Clínica Médica - Nefro Flashcards

1
Q

Sintomas clássicos da síndrome nefrítica?

A

Oligúria, edema, HAS e hematúria —> sequela da infecção por streptococcus beta-hemolítico grupo A.

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2
Q

Por quanto tempo o complemento permanece baixo na sd nefrítica?

A

O C3 e CH50 permanecem baixo por até 8 semanas. Berger NÃO tem queda de complemento.

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3
Q

Defina Nefrite intersticial aguda (NIA).

A

É a inflamação do interstício por alguma causa, levando células inflamatórias e leucócitos.

-CAUSAS: Alergia medicamentosa é a principal (beta-lactâmicos, sulfa, rifampicina, AINE, alopurinol, fenitoína), infecção, autoimune.

  • CLÍNICA: INSUFICIÊNCIA RENAL OLIGÚRICA + DOR LOMBAR + FEBRE + RASH. Ocorre pela compressão tubular gerada pela inflamação!

Laboratório:
- Elevação de ureia e creatinina
- Hematúria não dismórfica
- Proteinúria subnefrótica -
-
(*) O melhor método para identificar é o de HANSEL
Obs: o padrão-ouro para o diagnóstico é a BIÓPSIA, que em geral não é feita.

Tratamento:
- ELIMINAR O FATOR CAUSAL
- CORTICOIDE SE NECESSÁRIO (inflamação que não melhora com a retirada do fator desencadeante)

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4
Q

Principais características da GNPE

A
  • Infecção prévia com período de incubação adequado (1-3 semanas para faringoamigdalite e 2-6 semanas para piodermite)
  • ASLO: + na faringite
  • Anti-DNAse B: típica de piodermite
  • Queda transitória do complemento (C3 e CH50).
  • Microscopia eletrônica: humps/corcovas
  • Tratamento: suporte + ATB (erradicar cepas nefritogênicas e evita transmissão).
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5
Q

Nefropatia por IgA (Doença de Berger).

A
  • Depósitos de IgA no mesângio: é um glomérulo hiperreativo.
  • CLÍNICA: hematúria e mais nada.
  • Não há período de incubação: síndrome sinrofaringítica.
  • DIAGNÓSTICO: Elevação de IgA sérica + depósitos cutâneos de IgA na pele + hematúria dismórfica + complemento normal.
  • TRATAMENTO: Conservador.
  • Diagnóstico diferencial com Púrpura de Henoch-Schonlein.
  • FATORES DE MAU PROGNÓSTICO: Homem, idade avançada ao diagnóstico, CR > 1,5 ao diagnóstico, HAS, ausência de hematúria macro, depósito de IgA nas alças capilares, proteinúria persistente > 1-2g/dia.
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6
Q

Necrose tubular aguda (NTA)

A
  • MECANISMO: Redução da reabsorção + redução da filtração;
  • ETIOLOGIA: isquemia (choque, contraste iodado), toxina (droga, rabdomiólise).
  • TRATAMENTO: Retirar agente agressor + suporte + hidratação.
  • PREVENÇÃO: Contraste = hidratação; hipo-osmolar / rabdomiólode = hidratação; manitol.
  • NTA: urina diluída e com mais Na. Diferencia-se de pré renal, que tem a urina concentrada e com mais Na.
  • Relação ureia/creatinina:
    ~ NTA < 20;
    ~ Pré-renal > 40.
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7
Q

Necrose de papila

A
  • MECANISMO: Hipóxia de papila;
  • CAUSAS:
    1.Pielonefrite
    2. Hemoglobinopatia (falciforme)
    3. Obstrução
    4. DM
    5. Analgésico
  • CLÍNICA: FEBRE + DOR LOMBAR/DISÚRIA + HEMATÚRIA.
  • DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: pielonefrite e litíase
  • DIAGNÓSTICO: Urografia excretora (“Ring-Shadow ou Sombra em anel”)
  • TRATAMENTO: Afastar a causa e avaliar ITU.
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8
Q

Defina Síndrome Nefrótica.

