Chapter 01 - Nomenclatura do Navio Flashcards
1.1. ____________– Embarcação é uma construção feita de madeira, concreto, ferro, aço ou da combinação desses e outros materiais, que flutua e é destinada a transportar pela água pessoas ou coisas.
Barco tem o mesmo significado, mas usa-se pouco. Navio, nau, nave, designam, em geral, as embarcações de grande porte; nau e nave são palavras antiquadas, hoje empregadas apenas no sentido figurado; vaso de guerra e belonave significam navio de guerra, mas são também pouco usados.
Em nossa Marinha, o termo embarcação é particularmente usado para designar qualquer das embarcações pequenas transportáveis a bordo dos navios, e também as empregadas pelos estabelecimentos navais, ou particulares, para seus serviços de porto.
Embarcação e navio
1.2._______ – É o corpo do navio sem mastreação, ou aparelhos acessórios, ou qualquer outro arranjo. Normalmente, o casco não possui uma forma geométrica definida, e a principal característica de sua forma é ter um plano de simetria (plano diametral) que se imagina passar pelo eixo da quilha.
Da forma adequada do casco dependem as qualidades náuticas de um navio: resistência mínima à propulsão, mobilidade e estabilidade de plataforma (art. 5.28.b).
outro
Casco.
1.3. _________ – É a extremidade anterior do navio no sentido de sua marcha normal. Quase sempre tem a forma exterior adequada para mais facilmente fender o mar.
Proa
1.4.________ (Pp) (fig. 1-2) – É a extremidade posterior do navio. Quase sempre, tem a forma exterior adequada para facilitar a passagem dos filetes líquidos que vão encher o vazio produzido pelo navio em seu movimento, a fim de tornar mais eficiente a ação do leme e do hélice.
Popa.
1.5. ______ – São as duas partes simétricas em que o casco é dividido pelo plano diametral. Boreste (BE) é a parte à direita e bombordo (BB) é a parte à esquerda, supondo-se o observador situado no plano diametral e olhando para a proa. Em Portugal se diz estibordo, em vez de boreste.
. Bordos
1.6. ______ – Parte do casco compreendida entre a proa e a popa. As palavras proa, popa e meia-nau não definem uma parte determinada do casco, e sim uma região cujo tamanho é indefinido. Em seu significado original, o termo meia-nau referia-se à parte do casco próxima do plano diametral, isto é, eqüidistante dos lados do navio.
Meia-nau (MN),.
1.7. ______ – Parte externa da proa de um navio.
Bico de proa
1.8. ______ e _______ – Diz-se que qualquer coisa é de vante ou está a vante (AV), quando está na proa; e que é de ré ou está a ré (AR), quando está na popa. Se um objeto está mais para a proa do que outro, diz-se que está por ante-a-vante (AAV) dele; se está mais para a popa, diz-se por ante-a-ré (AAR).
A vante e a ré
1.9. ________– Metade do navio por ante-a- vante da seção a meia-nau.
Corpo de proa (em arquitetura naval)
1.10. _____________ – Metade do navio por ante-a- ré da seção a meia-nau.
Corpo de popa (em arquitetura naval)
1.13. _________ – É uma faixa pintada com tinta especial no casco dos navios, de proa a popa; sua aresta inferior é a linha de flutuação leve (art. 2.2). Normalmente só é usada nos navios de guerra. Linha-d’água, em arquitetura naval, tem outra significação.
Linha-d’água (LA)
1.14._________ – Invólucro do casco acima da linha-d’água. Em arquitetura naval, durante a construção do navio, quando ainda não está traçada a linha-d’água, costado é o revestimento do casco acima do bojo.
Costado
1.15. __________ – Parte da carena, formada pelo contorno de transição entre a sua parte quase horizontal, ou fundo do navio, e sua parte quase vertical.
Bojo (fig. 1-3)
1.16. _________ – Parte inferior do casco, desde a quilha até o bojo; quando o fundo é chato, diz-se que o navio tem fundo de prato, como na fig. 1-3.
Fundo do navio
1.17. _________ – Revestimento exterior do casco de um navio, no costado e na carena, constituído por chapas ou por tábuas.
