Câncer Gástrico Flashcards

1
Q

Qual é o principal sintoma de pacientes sintomáticos com adenocarcinoma gástrico?

A

Sangramento digestivo alto crônico, com melena e anemia.

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Q

Como é feito o diagnóstico do adenocarcinoma gástrico?

A

Por meio da endoscopia digestiva alta, que permite a classificação das lesões (Classificação de Borrmann) e a realização da biópsia para diagnóstico histológico.

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3
Q

Qual é o tipo histológico mais comum de adenocarcinoma gástrico e como é dividido?

A

O adenocarcinoma gástrico mais comum é o tipo difuso e intestinal, conforme a Classificação de Lauren.

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4
Q

: Quais são os principais fatores de risco para adenocarcinoma gástrico?

A

Anemia perniciosa, gastrite crônica atrófica por H. pylori, história familiar positiva e tabagismo.

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5
Q

Qual é o macete para o estadiamento do adenocarcinoma gástrico?

A

Tem metástase → doença estágio IV; linfonodos acometidos → doença estágio III.

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6
Q

Qual é o tratamento padrão para adenocarcinoma gástrico?

A

Gastrectomia total ou subtotal + linfadenectomia D2, com reconstrução em Y de Roux.

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7
Q

: Qual é a principal complicação cirúrgica após tratamento de adenocarcinoma gástrico?

A

Fístula do coto duodenal, com quadro clínico marcado pelo débito bilioso através do dreno.

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8
Q

O que é câncer gástrico?

A

O câncer gástrico é uma doença maligna do estômago e uma das maiores causas de morte por câncer no Brasil.

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9
Q

: O câncer gástrico costuma ser sintomático ou assintomático nas fases iniciais?

A

Geralmente assintomático e, quando sintomático, muitas vezes está em estágio avançado.

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10
Q

Qual tem sido a tendência global da frequência do câncer gástrico?

A

A frequência do câncer de estômago apresenta tendência de declínio globalmente.

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11
Q

: Apesar da tendência de declínio global, por que o câncer gástrico permanece uma importante causa de mortalidade?

A

Permanece uma importante causa de mortalidade por câncer e é um dos cânceres mais frequentes no trato digestivo.

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12
Q

Qual a tendência da incidência de câncer gástrico no Brasil e qual é a provável explicação para isso?

A

No Brasil, a tendência parece ser de aumento da incidência, provavelmente devido a maior acesso a métodos diagnósticos, e não a um maior número de casos reais.

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13
Q

Quais são os sintomas iniciais comuns do câncer gástrico?

A

Muitas vezes, o paciente é assintomático ou apresenta sintomas inespecíficos.

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14
Q

Qual é o principal sintoma que pode indicar a presença de câncer gástrico?

A

Sangramento digestivo alto crônico a esclarecer, com melena e anemia.

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15
Q

Além do sangramento digestivo, quais outros sintomas podem sugerir câncer gástrico?

A

: Sintomas dispépticos, dor abdominal inespecífica, perda ponderal, e náuseas.

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16
Q

Quais são os sintomas de obstrução pilórica associados a estágios avançados de câncer gástrico?

A

Distensão epigástrica exclusiva, muitas náuseas e vômitos.

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17
Q

Quais sinais físicos podem indicar doença avançada de câncer gástrico?

A

Nódulo Periumbilical de Sister Mary Joseph, espessamento do fundo de Saco de Douglas (Prateleira de Blummer), linfonodomegalia supraclavicular esquerda (de Virchow), e axilar esquerda (de Irish).

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18
Q

Como o câncer de estômago se apresenta quando sintomático?

A

Por meio de sangramento digestivo crônico, acompanhado de melena e anemia.

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19
Q

Qual é o exame de eleição para o diagnóstico de câncer de estômago?

A

Endoscopia Digestiva Alta (EDA) com biópsia.

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20
Q

O que permite a Endoscopia Digestiva Alta no diagnóstico do câncer gástrico?

A

Permite visualizar a lesão, observar sua Classificação Endoscópica de Borrmann, e realizar biópsia da lesão.

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21
Q

Como são classificadas as lesões gástricas segundo a Classificação de Borrmann?

