Capítulo - Linhas introdutórias Flashcards

1
Q

Qual é a finalidade do Processo Penal?

A

0 processo penal deve conferir efetividade ao direito penal, fornecendo os meios e o caminho para materializar a aplicação da pena ao caso concreto.

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2
Q

Qual é a distinção entre a finalidade mediata e imediata do Direito Processual Penal?

A

FInalidade Mediata - O Processo penal tem como finalidades mediata a pacificação social obtida com á solução do conflito (mediata),

Finalidade Imediata - A viabilização da aplicação do direito penal, concretizando-o por meio da subsunção e aplicação da pena (imediata).

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3
Q

Quais são as 3 principais características trazidas pela Teoria do Processo penal?

A

a) Autonomia: o direito processual não é submisso ao direito material, Isto porque, tem princípios e regras próprias e especiali- zantes.
b) Instru mentalidade: é o meio para fazer atuar o direito material penal, oferecendo as ferramentas e os caminhos a sérem seguidos na obtenção de um provimento jurisdicional válido.
c) Normatividade: é uma disciplina normativa, de caráter dogmático, inclusive com codificação própria (Código de Processo Penal: Dec-lei n° 3.689/41)

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4
Q

Em Direito Processual, qual é o conceito de “interesse”?

A

É o desejo, a cobiça, a vontade de conquistar algo. O interesse indica uma relação entre as necessidades humanas (que são de variadas ordens) e os bens da vida aptos a satisfazê-las.

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5
Q

Em Direito Processual, qual é o conceito de “pretensão”?

A

É a intenção de subordinar interesse alheio ao próprio.

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6
Q

Em Direito Processual, qual é o conceito de “lide”?

A

Surge do conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida. No embate criminal, teremos, de um lado, a pretensão do Estado de fazer valer o direito material, aplicando a pena ao caso concreto, e, do outro, o status libertatis do imputado, que só pode ser apenado após o devido processo legal.

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7
Q

Qual é conceito de Ação?

A

O Estado tem o dever de agir, cabendo-nos o direito público subjetivo de obter do mesmo uma decisão acerca da lide objeto do processo.

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8
Q

Qual é o conceito de Processo?

A

É o instrumento de atuação da jurisdição. Contempla um elemento constitutivo objetivo (o procedimento), e um elemento constitutivo subjetivo (relação jurídica processual entre os sujeitos que integram o processo).

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9
Q

Quais são os Sistemas Processuais existentes?

A

Sistema inquisitivo

Sistema Acusatório

Sistema Misto

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10
Q

Quais são as principais Características do Sistema Inquisitivo?

A

a) Concentra em figura única (juiz) as funções de acusar, defender e julgar;
b) não há contraditório ou ampla defesa;
c) o procedimento é escrito e sigiloso, com o início da persecução, produção da prova e prolação de decisão pelo magistrado.

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11
Q

Quais são as principais Características do Sistema Acusatório?

A

a) Há nítida separação entre as funções de acusar, defender e julgar;
b) o contraditório, a ampla defesa e a publicidade regem todo o processo;
c) o órgão julgador é dotado de imparcialidade;
d) o sistema de apreciação das provas é o do livre convencimento motivado.
e) É o sistema adotado no Brasil, com algumas mitigações.

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12
Q

Quais são as principais Características do Sistema misto?

A

Caracteriza-se por uma instrução preliminar, secreta e escrita, a cargo do juiz, com poderes inquisitivos, no intuito da colheita de provas, e por uma fase contraditória (judicial) em que se dá o julgamento, admitindo- -se o exercício da ampla defesa e de todos os direitos dela decorrentes.

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13
Q

Qual é o conceito de Analogia?

A

É forma de auto-integração da lei (art 3o, CPP e 4o, LICC). Pela analogia, aplicamos a um fato não regido pela norma jurídica, disposição legai aplicada a fato semelhante. Deve-se interpretar com reservas a admissibilidade da analogia quando se trata da restrição cautelar da liberdade, ou quando importe em flexibilização de garantias.

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14
Q

Quais são as espécies de Analogia?

A

a) Analogia legis: em face da lacuna da lei, aplicamos a norma positivada que rege caso semelhante;
b) Analogia iuris: são aplicados princípios jurídicos ante a omissão da lei.

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15
Q

Qual a Classificação da interpretação da Lei Processual quanto a Origem ou quanto ao sujeito que a interpreta?

A

a) autêntica ou legislativa: realizada pelo próprio legislador;
b) doutrinária ou cientifica: realizada pelos estudiosos do direito;
c) judicial ou jurisprudência: realizada pelos juizes e tribunais.

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16
Q

Qual a classificação da interpretação quanto ao modo ou aos meios empregados?