Forro exterior (fig. 1-1)
1.18. ___________ – Revestimento interior do fundo do navio, constituindo o teto do duplo-fundo (art. 1.59).
Forro interior do fundo (fig. 1-3)
1.19. __________ – Partes curvas do costado de um e de outro bordo, junto à roda de proa.
Bochechas (fig. 1-1)
1.20. __________– O mesmo que bochecha. _______é também uma direção qualquer entre a proa e o través1.
Amura (fig. 1-1)
1.21. ____________(fig. 1-4) – É o limite superior do costado, que pode terminar na altura do convés (se recebe balaustrada) ou elevar-se um pouco mais, constituindo a borda-falsa.
Borda
1.22. _________ – Parapeito do navio no convés, de chapas mais leves que as outras chapas do costado. Tem por fim proteger o pessoal e o material que estiverem no convés, evitando que caiam ao mar. Na borda-falsa há sempre saídas de água (art. 1.91) retangulares, cujas portinholas se abrem somente de dentro para fora, a fim de permitir a saída das grandes massas de água que podem cair no convés em mar grosso.
Borda-falsa
1.23. _________ – Parte interna dos costados. Mais comumente usada para indicar a parte interna da borda-falsa.
Amurada (fig. 1-4)
1.24. ________ – Partes curvas do costado, de um e de outro bordo junto à popa.
Alhetas (fig. 1-2)
1.25. _________ – Parte do costado do navio na popa, entre as alhetas.
Painel de popa, ou somente painel (fig. 1-2)
1.26. _______ – Parte superior do painel de popa.
Grinalda (fig. 1-2)
1.27. __________– Parte curva do costado do navio, na popa, logo abaixo do painel, e que forma com ele um ângulo obtuso ou uma curvatura.
Almeida (fig. 1-2)
1.28. _________ – Partes da carena mais afiladas a vante e a ré, de um e de outro bordo, respectivamente, da roda de proa e do cadaste (fig. 1-5).
Delgados
1.29. ________– Interseção do convés resistente (art 1.56r) com o costado. A fiada de chapas do costado na altura da ______também toma o nome de _______; ela é sempre contínua de proa a popa, tem a mesma largura em todo o comprimento do navio e as chapas, em geral, têm maior espessura que as chapas contíguas. A _______fica quase sempre na altura do convés principal do navio, por ser este usualmente o pavimento resistente.
Cinta, cintura ou cintado do navio (fig. 1-3)
1.30. _________ – A primeira fiada de chapas (ou de tábuas, nos navios de madeira) do forro exterior do fundo, de um e de outro lado da quilha.
Resbordo (fig. 1-3)
1.31. __________– Parte saliente formada no fundo de alguns navios pelo pé de cadaste e a parte extrema posterior da quilha. É comum nos navios que têm leme compensado (art. 6.34b); permite maior estabilidade ao navio.
Calcanhar (fig. 1-6)
1.32. ________ – Qualquer mudança brusca de direção na superfície externa do casco, num chapeamento, numa antepara, numa caverna ou em outra peça qualquer da estrutura.
Quina
1.33._________ – Interstício entre duas chapas ou entre duas tábuas contíguas de um chapeamento ou de um tabuado.
Costura
1.34. __________ – Saliência formada na carena de alguns navios em torno do eixo do hélice.
Bosso do eixo (fig. 1-2)
1.35. ____________ – A parte da proa por ante-a-vante da quilha.
Balanço de proa
1.36.__________– A parte da popa por ante-a-ré da quilha.
Balanço de popa (fig. 1-6)
1.37. _____________ – Construção feita sobre o convés principal, estendendo-se ou não de um a outro bordo e cuja cobertura é, em geral, ainda um convés.
Superestrutura (fig. 1-7a)
1.38. ___________ – Supe- restrutura na parte extrema da proa, acompanhada de elevação da borda.
Caste- lo de proa, ou sim- plesmente castelo (fig. 1-7a)
1.39. __________ – Superestrutura na parte externa da popa, acompanhada de elevação da borda.
Tom- badilho (fig. 1-7a)
1.40. ___________ – Superestrutura a meia-nau. Também chamada incorretamente espardeque, do inglês spardeck.