A

I: Pólipo - Lesão polipoide, não ulcerada, podendo ser pediculada ou séssil.
II: Úlcera - Lesão ulcerada, de bordos bem delimitados, elevados.
III: Úlcera infiltrativa - Lesão ulcerada, mas de bordos irregulares, deprimidos, revelando aspecto infiltrativo.
IV: Lesão difusa - Lesão ulcerada e vegetativa, de bordos não identificáveis (linite plástica).

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22
Q

Por que toda lesão gástrica deve ser biopsiada durante uma EDA?

A

Para identificar o tipo histológico da lesão, sendo o adenocarcinoma gástrico o tipo mais comum.

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23
Q

Como o adenocarcinoma gástrico é classificado segundo a Classificação de Lauren?

A

: É dividido em intestinal e difuso.

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24
Q

Qual característica da lesão gástrica pode ser observada durante a Endoscopia Digestiva Alta (EDA)?

A

Durante a EDA, podem ser observadas características malignas da lesão, como ser ulcerada, vegetativa, infiltrativa, etc.

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25
Q

Quais são os critérios para classificar uma lesão como tipo I na Classificação de Borrmann?

A

Tipo I corresponde a uma lesão polipoide, não ulcerada, que pode ser pediculada ou séssil.

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26
Q

Como é descrita uma lesão tipo II na Classificação de Borrmann?

A

: Lesão ulcerada com bordos bem delimitados e elevados.

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27
Q

: Qual a principal diferença entre uma lesão tipo III e uma lesão tipo IV na Classificação de Borrmann?

A

A lesão tipo III é uma úlcera infiltrativa com bordos irregulares e deprimidos, enquanto a lesão tipo IV é uma lesão ulcerada e vegetativa com bordos não identificáveis, conhecida como linita plástica.

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28
Q

O que caracteriza o adenocarcinoma gástrico tipo intestinal de Lauren?

A

É o tipo mais comum de câncer gástrico esporádico, surgindo em contextos de fatores de risco pré-cancerosos, como gastrites crônicas, e está associado a hábitos dietéticos ocidentais industrializados.

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29
Q

: Quais são os fatores de risco associados ao adenocarcinoma gástrico tipo intestinal?

A

Fatores de risco incluem gastrites crônicas (como a atrófica ou polipose gástrica) e exposição a hábitos dietéticos ocidentais industrializados.

30
Q

Qual grupo é mais afetado pelo adenocarcinoma gástrico tipo intestinal?

A

É mais comum em homens e sua incidência aumenta com a idade.

31
Q

Como o adenocarcinoma gástrico tipo intestinal tende a se diferenciar em termos de metástases e prognóstico?

A

Tende a ser bem diferenciado, manifesta metástases mais tardiamente (principalmente hematogênicas) e tem melhor prognóstico que o tipo difuso.

32
Q

Quais condições devemos pensar quando consideramos gastrite crônica como um fator de risco para câncer gástrico?

A

Gastrite atrófica, anemia perniciosa, e infecção crônica pelo H. pylori.

33
Q

Qual subtipo do adenocarcinoma gástrico tem o pior prognóstico?

A

: Difuso.

34
Q

Quais são as características demográficas mais associadas ao adenocarcinoma gástrico tipo difuso?

A

Mais comum em mulheres mais jovens, de tipo sanguíneo A, e com histórico familiar de câncer gástrico.

35
Q

Como as células do adenocarcinoma gástrico tipo difuso são caracteristicamente descritas?

A

Indiferenciadas, com presença de células em anel de sinete.

36
Q

Qual é a tendência de metástase para o adenocarcinoma gástrico tipo difuso?

A

Tem tendência precoce a metástases, principalmente linfáticas e peritoneais.

37
Q

Como os tipos intestinal e difuso de Lauren diferem em termos de grupo demográfico predominante?

A

Intestinal é mais comum em homens mais velhos, enquanto o difuso é mais comum em mulheres mais jovens.

38
Q

Qual é a principal diferença no padrão de metástase entre o adenocarcinoma gástrico tipo intestinal e tipo difuso?

