Cicatrização, Queimaduras, Enxertos e REMIT Flashcards
Significado de REMIT
Resposta endócrina metabólica imunológica ao trauma
O que é metabolismo intermediário
Sobreposição do metabolismo catabólico e anabólico
Qual é o hormônio anabólico? (constrói o estoque)
Insulina
Mecanismos do Anabolismo
Após alimentação
Sobra de glicose → insulina inicia o anabolismo (construção de estoque):
- Glicogenogênese em fígado e músculo
- Lipogênese
Mecanismos do Catabolismo
Trauma ou jejum
↓ glicemia → ↓ insulina → hormônios contra insulínicos → destruição de estoque:
- Glicogenólise → mantém glicemia por 12-24h
- Gliconeogênese a partir da proteólise e lipólise → glutamina, alanina, lactato, glicerol e ácidos graxos → transformação em glicose
Hormônio que não aumenta no trauma
Insulina
Único produto da glicogenogênese que não se transforma em glicose
Ácidos graxos
Produto utilizado como fonte primária de energia sem ser a glicose, pelo cérebro
Ácido graxo
O que é o ciclo de Felig?
Transformação da alanina em glicose
O que é o ciclo de Cori?
Transformação do lactato em glicose ➡ consumo de energia
Após passagem pelo fígado, os ácidos graxos se transformam em…
corpos cetônicos
Qual a via preferencial utilizada para realização da gliconeogênese?
Lipólise → proteólise cursaria com perda muscular. Melhor perder gordura.
Cérebro começa a consumir lactato em jejum/trauma em detrimento da glicose. V ou F?
Falso. Cérebro consome corpos cetônicos
O jejum pré-cirúrgico tende a diminuir cada vez mais de tempo, pois assim os estoque não são utilizados antes da cirurgia (evita proteólise). V ou F?
Verdadeiro
quantas kcal 1g de glicose oferece?
4 kcal
Quantas kcal oferecer ao paciente para sustentar o processo de jejum pré-cirúrgico?
400 kcal
Quanto equivale 400 kcal em soro glicosado a 5%, em ml?
2000 ml
Quais são os hormônios contrainsulínicos (hormônios catabólicos)?
ADRENAL:
- Cortisol → gliconeogênese e permite a ação das catecolaminas
- Catecolaminas → broncodilatação, ↑ FC, vasoconstricção, atonia intestinal
- Aldosterona → retém Na e H2O e libera K e H+ → alcalose
HIPOTÁLAMO:
- ADH → oligúria
- GH → lipólise
PÂNCREAS:
- ↑ Glucagon → gliconeogênese
- ↓ Insulina
Quais as substâncias que o organismo tenta poupar para nos oferecer diante de uma situação de estresse após trauma?
H2O, glicose e O2
Quais as citocinas mais importantes liberadas pelo paciente pela resposta imunológica ao trauma?
IL-1, IL-2 → ↑ temperatura
TNF-alfa → anorexia
Como modular a REMIT em cirurgias eletivas?
Catabolismo é iniciado no trauma por dor e lesão → analgesia/anestesia, cirurgia laparoscópica
Citocinas antinflamatórias
IL-4, IL-10, IL-13
Anestesia epidural reduz a resposta..
endócrina
Cirurgia laparoscópica reduz a resposta…
imune
Fases da cicatrização das feridas (3)
Inflamação
Proliferativa/regeneração
Maturação
Características da fase inflamatória da cicatrização
Exsudato na ferida Vasoconstrição para áreas não lesadas Início da hemostasia ↑ permeabilidade vascular pela histamina Neutrófilos fazer a limpeza local por 24-48h Macrófagos libera TGF-beta Linfócito T libera IFN-y
Primeiras células a chegar no local da ferida
neutrófilos
Fator mais importante para a hemostasia
TGF-beta
IFN-y estimula que célula?
fibroblasto
Características da fase proliferativa da cicatrização
Tecido de granulação (tecido friável)
Fibroblasto é a células principal → libera colágeno → fibroplasia
Angiogênese
Epitelização da ferida
Colágeno inicial depositado na ferida
Tipo III
Características da fase de maturação da cicatrização
Bordas “contraindo”
Miofibroblasto aproxima a borda da ferida
Troca do colágeno tipo III pelo tipo I (↑ força tênsil)
Fator mais comum de prejuízo de cicatrização
Infecção
Fatores que prejudicam a cicatrização
Infecção Idade avançada DM: interfere em todas as fases Hipóxia: doença vascular, tabagismo, Ht < 15% Hipoalbuminemia (< 2) → desnutrição ↓ vit A, C, K e zinco Corticoide
Diferenciação entre queloide e cicatrização hipertrófica
Queloide: ultrapassa os bordos da ferida, processo tardio (> 3 meses), refratária ao tratamento
Cicatriz hipertrófica: não ultrapassa os bordos, precoce, mais comum em áreas de tensão, corticoide pode ser feito
Queimadura no pré-hospitalar
Avaliar a segurança da cena
ABCDE
Afastar o paciente da fonte de calor → retirar as roupas e joalheria
Resfriar lesão → água em temperatura ambiente só até 15-30 min após o trauma
Prevenção da hipotermia → envolver paciente em cobertores secos
Não esquecer da reposição hídrica → peso x SCQ/8 → SRL (só até o paciente chegar ao hospital
Decidir se precisa de centro especializado
Regra de Wallace
Cabeça 9% (só na face anterior → 4.5%) MS 9% (só face anterior → 4.5%) Tronco 36% (só região anterior → 18%) MI 18% (só face anterior → 9%) Mão 1% Área íntima: 1%
A PARTIR DE QUEIMADURA DE 2o GRAU
Como saber se paciente precisa de centro especializado
Paciente grande queimado:
- 2o grau → > 10% SCQ
- 3o grau → qualquer %
- Face, mão/pé, grandes articulações
- Olho, períneo/genitália
- Lesão por inalação
- Química ou elétrica graves
- Comorbidades que podem piorar o quadro
Complicações respiratórias quando há queimadura em face e pescoço
Lesão térmica das VAS → fumaça limpa (lesão térmica)
Lesão pulmonar por inalação → fumaça suja (lesão por inalação)
Clínica da Lesão térmica das VAS
Hiperemia de orofaringe
Rouquidão
Estridor
Insuficiência respiratória imediata (edema)
Exame para visualização da Lesão térmica das VAS
Laringoscopia
Tratamento da Lesão térmica das VAS
Suporte ventilatório
IOT precoce