Superestrutura central (fig. 1-7a)
1.41. ____________– Espaço entre o castelo, ou o tombadilho, e a superestrutura central, num navio mercante; este espaço é limitado inferiormente pelo convés principal e, lateralmente, pelas amuradas e pelas anteparas frontais do castelo, ou do tombadilho, e as da superestrutura central.
Poço (fig. 1-7a)
1.42. ___________ – Superestrutura disposta junto a um dos costados somente, como é o caso dos porta-aviões.
Superestrutura lateral (fig. 1-7b)
1.43. ___________ – Parte rebaixada no costado do navio a fim de se colocar uma peça de artilharia ou alojar uma embarcação num navio de guerra ou, por conveniência da carga ou do serviço, num navio mercante.
Contrafeito (fig. 1-8)
1.44. ____________ – Escudo de chapa que possuem alguns navios de guerra para proteger a guarnição de um canhão, ou o pessoal de um outro posto, do tiro de um outro canhão, cuja boca fique imediatamente acima dele.
Contra-sopro (fig. 1-9)
1.45. ____________ – Espécie de sacada na popa dos antigos navios de guerra de grande porte, comunicando-se por meio de portas com as acomodações do comandante.
Jardim de popa (fig. 1-10)
1.46. ___________ – Concavidade feita numa antepara a fim de alojar um aparelho no compartimento, ou para obter melhor arranjo.
Recesso
1.47. _____________ – Parte de um túnel ampliada em sua seção, tal como os recessos do túnel do eixo, que tem geralmente maior altura junto à praça de máquinas e junto à bucha do eixo.
Recesso do túnel (fig. 1-11)
1.48. _____________– Nos navios de madeira, é uma combinação de várias peças de madeira, formando um corpo que sobressai da parte superior da roda de proa; serve geralmente para fornecer o apoio necessário à fixação do gurupés e principalmente para dar um aspecto elegante à proa do navio.
Nos navios de ferro ou aço, o talhamar faz parte da roda de proa, da qual não é mais do que um prolongamento.
Possuem talhamar a maior parte dos veleiros e somente alguns navios de propulsão a hélice.
O nome talhamar também pode ser usado para significar a aresta externa da proa do navio ou a peça que constitui essa aresta, colocada externamente à roda de proa (art. 6.15).
Talhamar (fig. 1-12)
1.49. _____________ – Abrigo encouraçado dos navios de guerra de grande porte, situado em posição tal que de seu interior se domine com a vista um grande campo no horizonte; é destinado ao comandante e também pode ser denominado torre de comando. Localizado sob o passadiço, o substitui para o comando do navio de combate. Aí estão protegidos os aparelhos para o governo do navio e transmissão de ordens. É comum, hoje em dia, se usar impropriamente o termo torre de comando para significar o passadiço.
Torreão de comando
1.50. ____________ – Partes relativamente pequenas do casco de um navio, projetando-se além da superfície exterior do chapeamento da carena; esta palavra compreende geralmente as seguintes peças: a parte saliente da quilha maciça, da roda e do cadaste; o leme, as bolinas, os hélices, os pés-de-galinha dos eixos, a parte dos eixos fora do costado, o cadaste exterior e a soleira da clara do hélice.
Apêndices
1.51. ________________ – A estrutura do casco do navio consta da ossada, ou esqueleto, e do forro exterior (chapeamento, nos navios metálicos, ou tabuado, nos navios de madeira).
Podemos considerar as diferentes peças da estrutura do casco de acordo com a resistência que devem apresentar aos esforços a que são submetidos os navios, os quais são exercidos na direção longitudinal, na direção transversal, ou são esforços locais (art. 5.41). Diremos então que a ossada é constituída por uma combinação de dois sistemas de vigas, as vigas longitudinais e as vigas transversais, além dos reforços locais.
A continuidade das peças da estrutura, e particularmente das vigas longitudinais, é uma das principais considerações em qualquer projeto do navio. Assim, uma peça longitudinal para ser considerada uma viga da estrutura deve ser contínua num comprimento considerável do navio.