A

→ PROTEINÚRIA > 3-3,5g/dia (criança: > 50mg/kg/dia)
- ALBUMINA: edema* por redução da pressão oncótica
- ANTITROMBINA III: trombose
germes encapsulados (principalmente pneumococo)
- TRANSFERRINA: anemia resistente a reposição de ferro
(*) Principais características do edema:
- MATINAL/PERI-ORBITÁRIO com tendência à hipovolemia = evitar diuréticos (pode usar, mas caso isso seja feito, que seja com cautela)

  • É COMUM A ANASARCA
    → LIPIDÚRIA
  • Cilindros graxos
  • Risco maior de aterogênese acelerada / dislipidemia

→ QUADRO CLÍNICO:
EDEMA + HIPOALBUMINEMIA + “COMPLICAÇÕES”
→ INFECÇÕES: principalmente pneumocócica
→ ATEROGÊNESE ACELERADA: doença cardiovascular concomitante
→ REDUÇÃO DE T4 TOTAL, CÁLCIO, ANEMIA FERROPRIVA REFRATÁRIA → TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (↓AT3, PTN C e S): pode acontecer em VEIA RENAL*

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9
Q

Quais são as formas de síndrome nefrótica?

A
  1. Lesão mínima: criança 1-8 anos
    - Fusão e retração dos processos podocitários.
    - Ótima resposta a corticoides.
    - Associa-se com linfoma de Hodgkin e uso de AINES.
    - Não consome complemento.
  2. GEFS
    - Principal causa em adultos;
    - Comprometimento de <50% dos glomérulos;
    - Não consome complemento;
    - Se não é Hodgkin, AINES, neoplasia oculta, hepatite B, captopril, sais de ouro, D-penicilamina ou hepatite C: é GEFS.
    - TTO: corticoide + nefroproteção (IECA ou BRA).
  3. GN proliferativa mesangial
    - Proliferação celular no mesângio;
    - Cursa com hematúria.
  4. Nefropatia membranosa
    - Depósitos subepiteliais de imunocomplexos → espessamento da MB → vira uma “membranona”;
    - Associação com neoplasia, hepatite B, captopril, sais de ouro, lúpus e D-penicilamina;
    - Não consome complemento;
    - Pode ser sinal inicial do LES e causar TVR;
    - TTO: nefroproteção + corticoide (tentar).
  5. GN Mesangiocapilar ou Membranoproliferativa
    - Expansão mesangial e duplo contorno;
    - Diagnóstico diferencial com GNPE → pode levar a hematúria, estar associada à infecção estreptocócica e consome complemento, mas aqui há proteinúria nefrótica e o complemento é consumido por mais de 8 semanas;
    - Associação com hepatite C;
    - Tto: depende da causa | corticoide + antiviral + nefroproteção.
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10
Q

Defina trombose glomerular.

A

→ Hemólise (esquizócitos) + uremia + plaquetopenia.
- Surge após infecção por E. coli (O157H7), que produz uma toxina que lesa endotélio glomerular → expõe fator tecidual → adesão plaquetária → consome muita plaqueta e faz muita agregação → trombose.

→ TTO: suporte.

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11
Q

Cálculo para ver se diurese está preservada.

A
  • Débito urinário: urina recolhida / (peso x tempo em horas) —> função renal preservada maior que 0,5 e CR basal
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12
Q

Principal complicação infecciosa da sd nefrótica?

A

Peritonite bacteriana espontânea (PBE), causada por Streptococcus pneumoniae.

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13
Q

Qual a relação entre a síndrome nefrótica e o hipertireoidismo?

A

Há redução da globulina de ligação de tiroxina (TBG) e pode determinar anormalidades nos exames da tireoide, falsamente sugerindo hipofunção tireoidiana (pelo T4 total baixo), mas com níveis de hormônio livre e TSH normais.

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14
Q

Consequências de distúrbio no túbulo contorcido proximal?

A

Distúrbios do TCP
→ Promove a reabsorção (65% do filtrado) de:
- Glicose: manifestada por GLICOSÚRIA (sem ↑glicemia) - Ácido úrico: URICOSÚRIA

  • Bicarbonato: ACIDOSE TUBULAR RENAL TIPO II*
    ✓ Causa: bicarbonatúria
    ✓ Detalhe: hipocalemia (perde HCO3- e K+ para compensar)
  • Falha generalizada: SÍNDROME DE

FANCONI
✓ Causa: principalmente mieloma múltiplo
✓ Glicosúria sem hiperglicemia + acidose e hipocalemia

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15
Q

Consequências de distúrbios da alça de henle?

A

→ Concentra a medula através do carreador Na-K-2Cl

  • Principais marcas: POLIÚRIA + HIPOCALEMIA + ALCALOSE +
    HIPERCALCIÚRIA/NEFROLITÍASE
  • Carreador inibido por doença: Sd de Bartter
  • Carreador inibido por remédio: furosemida.
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16
Q

Consequências de distúrbios do TCD?

