modo, ao dumping.

234
Q

O que é coalizão?

A

Coalizão é um acordo entre produtores de uma mercadoria, o qual tem o objetivo de restringir a concorrência e elevar os preços dos bens ou serviços.

235
Q

O que são Fusões, aquisições e incorporações?

A

Uma aquisição é o processo através do qual ocorre a compra de uma companhia por outra, sendo que uma delas deixa de existir enquanto pessoa jurídica. Pode contemplar a compra de participação acionária. Neste caso, a incorporação das atividades pode ou não ocorrer.

Uma incorporação refere-se à absorção de uma empresa por outra. A empresa adquirente mantém seu nome e sua identidade e adquire todos os ativos e passivos da empresa adquirida. Depois de uma incorporação, a empresa adquirida deixa de existir como uma entidade de negócios separada.

Uma fusão é o mesmo que uma incorporação, exceto que uma empresa totalmente nova é criada. Em uma fusão, a empresa adquirente e a adquirida encerram sua existência legal anterior e se tornam parte de uma nova empresa.

236
Q

Como poderá ser classificada a fusão?

A

Conforme a estratégia adotada, a fusão poderá ser classificada em:

Horizontal: quando a aquisição ocorre entre empresas que possuem o mesmo foco de atuação. Visa, basicamente, ao aumento de participação de mercado.

Vertical: como o próprio nome designa, refere-se a uma aquisição ocorrida entre empresas que se encontram em estágios distintos no processo produtivo. Busca, sobretudo, ganho de competitividade.

Congênere: as empresas envolvidas não atuam no mesmo ramo. Todavia, pode haver alguma complementaridade em suas linhas a médio e longo prazos (e.g. empresa de produtos higiênicos que adquire uma companhia de papel visando a uma linha de lenços descartáveis, fraldas etc.).

Conglomerado: envolve a aquisição de participação em companhias com foco em atividades completamente diferentes, tendo em vista a diversificação de suas atividades.

237
Q

Quais são os pontos de vista em relação à diversificação das empresas (em razão da aquisição de outras empresas)?

A

Muitas empresas alegam que a diversificação dos negócios dilui os potenciais riscos e oferece maior segurança aos seus acionistas. Todavia, isso não ocorre sempre, pois, em um grupo, um determinado ramo de atividade pode estar passando por uma situação problemática (principalmente se mencionarmos o caso de alguns setores cíclicos, como papel, celulose e produtos petroquímicos, os quais demandam grandes montantes de investimentos que precisam maturar no período correto, ou seja, de alta dos preços), o que demanda sacrifícios de caixa em atividades mais rentáveis e proporciona perdas generalizadas para todas as empresas, principalmente para seus acionistas. Pode-se inferir que, em um cenário como este, os credores são os maiores beneficiados, visto que o risco de inadimplência sofre redução significativa.

Alguns estudiosos da área defendem o argumento de que, se uma empresa possui excedentes de caixa e não necessita, no curto prazo, de uma política de investimentos agressiva, deve distribuir tais recursos aos seus acionistas, de modo a permitir que eles tenham a chance de realizar sua própria diversificação de carteira, escolhendo os setores que consideram mais atrativos. Também defendem a possibilidade de uma fusão horizontal/vertical, que poderá trazer reflexos mais interessantes para o nível de rentabilidade da companhia.

238
Q

Quais os motivos que as empresas buscam associar-se a outras companhias?

A

Em um cenário cada vez mais competitivo, as empresas buscam associar-se a outras companhias, tendo em vista:

Ganhos de escala: no que se refere ao nível extra de produção capaz de promover uma diluição expressiva dos custos fixos da companhia;

Economias operacionais: visando ao aproveitamento de centros de distribuição, redução da estrutura administrativa, bem como maior poder de barganha junto aos fornecedores;

Economias financeiras: uma vez que a nova companhia pode obter recursos de terceiros a custos mais atrativos;

Melhor gestão e, consequentemente, melhor utilização dos recursos, fazendo com que a companhia apresente bons níveis de rentabilidade; e

Redução da competição: este item é considerável até determinado ponto, visto que a maioria dos países possui órgãos que disciplinam tais negociações, evitando a formação de monopólios.

Em suma, todos esses aspectos são considerados ganhos para a companhia, ou seja, sinergias.

239
Q

Como pode ser calculada a sinergia entre empresas para fusões e aquisições?

A

Sinergia é o ganho adicional da operação.
Sinergia = Vab-(Va + Vb)

Em que:

Vab = valor da empresa combinada;
Va = valor da empresa “A”; e
Vb = valor da empresa “B”.

A partir desse conceito, pode-se inferir que o valor de uma fusão é determinado a partir da precificação das companhias envolvidas em sua atual situação adicionado ao valor presente das sinergias que o processo poderá gerar.

240
Q

O que é ágio (goodwill)?

A

Denomina-se ágio (ou goodwill) quando uma participação em uma empresa é adquirida acima de seu valor justo. Esse procedimento se justifica quando o processo está fundamentado em alguma razão estratégica, principalmente em função de razões competitivas. Vale mencionar que, no caso brasileiro, o ágio pode ser amortizado por um período de dez anos. Apesar de provocar uma redução nos níveis de rentabilidade, contribui de forma benéfica para o caixa da companhia, pois é dedutível para fins de imposto de renda.

Goodwill= Vab-(Va + Vb)

Em que:

Vab = valor da empresa combinada;
Va = valor da empresa “A”; e
Vb = valor da empresa “B”.

241
Q

Quais as resslavas em acreditar que a fusão gera aumento de riqueza?

A

Partindo da ideia de que toda fusão/aquisição só tem sentido se produzir alguma sinergia, logo podemos concluir que a empresa combinada terá potencial de lucro muito superior em relação às companhias originais. Todavia, frequentemente isso não ocorre, pois, no curto prazo, existe uma série de ajustes a serem realizados em termos de reestruturação que trazem reflexos negativos para os fluxos de curto prazo, os quais possuem peso mais significativo a título de desconto no valor presente.

Outro ponto que merece ressalva é a situação financeira dos participantes do processo. Se uma das empresas se encontra em uma situação financeira fragilizada, os maiores beneficiados com a fusão certamente serão os credores, pois o risco de insolvência torna-se bastante reduzido. Como visto anteriormente, a necessidade de ajustes imediatos não será benéfica para os acionistas.

242
Q

Qual a missão do CADE?

A

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) tem como missão zelar pela livre concorrência no mercado, sendo a entidade responsável, no âmbito do Poder Executivo, não só por investigar e decidir, em última instância, sobre a matéria concorrencial, como também fomentar e disseminar a cultura da livre concorrência.

243
Q

Quais as funções do CADE?

A

Essa entidade exerce três funções: preventiva, repressiva e educacional (ou pedagógica), as quais são detalhadas a seguir:Â

Preventiva: analisar e, após isso, decidir a respeito das fusões, aquisições de controle, incorporações e outros atos de concentração econômica entre grandes empresas que possam comprometer a livre concorrência;

Repressiva: investigar, em todo o território nacional, e posteriormente julgar cartéis e outras condutas que possam prejudicar a livre concorrência;

Educacional ou pedagógica:
1. instruir o público em geral no que se refere às diversas condutas nocivas à livre concorrência;
2. incentivar e estimular estudos e pesquisas acadêmicas sobre o tema, firmando parcerias com universidades, institutos de pesquisa, associações e órgãos do governo;
3. realizar ou apoiar cursos, palestras, seminários e eventos relativos ao assunto;
4. editar publicações, como a Revista de Direito da Concorrência e cartilhas.

244
Q

Qual a finalidade de finanças corporativas?

A

Objetivos das finanças corporativas

A finalidade das finanças corporativas é estudar os processos e decisões financeiras nos negócios, assim como as ferramentas e análises utilizadas nas tomadas de decisões. Seu objetivo principal é a maximização de valor da sociedade.

Como os administradores financeiros maximizam o valor:

ao adquirir ativos que produzam mais caixa em comparação com o custo; e
ao vender obrigações, ações e outros instrumentos financeiros que proporcionem mais caixas para a empresa em comparação com o custo.

245
Q

O que é Orçamento de capital?

A

Orçamento de capital: processo de realização e gestão de investimentos em ativos de longo prazo;
Trata-se do processo de planejamento e gestão dos investimentos de longo prazo da empresa. O valor do fluxo de caixa de um ativo deve exceder o seu custo de aquisição e manutenção para que seja um investimento de bom custo-benefício. Desse modo, o orçamento de capital se trata da identificação de oportunidades e avaliação do tamanho, do tempo e dos riscos dos fluxos de caixas futuros.

246
Q

O que é Estrutura de capital?

A

Estrutura de capital: proporções do financiamento da empresa em capital de terceiros (curto e longo prazos) e capital próprio;
É o processo de obtenção e administração do financiamento necessário para a empresa. Combina-se o que é exigível no longo prazo com o patrimônio que a empresa usa para financiar suas operações para que haja administração da quantia emprestada, da combinação de passivo e patrimônio escolhida, do risco e valor da empresa e afins.

247
Q

O que é Capital de giro líquido?