Ossada e chapeamento
1.52. __________ – Contribuem, juntamente com o chapeamento exterior do casco e o chapeamento do convés resistente (art. 1.56r), para a resistência aos esforços longitudinais, que se exercem quando, por exemplo, passa o cavado ou a crista de uma vaga pelo meio do navio; são as seguintes:
Vigas e chapas longitudinais
a. ____________– Peça disposta em todo o comprimento do casco no plano diametral e na parte mais baixa do navio. Constitui a “espinha dorsal” e é a parte mais importante do navio, qualquer que seja o seu tipo; nas docagens e nos encalhes, por exemplo, é a quilha que suporta os maiores esforços.
Quilha (figs. 1-3 e 1-13)
b. _______________ – Peça semelhante à quilha assentada sobre as cavernas.
Sobrequilha (fig. 1-13)
c. ______________ – Peças colocadas de proa a popa, na parte interna das cavernas, ligando-as entre si.
Longarinas ou longitudinais (fig. 1-4)
d. ________________– Fiada de chapas mais próximas aos costados, em cada convés, usualmente de maior espessura que as demais, e ligando os vaus entre si e às cavernas.
Trincaniz (figs. 1-3 e 1-13)
e. _____________ – Peças colocadas de proa a popa num convés ou numa coberta, ligando os vaus entre si.
Sicordas (figs. 1-4 e 1-13)
1.53. ______________ – Além de darem a forma exterior do casco, resistem, juntamente com as anteparas estruturais, à tendência à deformação do casco por ação dos esforços transversais (art. 5.42); são as seguintes:
Vigas e chapas transversais
a. _______________ – Peças curvas que se fixam na quilha em direção perpendicular a ela e que servem para dar forma ao casco e sustentar o chapeamento exterior. Gigante (fig. 1-4) é uma caverna reforçada. Caverna mestra é a caverna situada na seção mestra. Cavername é o conjunto das cavernas no casco. O intervalo entre duas cavernas contíguas, medido de centro a centro, chama-se espaçamento. Os braços das cavernas acima do bojo chamam-se balizas.
Cavernas (figs. 1-3 e 1-13)
b. ____________ – São aquelas em que as hastilhas são mais altas que comumente, assemelhando-se a anteparas. São colocadas na proa e na popa, para reforço destas partes.
Cavernas altas (figs. 1-1 e 1-13)
c. ______________ – Vigas colocadas de BE a BB em cada caverna, servindo para sustentar os chapeamentos dos conveses e das cobertas, e também para atracar entre si as balizas das cavernas; os vaus tomam o nome do pavimento que sustentam.
Vaus (figs. 1-3, 1-4 e 1-14)
d. _______________ – Chapas colocadas verticalmente no fundo do navio, em cada caverna, aumentando a altura destas na parte que se estende da quilha ao bojo.
Hastilhas (figs. 1-3 e 1-13)
e. ______________ – São as cavernas que armam a popa do navio, determinando a configuração da almeida.
Cambotas (fig. 1-2)
1.54. ______________ – Completam a estrutura, fazendo a ligação entre as demais peças ou servem de reforço a uma parte do casco.
Reforços locais
a. __________– Peça robusta que, em prolongamento da quilha, na direção vertical ou quase vertical, forma o extremo do navio a vante. Faz-se nela um rebaixo chamado alefriz, no qual é cravado o topo do chapeamento exterior. Nos navios de madeira, há também alefriz da quilha, para fixação das tábuas do resbordo.
Roda de proa, ou simplesmente roda (figs. 1-1 e 1-13)
b. ______________– Peça semelhante à roda de proa, constituindo o extremo do navio a ré; possui também alefriz. Nos navios de um só hélice, há cadaste exterior e cadaste interior.
Cadaste (figs.1-2 e 1-13)
c. _______________ – Colunas suportando os vaus para aumentar a rigidez da estrutura, quando o espaço entre as anteparas estruturais é grande, ou para distribuir um esforço local por uma extensão maior do casco. Os pés-de-carneiro tomam o nome da coberta em que se assentam.