A

a) literal, gramatical ou sintática: leva-se em conta o texto da lei e o sentido literal das palavras;
b) teieológica: busca-se a finalidade da norma, a vontade da lei;
c) lógica: objetiva-se a compreensão do espírito da lei, por meio das regras de raciocínio e conclusão;
d) histérica: analisa-se o contexto da votação do diploma legislativo, os debates, as emendas propostas, etc.
e) sistemática: leva-se em conta a norma colocada num todo, é dizer, como integrante de um ordenamento jurídico.

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17
Q

Como se classifica a interpretação quanto ao resultado?

A

a) declarativa: há exata correspondência entre o texto da lei e o que a mesma desejou externar;
b) restritiva: a norma disse mais do que desejava, cabendo ao intérprete aparar as arestas, para aferir o seu real alcance;
c) extensiva ou ampliativa: o texto da lei ficou aquém do que desejava; cabendo ao intérprete ampliar o seu alcance;
d) progressiva, adaptativa ou evolutiva: exige-se do intérprete o esmero na atualização dos diplomas normativos, pois a realidade o impõe.

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18
Q

Como se dá a Aplicação da Lei Processual penal no Tempo?

A

A lei processual penal, de regra, tem aplicação imediata, atingindo inclusive os processos que já estão em curso.

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19
Q

Como se dá a Aplicação da Lei Processual penal no Espaço?

A

A lei processual penal tem aplicação a todos os processos em trâmite no território nacional (locus regit actum).

A Aplicação é restrita ao território pátrio, diferentemente, da Lei Penal, não há que se falar em hipótese de Extraterritorialidade.

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20
Q

Qual é o princípio que dispõe:

0 reconhecimento da autoria de uma infração criminal pressupõe sentença condenatória transitada em julgado (art. 5o, inc. LVIÍ da CF).

A

Princípio da presunção de inocência.

21
Q

Qual tem sido um dos sinnimos de princípio da Inocência?

A

0 principio da presunção de inocência tem sido encarado como sinônimo de presunção de não-culpabilidade.

22
Q

Entendida como característica essencial do perfil do juiz consistente em não poder ter vínculos subjetivos com o processo de modo a lhe tirar o afastamento necessário para conduzir com isenção o processo.

A

Princípio da Imparcialidade

23
Q

Consagra o tratamento isonômico das partes no transcorrer processual, em decorrência do próprio art. 5o, caput, da Constituição Federal.

A

Princípio da igualdade processual

O que deve prevalecer é a chamada igualdade material. (paridade de armas)

24
Q

Impõe que às partes deve ser dada a possibilidade de influir no convencimento do magistrado, oportunizando-se a participação e manifestação sobre os atos que constituem a evolução processual.

A

Princípio do contraditório ou bilateralidade da audiência

25
Q

possibilidade de defesa, lançando-se mão dos meios e recursos disponíveis e a ela inerentes (art. 5°, LV, CF).

A

Princípio da ampla defesa

26
Q

Cabe às partes a provocação, exercendo ó direito de ação, no intuito da obtenção do provimento jurisdicíonal.

A

Princípio da ação, demanda ou iniciativa das partes

27
Q

É possível a concessão de habeas corpus de ofício?

A

Desde a promulgação da CF/88, já não se admite o que se chamava de processo judicialíforme.

COntudo, nada impede que os juizes e tribunais concedam habeas corpus de ofício, sempre que tenham notícia de que exista, ameaça ou lesão à liberdade de locomoção (art. 654, § 2o, CPP).

28
Q

Qual é o princípio que dispõe que Os órgãos incumbidos da persecuçao criminai são órgãos oficiais por excelência, tendo a Constituição Federal consagrado a titularidade da ação penal pública ao Ministério Público (art. 129,1), e disciplinado a polícia judiciária no § 4o, do seu art. 144.

A

Princípio da oficialidade

29
Q

A atuação oficial na persecuçao criminal, como regra, ocorre sem necessidade de autorização.

A

Princípio da oficiosídade

30
Q

Qual seria uma exceção ao princípio da oficiosidade?

A

Excepcionalmente, o início da persecu- ção penal pressupõe autorização do legítimo interessado, como se dá na ação penal pública condicionada à representação da vítima ou à requisição do Ministro da Justiça.

31
Q

0 magistrado pauta o seu trabalho na reconstrução da verdade dos fatos, superando eventual desídia das partes na colheita probatória, como forma de exarar um provimento jurisdicional mais próximo possível do ideal de justiça.

A

Princípio da verdade real

32
Q

No que consiste o Princípio da obrigatoriedade?

A

A persecução criminal é de ordem pública e, em regra, não cabe juízo de conveniência ou oportunidade quanto ao seu início.

A Lei. 9099/95 mitigou esse princípio, prevendo no seu art.76 a possibilidade de transação penal.

33
Q

A transação penal pode ser considerada uma mitigação ao princípio da obrigatoriedade?