A

Capital de giro líquido: diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante (capital circulante líquido).
Trata-se da garantia de que a empresa possui recursos necessários e suficientes para manter suas operações e evitar interrupções. Conforme Ross et al. (2015): “O termo capital circulante se refere ao ativo circulante de uma empresa, como estoques, e ao seu passivo circulante, como recursos devidos aos fornecedores”.

248
Q

O que é conflito de agência ?

A

Conflito de agência ou conflito agente-principal, pode ocorrer em toda situação onde há separação entre a propriedade e a gestão.

O proprietário (acionista) delega a um agente especializado (executivo) o pode de decisão sobre a propriedade.

O propósito da Governança Corporativa é superar este tipo de conflito.

249
Q

Qual o objetivo da governança corporativa?

A

Superar o conflito da agência através da criação de um conjuto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o interesse dos acionistas.

250
Q

Quais as principais ferramentas da governança corporativa?

A

As principais ferramentas que asseguram o controle da propriedade sobre a gestão são o conselho de administração, a auditoria independente e o conselho fiscal.

251
Q

O que faz o conselho de administração?

A

O conselho de administração é um órgão que possui a responsailidade de decidir em nome dos proprietários.
As atividades do conselho de administração incluem:
- O monitoramento das decisões e;
- A supervisão da gestão através da contratação, demissão e estabelecimento da remuneração dos executivos.
-As ações do conselho administrativo podem contribuir para explicar o desempenho e o valor de mercado das empresas.

No mercado brasileiro, a B3 criou um segmento específico para empresas que adotam determinados comportamentos que assinalam uma boa governança corporativa, chamada Novo Mercado.

252
Q

O que é o novo mercado da B3

A

No mercado brasileiro, a B3 criou um segmento específico para empresas que adotam determinados comportamentos que assinalam uma boa governança corporativa, chamada Novo Mercado.

Características:

1- tem ações apenas ordinárias
2-direitos semelhantes para acionistas de controladores das empresas
3- Obrigações de recomprar ações em caso de fechamento de capital
4-Conselho de administração
5- Informações prestadas periodicamente para os acionistas e fiscalização
6-Melhorias na forma de divulgação das informações
7-Conselho fiscal responsável pela transparência fiscal da empresa
8-Realização de reuniões públicas com acionistas e analistas
9-Calendário anual de eventos corporativos

253
Q

Quais os princípios básicos de governança corporativa que se baseiam o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do IBGC (Instituto Brasileiro de Governaça Corporativa)?

A
  • Transparência
    -Equidade-
    -Prestação de Contas (accoountability)
254
Q

O que é o objetivo econômico das empresas para a administração financeira?

A

Para a administração financeira, o objetivo econômido das empresas é a maximização de seu valor de mercado, pois desta forma estará sendo aumentada a riqueza de seus proprietários (acionistas de sociedades por ações e sócios de sociedades por cotas)

255
Q

O que é orçamento?

A

É um instrumento de formalização. Neste intuito, representa a quantificação das metas e objetivos da empresa, através de modelos contábeis prospectivos. Estes relatórios abrangem dados de caráter financeiro ou de caráter quantitativo, podendo ter caráter operacional ou estratégico.
Possui netureza econômica com o objetivo de prever determinadas quantias que serão utilizadas para determinados fins.

256
Q

O que medem os índices de liquidez?

A

Os índices de liquidez medem a capacidade da empresa de pagar suas dívidas na data de vencimento, tanto a curto quanto a longo prazo. Com esses índices, é possível conhecer o grau de solvência da empresa, isto é, a sua posição financeira em relação à capacidade de cumprir suas obrigações com o capital de terceiros (como financiamentos e empréstimos). Dessa forma, a liquidez demonstra se os valores aplicados no ativo circulante (AC, valores a receber a curto prazo) são suficientes para liquidar as obrigações compreendidas pelo PC (valores a pagar a curto prazo, que formam o capital de terceiros).

257
Q

Em qual ordem são apresentados os ativos e passivos no balanço patrimonial?

A

No balanço patrimonial, os ativos são apresentados em ordem de liquidez decrescente. Isso significa que os ativos que se transformam mais facilmente em caixa (dinheiro) são apresentados antes dos ativos ilíquidos. Nesse contexto, o ativo de alta liquidez pode ser vendido rapidamente sem grande perda de valor, enquanto o ativo ilíquido só pode ser convertido em caixa rapidamente se houver redução significante de preços (ROSS et al., 2002).

258
Q

O que é índice de liquidez corrente?

A

A LC mede a capacidade de a empresa cumprir suas obrigações (dívidas) de curto prazo (PC). No AC (também de curto prazo), ficam registrados os saldos das contas: caixa e de bancos, clientes, estoques e contas a receber, ou seja, do montante que a empresa tem investido, a receber ou em estoque. Pela metodologia de cálculo desse índice, verifica-se que esses saldos do AC são utilizados para pagar as dívidas de curto prazo das empresas registradas no PC.

Dica: A LC da empresa reflete os impactos diretos das decisões de financiamentos (origem) e investimentos (aplicações) de recursos de curto prazo. A fim de que esse índice apresente resultados satisfatórios, o administrador financeiro deve gerenciar o caixa da empresa de forma eficiente.

No PC ficam registrados os saldos das seguintes contas: fornecedores, salários a pagar, impostos, taxas, contribuições, empréstimos e financiamentos e provisões, como 13º salário e respectivos encargos sociais.

Liquidez Corrente = Ativo Circulante/Passivo Circulante

Liquidez Corrente: capacidade de pagamento a curto prazo.

259
Q

O que é o índice de liquidez seca?

A

Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques)/Passivo circulante

Existe grande semelhança entre os índices de LS e de LC. No entanto, uma diferença fundamental existente entre eles é que a LS desconsidera os estoques da organização. O motivo pelo qual isso acontece é o fato de que, para ser convertido em dinheiro, o estoque primeiramente precisa ser vendido, o que significa que a empresa pode apresentar um giro de estoque lento.

Essa fórmula indica se a empresa possui capacidade suficiente para saldar os compromissos de curto prazo com terceiros, desconsiderando seu AC menos líquido, ou seja, o estoque.

Sempre comparar o índice com outros momentos da mesma empresa e com outras empresas do setor.

Liquidez Seca: capacidade de pagamento a curto prazo sem estoques.

260
Q

O que é o índice de liquidez imediata?

A

O índice de liquidez imediata é o índice de liquidez mais rigoroso, pois considera exclusivamente o que está disponível para pagamento no momento do cálculo, ou seja, caixa e equivalentes de caixa. Sua fórmula é a seguinte:

Liquidez Imediata=Disponível/Passivo Circulante

Disponíveis são caixa e aplicações de curto prazo (a companhia consegue convertê-los em dinheiro rapidamente).

Avaliar olhando o mesmo índice da mesma empresa em outros momentos e com outras empresas do setor

Liquidez Imediata: capacidade de pagamento no curtíssimo prazo.

261
Q

O que é o índice de liquidez Geral?

A

LG = (Ativo Circulante + Ativo realizável a Longo Prazo)/(Passivo Circulante + Passivo não Circulante)

O índice de liquidez geral será aquele que indica a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo. Ele também considera o Ativo Realizável a Longo Prazo e o Passivo Exigível a Longo Prazo. Novamente, seria interessante que essa relação fosse superior a um, pois quanto maior for o valor do índice, melhor será a liquidez da empresa.

Liquidez Geral: capacidade de pagamento a curto e longo prazos.

262
Q

Quais os incentivos básicos dos administradores ou gestores financeiros ?

A
  • Sobrevivência da Organização
  • Independência e autossuficiência da organização.
263
Q

Qual o conflito entre administradores e proprietários?

A

Na teoria, a maioria dos administradores financeiros concordatia com a meta de maximização da riqueza dos proprietários,

  • Na prática, porém, os administradores se preocupam também com a própria riqueza, com a segurança no emprego e com benefícios indiretos.
    O nome deste conflito é conflito de agência - a possibilidade de os administradores colocarem seus objetivos pessoais à frente dos objetivos da empresa.
264
Q

Quais fatores servem para a minimização dos conflitos de agência das empresas?

A

As forças de mercado- representada pelos acionistas importantes,
articularmente os grandes investidores institucionais, como os fundos de investimento, as empresas seguradoras e os fundos de pensão. Esses detentores de grandes blocos de ações de uma empresa exercem pressão sobre a administração para que se preocupe com o desempenho da organização. Quando necessário, eles exercem o direito de voto como acionistas, de forma a substituir administradores cujo desempenho seja insatisfatório.

Outra força importante de mercado é a ameaça de conquista de controle por outra empresa que acredite ser capaz de elevar o valor da empresa visada, reestruturando sua gestão, suas operações e finanças. A ameaça constante de tomada de controle tende a motivar a administração a agir de acordo com os interesses dos proprietários da empresa.