Pés-de-carneiro (fig. 1-3)
d. _____________ – São os de menores dimensões que os vaus propriamente ditos e colocados entre eles para ajudar a suportar o pavimento, em alguns lugares, quando o espaço entre os vaus é maior que o usual.
Vaus intermediários
e. ___________ – São os vaus do porão, mais espaçados que os outros e que não recebem assoalho, servindo apenas para atracar as cavernas quando o porão é grande.
Vaus secos (fig. 1-1 e 1-2)
f. _____________– Vaus que não são contínuos de BB a BE, colocados na altura de uma enora, ou de uma escotilha, entre os vaus propriamente ditos. Ligam entre si os chaços das escotilhas (art. 6.36c) e as cavernas.
Latas (fig. 1-3)
g. ______________ – Peças horizontais que se colocam no bico da proa ou na popa, contornando-as por dentro, de BE a BB; servem para dar maior resistência a essas partes do navio.
Buçardas (fig. 1-13)
h. _____________ – Ferros perfilados dispostos verticalmente nas anteparas, a fim de reforçá-las.
Prumos (fig. 1-4)
i. ______________– Ferros perfilados dispostos horizontalmente nas anteparas, a fim de reforçá-las.
Travessas (fig. 1-4)
j. ______________– Pedaços de chapa, em forma de esquadro, que servem para ligação de dois perfis, duas peças quaisquer, ou duas superfícies que fazem ângulo entre si, a fim de manter invariável este ângulo. As borboletas tomam o nome do local que ocupam.
Borboletas ou esquadros (fig. 1-15a)
l. __________ – Pedaço de chapa ou pedaço de cantoneira que serve para unir a topo duas chapas ou duas cantoneiras.
Tapa-juntas
m. ______________ – Chapa colocada no contorno de uma abertura feita no costado ou em outro chapeamento resistente, a fim de compensar a perda do material neste lugar. Estas chapas tomam o nome do local em que são colocadas; assim, temos reforço da escotilha, reforço da enora etc.
Chapa de reforço
n. _____________ – Chapas que se colocam para encher os espaços vazios entre duas chapas ou peças quaisquer. Os calços tomam o nome dos lugares que ocupam.
Calços (fig. 1-15b)
o. _____________ – Pedaço de cantoneira ou de chapa colocado em torno de um ferro perfilado, uma cantoneira ou um tubo que atravessa um chapeamento, a fim de tornar estanque a junta, ou cobrir a abertura.
Colar (fig. 1-15c)
p. ______________ – Cantoneira disposta em torno de um tubo, túnel, escotilha, antepara estanque etc., com o fim de manter a es- tanqueidade da junta.
Cantoneira de contor- no (fig. 1-4)
q.__________ – Cantoneira, barra, ferro em meia-cana ou peça fundida que contorna uma abertura qualquer, para reforço local; toma o nome do lugar onde é colocada.
Gola
1.55._______________ – É o conjunto de chapas que compõem um revestimento ou uma subdi- visão qualquer do casco dos navios metálicos. As chapas dispostas na mesma fileira de chapeamento constituem uma fiada de chapas.
Chapeamento
a. _______________ – Sua função principal é constituir um revestimento externo impermeável à água, mas é também uma parte importante da estrutura, contribuindo para a resistência do casco aos esforços longitudinais. As fiadas mais importantes do chapeamento exterior são: a da cinta, a do bojo e a do resbordo (fig. 1-16) .
Chapeamento exterior do casco
b. ___________________ – Dividem o espaço interior do casco em certo número de pavimentos, permitindo a utilização adequada desses espaços. Além disto, eles também contribuem para a estrutura resistente do navio no sentido longitudinal; o pavimento resistente (art. 1.56r) é o mais importante pavimento sob este aspecto, se bem que as cobertas também contribuam, em menor extensão, para a resistência longitudinal do casco.
Chapeamento do convés e das cobertas (fig. 1-3)
c. ________________ – Constitui o teto do duplo- fundo e, além de ser um revestimento estanque, contribui, com as demais peças de estrutura do duplo-fundo, para a resistência longitudinal.