A

Distúrbios do TCD
→ Reabsorve sódio ou cálcio através do carreador Na-Cl

  • Principais marcas: HIPOCALCIÚRIA + HIPOCALEMIA + ALCALOSE +
    HIPERMAGNESIÚRIA + HIPOMAGNESEMIA
  • Carreador inibido por doença: SÍNDROME DE GITELMAN
  • Carreador inibido por remédio: TIAZÍDICOS (pode ser útil na prevenção de calculose renal).
17
Q

Distúrbios da TC medular?

A

Distúrbios do TC Medular
→ Reabsorve água/concentra a urina via ADH
- DIABETES INSIPIDUS NEFROGÊNICO: marcado por POLIÚRIA + HIPOSTENÚRIA + POLIDIPSIA + HIPERNATREMIA por ação ineficaz/resistência ao ADH
- Causa clássica: uso de LÍTIO.

18
Q

Distúrbios do TC cortical?

A

Distúrbios do TC Cortical
→ Reabsorve sódio trocando ora por potássio, ora por hidrogênio -ATRI
✓ Causa: diminuição da secreção H+ (como secreta pouco H+, libera mais K+ em compensação. Faz hipoK)
✓ Detalhe: hipoK
-ATRIV
✓ Causa: diminuição da aldosterona, as trocas acontecem de
forma menos intensa (retém potássio, hiperK)
✓ Detalhe: hiperK

19
Q

Distúrbios do TC cortical?

A

Distúrbios do TC Cortical
→ Reabsorve sódio trocando ora por potássio, ora por hidrogênio -ATRI
✓ Causa: diminuição da secreção H+ (como secreta pouco H+, libera mais K+ em compensação. Faz hipoK)
✓ Detalhe: hipoK
-ATRIV
✓ Causa: diminuição da aldosterona, as trocas acontecem de
forma menos intensa (retém potássio, hiperK)
✓ Detalhe: hiperK

20
Q

Estenose de artéria renal.

A
  • CAUSAS:
    1. Aterosclerose: idosos, mais comum, proximal a aorta.
    2. Displasia fibromuscular: mulher jovem, menos comum, distal a aorta.

CONSEQUÊNCIAS:
- Ativação do SRAA SEM HIPOVOLEMIA presente!

QUADRO CLÍNICO DE HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
✓ Vasoconstrição e HIPERTENSÃO ARTERIAL de difícil controle
✓ RETENÇÃO DE SÓDIO
✓ HIPOCALEMIA + ALCALOSE
✓ SOPRO NO ABDOME
✓ SINAIS DE ATEROSCLEROSE
✓ ATROFIA RENAL OU ASSIMETRIA > 1,5CM

EXAMES DE RASTREIO: Cintilografia com captopril e USG renal com Doppler.

EXAMES CONFIRMATÓRIOS: AngioTC ou AngioRM e Arteriografia renal.

TRATAMENTO
1. Displasia fibromuscular
- Angioplastia (geralmente sem stent, pelo baixo risco de recidiva)
2. Aterosclerose
- IECA OU BRA (se unilateral)
- Se estenose bilateral ou estenose em rim único (chamadas de nefropatia isquêmica): IECA E BRA SÃO CONTRAINDICADOS. Nesses casos, optar por bloqueador do canal de cálcio e revascularização: ANGIOPLASTIA (geralmente com stent, pelo alto risco de recidiva).

21
Q

Ateroembolismo

A

CAUSAS:
- Principal: Fator precipitante (geralmente procedimento vascular → ex: arteriografia).

ACHADOS: “êmbolo chuveirando”
- Rim: insuficiência renal;
- Pele: livedo reticular;
- Extremidades: sd do dedo azul
- Retina: placas de Hollenhorst (patognomônicas)

Se realizar biópsia: FISSURA VASCULAR BICONVEXA

LABORATÓRIO
- ↑CPK
- EOSINOFILIA/EOSINOFILÚRIA
- QUEDA DO COMPLEMENTO

22
Q

Principais causas de uremias

A
  • Aumento da produção de ureia no fígado devido a dieta proteica alta;
  • Fumo;
  • Degradação incrementada de proteína motivada por cirurgias, infecções, traumas ou cânceres;
  • Hemorragias gastrointestinais e certas drogas ou medicamentos;
  • Redução da eliminação de ureia, devido a descenso do fluxo sanguíneo pelo rim;
  • Obstrução do fluxo de urina ou desidratação.
23
Q

Cálculo da osmolaridade

A

Osmolaridade = 2. Na + Glicose/18 + Ur/6 (VR: 285-295).
Osmolaridade efetiva: sai a ureia da fórmula.
GAP osmótico: osm medida (osmômetro) - osm plasmática (calculada). Se > 10: intoxicação exógena.