A

Sim

34
Q

Iniciado o inquérito policial ou o processo penal, os órgãos incumbi- ; dos da persecução criminal não podem deles dispor.

A

Princípio da Indisponibilidade

35
Q

É possível se falar em alguma hipótese de mitigação do Princípio da Indisponibilidade?

A

A Lei n.° 9,099/1995 também mitigou o princípio da indisponibilidade, trazendo o instituto da suspensão condicional do processo (art, 89). Nas ações de iniciativa privada, a vítima ou o seu representante podem desistir da ação interposta, seja perdoando o autor da infração, seja pela ocorrência da perempção (art. 60 do CPP). Vale, portanto, para essas ações, o princípio da disponibilidade.

36
Q

Uma vez iniciado o processo, com o recebimento da inicial acusa- tória, cabe ao magistrado velar para que o mesmo chegue ao seu final, marcando audiências, estipulando prazos, determinando intimações etc

A

Princípio do impulso oficial

37
Q

Decorre do art. 93, inc. IX da Carta Magna, asseverando que o juiz é livre para decidir, desde que o faça de forma motivada, sob pena de nulidade insanável.

A

Princípio da motivação das decisões

38
Q

Em atenção ao princípio da Publicidade, pode-se afirmar que todos os atos da persecução penal são públicos?

A

Não.

Por exemplo, Em relação ao inquérito policial, por se tratar de fase pré-processual, é regido pelo princípio da sigilação. Contudo, assegura-se ao advogado a consulta aos autos correspondentes, (súmula vinculante n.14, STF)

39
Q

O princípio do Duplo Grau de Jurisdição é um princípio constitucional aplicável em todos os processos.

A

Errado.

Este princípio assegura a possibilidade de revisão das decisões judiciais, através do sistema recursal, onde as decisões do juízo a quo podem ser reapreciadas pelos tribunais.

Vale ressaltar que o duplo grau de jurisdição não é um enunciado normativo que incide indistintamente em todos os processos penais (exemplo: processos de competência originária do Supremo Tribunal Federal).

40
Q

Qual é o princípio que consagra o direito de ser processado pelo magistrado competente (art. 5o, inc. LIII da CF) e a vedação constitucional à criação de juízos ou tribunais de exceção (art. 5o, inc. XXXVII da CF).

A

Princípio do juiz natural

41
Q

NO que consiste o Princípio do devido processo legal?

A

0 devido processo legal é o estabelecido em lei, devendo traduzir- -se em sinônimo de garantia, atendendo assim aos ditames constitucionais.

Necessidade do processo tipificado, sem a supressão e/ou desvirtüamento de atos essenciais.

Deve ser analisado em duas perspectivas:

a) a primeira, processual, que assegura a tutela de bens jurídicos por meios do devido procedimento (procedural due process);
b) a segunda, material, reclama, no campo da aplicação e elaboração normativa, uma atuação substancialmente adequada, correta, razoável (substantive due process oflaw).

42
Q

NO que consiste o Princípio da economia processual?

A

Deve-se buscar a maior efetividade,.com a produção da menor quantidade de atos possível.

43
Q

No que Consiste o conceito de Imediatidade no Processo penal?

A

O ideal é que a instrução probatória se desenvolva perante o Magistrado.

44
Q

No que Consiste o conceito de Concentração no Processo penal?

A

é o desejo de que os atos da instrução sejam reunidos em uma só audiência, ou na menor quantidade das mesmas;

45
Q

No que Consiste o conceito de Identidade física do juiz no Processo penal?

A

O magistrado que conduziu a instrução deve obrigatoriamente julgar a causa, salvo hipóteses excepcionais expressamente contempladas

46
Q

Qual foi a fonte formal de Direito que dispôs sobre o Princípio da Duração Razoável do Processo?

A

A Emenda à Constituição de n.° 45, de 30 de dezembro de 2004, dispôs que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação’ (art. 5o, LXXVIII, CF/1988).

47
Q

Quais são as 3 etapas passíveis de serem depreendidas da aplicação do Princípio da proporcionalidade?

A

0 princípio da proporcionalidade requer o perpassar do intérprete por três etapas (necessidade, adequação e proporcionalidade em sentido estrito). Deve ser visto, ainda, na vertente da proibição do excesso e da proteção deficiente.

48
Q

Qual é a principal aplicação do Princípio da proporcionalidade no Processo penal?

A

No processo penal, o princípio da proporcionalidade tem especial / aplicação na disciplina legal da validade da prova.

49
Q

No que consiste o princípio conhecido como nemo tenetur se detegere?

A

0 princípio da inexigibilidade de auto-incriminação assegura que ninguém pode ser compelido a produzir prova contrâ si mesmo, tem pontos de contato com o princípio da presunção de inocência e com o direito ao silêncio assegurado pela Constituição.