Chapeamento interior do fundo (fig. 1-16)
d. ___________________ – São as separações verticais que subdividem em compartimentos o espaço interno do casco, em cada pavimento. As anteparas concorrem também para manter a forma e aumentar a resistência do casco. Nos navios de aço, as anteparas, particularmente as transversais, constituem um meio eficiente de proteção em caso de veio d’água; para isto elas recebem reforços, são tornadas impermeáveis à água, e chamam-se anteparas estanques (fig. 1-3). Sob o ponto de vista da estrutura resistente do casco, as que fazem parte do sistema encouraçado de proteção são chamadas anteparas protegidas, ou anteparas encouraçadas. Conforme a sua posição, as anteparas podem tomar os seguintes nomes:
Anteparas (fig. 1-3)
(1) _______________ – É a primeira antepara transversal estanque, a contar de vante; é destinada a limitar a entrada de água em caso de abalroamento de proa, que é o acidente mais provável. Por analogia, a primeira antepara transversal estanque a partir de ré é chamada antepara de colisão AR;
antepara de colisão AV ou, somente, antepara de colisão
(2) ______________– Antepara contida num plano transversal do casco, estendendo-se ou não de um a outro bordo. As anteparas transversais principais são anteparas estruturais, estanques, e são contínuas de um bordo a outro e desde o fundo do casco até o convés de compartimentagem (art. 1.56t).
A primeira função das anteparas transversais principais é dividir o navio em uma série de compartimentos estanques, de modo que a ruptura do casco não cause a perda imediata do navio;
antepara transversal
(3) ______________ – Antepara transversal que limita a parte de ré do castelo, a parte de vante do tombadilho, ou a parte extrema de uma superestrutura;
antepara frontal
(4) _______________ – Antepara situada no plano diametral, isto é, no plano vertical longitudinal que passa pela quilha;
antepara diametral (fig. 1-4)
(5) _______________ – Antepara dirigida num plano vertical longitudinal que não seja o plano diametral;
antepara longitudinal, ou antepara lateral
(6) _______________ – Antepara que se estende apenas em uma parte de um compartimento ou tanque; serve como reforço da estrutura;
antepara parcial
(7) _________ – Antepara AR onde fica situada a bucha interna do eixo do hélice.
antepara da bucha
1.56. ______________ – No sentido da altura, o casco de um navio é dividido em certo número de pavimentos que tomam os seguintes nomes:
Divisão do casco (fig. 1-17a)
a. O _____________ de proa a popa, contando de cima para baixo, que é descoberto em todo ou em parte, toma o nome de convés principal;
primeiro pavimento contínuo
b. A parte de proa do convés principal chama-se ___________, a parte a meia-nau, convés a meia-nau, e a parte da popa, tolda;
convés a vante
c. A palavra convés, sem outra referência, designa, de modo geral, _____________; na linguagem de bordo indica a parte do convés principal que é descoberta, ou coberta por toldo;
o convés principal
d. Um convés parcial, acima do convés principal, na proa é o ____________, na popa será o convés do tombadilho; a meia-nau, o convés superior (fig. 1-17a);
convés do castelo
e. Um convés parcial, acima do convés superior, do castelo ou do tombadilho, será chamado ___________
convés da superestrutura;
f. Abaixo do convés principal, que é considerado o primeiro, os conveses são numerados: segundo convés, terceiro convés, etc., a contar de_______ para_______, e também podem ser chamados cobertas;
cima - baixo
g. Os espaços compreendidos entre os conveses, abaixo do convés principal, tomam o nome de__________; assim, temos: primeira coberta, segunda coberta, etc. Ao espaço entre o convés mais baixo e o teto do duplo-fundo, ou entre o convés mais baixo e o fundo, se o navio não tem duplo-fundo, dá-se o nome de__________. Num navio mercante,_______ é também o compartimento estanque onde se acondiciona a carga; estes________ são numerados seguidamente de __________, e são forrados por tábuas que se chamam________ (nos lados) e _______(no fundo);
cobertas - porão - porão - porões -vante para ré - sarretas - cobros
h. O primeiro pavimento parcial contado a partir do duplo-fundo para cima chama-se_________; nele fazem-se paióis ou outros compartimentos semelhantes;
bailéu
i. Um convés que não é contínuo de proa a popa é um __________;
convés parcial