Custo de agência - Um novo investimento pode impactar favoravelmente o valor das ações da empresa, mas também pode ser arriscado. Os proprietários da empresa quererão fazer o investimento (porque o valor da ação subirá), mas os administradores não proprietários podem não o querer, pois existe a possibilidade de que esse investimento não seja proveitoso, de modo que eles perderiam seus empregos.
Se a administração decidir não realizar o investimento, os acionistas podem perder uma grande oportunidade. Caso haja um grupo de acionistas controladores, é possível que eles decidam realizar um investimento que os beneficie em detrimento dos não controladores.

265
Q

Como se dá a influência dos acionistas e credores no conflito da agência?

A

Acionistas vs Credores

Quando uma empresa usa capital de terceiros, surgem conflitos de interesses entre acionistas e credores.
Esses conflitos de interesses impôe o custo de agência, quando em tempos de dificuldades financeiras, que são acarretadas por estratégias “egoístas” dos acionistas.

Estratégias egoístas dos acionistas:

-Incentivos a assumir riscos- para obter mais ganhos

  • Incentivos ao subinvestimento: o acionista que descobre um investimento com valor presente líquido positivo não usaria o capital próprio para beneficiar os credores.
  • esvaziamento da propriedade- inclui pagar dividendos extraordinários ou outras distribuições para deixar menos ativos aos credores.
266
Q

Quais são forças de mercado?

A

1) Acionistas importantes: Forças que exercem uma pressão sobre a administração para que se preocupe com o desempenho dela. Realizada por acionistas importantes.
Exercem direito de voto para substituir administradores cujo desempenho deixem a desejar.

2) Ameaça de conquista de controle por outra empresa: busca por elevar o valor da empresa visada, reestruturando sua gestão, suas operações e suas finanças.
Tende a motivar a administração a agir de acordo com os interesses dos proprietários da empresa.

267
Q

O que é e quais são os custos de agência?

A

Trata-se dos custos de monitoramento do comportamento dos administradores, proteção contra atos desonestos por parte deles e concessão de benefícions pecuniários a sses profissionais para maximizar o preço das ações.

Plano de remuneração: consiste em oferecer incentivos aos administradores, estruturando a remuneração dele, para que ajam de acordo com os interesses dos proprietários.

Planios de incentivo: vinculam a remuneração dos administradores ao preço da ação.

Planos de desempenho: vinculam a remuneração dos administradores a medidas com o lucro por ação, o crescimento do lucro por ação e outros índices de retorno.

268
Q

O que é orçamento de capital?

A

O orçamento de capital é uma ferramenta de grande relevância para o administrador de empresas, pois, por meio dele, é possível identificar as necessidades e planejar a utilização dos recursos excedentes. De acordo com o resultado econômico-financeiro da empresa, ele poderá diagnosticar os objetivos de rentabilidade no período.

Alguns critérios devem ser considerados no momento de geração do fluxo de caixa: a expectativa de faturamento, o volume deste e a capacidade técnica da área de cobrança (de modo a evitar confiança em excesso).

269
Q

O que é o método de período de payback e quais seus tipos?

A

O método de período de payback determina o número de períodos necessários para recuperar o investimento realizado. Existem dois tipos básicos de abordagem para o payback: o simples e o descontado. O período de payback simples determina o tempo necessário para a recuperação do investimento, sem considerar o valor do dinheiro no tempo. O período de payback descontado diferencia-se do payback simples por considerar o efeito do tempo sobre o dinheiro, ou seja, cada fluxo é descontado por uma taxa de juros.

O Valor Presente Líquido (VPL) estima o retorno econômico por meio da subtração entre o valor presente do benefício total e o valor presente do custo total do empreendimento. Para isso, consideramos o ano zero do investimento, ou seja, o ano inicial, e trazemos os valores dos ganhos e dos custos de cada ano ao valor presente desse período.

A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de desconto que faz com que os valores dos custos incorridos, trazidos a valor presente, sejam guais aos valores dos retornos dos investimentos trazidos a valor presente. Em outras palavras, trata-se da taxa que faz com que o valor de uma aplicação, quando trazido para o período inicial, seja igual ao valor presente.

270
Q

Para que serve a decisão de financiamento?

A

A decisão de financiamento deve identficar a melhor composição das várias fontes de capital disponível para financiar o projeto.

Existem várias fontes de recursos, as quais possuem custos de capital diferentes. Um bom levantamento dos custos de capital deve contemplar as alternativas de financiamento que conduzam ao menor custo de capital.

Inicialmente, veremos algumas fontes de recursos; em seguida, os tipos de custos de capital e, por fim, os fluxos de financiamento.

Existem várias fontes de capital. Avaliar todas as alternativas e consequências de sua utilização é fundamental para a melhor escolha em termos de estrutura e custo de capital. As fontes de recursos podem ser internas (recursos próprios) ou externas (recursos de terceiros).

271
Q

O que são recursos próprios?

A

São recursos dos cotistas ou acionistas, ou seja, dos proprietários. São disponibilizados por meio de aportes de capital ou de lançamento de ações. Os proprietários investem seus recursos a fim de obter retornos com a distribuição de dividendos ou valorização do negócio. É importante ressaltar que os dividendos são distribuídos aos acionistas somente após o pagamento de todas as demais obrigações da empresa, tais como desembolsos, despesas, custos, investimentos e dívidas. Sendo assim, dependendo da geração de caixa, existirão períodos de muito retorno, de pouco retorno ou, até mesmo, de nenhum retorno. Isso é chamado de não exigibilidade do retorno.

que deve ser estipulado em relação ao retorno que os proprietários terão é qual parcela do lucro obtido no período será distribuída aos proprietários e qual será mantida no empreendimento. Manter uma parcela do lucro é importante devido à possibilidade de uma ampliação futura, que exigirá recursos financeiros ou, talvez, a necessidade de financiamento da própria atividade operacional, de forma que o proprietário concorda em manter a parcela do lucro passível de distribuição em troca da possibilidade de obter retornos superiores no futuro.

272
Q

O que é retorno do capital investido?

A

O retorno do capital próprio investido indica o quanto os proprietários do empreendimento desejam obter de remuneração a partir da utilização do próprio capital. Essa remuneração representa o custo do capital próprio. Determinar esse custo é fundamental para a avaliação do projeto, pois só conhecendo-o será possível determinar se o retorno esperado está acima dos custos (o que indicaria que o projeto é viável).

273
Q

Como pode ser medido o custo do capital próprio?

A

Existem várias maneiras de mensurar o custo de capital. Uma delas é por meio da atribuição de um prêmio pelo risco de assumir o projeto. O prêmio pelo risco é utilizado para ajustar a taxa de retorno ao risco do empreendimento. A crítica a esse método é sua subjetividade, dada a impossibilidade de mensurar o risco objetivamente. Essa estimativa depende do custo de oportunidade que o empreendedor assumirá.

Em ambos os métodos, o custo de capital próprio é compatível com o risco apresentado. Quanto mais arriscado for, maior será a remuneração exigida pelos seus proprietários, o que aumenta o custo de capital próprio.

274
Q

Qual a principal vantagem da utilização do capital próprio?

A

A principal vantagem do uso de capital próprio no empreendimento é a não exigibilidade de retorno, pois confere menor risco ao empreendimento, visto que os proprietários só terão retorno sobre o capital investido após todas as demais obrigações terem sido pagas. Além do mais, do ponto de vista do proprietário, o capital próprio confere direitos de propriedade e, em alguns casos, de decisão na proporção do capital investido.

275
Q

O que é capital de terceiros?

A

O capital de terceiros, como também é conhecido, é todo o capital investido no empreendimento originado de alguma dívida contraída junto a terceiros. Esse tipo de capital é gerado a partir de bancos comerciais, bancos de desenvolvimento e instituições de fomento. O recurso é disponibilizado sob a forma de empréstimos e pagamento de juros.

276
Q

Como medir a participação de capital de terceiros na organização?

A

Uma das maneiras de contabilmente conhecermos a participação desta forma de recursos em uma companhia através de seu balanço, é dividindo o total de seus passivos exigíveis pela soma do patrimônio líquido e do total de passivos. Com isso, temos o índice da participação de capital de terceiros. Ou seja:

Participação do Capital de Terceiros = Passivo Exigível / (Patrimônio líquido + passivo exigível)

Ou:

Participação do Capital de Terceiros = Passivo Exigível / Ativo total

Esta fórmula ainda pode ser interpretada como um índice de endividamento, de modo que representa qual o percentual de dívida que está incluso em cada 1 real de ativo da empresa.

Uma variação da fórmula apresentada acima, é representar quantas vezes as dívidas representam o patrimônio líquido. Ou seja, quanto de dívida a empresa tem para cada 1 real de patrimônio líquido. Esta forma é apresentada por algumas literaturas como PCT (participação de capital de terceiros). Esteja atento para as diferentes variações das fórmulas e, na prova, procure identificar exatamente o que a questão está pedindo e oferece de informações, para não mal interpretá-la ou se enganar com as diferentes nomenclaturas. Podemos chamar essa relação de índice Dívida/Capital Próprio, e calculá-la da seguinte forma:

Índice Dívida/Capital Próprio = Dívida total/Patrimônio líquido total

277
Q

Quais as vantagens de contrair capital de terceiros?

