CHOQUE Flashcards

1
Q

Descreva a fisiopatologia do choque distributivo

A

Há o aumento da demanda tecidual de oxigênio, junto com a diminuição da oferta. Assim há o estímulo à respiração anaeróbia, com consequente aumento do lactato e a acidose metabólica. Sua característica e a vasodilatação periférica, com extravasamento do líquido para o interstício. O mecanismo compensatório (vasoconstrição) não consegue atuar, tendo um péssimo prognóstico.
E o tipo de choque mais comum

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2
Q

Quais são as etiologias mais comuns do choque distributivo?

A

Choque séptico
Choque anafilático
Choque neurogênico

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3
Q

Descreva o choque séptico

A

No choque séptico, há a inflamação, seguida de resposta imune e lesão endotelial. Por conta disso, há o aumento da permeabilidade vascular periférica, bem como a produção de óxido nítrico (um potente vasodilatador).
O paciente cursa com edema, hipotensão, diminuição do fluxo urinário, confusão mental… (sintomas primários de choque)

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4
Q

Descreva o choque anafilático

A

O choque anafilático ocorre em pacientes com uma alergia grave.
A partir da alergia, há a liberação de histamina (vasodilatador), com uma inibição da vasoconstrição devido ao edema e a dificuldade respiratória.

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5
Q

Descreva o choque neurogênico

A

No choque neurogênico, há a diminuição agressiva da ação do tônus vascular promovido pelo sna simpático, a partir de uma lesão medular cervical ou torácica alta. A partir disso, há a vasodilatação (já que o tônus simpático reduziu, o parassimpático passa a dominar) e um extravasamento de líquido para o subcutâneo.

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6
Q

(V ou F) o choque distributivo e a única modalidade de choque que cursa com vasodilatação

A

É importante observar que o choque distributivo é a única modalidade de choque em que ocorre vasodilatação. Em todos os outros tipos de choque vai ocorrer uma vasoconstrição reflexa, que ocorre como mecanismo compensatório determinado pela ativação simpática. No choque distributivo esse mecanismo compensatório não consegue atuar, já que a musculatura lisa arteriolar se encontra seriamente lesada, não respondendo ao estímulo simpático.

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7
Q

(V ou F) o choque distributivo é o tipo de choque mais grave, apresentando pior prognóstico e maiores índices de mortalidade

A

Verdadeiro

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8
Q

pacientes que apresentam inflamações locais podem cursar com choque distributivo? O que é a sepse é porque ela comumente gera choque distributivo?

A

uma infecção local é transmitida a outros tecidos pela corrente sanguínea, adquirindo assim caráter sistêmico (sepse).

Os agentes causadores da infecção são produtores de toxinas que induzem à produção de mediadores inflamatórios como interleucinas, bem como a síntese de óxido nítrico.
Essas substâncias têm uma potente ação vasodilatadora.
Essa resposta inflamatória é crucial para o combate a infecções locais, e a vasodilatação local não causa grandes prejuízos. No entanto, em uma infecção acometendo todo o organismo, uma vasodilatação generalizada diminui a RVP e, consequentemente a PA e a PEC.

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9
Q

(V ou F) pacientes de choque, sempre apresentam taquicardia como um sintoma precoce

A

Falso. Os pacientes com choque neurogênico não apresentarão taquicardia devido a lesão do sistema simpático

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10
Q

Descreva o choque distributivo por insuficiência adrenal

A

O cortisol e de extrema importância para os efeitos sistêmicos da adrenalina. Assim, se houver uma insuficiência dos níveis de
cortisol, ocorrerá uma vasodilatação generalizada com consequente redução da PEC.
Obs: em casos de uso prolongado de corticoesteroides!

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11
Q

Qual é o mecanismo do choque obstrutivo?

A

O choque obstrutivo e caracterizado pela obstrução ou compressão dos grandes vasos ou do próprio coração, diminuindo o débito cardiaco e a perfusão tecidual.

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12
Q

Qual seria o mecanismo mais comum de choque obstrutivo gerado por um pneumotórax hipertensivo?

A

A compressão da veia cava inferior, com consequente diminuição do retorno venoso, da pré carga e consequentemente, do débito cardíaco.

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13
Q

Por que o tamponamento cardíaco pode gerar um choque restritivo?

A

A presença do sangue entre as membranas do pericárdio seroso provoca o aumento do volume pericárdico. Como o pericárdio fibroso não permite a dilatação excessiva do coração, esse volume acaba por gerar uma compressão do coração com comprometimento do enchimento do coração durante a diástole, diminuindo o débito cardíaco.

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14
Q

Quais são as 03 etiologias que comumente geram choque restritivo ou obstrutivo?

A

Tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo e tromboembolismo pulmonar

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15
Q

Diferencie choque restritivo de choque cardiogênico

A

O choque restritivo se da por compressão do coração ou dos grandes vasos, enquanto o choque cardiogênico e causado pela diminuição do débito cardíaco por doenças inerentes ao coração

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16
Q

Descreva as principais causas de um choque hipovolêmico

A

PRINCIPAL: hemorragia (choque hemorrágico)

No caso de choque hipovolêmico não-hemorrágico: perdas gastrointestinais, perdas renais e perdas através da pele

17
Q

(V ou F) Um paciente chocado sem sintomas que sinalizem uma hipovolemia como causa do choque não deve receber reposição volêmica

A

FALSO! Todos vão receber reposição volêmica como tratamento inicial, pois qualquer paciente com sinais de choque é considerado como hipovolêmico até que se prove o contrário

18
Q

Descreva a perda sanguínea (em % e em ml) de cada uma das 4 classes de choque hemorrágico