24
Q

Quais são as causas de hiponatremia?

A
  1. Excesso de água: iatrogênica, polidipsia primária.
  2. Excesso de ADH: pode ser hiper, hipo ou normovolêmico.
    - Hipovolemia: diuréticos, sangramentos, perdas digestivas e urinárias…
    - Hipervolemia: líquido no 3º espaço (edema)
    - Normovolemia: SIADH.
25
Q

Tratamento para hiponatremia?

A
  1. Hiponatremia hipovolêmica: Sf 0,9%.
  2. Hiponatremia hipervolêmica: restrição hídrica, furosemida.
  3. Hiponatremia normovolêmica: restrição hídrica, furosemida, demeclociclina ou vaptanos.
  4. Se hiponatremia aguda sintomática (<125): repor NaCl 3%. Cuidado durante a reposição, risco de síndrome de desmielinização osmótica (sintomas: letargia, tetraparesia, disfagia, disartria).
26
Q

Qual a clínica na hiponatremia?

A
  • Edema neuronal
  • Hiponatremia aguda (<48h): cefaleia, convulsão, coma.
  • Hiponatremia crônica (>48h): nada.
27
Q

Causas de hiperNa?

A
  1. Incapacidade de pedir/ingerir líquidos (acamados, idosos, RN, coma)
  2. Diabetes insipidus (déficit de ADH: central ou nefrogênico - nefrogênico não responde se der ADH).
28
Q

Clínica de hiperNa?

A

Desidratação neuronal: cefaleia, hemorragia cerebral, coma.

29
Q

Tratamento para hiperNa?

A
  • Água potável VO ou enteral;
  • Soluções hipotônicas (SG 5% ou NaCl 0,45% EV)
  • Reduzir em até 10mEq nas primeiras 24h.

Reposição rápida: risco de edema cerebral.

30
Q

Causas de hipocalemia?

A
  1. Excreção/perde muito: vômitos, diarreia, poliúria, hiperaldosteronismo, ATR, diuréticos, anfotericina B.
  2. Influxo celular/“Guarda muito”: insulina, tto para cetoacidose, adrenalina, alcalemia, reposição de B12.
31
Q

Clínica de hipocalemia?

A
  • Fraqueza, câimbras, fadiga.
  • Constipação / íleo paralítico
  • Alterações cardíacas: alterações ECG
  • Alterações ECG:
    1. Onda T achatada
    2. Onda P apiculada
    3. Aumento de QT
    4. Aparecimento de onda U
32
Q

Tratamento de hipocalemia

A
  • Via de escolha: oral (xarope ou comprimido);
  • Se intolerância TGI, K < 3 ou ECG alterado: EV
  • Se hipocalemia refratária: pensar em hipomagnesemia.
33
Q

Causas hipercalemia

A
  1. Retenção / “Perde pouco”: IR, hipoaldosteronismo (ATR IV, IECA/BRA), heparina, espironolactona.
  2. Efluxo celular / “Guarda pouco”: acidose, rabdomiólise, lise tumoral, hemólise maciça.
34
Q

Clínica hiperK

A
  • Fraqueza muscular, câimbra.
  • Alterações cardíacas: alterações ECG

*Alterações ECG:
1. Onda T apiculada (onda T em tenda)
2. Onda P achatada
3. Diminuição de QT
4. Alargamento QRS

35
Q

Tratamento hiperK

A

Abordagem:
1. Se ECG alteado ou K > 6,5, estabilizar a membrana cardíaca com GLUCONATO DE CÁLCIO 10% (1 ampola em 2-5 minutos)

  1. Reduzir o potássio
    ✓ “Guardar na célula”: GLICOINSULINOTERAPIA, BETA-2-
    AGONISTA, NAHCO3 (SE ACIDOSE)
    ✓ “Perder pela urina ou pelo TGI”: FUROSEMIDA (evitar se
    nefropatia), SORCAL (resina de troca)
  2. Se refratário: DIÁLISE