Capítulo 10 - Neoplasia de Vulva Flashcards

1
Q

Qual a % das neoplasias genitais e colocação nos cânceres ginecológicos?

A

7%; 4º lugar.

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2
Q

Qual é o tipo histológico predominante e qual é a sua %?

A

Carcinoma de células escamosas. 75-90%.

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3
Q

Quais são os outros tipos tipos histológicos (5)?

A
Melanoma (2º, 2-10%);
Carcinoma basocelular;
Adenocarcinoma de glândula de Bartholin;
Sarcoma;
D. de Paget.
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4
Q

Qual é a faixa etária predominante e idade média de acometimento?

A

Pós-menopausa. 65 anos.

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5
Q

Qual é a lesão precursora mais comum?

A

Líquen escleroso vulgar.

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6
Q

Por que tem aumentado a incidência em mulheres mais jovens? Quais os tipos histológicos mais comuns nessa faixa etária? (2)

A

Devido à relação com a infecção pelo HPV. Carcinoma basaloide ou verrucoso.

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7
Q

Qual grupo de pacientes mais jovens apresentam mais chance de desenvolver as neoplasias vulvares? (7)

A

As pacientes portadoras de HIV, transplantadas/imunossuprimidas e pacientes com doenças AI e/ou uso frequente de corticoides e imunomoduladores.

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8
Q

Quais os principais fatores de risco? (8)

A
  • Tabagismo
  • Início precoce da atv sexual
  • Múltiplos parceiros
  • Atv sexual desprotegida
  • Nível socioecomômico
  • Infecção pelo HPV (principalmente 16, 18)
  • Presença de d. venérea granulomatosa;
  • Infecção pelo HIV e outras situações de imunodepressão.
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9
Q

Qual é o sintoma mais comum?

A

Prurido vulvar.

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10
Q

Que outras manifestações podem ser observadas? (4)

A

Lesão ulcerada, eventualmente associada à secreção com odor, dor vulvar e sangramento local.
*OBS: Muitas vezes a paciente observa a lesão mas por ser superficial e comumente indolor, é negligenciada.

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11
Q

Qual é o local mais comum para o aparecimento da lesão? Em que outros locais pode aparecer? (4)

A

Grandes lábios (2/3)

Pequenos lábios, períneo, clitóris e monte pubiano.

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12
Q

Caracterize o câncer de vulva do tipo usual. (4)

A

Relacionado à infecção pelo HPV, lesões simultâneas em mais de uma região (as quais podem confluir), que podem ser verrucosas ou papulares.
Antiga classificação NIC (I, II, III) se relaciona à ela.

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13
Q

Caracterize o câncer de vulva do tipo diferenciado. (3)

A

Lesão única, não associado ao HPV, pequena associação com líquen escleroso.

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14
Q

Caracterize o líquen escleroso clínica e histopatologicamente. (3)

A

Lesão plana, esbranquiçada, pruriginosa, que acomete preferencialmente a região vulvar, sendo importante diferencial do carcinoma vulvar.
Diminnuição global da espessura da epiderme intrcalada com áreas de hiperceratose e acantose.

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15
Q

Qual é o padrão de disseminação da doença? Quais são os órgãos mais acometidos? (3) Respeita a lateralidade?

A

Locorregional.
Vagina, uretra e ânus.
Sim.

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16
Q

Linfonodos para os quais a drenagem linfática da vulva e região perianal são levados. (4)

A
Inguinais.
Na ordem:
- inguinofemorais superficiais
- inguinofemorais profundos
- ilíacos
- sistêmico.

Inguinais superficiais e profundos e pélvicos - raramente acometidos qnd n tem inguinofemorais, exceção para lesões extensas da região perianal - (ilíacos comuns, externo e interno e obturador).

17
Q

No que se baseia a diferenciação de lesões neoplásicas das não neoplásicas da vulva? (4)

A
  • aspecto clínico
  • vulvoscopia
  • teste do azul de roluidina ou de collins
  • biopsia dirigida.
18
Q

Descreva a vulvoscopia.

A

Exame com magnificação de até 40x, por meio de lentes de aumento. Fundamental na identificação de lesões iniciais.
A inspeção é feita após a aplicação de ác. acético 5%, acentuando os aspectos anormais do epitélio e auxiliando na escolha do local para a realização de biópsia para a confirmação diagnóstica.
Permite um mapeamento da extensão local da doença e auxilia na programação terapêutica.

19
Q

Aspectos vulvoscópicos mais associados ao câncer de vulva. (4)

A

Presença de epitélio esbranquiçado com vascularização atípica, irregular ou excessiva, e lesões hipercrômicas, elevadas e de relevo granuloso/papilar.

20
Q

Caracterize o teste do azul de toluidina.

A

Aplicação de corante 1% sobre a vulva e, após 3 min, aplica-se ác. acético 1%. O corante agrega-se ao DNA dos núcleos de tecidos com alta atividade proliferativa, como as neoplasias. Grande número de falsos positivos, tem sido cada vez menos utilizado.

