Cárdio - P1 Flashcards

Revisão de conceitos.

1
Q

Quais são os sinais vitais que devem ser avaliados?

Quais são os mais importantes em pacientes cardiopatas?

A
  • FC;
  • PA;
  • Pulso;
  • Temperatura;
  • Respiração.

As variáveis mais importantes, que devem ser avaliadas antes, durante e depois do treinamento são as hemodinâmicas - FC, pulso e PA.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

O que deve ser observado durante a avaliação da respiração do paciente?

A
  • FR;
  • Ritmo;
  • Amplitude;
  • Padrão respiratório (relação entre FR, amplitude e ritmo).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais são os focos de ausculta cardíaca e qual a localização de cada um?

A
  • Foco Aórtico → 2º espaço intercostal direito, linha paraesternal;
  • Foco Pulmonar → 2º espaço intercostal esquerdo, linha paraesternal;
  • Foco Tricúspide → segmento inferior esquerdo do esterno, junto à base do apêndice xifóide - entre o 4º e 5º espaços intercostais;
  • Foco Mitral → 5º espaço intercostal esquerdo, linha hemiclavicular;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Como é classificado o som ouvido na ausculta cardíaca?

O que cada classificação pode indicar?

A
  • Hipofonese → comum nas lesões das fibras miocárdicas - IAM, miocardiopatias, bradicardia, choque ⇒ volume menor de sangue, não sai do ventrículo com tanta pressão;
  • Hiperfonese → aumento da contratilidade ou diminuição da cavidade do VE - taquicardia, febre, exercício físico ⇒ volume sanguíneo maior, maior pressão na saída do sangue;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Quais os principais padrões respiratórios anormais? Descreva-os.

A
  • Cheyne-Stokes → hiperpnéia seguida de apnéia - está relacionada com o rebaixamento do nível de consciência;
  • Biot → períodos de taquipnéia seguidos de apnéia;
  • Kussmaul → apnéias após as inspirações e após as expirações;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Defina Dispneia Subjetiva.

A

Dificuldade respiratória sentida pelo paciente (sintoma) - sensação de falta de ar;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Defina Dispneia Objetiva.

A

Dificuldade respiratória que se evidencia pelo aprofundamento ou aceleração dos movimentos respiratórios e pela participação ativa da musculatura acessória da respiração (sinal);

  • aumento da amplitude e FR;
  • ocorre quando a SatO2 está baixa ou quando a SatCO2 aumenta;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais as possíveis causas da dispneia?

A
  • pulmonares → paciente realmente tem alguma patologia pulmonar;
  • metabólicas - acidose diabética e urêmica, por exemplo;
  • condições que alteram a ventilação → não estão relacionadas à cardiopatias ou pneumopatias - qualquer situação que aumente o volume da cavidade abdominal ⇒ impede o movimento do diafragma, gerando uma alteração mecânica (função pulmonar está preservada);
  • psíquicas → estresse, pessoas com outras disfunções, ansiedade;
  • cardíacas → alterações cardiovasculares que interferem na função pulmonar;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

O que é a Congestão Pulmonar?

Quais eventos levam a ela e como ela causa dispneia?

A

É a alteração nas trocas gasosas devido à insuficiência de bombeamento sanguíneo pelo coração;

VE não é capaz de bombear o sangue para fora do coração (não ocorre a perfusão e a oxigenação dos tecidos) ⇝ sangue acúmula no AE pois não consegue passar para o VE ⇝ sangue acúmula nas veias pulmonares pois não é possível sua entrada no AE ⇝ sangue acúmula nos capilares pulmonares pois as veias pulmonares estão congestionadas ⇝ ineficiência da troca gasosa ⇝ congestão pulmonar ⇝ capilares congestionados não permitem a troca gasosa ⇝ dispneia;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Defina Dispneia de Esforço.

A

Dificuldade respiratória que se relaciona com as atividades físicas da vida diária (atividades habituais) - não é necessário um exercício físico para desencadeá-la;

  • é o tipo mais comum na insuficiência ventricular;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Defina Dispneia de Decúbito.

A

Dificuldade respiratória que ocorre tão logo o paciente assume a posição deitada;

  • aumento da congestão pulmonar em virtude do maior fluxo de sangue proveniente dos MMII pela facilitação do retorno venoso;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Defina Dispneia Paroxística Noturna.

A

Falta de ar aparece após algumas horas no decúbito - dorme e acorda com intensa falta de ar, acompanhada de sufocação, tosse seca e opressão torácica → evidência de congestão pulmonar

  • durante a crise de dispneia pode haver broncoespasmo → hiperresponsividade ao líquido causa a contração da musculatura lisa dos brônquios;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Ordene as diferentes dispneias da mais branda para a mais grave.

A

Esforço < parasítica noturna < decúbito.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Quais são os sintomas do EAP?

A
  • tosse com expectoração espumosa branca ou rósea;
  • cianose;
  • respiração ruidosa;
  • presença de sibilos (secreção em vias de pequeno calibre) e estertores crepitantes (líquido nos alvéolos);
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Caracterize a Cianose Central.