A

A vantagem de contrair capital de terceiros é a expectativa de menor custo do capital em relação ao risco assumido pelo proprietário. Além disso, existe uma vantagem fiscal. Reduz os tributos e, por consequência, o custo médio ponderado de capital, como ainda veremos com mais profundidade. A principal desvantagem é o risco financeiro assumido, pois há a possibilidade de o empreendimento não gerar caixa suficiente para amortizar a dívida e pagar os juros. Quanto maior for o endividamento do empreendimento, maior será o risco financeiro (NETO, 2009).

Para o credor, o risco assumido é menor, uma vez que a dívida é exigível. Se o empreendimento não honrar os pagamentos de amortizações e juros, os credores podem acionar os devedores por meio da justiça legal e obter seus direitos. Para o credor, a desvantagem é a falta de direito de decisão, salvo a existência de cláusulas contratuais que indiquem o contrário.

278
Q

O que é Custo de capital próprio?

A

Custo de capital próprio: o custo do capital próprio (custo do patrimônio líquido) é dado pela expectativa de retorno sobre o patrimônio líquido durante um determinado período (normalmente um ano) baseado em níveis de taxa de juros e retorno de mercado do PL no tempo. Para a obtenção do retorno de uma pasta diversificada, o risco de patrimônio líquido aproxima-se do risco de mercado comum, considerando a teoria de que a diversificação possibilita a eliminação do risco não sistemático (risco intrínseco de cada investimento).

279
Q

O que é Custo de capital de terceiros?

A

Custo de capital de terceiros: Damodaran (1997) destaca que o custo da dívida não é a taxa do cupom dos bônus que a empresa tem a pagar nem a taxa à qual a empresa conseguiu tomar dinheiro no passado. Embora elas possam ajudar a determinar o custo dos juros que a empresa terá que pagar no ano em questão, não determinam o custo da dívida após o pagamento de impostos. Dessa forma, uma empresa que contabilizou uma dívida contraída quando as taxas de juros estavam baixas não pode alegar que apresenta um baixo custo de dívida se o nível geral das taxas de juros ou seu risco de inadimplência aumentou nesse período.

280
Q

O que é Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) ou Weighted Average Cost of Capital (WACC)?

A

Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) ou Weighted Average Cost of Capital (WACC): o CMPC é a taxa adequada para descontar o fluxo de caixa operacional porque reflete o custo de oportunidade dos provedores de capital, de modo que é ponderado pela estrutura de capital destes. Os provedores de capital esperam ser remunerados a uma taxa que compense o risco de seus investimentos. Os retornos esperados pelos portadores de títulos de dívida da empresa e pelos seus acionistas representam, para ela, o custo do financiamento através de capitais de terceiros e capitais próprios. Esses custos, ponderados pela participação relativa do capital de terceiros e do capital próprio no capital total da empresa, compõem o CMPC.

281
Q

O que é custo de capital?

A

Custo de capital é o custo dos recursos que uma empresa utiliza - seja dívida ou capital próprio - ou, do ponto de vista de um investidor, é a taxa de retorno exigida dos títulos existentes de uma companhia de carterira.

  • Define o mínimo que um investimento deve retornar para ser viável.
282
Q

O que é e quando é utilizado o custo da dívida?

A

Para uma empresa, o custo da dívida são os juros pagos sobre os empréstimos de fundos de credores externos.

  • Para sua estimação, toma-se a taxa de um título livre de risco, cuja duração corresponde à estrutura da dívida corporativa e adiciona-se um prêmio padrão.
  • Ele é calculado após a dedução do imposto a fim de torná-lo comparável ao custo de capital própio

Cd = (Rf + Rc) * (1-T)

Cd = Custo da Dívida
Rf = Taxa Livre de Risco
Rc= Taxa de Risco de Crédito
T= Taxa de imposto

283
Q

O que são os custos dos lucros retidos?

A
  • Custo do Patrimônio Líquido interno: Também como custo do lucro retido: lucros acumulados são um componente do patrimônio líquido.
    Quanto custa manter o lucro retido na empresa e reinvestir nela mesma.

Já os dividendos pagos são um componente do retorno sobre o capital para os acionistas e influenciam o custo de capital através deste mecanismo.

C(PL)=(D(1)/P(t)) + g
C(PL) = Custo do Patrimônio líquido
P(t)= Preço de mercado atual por ação
g= taxa de crescimento dos dividendos (deve ser estimado- quanto você estima crescer)

284
Q

O que é custo de capital total?

A

O custo de capital total de uma empresa é o valor de seu patrimônio mais o custo de sua dívida.

-E importante observar que o patrimônio, na relação dívida/patrimônio líquido, é o valor de mercado de todo o patrimônio, e não apenas o patrimônio líquido no balanço patrimonial;.

285
Q

O que é payback simples?

A

O período de payback simples determina o tempo necessário para a recuperação do investimento, sem considerar o valor do dinheiro no tempo (valor nominal). Ele acumula os valores das entradas dos primeiros períodos até que esse valor acumulado seja igual ao valor do investimento. Ao chegar a esse ponto, temos o período de payback.

Payback= Investimento/Fluxos de caixa

286
Q

Quais as vantagens e desvantagens do payback simples?

A

Vantagens:
- simplicidade na sua forma de cálculo

  • acilidade de compreensão, pois fornece uma ideia do grau de liquidez e de risco.

Desvantagens:

  • não considerar a distribuição no tempo dos fluxos de caixa dentro do período de payback.
  • ignorar os fluxos de caixa que ocorram depois do período de payback.
  • não existe algo como um guia comparativo para escolher o prazo de corte do payback. Desse modo, entende-se que a escolha é um tanto arbitrária.
287
Q

O que é o payback descontado?

A

O período de payback descontado diferencia-se do payback simples por considerar o efeito do tempo sobre o dinheiro. No período de payback descontado, a forma de implementação é similar: a diferença é que não serão utilizados valores nominais dos fluxos, como no payback simples, mas serão utilizados os valores descontados para o presente por meio de uma taxa de juros. Ou seja, cada fluxo é descontado por uma taxa de juros.

A taxa de juros utilizada deve ser ajustada ao risco e compatível com o tipo de fluxo de caixa. Normalmente, é utilizada a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que é a taxa mínima para que um investimento seja atrativo. A TMA, de acordo com Correia Neto (2009), pode ser a taxa de juros básica do mercado, a taxa de remuneração da poupança ou outra taxa que seja considerada a mínima para remunerar um investimento. Pode-se utilizar, também, o valor do custo médio ponderado de capital do investimento.

Embora o payback descontado se pareça um pouco com o VPL, ele é apenas um meio-termo entre o método do payback e o do VPL.

288
Q

O que é ponto de equilíbrio contábil?

A

Ponto de equilíbrio é o momento em que a receita total da empresa é exatamente igual à soma de custos e despesas. O ponto de equilíbrio contábil é o mais utilizado e o mais simples. Nele, o valor dos custos e das despesas fixas é dividido pela margem de contribuição. O resultado é a receita necessária para igualar os gastos. Ele pode ser calculado através da fórmula:

Ponto de equilíbrio = Custos fixos / margem de contribuição

289
Q

Quais as variações do ponto de equilíbrio contábil?

A

Há duas variações do ponto de equilíbrio contábil: o ponto de equilíbrio financeiro e o ponto de equilíbrio econômico.

No ponto de equilíbrio financeiro, a única diferença em relação ao ponto de equilíbrio contábil é que a depreciação dos ativos e outras despesas não desembolsáveis são excluídas das despesas fixas. Isso se deve ao fato de que algumas empresas, em seus balanços anuais, incluem a depreciação como custo.

O ponto de equilíbrio econômico considera, além das despesas fixas, o custo de oportunidade (percentual). Desse modo, ele abrange uma correção monetária além dos custos fixos.

Como o payback simples não inclui a taxa de desconto, ele pode ser considerado apenas na abordagem do ponto de equilíbrio contábil, e não na abordagem do ponto de equilíbrio financeiro. Já o payback descontado pode ser considerado na análise do ponto de equilíbrio financeiro.

290
Q

O que é valor presente líquido?

A

As entradas e saídas no fluxo de caixa de um projeto ocorrem ao longo de sua duração. Como sabemos, o dinheiro não possui valor constante ao longo do tempo. Portanto, caso essas entradas e saídas estejam em períodos diferentes, estarão sujeitas a mudanças de valor em decorrência do tempo. Por essa razão, para avaliarmos corretamente um projeto, precisamos trazer a valor presente todos os seus fluxos de caixa, para só então podermos comparar seus benefícios e seus custos. Nesse sentido, uma das ferramentas mais importantes e mais utilizadas é o Valor Presente Líquido (VPL), que nada mais é do que o somatório de todos os fluxos de caixa futuros trazidos a valor presente, ou seja, descontados a uma determinada taxa. Sendo assim, se para trazer a valor presente (PV) um valor futuro (FV) calculamos PV = (FV) / (1 + i)^n, então a fórmula do VPL, que pretende trazer múltiplos FVs a valor presente e compará-los, é:

VPL = ⅀(n=0 até t): (FC(n)) / (1 + i)^n

VPL= FC(0) + FC(1)) / (1 + i)^1 + FC(2)) / (1 + i)^2 + … + FC(n)) / (1 + i)^n

291
Q

Quais as interpretalções do valor presente líquido?