A

O tipo intestinal manifesta metástases hematogênicas mais tardiamente, enquanto o tipo difuso apresenta metástases linfáticas e peritoneais mais precoces.

39
Q

Qual tipo de adenocarcinoma gástrico está associado a um melhor prognóstico?

A

O tipo intestinal tem melhor prognóstico em comparação com o tipo difuso.

40
Q

: Quais são os fatores de risco para o câncer gástrico?

A

Dieta ocidental industrializada, tabagismo, tipo sanguíneo A, metaplasia intestinal, gastrectomia parcial prévia, polipose gástrica, infecção por H. pylori, gastrite atrófica, doença de Menétrier, e baixo nível socioeconômico.

41
Q

Por que o tipo sanguíneo A é considerado um fator de risco para o câncer gástrico?

A

Está associado a uma maior predisposição ao desenvolvimento do adenocarcinoma gástrico tipo difuso

42
Q

Como a dieta ocidental industrializada influencia o risco de câncer gástrico?

A

Contribui para o aumento do risco devido ao consumo de alimentos processados e presença de carcinógenos dietéticos.

43
Q

Qual a importância da metaplasia intestinal como fator de risco para o câncer gástrico?

A

Representa uma alteração pré-maligna do epitélio gástrico, aumentando o risco de desenvolvimento de câncer.

44
Q

Como a infecção por H. pylori atua como fator de risco para o câncer gástrico?

A

Promove inflamação crônica da mucosa gástrica, levando a alterações pré-cancerosas como a gastrite atrófica e metaplasia intestinal.

45
Q

Qual a relação entre gastrectomia parcial prévia e o risco de câncer gástrico?

A

A cirurgia altera o ambiente gástrico, podendo levar a alterações mucosas que predisponham ao desenvolvimento de câncer.

46
Q

Por que é importante conhecer a Classificação de Lauren para o câncer gástrico?

A

As implicações do tipo histológico são cruciais tanto para o diagnóstico e tratamento quanto para aconselhamento do paciente, além de ser um conhecimento necessário para responder questões em provas médicas.

47
Q

Qual exame é fundamental para o estadiamento do câncer gástrico?

A

Tomografia Computadorizada (TC) de tórax, abdome e pelve, além da ecoendoscopia, se disponível.

48
Q

: Por que a tomografia de tórax, abdome e pelve é importante no estadiamento do câncer gástrico?

A

É importante para a busca de características da lesão local, invasões (T), linfonodos aumentados (N) e metástases hepáticas, pulmonares ou peritoniais (M).

49
Q

Qual exame é considerado o mais acurado para avaliação do T e do N no câncer gástrico?

A

A ecoendoscopia é considerada o exame mais acurado para avaliação da invasão do tumor (T) e do envolvimento de linfonodos (N).

50
Q

O que representa o estadiamento “T” no câncer gástrico?

A

O estadiamento “T” indica o nível de invasão do tumor no tecido gástrico, variando de T1 (invasão até a submucosa) a T4 (invasão do peritônio visceral gástrico ou estruturas vizinhas).

51
Q

Quais são os critérios de estadiamento para a invasão do tumor (T) no câncer gástrico?

A

T1: Até submucosa
T2: Muscular
T3: Serosa
T4: Peritônio visceral gástrico / estruturas vizinhas

52
Q

Quando é recomendado prosseguir com o tratamento no câncer gástrico?

A

: Após encontrar um estadiamento favorável, o que implica um estadiamento que permita uma abordagem terapêutica com chance de sucesso.

53
Q

Qual é o tratamento padrão para o câncer gástrico?

A

Ressecção cirúrgica do tumor em uma gastrectomia com linfadenectomia D2.

54
Q

Quando é indicada a gastrectomia total no tratamento do câncer gástrico?

A

A gastrectomia total é aplicada com segurança a todos os casos e é obrigatória nas lesões proximais ou com margem indefinível (como na linite plástica) e tendência no tipo difuso de Lauren.

55
Q

Sob quais condições pode-se considerar uma gastrectomia subtotal para o câncer gástrico?

A

Lesões distais, sobretudo se bem diferenciadas, são passíveis de ressecção em uma gastrectomia subtotal.