21
Q

Quando se indica biópsia?

A

Lesões ulceradas e verrucosas visíveis a olho nu são sempre suspeitas e indicativas de biópsia.

22
Q

Principal diagnóstico diferencial.

A

Líquen escleroso.

23
Q

Outros DD. (3)

A

Líquen plano
Condiloma acuminado
Condiloma lata

24
Q

Forma de estadiamento. Fatores considerados (4).

A

Cirúrgico.

  • Tamanho da lesão
  • Profundidade da invasão
  • Acometimento de órgãos vizinhos.
  • Comprometimento linfonodal.
25
Q

Rotina de exames solicitados. (6)

A
  • Ex pélvico, ginecológico e retal.
  • Rx de torax.
  • Cistoscopia (suspeitos de infiltração uretral)
  • Anuscopia (suspeitos de infiltração anal)
  • TC de abdome e pelve
  • RM de pelve
26
Q

Explique NIV 1, 2 e 3 e seu significado atual.

A

Neoplasia Intraepitelial Vulvar - era usado para nomear as çesões epiteliais escamosas caracterizadas por desordem na maturação e anormalidades do núcleo por vários níveis de espessura do epitélio.
Desde 2004, recomendase que NIV 1 e 2 sejam referidas como neoplasia escamosa de alto grau e NIV 1 seja abandonada e substituída por “condiloma acuminado”, já que se refere a lesões que não necessariamente sofrerão transformação maligna.

27
Q

Fator prognóstico mais importante e suas variáveis. (8)

A

Status de linfonodos inguinais e suas variáveis (número, acometimento bilateral, tamanho das metástases no interior dos linfonodos, % de substituição nodal, extensão extracapsular do acometimento, status clínico dos linfonodos, resposta imune local e localização das metástases dentro do linfonodo)

28
Q

Outros fatores prognósticos. (3)

A

Estadiamento da doença
Grau de diferenciação histológica do tumor
Presença de invasão linfovascular.

29
Q

Principais comorbidades que devem ser pesquisadas

A
  • Ca de colo

- Acometimento de outros órgãos como bexiga, colon, reto, etc.

30
Q

Tratamento da neoplasia intraepitelial vulvar. (3)

A
  • Cirurgia convencional: Excisar completamente a lesão (margem simples de 5mm e profundidade 2mm em áreas pilosas e 1mm em áreas não pilosas.
  • Excisão ampla a frio (preferencial, pois permite a av microscópica e das margens), mas pode se usar a excisão com laser.
  • Lesões muito extensas: Vulvectomia simples.
  • Forma indiferenciada: Uso de imiquimode creme a 5%, induzindo a resposta imunológica e mantendo a estrutura anatômica da vulva.
31
Q

Tratamento do carcinoma vulvar.

A

Vulvectomia radical com linfadenectomia inguinofemoral bilateral realizada mediante excisão em bloco.
Envolve a retirada de toda vulva, monte pubiano, linfonodos inguinofemorais e, frequentemente, linfonodos pélvicos.

32
Q

Principais complicações do tratamento de carcinoma vulvar.

A

Ocorre grande perda tecidual, com consequente grande defeito, sendo frequentemente suturado sob tensão, acarretando altas taxas de deuscência, infecção, deformidades estéticas e funcionais e cicatrização viciosa da região genital.
Outros problemas podem ser incontinência fecal e urinária, prolapso vaginal e supertratamento de câncer incipiente.

33
Q

Possíveis evoluções no tratamento do carcinoma vulvar.

A

Biopsia de linfonodo sentinela em casos selecionados, visando prevenir linfadenectomia inguinofemoral bilateral.
*Casos selecionados: Lesão única de diâmetro <4cm e ausência de linfonodos inguinais/regionais suspeitos no exame clínico.

34
Q

Quando podem ser utilizadas as abordagens por radio e quimioterapia - indicações?

A

Comoneoadjuvantes (preferência), para possibilitar cirurgias mais conservadoras, ou adjuvantes.

  • Presença de > 3 micrometástases ou 1 macrometástase (>10mm) linfonodal.
  • Evidência de tumor com extensão linfonodal extracapsular;
  • Margens de ressecção cirúrgica mínima (<7mm) ou mesmo comprometidas;
  • Tumores volumosos (>4cm)
  • Tumores pouco diferenciados (G3) ou com a presença de invasão vascular.

*OBS: frequente a interrupção do tto por vulvite, cistite e retite actínicas.

35
Q

Como deve ser feito o seguimento?

A

Trimestrais nos primeiros 2 anos;
Semestrais até o 5º ano.
Com exame clínico + vulvoscópico.

36
Q

Quais fatores estão envolvidos no prognóstico?

A
  • histologia do tumor
  • idade da paciente
  • estadio da doença
  • grau histológico
  • comprometimento linfonodal
  • comorbidades