Casos Clínicos - Respiratório Flashcards
Lesões da cúpula da pleura e do ápice do pulmão
A cúpula da pleura e o ápice do pulmão se projetam - através da inclinação e da abertura superior do tórax que o primeiro par de costelas forma - para o pescoço, posteriormente às fixações inferiores do m. esternocleidomastoideo. Por isso, os pulmões e os sacos pleurais podem ser lesados nas feridas da base do pescoço que provoca pneumotórax. Os lactentes e as criaças nos seus primeiros anos de vida estão mais vulneráveis, já que seus pescoçpo são mais curtos e a cúpula é mais alta.
O que pode gerar pneumotórax?
provoca colapso do pulmão
-Pode ser provocada por tiro (PAF), lesão pulmonar para a cavidade pleural (fístula broncopleural), costelas fraturadas (podem romper a pleura visceral e o pulmão).
O que pode gerar hidrotórax?
O acúmulo substancial de líquido na cavidade pleural pode ser consequência do derrame pleural.
Hemotórax e hemopneumotórax
em uma ferida no tórax, como na lesão de um grande vaso intercostal ou torácico interno, pode haver entrada de sangue na cavidade pleural (causas mais comuns). Há tambem a laceração pulmonar.
-Se houver acúmulo de ar e sangue: hemopneumotórax.
Toracocentese
introdução de uma agulha hipodérmica na cavidade pleural, através de um espaço intercostal para colher uma amostra de líquido ou para retirar sangue ou pus. Para evitar lesão do nervo e dos vasos intercostais, a agulha é introduzida superiormente à costela, em posição suficientemente alta para evitar os ramos colaterais. A agulha atravessa os músculos intercostais e a parte costal da pleura parietal, entrando na
cavidade pleural. Quando o paciente está em posição ortostática, há acúmulo de líquido intrapleural no recesso costodiafragmático. A introdução da agulha no 9 espaço intercostal na linha axilar média durante a expiração evita a margem inferior do pulmão.
Inserção de tubo torácico
Grandes volumes de ar, sangue, líquido seroso, pus ou qualquer associação dessas substâncias na cavidade pleural costumam ser removidas por inserção de tubo torácico. É feita uma incisão curta no 5 ou 6 espaço intercostal na linha axilar média. O tubo pode ser direcionado superiormente (em direção à cúpula da pleura) para retirada de ar ou inferiormente (em direção ao recesso costodiafragmático) para drenagem de líquido.
Pleurectomia e pleurodese
Pleurectomia é a retirada cirúrgica da pleura parietal. Geralmente é realizada com o intuito de induzir uma pleurodese, a aderência entre o pulmão e a parede torácica para evitar pneumotórax ou derrame pleural de repetição.
Pleurite
Durante a inspiração e a expiração, o deslizamento das pleuras úmidas, normalmente lisas, não produz som detectável durante a ausculta pulmonar; entretanto, a inflamação da pleura, pleurite (pleurisia), torna as superfícies pulmonares irregulares. O atrito resultante (atrito pleural) pode ser detectado com um estetoscópio.
Aspiração de corpos estranhos
Como o brônquio principal direito é mais largo, mais curto e mais vertical do que o brônquio principal esquerdo, é mais proválvel que corpos estranhos estejam nele ou em algum dos seus ramos.
Broncoscopia (carina)
Se os linfonodos traqueobronquiais situados no ângulo entre os brônquios principais estiverem
aumentados devido às metástases de um carcinoma broncogênico, por exemplo, a carina (projeção cartilaginosa do último anel traqueal) apresenta-se distorcida, alargada posteriormente e imóvel.
-A mucosa que cobre a carina é uma das áreas mais sensíveis da árvore traqueobronquial e está associada ao reflexo da tosse (ajuda na expulsão de corpo estranho).
Ressecções pulmonares
Distúrbios brônquicos e pulmonares, como tumores ou abscessos (acúmulos de pus), frequentemente localizam-se em um segmento broncopulmonar, que pode ser ressecado cirurgicamente. Durante o tratamento do câncer pulmonar, o cirurgião pode remover todo o pulmão (pneumectomia), um lobo (lobectomia) ou um segmento broncopulmonar (segmentectomia).
Embolia pulmonar
A obstrução de uma artéria pulmonar por um coágulo sanguíneo (êmbolo) é uma causa comum de morbidade (doença) e mortalidade. A formação de um êmbolo em uma artéria pulmonar ocorre quando um coágulo sanguíneo, glóbulo de gordura ou bolha de ar proveniente de uma veia da perna, após uma fratura exposta, é levado pelo sangue até os pulmões. O êmbolo atravessa o lado direito do coração até o pulmão através de uma artéria pulmonar. As artérias pulmonares recebem todo o
sangue que retornou ao coração direito pelo sistema venoso cava. Consequentemente, o resultado imediato da EP é a obstrução parcial ou completa do fluxo sanguíneo para o pulmão. Na obstrução, há ventilação de um pulmão ou setor
pulmonar, sem, entretanto, haver perfusão sanguínea.
Hemoptise
causada por hemorragia brônquica ou pulmonar, além de bronquite, câncer de pulmão, pneumonia, bonquiectasia, embolia pulmonar e tuberculose.
Dor pleural
A pleura visceral é insensível à dor porque não recebe nervos associados à sensibilidade geral. A pleura parietal (sobretudo a parte costal - paredes torácicas e abdominal) é extremamente sensível à dor. A pleura parietal recebe muitos ramos dos nervos intercostais e frênicos.
Câncer de pulmão e nervos do mediastino
O acometimento de um nervo frênico por câncer de pulmão pode resultar em paralisia de metade do diafragma. Pode haver também paralisia da prega vocal, já que o nervo laríngeo supre quase todos os músculos da laringe.