Cirurgia Geral - Trauma Flashcards

1
Q

O que é choque neurogênico?

A

É um choque hemodinâmico (hipotensão). Durante o trauma, há perda do simpático, prevalece parassimpático, levando a uma vasodilatação intensa —> hipotensão. No entanto, não há simpático para compensar a frequência cardíaca, que se mantém baixa. Gera hipotensão e bradicardia.

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2
Q

O que é choque medular?

A

É um choque por “pancada” na medula, levando a um “curto-circuito”. Gera flacidez e arreflexia.

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3
Q

Sinais de fratura da base de crânio?

A
  1. Sinal de Guaxinim
  2. Sinal de Battle
  3. Rinorreia, otorreia e hemotímpano.
    NÃO PASSAR NADA PELO NARIZ! Ainda pode tentar IOT.
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4
Q

Defina concussão cerebral.

A

Lesão por desaceleração (nocaute), gerando uma perda súbita de consciência por até 6 horas. A conduta é observação.

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5
Q

Defina Lesão Axonal Difusa (LAD).

A

Lesão por cisalhamento (“corta o fio”). Córtex acelera mais que o tronco cerebral: rompe.
Clínica: perda súbita da consciência por mais de 6 horas + Glasgow baixo + TC inocente.

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6
Q

Classifique hematoma subdural.

A
  • Acomete veias-ponte.
  • Fator de risco: atrofia cortical (idoso/alcoólatra / coagulopatia).
  • Clínica progressiva.
  • TC: imagem hiperdensa em crescente (“escorre no crânio”).

Drenagem do hematoma se desvio maior ou igual a 5mm da linha média.

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7
Q

Classifique hematoma epidural.

A
  • Acomete artéria meníngea.
  • FR: trauma intenso no osso parietal.
  • Clínica: intervalo lúcido.
  • TC: imagem biconvexa (empurra tudo).
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8
Q

6 Critérios que sugerem alto risco de intervenção no TC leve?

A
  1. ECG < 15 após 2h do trauma;
  2. Suspeita de fratura de crânio aberta ou com afundamento;
  3. Sinais de fratura de base de crânio (guaxinim, Battle, hemotímpano, otorreia ou rinorreia liquórica);
  4. Vômitos de repetição;
  5. Uso de anticoagulantes
  6. Idade > 65 anos.
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9
Q

4 Critérios comumente utilizados para a retirada de dreno torácico.

A
  1. Melhora clínico-radiológica do paciente (alguns autores não julgam necessária a realização de um exame de imagem);
  2. Presença do dispositivo por, no mínimo, 24-48h;
  3. Ausência de escape aéreo;
  4. Débito baixo, geralmente < 150 ml/24h.

OBS: O fato de evidenciarmos oscilação no dreno significa, unicamente, que ele está adequadamente alocado (no espaço pleural) e oscila conforme as variações de pressão na caixa torácica.

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10
Q

Quais são os critérios utilizados para retirar o colar cervical?

A

Os critérios NEXUS (National Emergency X-Radiography Utilization Study) são compostos por 5 critérios de baixo risco. Caso o paciente tenha os 5, pode ser realizada a retirada do colar cervical sem radiografia.
Os critérios são:
1. Ausência de déficit neurológico;
2. Ausência de intoxicação exógena;
3. Nenhuma lesão grave (distração);
4. Sem alteração de nível de consciência;
5. Sem dor na coluna.

Caso o paciente tenha mais de 65 anos, parestesia nas extremidades, ou algum critério de alto risco para lesão, o colar só deve ser retirado após exame de imagem.
Os critérios de alto risco são:
1. Queda maior ou igual a 1 metro;
2. Sobrecarga axial na cabeça;
3. Acidente automobilístico (alta velocidade > 100 km/h, capotamento ou ejeção); veículos motorizados de lazer; e acidentes de bicicleta.

Caso o paciente não se encaixe nestes critérios, e tenha algum fator de baixo risco que permita avaliação segura da mobilidade cervical, deve-se solicitar que rode o pescoço ativamente a 45º. Caso obtenha sucesso pode ser removido o colar cervical.

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11
Q

Medidas clínicas para controle da hipertensão intracraniana.

A
  • Elevação da cabeceira do leito 30-45º;
  • Osmoterapia, com manitol ou salina hipertônica 3% 25-100mg até de 4/4h (mantendo osmolaridade sérica < 320 mOsm/L);
  • Hiperventilação transitória com FiO2 a 100%, mantendo PaCO2 entre 30-35 mmHg (causa vasoconstrição das artérias cerebrais e reduz a PIC)
  • Sedação, com midazolam, propofol ou opioides (agitação pode aumentar a PIC).

**O uso de corticóides só são indicados em casos de HIC por abscesso ou tumores de SNC, não sendo preconizados para o trauma, uma vez que não melhoram o prognóstico e podem agravar alterações nutricionais e metabólicas.

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