A

Sangue já chega nas artérias sem O2, sendo a causa principal das doenças pulmonares - problema de troca gasosa;

  • sinal clínico → língua, mucosas orais e pele azuladas - também as extremidades de MMII e MMSS, e lóbulo das orelhas;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Caracterize a Cianose Periférica.

A

Acontece quando há insuficiência de distribuição sanguínea ⇒ sangue sai dos pulmões devidamente oxigenado, mas não consegue chegar aos tecidos ⇝ retardo na troca gasosa nos capilares periféricos;
situações de frio, hipovolemia, obstrução em um local específico;

  • sinal clínico → pele azulada, língua e mucosas orais com coloração normal;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Diferencie HIPÓXIA de HIPOXEMIA.

A
  • Hipoxemia → redução de O2 no sangue;

- Hipóxia → redução de O2 nos tecidos;

18
Q

O que representa cada onda do traçado do ECG?

A
  • onda P → despolarização atrial - estímulo saindo do nodo sinusal - ritmo sinusal;
  • complexo QRS → despolarização ventricular;
  • onda T → repolarização ventricular;
19
Q

Defina a dor precordial. Onde ela se localiza e para onde ela pode irradiar?

A

É a dor mais referida pelos pacientes que sofrem de obstrução das artérias ou seus ramos, sendo descrita como peso, opressão, aperto ou queimação no peito;

  • Localização → retroesternal ou discretamente à esquerda da linha média;
  • Irradiação → pescoço, mandíbula, totalidade ou porção medial do braço esquerdo, região inter e infraescapular, e epigástrico.
20
Q

O que é o sistema de condução cardíaco? Quais estruturas fazem parte desse sistema e como o estímulo elétrico é por elas conduzido?

A

É o conjunto de estruturas que promovem a despolarização e a repolarização dos átrios e ventrículos.

  • Nodo sinusal → localizado dentro do átrio direito - estímulo elétrico inicial;
  • Feixes internodais → localizados entre os nodos SA e AV - conduzem o estímulo do nodo SA para o AV;
  • Nodo AV → localizado na porção mais distal do AD - próximo ao septo interatrial;
  • Feixe de hiss → conduzem o impulso através do septo interventricular;
  • Fibras de Purkinje → conduzem o estímulo pelos ventrículos;
21
Q

Qual o sentido de despolarização dos átrios e ventrículos?

A

AD ⇝ AE ⇝ Septo ⇝ VD ⇝ VE

22
Q

Como é calculada a FC regular em um traçado ECG?

A

1500 dividido pelo número de quadrados pequenos entre duas ondas R.

23
Q

Como é calculada a FC irregular em um traçado ECG?

A

Conta-se o número de ondas R no espaço de 30 quadrados grandes e o multiplica por 10.

24
Q

O que são extra-sístoles ventriculares?

Com o que elas podem estar relacionadas?

A

São batimentos prematuros que se originam de focos ectópicos que disparam antes do nodo SA;

  • podem estar relacionadas com o fluxo coronariano inadequado, ou fluxo normal mas deficitário em O2 (hipoxemia ou isquemia miocárdica);
25
Q

O que são bloqueios? Cite-os e diga qual o mais comum.

A

São interferências na passagem dos estímulos elétricos pelo sistema de condução cardíaco, causando lentificação da passagem dos mesmos.

Podem ser: bloqueio sino-atrial, atrioventricular e de ramo, sendo o último o mais comum.

26
Q

Como é possível identificar o bloqueio de ramo no ECG?

Em quais derivações ele fica mais evidente?

A

Presença de duas ondas R e complexo QRS alargado (>3 quadrados pequenos).

  • bloqueio de ramo DIREITO mais evidente em V1 e V2;
  • bloqueio de ramo ESQUERDO mais evidente em V5 e V6.
27
Q

Quais eventos fazem parte da “tríade do infarto”?

Como cada uma delas se apresenta no ECG?

A

Os eventos são isquemia, lesão miocárdica e IAM.

No ECG:

  • isquemia - infradesnivelamento de S-T e onda T invertida - principalmente nas derivações precordiais;
  • lesão - supradesnivelamento de S-T, presença ou não de onda Q patológica;
  • IAM - onda Q patológica (>1mm e 1/3 de QRS) - principalmente nas precordiais esquerdas.
28
Q

O que é a Síndrome Coronariana?

A

É o conjunto de sinais e sintomas relacionados ao diagnóstico de isquemia aguda do miocárdio - acometimento das artérias coronarianas.

29
Q

Defina Angina Estável.

A

Dor no peito em tarefas específicas (esforço);

  • presença de placa de ateroma severo estável que possibilita a passagem de sangue quando a demanda metabólica não é tão alta;
  • desequilíbrio entre a distribuição e a demanda de oxigênio para o miocárdio;
  • início súbito ou desencadeado por esforço ou ainda emoção;
  • descrita como aperto, peso, pressão ou queimação;
  • localização é retroesternal e abrange todo precórdio;
  • de intensidade variável → vai depender do que está gerando a isquemia;
  • irradiação para mandíbula, pescoço e face interna do MSE;
  • dura de 10 a 20 minutos → se o esforço continuar a dor não para;
  • alivia com repouso ou uso de vasodilatadores;
30
Q

Defina Angina Instável.