A

Podemos afirmar que o Valor Presente Líquido (VPL) estima o retorno econômico por meio da subtração entre o valor presente do benefício total e o valor presente do custo total do empreendimento. Dessa forma, sua interpretação é a seguinte:

Se VPL > 0: retorno positivo, pois seu benefício supera o custo, logo o investimento é viável economicamente;
Se VPL < 0: retorno negativo, pois seu custo supera o benefício gerado, logo o investimento não é viável economicamente;
Se VPL = 0: retorno neutro, pois o valor do benefício gerado é igual ao custo.

292
Q

Qual a taxa de retorno usualmente utilizada para calcular o valor presente líquido?

A

Taxa Mínima de Atratividade (TMA)

É importante ressaltar que, para fins de avaliação de um projeto através do VPL, a taxa a ser utilizada como taxa de desconto não é fixa nem definida por uma fórmula predeterminada. Ela varia conforme o cenário econômico e a análise do investidor, considerando fatores como:

Custo de capital: a rentabilidade exigida pelos sócios da empresa ao aplicar recursos próprios (custo de capital próprio) e o custo de captar recursos de terceiros (os juros de se tomar um empréstimo com o banco, por exemplo);
Custo de oportunidade: os retornos de todas as outras opções de investimento ao alcance da empresa que poderiam ser realizados com os recursos que seriam gastos no projeto;
Risco do negócio: quanto maior o risco, maior será o retorno exigido;
Taxa de juros livre de risco.

Todos esses fatores influenciam a decisão sobre a taxa de desconto a ser utilizada no VPL. A essa taxa se dá o nome de Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que é o retorno percentual mínimo exigido para que o projeto seja realizado.

Vale observar que os fatores citados possuem definição própria, mas também são correlacionados. O custo de capital próprio, por exemplo, é diretamente ligado ao risco do negócio, pois influenciará o retorno exigido pelos sócios. A taxa de juros livre de risco, por sua vez, possui grande peso para o fator custo de oportunidade, por ser teoricamente a possibilidade de investimento com menor risco possível, de forma que muitos investidores a utilizam como a própria TMA em suas análises.

293
Q

Quais as vantagens e desvantagens da utilização do valor presente líquido?

A

Vantagens:

  • considera o valor do dinheiro no tempo e o custo de capital da empresa através do desconto dos fluxos à TMA estimada;
  • é aplicável a fluxos de caixa não convencionais, ou seja, com múltiplos períodos de saída de caixa que se alternam entre períodos de entrada; e
  • revela o retorno em termos de valor monetário absoluto, podendo ser usada para comparar diferentes projetos e indicar o de maior retorno.

Desvantagens:

-Dificuldade para estimar uma TMA realista;

  • Estimativas de fluxos de caixa para o longo prazo podem ser complexas e imprecisas;
  • Desconsidera o tempo de vida do projeto. Projetos de longo prazo tendem a ter um retorno monetário absoluto maior, mas é preciso considerar a possibilidade de repetir ou realizar múltiplos projetos de rentabilidades menores e prazos mais curtos.
294
Q

O que é Taxa interna de retorno (TIR)?

A

A Taxa Interna de Retorno (TIR ou IRR - Internal Rate of Return) é a taxa que iguala as despesas às receitas futuras trazidas a valor presente. Pode ser definida como o ganho percentual recebido para cada real investido pelo período em que é investido. Ela é utilizada para comparar investimentos com base em suas taxas, além de determinar a taxa de retorno implícita de um projeto. Pense na TIR como a taxa de juros que uma aplicação financeira precisaria render para ser tão lucrativa quanto o projeto ou novo negócio. Desse modo, quanto maior for a TIR, melhor e mais rentável será o projeto ou novo negócio.

Matematicamente, a TIR é a taxa de juros que torna o VPL igual a zero.

VPL = ⅀(n=0 até t): (FC(n)) / (1 + i)^n

0= ⅀(n=0 até t): (FC(n)) / (1 + TIR)^n

VPL= FC(0) + FC(1)) / (1 + TIR)^1 + FC(2)) / (1 + TIR)^2 + … + FC(n)) / (1 + TIR)^n

295
Q

Qual a interpretação da TIR?

A

Para interpretar o resultado da TIR é necessário a comparação com a TIR de outro projeto ou a Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Se a TIR do empreendimento for maior que a TMA, o investimento deve ser aprovado. Se a TIR for menor que a TMA, ele não deve ser aceito.

De forma mais direta, a análise do resultado ocorre da seguinte forma:

  • se a TIR > TMA, o investimento é viável economicamente, pois o retorno gerado é maior que a taxa mínima de atratividade;
  • se a TIR < TMA, o investimento não é viável economicamente, pois seu retorno é menor que o mínimo desejado;
  • se a TIR = TMA, o investimento está em uma zona de indiferença de retorno, mas ainda é viável, pois gera o mínimo desejado, que é a taxa mínima de atratividade.
296
Q

O que é taxa Crossover ou taxa de fisher?

A

Tanto a TIR quanto o VPL são utilizados para decidir qual investimento/projeto selecionar. Contudo, eles podem dar informações contraditórias, necessitando de maior estudo e análise para a tomada de decisão.

O custo de capital que faz com que o VPL de diferentes investimentos/projetos sejam iguals é chamada de taxa crossover ou ponto de fisher.

Este ponto pode estar acima ou abaixo da TMA. Portanto, Ponto de Fisher pode ser definido como a taxa que passa a fazer com que um projeto seja mais atrativo do que o outro.

297
Q

Quais as vantagens e desvantagens da taxa interna de retorno (TIR)?

A

Vantagens:

  • é o indicador mais utilizado, de fácil compreensão;
  • apresenta informações com margens de segurança, o que representa uma alternativa segura;
  • possibilidade de mensurar o retorno de um projeto em relação ao investimento realizado;
  • o método retorna uma taxa de juros.

Desvantagens:

  • não considera o risco para obter o retorno do projeto;
  • quando houver mais de uma mudança de sinal no fluxo de caixa, haverá dois pontos em que o VPL é igual a zero, podendo existir múltiplas taxas internas para um mesmo projeto;
  • não pode ser diretamente traduzida em ganhos líquidos efetivos;
  • investimentos com valores diferentes não poderão ser comparados; para isso, precisaremos fazer o projeto mutuamente excludente;
  • pode entrar em conflito com o VPL, fazendo com que, em alguns casos, um projeto que gere menor lucro total para a empresa seja escolhido.
298
Q

O que é índice de lucratividade?

A

Outro método utilizado para avaliar projetos é o índice de lucratividade. Esse índice é dado pelo somatório dos valores presentes dos fluxos de caixa futuros, dividido pelo investimento inicial (fluxo de caixa negativo) em módulo:

IL=⅀VP(FC)/|⅀invest(iniciais)|

onde:

⅀invest(iniciais)= Somatório de todos os investimentos iniciais

VP(FC)= Valor presente dos fluxos de caixa

A análise do resultado é feita da seguinte forma:

  • se o índice de lucratividade for maior que um, o investimento deve ser aceito, pois as entradas serão maiores que as saídas de caixa em termos atuais;
  • se o índice for igual a um, significa que a soma dos fluxos de caixa produzidos, já descontados, será pelo menos igual ao investimento realizado; o investimento, portanto, pode ser aceito;
  • no entanto, se o IL for menor que um, o investimento deve ser rejeitado, pois as entradas de caixa serão menores que as saídas.
299
Q

Para quais casos o índice de lucratividade é aplicável?

A

Aplicação:

Projetos independentes

Suponha que os dois projetos (1 e 2) sejam independentes. De acordo com a regra do VPL, esses projetos devem ser aceitos, pois o VPL é positivo em ambos os casos. O índice de lucratividade (IL) será maior do que 1 sempre que o VPL for positivo. Logo, temos que:

aceite um projeto independente se IL > 1;
rejeite-o se IL < 1.

Projetos mutuamente excludentes

Considere que só é possível aceitar um dos dois projetos. A análise do VPL diz para aceitar o Projeto 1 (porque ele tem o maior VPL). Já a análise do IL diz para aceitar o Projeto 2 (porque ele tem o maior IL). Assim, o índice de lucratividade leva à seleção errada. Para projetos que são mutuamente excludentes, o IL sofre do problema de escala (o Projeto 2 é menor do que o Projeto 1), assim como a TIR.

300
Q

O que é o retorno de uma ação?

A

O retorno de uma ação em determinado período pode ser dividido em duas partes: uma parte é composta pelos ganhos de dividendos, que é a parte do lucro distribuída em dinheiro aos acionistas, e a outra parte do retorno é o ganho de capital sobre o investimento, que corresponde à variação do valor de mercado da ação:

Retorno = (Preço fim do período - Preço ínicio do período + Dividendos)/Preço Inicial

Retorno = (Preço fim do período - Preço ínicio do período + Fluxo de Caixa)/Preço Inicial

301
Q

O que é risco?