56
Q

Como a localização do câncer gástrico influencia a escolha entre gastrectomia total e subtotal?

A

A escolha entre gastrectomia total e subtotal depende da localização da lesão (distal ou proximal) e do tipo histológico (tipo difuso de Lauren pode orientar para uma gastrectomia total, mesmo se a lesão for distal).

57
Q

Qual procedimento é realizado após a gastrectomia total ou subtotal no tratamento do câncer gástrico?

A

Após a gastrectomia (total ou subtotal), realiza-se uma linfadenectomia D2, com reconstrução em Y de Roux.

58
Q

: Por que, em alguns serviços, o tipo difuso de Lauren pode determinar a realização de uma gastrectomia total, independentemente da localização da lesão?

A

O tipo difuso de Lauren tem características que aumentam o risco de disseminação, tornando a gastrectomia total uma abordagem mais segura, mesmo para lesões distais.

59
Q

O que é ressecado na linfadenectomia D1 durante o tratamento cirúrgico do câncer gástrico?

A

Na linfadenectomia D1, são ressecados todos os linfonodos perigástricos, incluindo os pericárdicos direitos e esquerdos, da pequena e grande curvatura, e os supra e infrapilóricos.

60
Q

Quais linfonodos são adicionalmente ressecados na linfadenectomia D2?

A

Na linfadenectomia D2, além dos linfonodos perigástricos, são ressecados os linfonodos das cadeias vasculares próximas, incluindo os das artérias gástrica esquerda, esplênica, hepática comum e própria.

61
Q

Qual é o método de reconstrução utilizado após a gastrectomia oncológica?

A

A reconstrução após a gastrectomia oncológica é feita em Y de Roux.

62
Q

Qual é a diferença entre a anastomose esofagojejunal e a anastomose gastrojejunal na reconstrução após gastrectomia?

A

Na gastrectomia total, realiza-se uma anastomose esofagojejunal; na gastrectomia subtotal, uma anastomose gastrojejunal.

63
Q

Por que as reconstruções a Billroth I e II não são utilizadas na gastrectomia oncológica?

A

Porque a reconstrução em Y de Roux é preferida para melhorar os resultados pós-operatórios e minimizar complicações.

64
Q

Qual complicação pós-cirúrgica precoce merece destaque nas provas de medicina?

A

: A fístula do coto duodenal é uma complicação pós-cirúrgica precoce que merece destaque.

65
Q

Qual complicação específica o paciente pode apresentar após uma gastrectomia com reconstrução em Y de Roux?

A

Fístula do coto duodenal.

66
Q

Qual a prevalência de fístulas do coto duodenal após gastrectomia?

A

: Cerca de 4% dos cotos duodenais pós-gastrectomia fistulizam.

67
Q

Por que a fístula do coto duodenal pós-gastrectomia apresenta débito bilioso?

A

: Devido à reconstrução em Y de Roux, não há trânsito alimentar no duodeno, apenas a passagem de bile e suco pancreático, resultando em uma fístula com débito bilioso.

68
Q

: Quais são os principais sinais clínicos de uma fístula do coto duodenal?

A

Piora clínica, dor abdominal, e débito bilioso pelo dreno abdominal.

69
Q

Como é feito o diagnóstico de uma fístula do coto duodenal?

A

: Pelo quadro clínico e, em caso de dúvida, pela dosagem de bilirrubina e amilase do líquido drenado, que estarão elevadas. Uma tomografia pode confirmar o diagnóstico e avaliar complicações subsequentes.

70
Q

Qual é o tratamento para uma fístula do coto duodenal pós-gastrectomia?

A

Adequada drenagem, suporte nutricional enteral prolongado, uso de antibióticos se houver quadro infeccioso associado, e reoperação indicada para complicações subsequentes ou otimização da drenagem.

71
Q

: Qual o papel da quimioterapia neoadjuvante e adjuvante no contexto de câncer gástrico?

A

A quimioterapia neoadjuvante visa reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia, enquanto a quimioterapia adjuvante tem o objetivo de eliminar células cancerígenas remanescentes após a cirurgia, visando melhorar as taxas de sobrevivência e reduzir o risco de recorrência.