A

Dor a qualquer momento, inclusive repouso - indica maior bloqueio;

  • desconforto passa a ter uma maior frequência, intensidade ou duração → aparece no repouso - mesmo com paciente tranquilo;
  • precede o IAM;
  • diminuição severa da luz do vaso decorrente por ruptura da placa de ateroma, formação de trombo ou oclusão subtotal de uma artéria coronária;
31
Q

Defina IAM.

A

É o resultado final da isquemia prolongada e não aliviada devido à interpução total do suprimento sanguíneo para o miocárdio;

  • precipitado pela formação de trombo sobre a placa de ateroma causando a oclusão do vaso - leva à necrose muscular;
  • sintomas principais - angina instável, náuseas, vômitos, mal estar, fraqueza, dispneia, palidez e cefaléia;
32
Q

Quais outros métodos podem ser usados para diagnóstico de IAM?

A
  • ECG - supradesnivelamento de S-T e onda Q patológica;

- marcadores de necrose - CK-MB e troponina;

33
Q

Classifique o IAM quanto à localização.

A
  • anterior → a. descendente anterior - mais visível nas derivações V1, V2, V3 e V4;
  • lateral → a. circunflexa - mais visível nas derivações DI e aVl;
  • inferior → a. coronária D/E - mais visível nas derivações DII, DIII e aVf;
  • posterior → a coronária direita - mais visível nas derivações V1, V2 e V3;
34
Q

Como as fibras simpáticas e parassimpáticas interferem nos iRR? E como isso se traduz na FC?

A

As fibras SIMPÁTICAS diminuem o iRR, aumentando a FC;

As fibras PARASSIMPÁTICAS aumentam o iRR, diminuindo a FC.

35
Q

O que a redução da VFC pode significar?

A
  • disfunção autonômica cardíaca;
  • doenças crônico-degenerativas;
  • arritmias letais;
  • eventos cardíacos isquêmicos;
  • presença de fatores de risco cardiovascular - obesidade, HAS, dislipidemias;
36
Q

Quais os principais métodos de análise da VFC no Domínio Tempo? O que cada um representa?

A
  • medida de intervalos RR, individualmente → representam a variabilidade da FC global e refletem a atividade de ambos, SNPS e SNS - balanço simpato-vagal;
    • SDNN → mais usado nas coletas de longa duração;
  • comparação entre dos intervalos RR adjacentes → representam a VFC e refletem predominantemente a atividade do SNPS (tônus vagal);
    RMSSD → mais usado nas coletas de curta duração (<5’).
37
Q

Em que consiste a análise espectral? Quais são e o que representam seus componentes?

A

Consiste na construção de um gráfico onde frequências de ondas semelhantes são agrupadas;

  • Baixa Frequência → marcador quantitativo da modulação simpática - influenciada pela PA;
  • Alta Frequência → marcador quantitativo da modulação vagal - modulado pela repiração;
  • Razão BF/AF → balanço simpato-vagal
38
Q

Quais variáveis devem ser sempre verificadas em qualquer protocolo de Teste Ergométrico?

A
  • FC;
  • PA;
  • ECG;
  • BORG - dispneia e fadiga de MMII;
  • SatO2.
39
Q

Como deve se comportar a FC durante o TE?

A

Deve aumentar 10-15 bpm a cada nível de esforço.

  • aumento > 15 bpm - baixo condicionamento, anemia;
  • falha em aumentar - indicativo de coronariopatias;
  • queda - indicativo de isquemia.
40
Q

Como deve se comportar a PAS durante o TE?

A

Deve aumentar 10mmHg por nível de esforço.

  • aumento > 15mmHg - hipertensão reativa ao esforço;
  • falha em aumentar - déficit inotrópico;
  • aumento < 10mmHg por nível de esforço - faz-se a diferença entre a PAS final e a inicial - se < 35mmHg indicativo de cardiopatia isquêmica com disfunção contrátil.
41
Q

Como deve se comportar a PAD durante o TE?

A

Deve ter uma variação de +/- 10mmHg do início ao fim do teste.

  • aumento > ou = 15mmHg - hipertensão reativa ao esforço;
  • interrompe o teste ==> > 120mmHg (saudáveis) ou > 140mmHg (hipertensos).
42
Q

Quais os critérios para a interrupção do TE?

A
  • solicitação do paciente;
  • falha na monitorização;
  • angina progressiva;
  • FC incompatível com o nível de esforço;
  • alterações no ECG;
  • diminuição da PAS > 10mmHg entre níveis de esforço;
  • aumento da PA > ou = 260/120 mmHg;
  • aumento da PAD após período de adaptação do exercício (além do nível de segurança);
  • confusão;
  • cianose;
  • náusea;
  • diminuição da SatO2.