A

O risco pode ser compreendido como a possibilidade de perda que pode ser mensurada, a mensuração pode ser através do desvio padrão dos retornos do ativo analisado.

Para calcular o risco de um ativo específico são utilizadas duas formas, através dos retornos futuros, ou seja, retornos esperados para um ativo, ou através dos retornos passados.

302
Q

O que é conjunto eficiente ou fronteira eficiente?

A

Conjunto eficiente (efficient set) ou fronteira eficiente: gráfico que representa um conjunto de carteiras que maximizam o retorno esperado em cada nível do risco de seus retornos. No Brasil, o modelo mais utilizado é o Capital Asset Pricing Model (CAPM) ajustado às condições do mercado brasileiro, que surgiu como alternativa ao modelo da fronteira eficiente. O CAPM usa os betas como principal medida de risco não diversificável, e a sua equação representa o retorno esperado de um investimento que conduz a uma situação de equilíbrio.

303
Q

Para a construção da carteira eficiente, quais os pressupostos para criação do modelo de comportamento do investidor?

A

-Comparabilidade, isto é, dados dois bens (ou ativos), o indivíduo precisa saber qual é “melhor”, “pior” ou se é “indiferente”;

-Insaciabilidade, isto é, mais é melhor. Isso significa que, se uma cesta de bens tiver mais de um determinado bem do que outra cesta idêntica (ou seja, não possui quantidade inferior de outros bens), então se trata de uma cesta que deve ser preferida em relação à outra;

-Transitividade, isto é, se a cesta de bens A for melhor do que a cesta de bens B, e, ao mesmo tempo, a cesta de bens B for melhor do que a cesta de bens C, então obrigatoriamente a cesta de bens A também será melhor do que a cesta de bens C.

304
Q

Qual a simbilogia de preferências para a construção de curvas de indiferença?

A

Eles se parecem com sinais de maior (>) e menor (<), mas não são idênticos a eles:

A ≻ B significa que “a cesta de bens A é preferível à cesta de bens B”;
A ⪰ B significa que “a cesta de bens A é pelo menos tão boa quanto a cesta de bens B”;
A ~ B significa que “A e B são igualmente boas”, ou seja, um indivíduo seria indiferente entre a cesta A e a cesta de bens B (esse conceito de indiferença será importante mais adiante).

305
Q

O que é curva de indiferença?

A

Em síntese, podemos definir a curva de indiferença como uma curva que mostra todas as cestas de bens que fornecem o mesmo nível de utilidade, ou, em outras palavras, como uma coleção de cestas de bens em que o consumidor é indiferente no que se refere à escolha entre elas. A seguir, veja o exemplo de uma típica curva de indiferença.

306
Q

O que é taxa marginal de Substituição (TMS)?

A

A Taxa Marginal de Substituição (TMS) mede a quantidade de uma mercadoria de que o consumidor está disposto a desistir para obter mais de outra. Sendo assim, a TMS é a quantidade de bem que é necessária para compensar o indivíduo por perder uma unidade do bem x à taxa marginal de substituição do bem y para o bem x.

A lei da taxa marginal de substituição decrescente afirma que a TMS diminui à medida que x aumenta. Essa lei substitui a lei da diminuição da utilidade marginal. Frequentemente queremos descobrir a TMS para quantidades muito pequenas, e não em grandes saltos como fizemos no exemplo da figura acima. Imagine o que aconteceria se tomássemos intervalos cada vez menores. À medida que esses intervalos diminuem para zero, a linha através dos pontos finais torna-se uma linha tangente. A inclinação dessa linha é a TMS no ponto de tangência. Desse modo, de modo a encontrar a taxa marginal de substituição em qualquer ponto, basta encontrar a inclinação da linha tangente através daquele ponto.

Vale ressaltar que, quanto mais distante da origem a curva de indiferença se localiza, maior é a satisfação que o consumidor obtém.

307
Q

Quais as premissas da curva de indiferença?

A

As curvas de indiferença não podem se curvar para cima. Por quê? Mais uma vez, devido à suposição de que “mais é melhor”. Se a curva se inclinasse para cima, isso significaria que há pontos com mais de ambos os bens que seriam considerados apenas igualmente bons.

As curvas de indiferença não podem se cruzar. Para entender o porquê, considere a figura abaixo em que há um cruzamento de curvas de indiferença. Por definição, as curvas são indiferentes, isto é, A ~ B e B ~ C, portanto, por transitividade A ~ C, mas isso contradiz novamente o pressuposto de que “mais é melhor”, que diria que A é preferível a C.

As curvas de indiferença são onipresentes (ou densas). Isso significa que é possível escolher qualquer ponto na curva e, em seguida,
encontrar todas as outras cestas, as quais o indivíduo consideraria igualmente boas para encontrar a curva de indiferença através do ponto escolhido. Essa característica não é realmente verdadeira quando se trata de bens não divisíveis, mas geralmente, por simplicidade, assumimos que temos bens divisíveis.

308
Q

O que é o princípio da dominância em carteiras?

A

Esse princípio estabelece que o indivíduo racional prefere o investimento que proporcione o maior retorno esperado para o mesmo nível de risco (ou o menor risco para o mesmo retorno esperado).

A decisão de escolha entre esses dois pares de ativos dependerá da curva de utilidade do indivíduo, ou seja, de seu grau de aversão ao risco. Em contraposição, perceba que a escolha entre os demais ativos é independente do grau de aversão ao risco do indivíduo.

Atenção: No tópico sobre curvas de indiferença, afirmamos que elas não podem se curvar para cima. No entanto, perceba que, no caso da escolha de ativos, o risco é algo negativo. Ou seja, quanto mais à direita, pior estaria o indivíduo, exigindo uma compensação pelo retorno. Dessa forma, é como se o eixo X estivesse invertido quando comparado às curvas de indiferença que vimos anteriormente.

A partir da combinação desses conhecimentos (princípio da dominância e fórmulas de retorno e risco para um portfólio de ativos que discutimos na sessão anterior), é possível construir uma fronteira composta de portfólios dominantes, a qual é conhecida como fronteira eficiente ou conjunto eficiente.

Mesmo sabendo que o investidor escolherá uma posição sobre o Conjunto de Fronteira Eficiente (CFE), não podemos afirmar qual será sua posição exata, pois a posição do portfólio na fronteira dependerá do grau de aversão ao risco do investidor.

309
Q

O que são expectativas homogêneas?

A

As expectativas homogêneas são uma suposição da teoria das carteiras de Harry Markowitz. Conforme essa hipótese, todos os investidores apresentarão as mesmas expectativas em relação aos eventos utilizados para desenvolver as carteiras eficientes, incluindo os retornos de ativos, variâncias e covariâncias. Por exemplo, se forem mostrados vários planos de investimento com retornos diferentes e um risco específico, esses investidores escolherão o ponto que apresentar o maior retorno. Do mesmo modo, se forem apresentados planos que possuam riscos diferentes, mas retornos iguais, os investidores escolherão aquele que apresentar o menor risco.

O pressuposto de expectativas homogêneas funciona com base na teoria de que os investidores são racionais, não sendo influenciados por nada além dos fatos do assunto em questão. Também se trata de uma suposição subjacente no que se refere a muitas teorias econômicas clássicas. Essa teoria afirma que os investidores avessos ao risco podem desenvolver portfólios que otimizam ou maximizam os retornos esperados a partir do nível específico de risco de mercado. Além disso, ela afirma que existem quatro etapas envolvidas na construção de um portfólio:

avaliação do ativo, isto é, a descrição de vários ativos em termos de retornos e riscos esperados;
alocação de ativos, isto é, distribuição de várias classes de ativos dentro do portfólio;
otimização de portfólio, isto é, reconciliação do risco e retorno no portfólio; e
medição de desempenho, isto é, divisão do desempenho de cada ativo em classificações relacionadas ao mercado e ao setor.

310
Q

Quais as conclusões sobre a fronteira eficiente no mercado brasileiro?

A

Muitas ações tiveram desempenho negativo. Aqui, deve-se considerar os efeitos da crise dos mercados financeiros internacionais (com pico em 2008 e que teve efeito prolongado em determinados setores), que atingiu seu pico em 2008 e cujos efeitos ainda parecem perdurar em alguns setores.

São altos os benefícios da otimização de carteiras. Um investidor pode aumentar a relação entre retorno esperado e risco de forma considerável ao otimizar sua carteira de ações de empresas brasileiras com investimentos na fronteira eficiente.

311
Q

Como é calculado o retorno de uma carteira de investimentos?

A

Considerando os ativos W e Z:

R(i) = wR(s) + z(R(z)

R(i)= Retorno da carteira i
w e z= as proporções, respectivamente, dos ativos W e Z
R(w) e R(z)= os retornos, respectivamente, dos ativos W e Z

312
Q

Qual a estratégia para reduzir o risco de um portfólio?

A

O risco de um portfólio de investimentos é minimizado quando os investimentos são pouco correlacionados entre si.
Pode ser calculado com base na mensuração da viariância dos investimentos e, também, por um coeficiente de covariância de investimentos.