A

Classe I: perda menor que 750ml ou 15% do volume sanguíneo
Classe II: de 15 a 30% ou 750ml a 1,5L
Classe III: 31 a 40% ou 1,5 a 2L
Classe IV: acima de 40% ou 2L

19
Q

(V ou F) Embora seja um choque mais controlado, o Classe II já é capaz de trazer como sintoma a taquicardia e hipotensão

A

FALSO! Os sintomas do choque classe II são taquicardia, queda da pressão DE PULSO, e sutil alteração do SNC. A hipotensão começa a surgir como sintoma na classe III

20
Q

Descreva a conduta para cada um dos 4 classes do choque hemorrágico

A

Classe I: monitorar o estado hemodinâmico
Classe II: Possivelmente será necessário reposição com cristaloides
Classe III: Necessário reposição com cristaloide, possivelmente necessário transfusão de hemácias e produtos sanguíneos
Classe IV: protocolo de transfusão maciça

21
Q

descreva o efeito rebote gerado pela ativação simpática no choque cardiogênico

A

como o choque cardiogenico é causado por doenças intrinsecas ao coração, a ativação simpática com consequente taquicardia, aumenta ainda mais o consumo de oxigenio e, com isso, há a diminuição da oferta e piora rápida do paciente, que passa a cursar com bradicardia.

22
Q

Descreva o manejo do acesso vascular no caso de choque

A

A primeira opção é o acesso venoso periférico, uni ou bi lateral, usando jelco 18. Se não conseguir, ir para o central, mas até conseguir este, pode-se fazer um intraósseo (que vai ser desfeito dps de conseguir o central)
Para a obtenção, é necessário dois cateteres intravenosos periféricos (18G), líquidos aquecidos e obter amostras de sangue

23
Q

Para que serve a amostra de sangue obtida do paciente, na obtenção do acesso vascular?

A

Para fazer exames de tipagem sanguínea, prova cruzada, análise toxicológica e, em caso de mulheres em idade fértil, beta-HCG

24
Q

(V ou F) Todo fluido infundido deve ser aquecido a uma temperatura em torno de 39ºC

A

VERDADE! Evitar a hipotermia

25
Q

(V ou F) Mesmo em pacientes que ainda estejam com a hemorragia não controlada, infusões contínuas de grandes fluidos e sangue será positivo

A

FALSO! Embora ajude a manter a PA, não substitui o controle do sangramento, e ainda agrava essa hemorragia

26
Q

Descreva o conceito de Hipotensão Permissiva

A

Chamada também de reanimação controlada/balanceada/hipotensiva
Se baseia justamente na dualidade de precisar infundir para repor a volemia, mas atentar para não piorar a hemorragia
Basicamente, consiste em aceitar uma PA um pouco abaico do normal
(OBS: isso é uma estratégia, mas não substitui o controle do sangramento)

27
Q

Qual a quantidade de infusão inicial de cristaloide?

A

Adultos: 1L

Crianças com menos de 40kg: 20mL por kg

28
Q

(V ou F) O pulso e a PA do paciente são dados que nos dão uma nossão plena da resposta do paciente à reposição inicial, pois se esses melhoram, significa uma melhoria na perfusão dos órgãos

A

FALSO! Esses dados podem sim nos dizer que a perfusão está voltando ao normal, mas isso não nos garante que a perfusão dos órgãos também está acontecendo. Por isso, usamos o débito urinário

29
Q

Descreva a faixa de normalidade do débito urinário

A

DU Adulto: 0,5mL/kg/h
DU Crianças: 1mL/kg/h
DU Menores de 1 ano: 2mL/kg/h

30
Q

Descreva as faixas de défict básico em cada classe do choque hipovolêmico

A

Classe I: 0 a -2 mEq/L
Classe II: -2 a -6 mEq/L
Classe III: -6 a -10 mEq/L
Classe IV: mais que -10 mEq/L

31
Q

Quais são os principais sintomas que diferenciam um choque classe II para o classe III?

A

Taquipneia
Queda da PA
ECG diminuída
Queda do débito urinário

32
Q

Caracterize os tipos de resposta à reposição volêmica inicial

A

Resposta rápida: responde rapidamente à reposição e fica hemodinamicamente estável
Transitória: responde rapidamente, mas a medida que se reduz a velocidade da infusão, deteriora a perfusão periférica
Mínima/Sem resposta: praticamente não responde à reposição, sinais vitais continuam anormais

33
Q

Qual a perda volêmica estimada em cada um dos 3 tipos de resposta à reposição volêmica inicial?

A

Na resposta rápida, uma perda de 10 a 20% do sangue.
Na transitória, 20 a 40%.
Na mínima/sem resposta, acima de 40%

34
Q

Qual o preparo do sangue indicado para cada tipo de resposta à reposição volêmica inicial?

A

Na resposta rápida, sangue tipado e com prova cruzada.
Na transitória, tipo-específico.
Na mínima/sem resposta, sangue liberado em caráter de emergência

35
Q

(V ou F) No caso de qualquer transfusão sem o resultado das provas cruzadas, é indicado usar o sangue O-

A

FALSO! No caso de uma transfusão de plasma sem provas cruzadas, indicado usar o AB

36
Q

O que é o protocolo de transfusão maciça?

A

Infusão de mais de 10 unidades de sangue em 24h, ou mais de 4 unidades em 1h
1CH:1CP:PF

37
Q

Quais os exames importantes para diagnosticar uma possível coagulopatia?

A

Tempo de Protrombina
Tempo de Tromboplastina Parcial
Contagem de Plaquetas

38
Q

Qual fármaco indicado no caso de identificação de uma coagulopatia, e como deve ser sua administração?

A

Ácido Tranexâmico

Sua primeira dose deve ser adminstrada ainda em cena e, na sequência, deve ser administrado mais 1g dentro de 8h