313
Q

Como pode ser calculada a variância de uma carteira de ativos?

A

σ(i)^2=w^2 * σ(w)^2 + z^2 * σ(z)^2 + 2* (w * z * ρ(w, z) * σ(w) * σ(z))

Onde:

σ(i)^2: variância da carteira i

σ(w) e σ(z): os desvios padrões, respectivamente, dos ativos W e Z

w e z: as proporções, respectivamente, dos ativos W e Z na carteira

ρ(w, z): a correlação entre W e Z

314
Q

Quais características podem ser utilizadas para a classificação dos ativos a fim de produzir diversificação da carteira?

A
  • Crescimento de longo prazo;
  • volatilidade
  • correlação com outros ativos
  • custo de alocação

Entre as classes de ativos existentes, destacam-se:

  • os investidores menos propensos a risco podem investir em os ativos de renda fixa com retornos e risco baixos;
  • os investiodores mais propensos ao risco podem investir em ações com retorno elevado, bem como elevada volatilidade e correlação entre os ativos;
  • o câmbio, com elevada volatilidade, podendo apresentar correlação inversa em relação às ações; e
  • o ouro, ativo considerado seguro e utilizado pelos investidores para fazer hedge e como proteção em períodos de incerteza no mercado financeiro.

*Neste contexto, a elaboração de uma carteira composta por ativos de renda fixa, ações e ouro pode resultar em um portfólio com retorno elevado e menor exposição ao risco.

315
Q

O que é custo de oportunidade?

A

O custo de oportunidade do capital é o quanto a pessoa deixou de ganhar por ter adotado uma alternativa em vez de outra, ou seja, é o custo de oportunidade de investir em determinado negócio em detrimento de outro de mesmo risco. Credores e acionistas esperam ser remunerados pelo custo de oportunidade do investimento de seus recursos em uma determinada empresa (em vez de outra empresa ou investimento de risco semelhante). Essa remuneração mínima exigida é refletida no custo de capital da empresa. Ou seja, a taxa do valor do dinheiro no tempo, usada para converter o valor esperado dos fluxos de caixa em valor presente para todos os investidores, é o custo de capital da empresa.

316
Q

Qual a taxa de desconto adequada para descontar os fluxos de caixa de uma companhia?

A

A taxa de desconto adequada para descontar os fluxos de caixa de uma companhia deverá ser ponderada entre a parcela de capital próprio e de terceiros, dando origem ao Custo Médio Ponderado do Capital (CMPC), denominado, na terminologia original, como Weighted Average Cost of Capital ou apenas pela sigla WACC. De forma resumida, o WACC pode ser definido como a soma do capital próprio (ações) com o capital líquido de terceiros (empréstimos, financiamentos, debêntures e outras dívidas líquidas do imposto de renda).

317
Q

Qual o benefício do custo do capital de terceiros?

A

O custo de capital de terceiros pode trazer algumas economias tributárias, visto que as despesas financeiras podem causar uma redução no lucro líquido. Dessa forma, calculamos o custo de capital de terceiros, deduzindo-o da economia tributária.

318
Q

O que mede o coeficiente beta do modelo CAPM?

A

O risco de mercado pode ser representado por um coeficiente beta que mede a sensibilidade da carteira a variações do mercado. Variações que equivalem a uma carteira com todos os ativos disponíveis na economia.

319
Q

Qual equação representa o Beta?

A

β(i) = COV (i,m)/σ(m)^2 = (ρ * σ(i) * σ(m))/σ(m)^2 = (ρ * σ(i) )/σ(m)

Onde:

COV (i,m): covariância entre o ativo i e o mercado

σ(m)^2: variância do mercado

σ(i): desvio-padrão do ativo i

σ(m): desvio-padrão do mercado

ρ: coeficiente de correlação entre o ativo i e o mercado

320
Q

Quais informações podem ser extraidas do modelo CAPM?

A
  • O modelo CAPM equaciona a relação entre risco não diversificável, uma vez que o risco diversificável não interessa para o investidor, pois é passível de eliminação
  • Para isso, o CAPM tem uma mensuração própria de risco não diversificável. Se considera que, em um mercado competitivo, o prêmio de risco varia proporcionalmente a beta
  • Quanto maioro coeficiente beta, que multiplica o prêmio, maior será a sensibilidade do ativo à variações do mercado. Assim, maior é o risco e maior será a remuneração esperada do ativo.
321
Q

Quais as premissas do CAPM?

A
  • Há grande eficiência informativa do mercado, atingindo igualmente todos os investidores.
  • Não há impostos, taxas ou qualquer outras restrições para os investimentos;
  • Hpa uma mesma percepção por parte de todos os investidores quanto ao desempenho dos ativos, formando carteiras eficientes a partir de idênticas expectativas;
  • Existe uma taxa de juros de mercado definida como livre de risco.
322
Q

Qual a equação do CAPM?

A

E(R(i)) = R(f) + [E(R(m)) - R(f)] * β(i)

  • Prêmio de risco de mercado já é = E(R(m)) - R(f)

E(R(i)) : retorno esperado do ativo (i)

R(f): retorno esperado do ativo sem risco

E(R(m)): valor esperado do mercado

β(i): β do ativo i

Retorno do mercado pode ser índice de ações: ibovespa, S&P, etc…

323
Q

Quais as interpretações de β?

A

Se β > 1, reflete um risco sistêmico mais alto que o mercado, sendo que, por isso, é considerado um investimento agressivo; em outras palavras, a carteira de ativos oscila mais que a carteira de mercado;

Se β = 1, a carteira de ativos tem o mesmo risco que a carteira de mercado, movimentando-se na mesma direção;

Se 0 < β < 1, a carteira de ativos é menos arriscada do que a carteira de mercado e o ativo se caracteriza por ser mais defensivo;

Se β < 0, o ativo move-se em direção oposta à do mercado.

324
Q

Quais as limitações da aplicação do CAPM no Brasil?

A
  • O retorno livre de risco (rf ) variou enormemente nos últimos anos devido à política econômica do governo;
  • O beta β e o retorno de mercado (rm) apresentam grande volatilidade em razão de o mercado de capitais ser imperfeito no Brasil devido aos seguintes aspectos:-pouco volume transacionado;
    -poucas ações;
    -mercado muito concentrado; e
    -empresas que possuem má comunicação com o mercado, o que dificulta a correta avaliação dos ativos.
325
Q

Como pode ser calculada a relação Beta (CAPM) e retorno?

A

R(i) = α(i) + β(i) * R(m) + e(i)

Onde:

R(i) : Excesso de retorno do ativo (Retorno do ativo - R(f) [Taxa livre de risco])

α(i): intercepto, ou retorno do ativo quando o retorno do mercado é zero

R(m): Excesso de retorno de mercado (Retorno de mercado - R(f))

e(i): erro presente na regressão

  • Quanto mais inclinada a reta, maior o Beta e o excesso de retorno
  • Quanto menos inclinada a reta, se retorno de mercado for próxima a zero pode-se ter retornos maiores.
326
Q

Quais as técnicas utilizadas de ajuste ao risco?

A

Há duas metodologias ou técnicas de ajuste do VPL ao risco: Equivalentes à Certeza (ECs) e Taxa de Desconto Ajustada por Risco (TDAR).

327
Q

O que é Equivalentes à Certeza (ECs)?

A

Equivalente à Certeza (EC) é um fator de ajuste das entradas de caixa ao risco. É a representação, em forma de porcentagem, de uma entrada de caixa que se aproxima (tanto quanto possível) da certeza de que o investidor receberá, em vez da possibilidade de entradas de caixa prevista inicialmente. Observe a seguinte equação:

VPL = ⅀ (t=1 até n) ((C(t) * α(t))/(1 + R(f))^t) - C(0)

Em que:

α(t): Fator equivalente à incerteza do ano t
C(t) : fluxos de caixa relevantes no ano t
R(f): taxa de retorno livre de risco
C(0): fluxo de caixa inicial

328
Q

O que é Taxa de desconto ajustada ao risco (TDAR)?

A

A taxa de desconto ajustada ao risco (TDAR) é a taxa de retorno que deve ser obtida em um projeto para recompensar os proprietários da empresa adequadamente (ou seja, para manter ou aumentar o preço da ação). Quanto mais elevado for o risco de um projeto, maior será a TDAR e, portanto, menor será o valor presente líquido de uma série de entradas de caixa.

329
Q

O que é e como se obtem a linha de mercado de capitais (CML)?

A

A linha de mercado de capitais, em inglês, Capital Allocation Line (CAL), é uma linha obtida pela combinação entre o portfólio de mercado e o recurso livre de risco. Sua equação envolve a expectativa de retorno da carteira de mercado e o ativo livre de risco, sendo ponderada pelo desvio-padrão dos retornos do mercado, como a fórmula abaixo representa:

E(R(c)) = R(f) + ((E(R(m)-R(f))/ σM) * σc

Em que:

E(R(c)) = Retorno da carteira sobre a CML;

R(f) = Taxa livre de juros da economia;

E(R(m)) = Retorno da carteira de mercado;

σM = Desvio-padrão do mercado; e

σc = Desvio-padrão da carteira sobre a CML.

Nesse sentido, os seguintes aspectos podem ser considerados:

  • o ativo sem risco transforma a fronteira eficiente em reta (tangente);
  • Como se transformasse a fronteira eficiente mais eficiente ainda pois adiciona a taxa livre de risco;
  • apenas a carteira de mercado (máxima diversificação possível) permanece.

A finalidade básica da CML é a construção de uma linha de carteiras eficientes que considera a possibilidade de combinação entre ativos livres de risco e ativos de risco.

330
Q

Quais as interpretações da linha de mercado de capitais?

A

Na figura acima, a CML (linha pontilhada) representa as diferentes combinações possíveis entre ativos de risco e ativos livres de risco. Partindo do intercepto, em que 100% da carteira é formada por ativos livres de risco, e avançando em direção ao ponto M, temos a seguinte situação: quanto mais à direita, maior será o percentual de ativos de risco e menor o percentual de ativos livres de risco.

No ponto médio entre o intercepto e o ponto M, há uma carteira formada 50% por ativos de risco e 50% por ativos livres de risco; no ponto M, situa-se a própria carteira de mercado, 100% formada por ativos de risco.

Observe que a CML tangencia a fronteira eficiente e possui pontos de mesmo risco e maior retorno comparados aos pontos da fronteira. Isso significa que combinações de risco e retorno mais atrativas que aquelas expressas pela fronteira eficiente são possíveis quando consideramos a possibilidade de investimento em ativos sem risco, o que não ocorre quando nos limitamos ao mercado de ações. Dessa maneira, abaixo do ponto M sempre é possível combinar ativos livres de risco com ativos de risco de forma a superar a rentabilidade das carteiras da fronteira eficiente sem aumentar a exposição ao risco. Ou, de forma equivalente, podemos dizer que é possível reduzir o risco mantendo a rentabilidade das carteiras da fronteira eficiente.

Resta discutirmos a CML além do ponto M. Acima deste ponto, a CML representa a possibilidade de alavancagem, ou seja, empréstimos. Isso indica que, acima da carteira de mercado M, existem carteiras com maior rentabilidade se comparadas às carteiras da fronteira eficiente de risco equivalente. Essas carteiras são possíveis quando se tem acesso a empréstimos à taxa Rf. Se este for o caso, o investidor que busca maior exposição ao risco em troca de maiores lucros, em vez de simplesmente montar uma carteira com ativos mais arriscados que aqueles da carteira de mercado M, pode alcançar ainda mais rentabilidade se expondo ao risco com alavancagem para aumentar a sua posição na carteira M.

Alguns pontos da figura a serem destacados:

Rf: este ponto representa a taxa de retorno livre de risco e se encontra no intercepto da CML, em que o eixo X, que representa o risco, vale zero. Perceba que a CML supera a fronteira eficiente, pois, a risco zero, não há carteira da fronteira eficiente que seja capaz de superar a rentabilidade da carteira da CML, que, nesse ponto, seria a carteira 100% formada por ativos livres de risco. Representa, portanto, a taxa mínima exigida para qualquer investimento.

M: ponto em que a CML representa uma carteira 100% formada por ativos de risco. Nesse ponto, a CML tangencia a fronteira eficiente, sendo, portanto, a carteira de máxima diversificação (ou carteira de mercado).

331
Q

O que é Security Market Line (SML)?

A

Security Market Line (SML) significa linha do mercado de ativos (ou reta do mercado de títulos). Esse conceito se refere a uma representação gráfica do modelo de precificação de ativos (ou CAPM). Ele mostra a relação entre o retorno esperado de um título e seu risco, que é medido pelo coeficiente beta. Em síntese, a SML apresenta o retorno esperado para qualquer beta específico ou reflete o risco associado a qualquer retorno esperado.

Na representação gráfica do Capital Asset Pricing Model (CAPM), há o que denominamos linha de mercado de títulos. Para cada um dos níveis de risco não diversificável, essa linha mostra o retorno esperado do ativo ou da carteira de ativos. Na figura acima, é possível identificar que o retorno esperado do mercado, representado por Expected Return of Market [E(RM)], apresenta um beta igual a 1,0 e que a taxa sem risco, representada por Rf, possui um beta igual a zero.

Uma consequência dos pressupostos do modelo CAPM é que o mercado recompensa os investidores apenas pelo risco sistemático assumido ao se investir em um determinado ativo, mas o mercado não compensa o investidor pelo risco não sistemático, pois este pode ser diversificado.

O eixo x do gráfico SML é representado pelo beta; já o eixo y é representado pelo retorno esperado. Além disso, o valor da taxa livre de risco se localiza no intercepto da SML, onde se localizam os ativos e portfólios que possuem risco sistemático igual a zero.

Observe os seguintes aspectos:

  • Quando o beta é igual a zero, o retorno esperado é igual à taxa livre de risco;
  • A inclinação da SML é determinada pelo prêmio de risco de mercado, que é a diferença entre o retorno esperado do mercado e a taxa livre de risco; quanto maior for o prêmio de risco, maior será a inclinação (e vice-versa);
  • A SML não é fixa e pode alterar a interseção da inclinação e do eixo y ao longo do tempo, de forma que depende de mudanças nas taxas de juros, trade-off risco/retorno;

-Se o coeficiente beta mudar ao longo do tempo, sua posição na linha também mudará;

-Os ativos posicionados acima da SML são subvalorizados, pois fornecem o maior retorno esperado para uma determinada quantidade de risco; e

  • Os ativos abaixo da SML são supervalorizados, pois apresentam retornos esperados mais baixos para a mesma quantidade de risco.
332
Q

Quando pode mudar a Security Market Line (SML)?

A

A mudança da SML também pode ocorrer quando os principais fatores econômicos fundamentais se modificam, como uma alteração na taxa de inflação esperada, no PIB ou na taxa de desemprego. Além disso, essa linha possui as mesmas limitações do CAPM, pois é baseada nas mesmas suposições. Todavia, as condições do mercado real não são caracterizadas por uma forte eficiência, considerando que os participantes do mercado possuem diferentes habilidades para tomar ou emprestar dinheiro a uma taxa livre de risco, e, além disso, os custos de transação são diferentes. Abaixo listamos outras limitações:

  • A taxa livre de risco é o rendimento de títulos públicos de curto prazo, mas ela pode mudar ao longo do tempo e apresentar uma duração ainda mais curta, causando volatilidade;
  • Os retornos do mercado são calculados a partir de um desempenho
    passado que não pode ser tomado como garantia no futuro;

-A principal contribuição da SML é o coeficiente beta; prever uma precisão beta para o modelo, todavia, é difícil, de modo que a confiabilidade dos retornos esperados da SML é questionável se não forem consideradas suposições apropriadas para o cálculo do beta.

333
Q

Como determinar a posição de uma carteira em relação à linha do mercado de ativos?

A

Para determinar a posição de uma carteira em relação à linha do mercado de ativos, dois pontos precisam ser apresentados. Para um ativo sem risco, β = 0 (isto é, o retorno livre de risco) será constante. Isso significa que esse ativo não é conduzido pelo mercado, de modo que suas oscilações independem completamente do movimento deste.

Para o próprio mercado, temos β = 1. Nesse sentido, o modelo CAPM afirma que, em equilíbrio, apenas o risco sistemático afeta o preço do ativo, e não o risco total. Desse modo, em um cenário de CAPM ideal, não existiriam preços subavaliados nem sobreavaliados. Todos os recursos (isto é, todas as carteiras) estariam posicionadas sobre a linha do mercado de ativos. No entanto, para fins práticos do mundo real, podemos comparar o preço e o retorno esperado de um ativo em relação ao que deveria estar em conformidade com o modelo CAPM. A partir disso:

  • Se os ativos estiverem acima da linha do mercado de ativos, eles serão considerados de baixo custo no que se refere ao CAPM, pois um retorno esperado elevado significa que seu preço está baixo em relação ao valor justo precificado pelo CAPM;

-Se os ativos estiverem abaixo da linha do mercado de ativos, significa que estão sobreavaliados em relação ao esperado pelo modelo CAPM.

334
Q

Qual a diferença entre Capital Market Line (CML) e Security Market Line (SML)?

A

Capital Market Line (CML) é a linha de mercado de capitais utilizada com a finalidade de apresentar as taxas de retorno. Ela depende de taxas de retorno sem risco e de níveis de risco para um portfólio específico.

A SML é uma representação gráfica do risco e do retorno do mercado em um determinado momento, tendo como base o modelo CAPM.

A diferença fundamental entre ambas as linhas é o modo como os fatores de risco são medidos, pois, enquanto o desvio-padrão (ou
fator de risco total) é a medida de risco para a CML, o coeficiente beta é que determina os fatores de risco da SML, o que ajuda a encontrar a contribuição de risco do ativo para o portfólio.

335
Q

Qual a interpretação de retorno esperado e retorno requerido na prova?

A

Retorno esperado:
Sua análise

Retorno requerido:
Regra Geral - equação ao CAPM

  • caso não tenha nada para embasar a “sua análise” o retorno esperado pode ser o CAPM